PEDROVSK1 09/02/2024
A luta contra o maior problema enfrentado pela filosofia.
A princípio, a presente obra de Albert Camus retrata e reflete sobre um problema extremamente complicado para a filosofia, o suicídio filosófico, então, Camus embarca em uma missão para encontrar uma saída plausível para tal impasse.
Com base nesta problemática que norteia toda a obra, Camus começa com a análise radical e racional da pergunta: o que é a vida? Isso é necessário para entrarmos na "psique" de quem julga correto encerrar sua vida por conta própria apenas por julgá-la tediosa e sem sentido.
O filósofo então, inicia a sua resposta para a pergunta que conduz todo esse esquema. De acordo com a problemática maior, se pararmos para refletir, a vida não faz sentido, de maneira racional, não há porque insistirmos "nisso"; não passa de um modo cruel de perpetuar a dor, seria perfeitamente assim, caso a morte não existisse. Em síntese, a vida é de fato tão absurda quanto a "foto do oxigênio para quem está se afogando"; é ilógica, sem significado, irrelevante...
Porém, Camus, mesmo aceitando essa definição dolorosa da vida, não a leva como uma ratificação do suicídio filosófico; nos ensina que mesmo a vida sendo sem sentido e absurda, ela vale a pena ser vivida; temos que viver, e a resposta para isso é um simples, “Porque sim!’’ e para isso, ele embasa tal afirmação com base no castigo de Sísifo, que mesmo sendo condenado a rolar uma pedra que nunca chegará ao topo da montanha, ele nunca desiste, mesmo que ele tenha sido incumbido de uma tarefa que sabe que nunca será capaz de completar, ele não cede.
Portanto, Camus conclui, ‘’(...) Esse universo, doravante, sem dono não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada fragmento mineral dessa montanha cheia de noite forma por si só um mundo. A própria luta para ao cume basta para encher o coração de um homem. É preciso imaginar Sísifo feliz”.
Sim, a vida vale a pena ser vivida...
Ou não.