O Mito de Sísifo

O Mito de Sísifo Albert Camus




Resenhas - O Mito de Sísifo


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medderao 10/01/2024

Releitura da história da filosofia através do conceito do absurdo
Camus tem como objeto de seu ensaio a discussão das condições em que vive o homem contemporâneo, em sua corrida dos ratos, engendrado em relações de exploração para acúmulo do capital nos sentimos parte de um esforço inútil e massacrante que nos retira a esperança de ter uma vida que valha a pena viver.

O absurdo é uma ótima chave de compreensão para a falta de horizonte final para a existência humana. Nos faz compreender a dinâmica que estamos inseridos e como combater o desenlace contemporâneo.

A escrita de Camus é muito própria e poética, o conteúdo filosófico da discussão está nas entrelinhas da discussão com o conceito de absurdo e sua articulação pela obra. Por vezes o texto pode ser cansativo e arrastado mas Camus mantém seu objeto de investigação bem claro e situado para o leitor a todo momento.

Clássico contemporâneo, leitura obrigatória e por justiça.
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Oataide 09/01/2024

A bíblia do existencialismo
É de se ler e parar para refletir, atitudes, pensamentos, etc.
Um livro que mostra o Existencialismo que Camus trazia em sua filosofia. Falar sobre o suicídio de diversas maneiras e abordar o mesmo no dia-a-dia humano, e com a alegoria de Sisifo.
Camus é um gênio.
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Lan 07/01/2024

O mito do sisifo: 3.5 de 5
Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois.
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evf684 06/01/2024

O Mito de Sísifo
Se o leitor já leu O estrangeiro do mesmo autor, com certeza ele vai estar familiarizado com esse livro.

Basicamente em O mito de Sísifo, Albert Camus trás o mesmo questionamento no livro que tem Mersault como protagonista, que é a falta de propósito na vida e a sua relação com a morte, dando um enfoque necessário ao suicídio. Também vale citar o quão existencialista é o tema abordado na obra.

Ao longo do livro também é citado o que Camus chama de "absurdo" tendo sua vez tanto no raciocínio como no homem absurdo.

Mais para o final do livro temos a analogia desse questionamento com o personagem da mitologia grega Sísifo, que para o autor, seria um "herói absurdo", passando pelo ódio dos deuses, a fuga da morte e o amor pela vida do personagem.

É um livro que pelo menos pra mim poderia ter sido menor, mas é uma boa leitura pelo seu conjunto geral.
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GleLê 05/01/2024

O livre arbítrio é uma falácia. E foi assim que Camus alugou um apartamento na minha cabeça....
Existencialista, Camus teoriza que homem se faz ao longo da sua existência e é neste fazer-se que ele se limita às configurações sociais de seu tempo. E é a partir desta premissa que questiona o livre arbítrio.
Nós somos presos a liberdade de poder ser o que quisermos e decidirmos o futuro, mas também estamos presos às expectativas que a sociedade coloca sobre nossas escolhas.
Ao mirarmos a liberdade acertamos as consequências de nossas escolhas. Seríamos verdadeiramente livres se estivéssemos num sistema controlado? Livres de expectativas, livres do futuro...
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Maria2140 04/01/2024

Perfeito
Demorei uns dias pra digerir e pensar em como escrever uma resenha. esse livro é uma obra prima.

o livro busca falar sobre o sentido da vida e desenvolver questões como o suicídio e como talvez ele não seja a resposta.
sim, a vida não tem sentido, do mesmo modo que a tarefa de sísifo, mas o maior ato de revolta contra viver uma vida sem sentido é continuar vivendo.

o livro é basicamente um "sim a vida não tem sentido próprio, só o que nós criamos e não, você não precisa se matar por isso"

maravilhoso!
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isabel179 30/12/2023

Necessário!
O livro fala sobre a vida e o sentido dela, mas não espera que você pegue um papel e anote todas as respostas. Na real, ele questiona se a vida tem algum sentido mesmo, tipo se a gente tá jogando um jogo sem instruções.

O protagonista é o Sísifo, um cara da mitologia grega que ficou condenado a rolar uma pedra morro acima todo dia, só pra ela cair de novo e ele ter que recomeçar. E o Camus usa isso pra falar da vida humana, sabe? Tipo, a gente faz um monte de coisa que parece sem sentido, mas é isso que dá sentido, saca?

Ele chuta a bola pro campo da existência e diz que a gente tem que criar nosso próprio significado, mesmo sabendo que tudo pode ser meio sem lógica às vezes. É tipo dizer: "Ei, vida, você é confusa, mas eu vou curtir mesmo assim."

O livro é um convite pra aceitar a incerteza da vida, achar um jeito de lidar com isso e talvez até encontrar a felicidade nesse meio-tempo. É filosofia com uma pitada de "vamo viver do jeito que der, porque é isso que faz a vida interessante".
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Rafael549 26/12/2023

Me sinto destruido
É um livro que se propõe a entender o suicidio e ao mesmo tempo tenta buscar um sentido para a vida, porém te destroi e recostroi a cada página; é perfeito.
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Adre 24/12/2023

Leitura obrigatória, porém não para todos
Esse é um livro que eu demorei bastante para concluir. Ele é dividido em vários capítulos e eu sinto que vale apena fazer uma breve resenha de cada capítulo até para ajudar a entender esse livro que considero uma obra prima, mas MUITO complexa.

Antes de querer se aventurar na leitura desse livro, é necessário a leitura de algumas obras de Kierkegaard, Dostoievski, Nieztsche, Sartre, Kafka para não receber spoliers e entender direito o que o Camus está falando. A falta de leitura que tenha sobre o Kierkegaard me fez não compreender ABSOLUTAMENTE nada do Capítulo 3 desse livro, mas agora vamos para uma avaliação individual de cada capítulo.

Capítulo 1 - Um raciocínio absurdo
Geral: 9/10

Aqui começa a introdução, nesse capítulo tiveram 4 sub-capítulos explicando o "absurdo" não darei spolier.

SubCap.1 - 9.5/10
SubCap.2 - 7/10
SubCap3 - 1/10 (necessário entender as obras de Kierkegaard para entender direito)
SubCap4


Capítulo 2 - O homem absurdo

SubCap1 - 9.5/10
SubCap2 - 10/10
SubCap 3 - 9/10
SubCap4 - 10/10

Uma breve análise desse SubCaps é provavelmente os capítulos mais bem escrito da história da literatura é algo extremamente ABSURDO o que Camus faz ao escrever sobre "Dom-juanismo', "A Comedia" é "A conquista" é algo inacreditável e inimaginável a escrita de Camus nesses capitulo. Acredito que a obra inteira vale apenas encarar por causa desse capítulo.


Capítulo 3 - A criação absurda

Subcap1 - 8/10
Subcap2 - 9.5/10
SubCap3 - 9/10

Capítulo 4 - O mito de sisifo
8/10

Aqui não teve subcapitulo

Capítulo 5 - Analise das obras de Kafka

7.5/10


NOTA para o livro em âmbito geral:
10/10
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arlertswild 22/12/2023

"Um homem é sempre vítima de suas verdades."
Um livro cuja a escrita é madura, profunda, existencial (na forma literal da palavraKKKK) e um pouco confusa; o que me fez reler vários parágrafos, pensar e repensar sobre o que estava escrito. Primeira experiência lendo Albert Camus, afirmo dizer que foi magnífica.
O absurdismo foi conquistando meus pensamentos a cada frase. Camus não tem pressa em te explicar o que acredita, ele vai gerando exemplos, mencionando filósofos, escritores e etc. Ele amplia a própria obra enquanto te convence de tal pensamento.

A obra inicia com uma análise sobre o suicídio, sobre a própria vida em si. Logo em seguida, é introduzida abertamente a lógica do absurdo; Do homem absurdo.
Só depois de várias páginas em questão disso, ele abrange finalmente "O mito de Sísifo". Quando os deuses condenaram Sísifo a empurrar uma pedra até o alto de uma montanha, mas a pedra com o seu próprio peso, tornava a cair. Esse trabalho inútil e sem esperanças, nos faz pensar na tristeza inevitável de Sísifo, porem Camus não. Ele não pensa assim.
Ele afirma que a pedra é a casa de Sísifo, o que ele empenha para empurrar a pedra ao cume, traz a ele um prazer imensurável, pois: "Não há sol sem sombra, e é preciso conhecer a noite. O homem absurdo diz que sim e seu esforço não terá interrupção."
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ioko 18/12/2023

One must imagine Sisyphus happy
Camus, o único filósofo que realmente me agrada. O mito de Sísifo é impecável de início a fim. O estudo sobre Kafka no apêndice também é magnífico e ajuda a estender a idéia do absurdo para o que, a primeira vista, pode parecer um perfeito exemplo do mesmo. Todo mundo deveria ler esse livro. É uma filosofia nua, sem saltos, sem apelos e, mesmo assim, a mais feliz de todas.
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Elaine 17/12/2023

Eu amei esse livro. Achei libertador, acredito que algumas pessoas não gostem. Mas talvez essas pessoas só nao queiram sair da sua bolha existencial.
Bom, o livro já começa pesado, falando que o maior problema filosófico seja o suicídio, e aí começamos a entrar na mente magnífica de Camus.
Onde ele nos mostra que a vida é absurda. Mas porque? Porquê no fim das contas somos como Sisifo. Nascemos, comemos, trabalhamos, descansamos, saímos aos finais de semana e repetimos isso todos os dias.
Mas o que temos em comum com Sisifo? Bem ele foi condenado pelos deuses a empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, onde chegando lá ela cai e ele deve continuar o percurso novamente pela eternidade. E nós vivemos nossas vidas todos os dias para no final resultar em nossa morte. Ou seja, independente do que façamos todos morreremos. Algumas pessoas buscam o suicídio quando entendem isso. Mas na sua maioria o suicídio filosófico, que nada mais é do que buscar uma crença, religião para dar um sentido. Mas isso nada mais é do que tapar o sol com a peneira.
Enfim leiam. Acho que traz uma reflexão profunda sobre a vida, eu diria até libertadora.
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thami 10/12/2023

Adoro ler o albert camus, ele sempre me faz lembrar o quanto eu sou um ser insignificante pro universo.
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iarasiper 26/11/2023

Deu um bug na minha mente, mas entendi a mensagem
?este coração que há em mim, posso senti-lo julgo que ele existe. o mundo posso tocá-lo e também julgo que ele existe. aí se detém toda a minha ciência, o resto é construção?.
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Gean 26/11/2023

Vida eterna. Eterna vivacidade.
O absurdo é o divórcio entre o homem e sua vida, é um universo ausente de ilusões, em que o homem se sente um estrangeiro, um desconhecido a si mesmo. Este sentimento, este absurdo, encontraria solução no suicídio.
Noutro lado, fugindo do absurdo, a esperança de uma outra vida sublima e dá um sentido que atrai o indivíduo à vida, ignorante da certeza fatal da morte. Ao contrário, a ausência do sentido do porquê a vida merece ser vivida leva a incontestável verdade de que pessoas se matam porque a vida não vale a pena ser vivida.
Só que não há somente o suicídio da carne, mas também o do pensamento ou filosófico, quando limito a mim mesmo e me escondo atrás de um ponto de vista que é apenas uma representação falsa de mim, ou melhor, nem de mim nem de outro, mas uma condição separativa do meu eu.
Então eu penso que mudarei, que me encontrarei e passo a viver num futuro em que aos poucos o brilho de meus dias se vai levando-me consigo, até que o futuro que eu almejei ? assim como as metas e preocupações ? é rejeitável e lido com a revolta carnal do absurdo.
Surge, então, os filósofos do místico, prometendo-se um encontro com a única saída verdadeira, a qual não existe, exceto com Deus. Devemos o fazê-lo, pois o desespero não é um fato, mas um estado pecaminoso que nos afasta daquele que nos aproxima da verdadeira vida.
Esta resposta é indesejável, bem como não pode deter o homem absurdo, aquele que busca o verdadeiro, não o desejável, e se priva de alimentar-se feito um ?asno? das rosas da ilusão e resignar-se com mentiras, pois o homem absurdo prefere adotar a resposta de Kierkegaard. O Desespero, visto que uma alma determinada sempre acabaria se saindo bem.
?Se eu me mantiver na posição definida que consiste em extrair todas as consequências (e só elas) que uma noção descoberta implica, vou encontrar um segundo paradoxo. Para permanecer fiel a este método, não tenho nada a ver com o problema da liberdade metafísica. Não me interessa saber se o homem é livre. Só posso experimentar minha própria liberdade. E sobre esta não posso ter noções gerais, somente algumas apreciações claras. O problema da ?liberdade em si? não tem sentido. Porque está ligado de uma outra maneira ao problema de Deus. Saber se o homem é livre exige saber se ele pode ter um amo. A absurdidade particular deste problema é que a própria noção que possibilita o problema da liberdade lhe retira, ao mesmo tempo, todo o seu sentido. Porque diante de Deus, mais que um problema da liberdade, há um problema do mal. A alternativa é conhecida: ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus todo-poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso. Todas as sutilezas das escolas nada acrescentaram nem tiraram de decisivo a este paradoxo?.
Deste modo, como o homem absurdo está totalmente voltado para a morte, aqui tomada com a absurdidade mais evidente, tem-se que a certeza sem fundo e a alheabilidade à própria vida percorrida sem a miopia de um amante são elementos que caracterizam o princípio de uma libertação.
Assim, o homem absurdo é contrário ao homem reconciliado e, no mundo absurdo, o valor de uma noção ou de uma vida se mede por sua infecundidade, de forma que para o reconciliável, não há fronteira entre o que um homem quer ser e o que ele é.
Aos poucos, a metade da vida de um homem vai se passando em subentendidos, olhando para os lados e se calando, até que o autor desta vida se torna um intruso, o que contraria um conceito muito vívido de Nietzsche, segundo o qual o que importa não é a vida eterna, mas a eterna vivacidade. Todo o drama humano está nesta escolha. Ressalta-se, contudo, que esta escolha do homem é feita tanto mais pelas coisas que ele silencia do que pelas as que ele diz, pois sempre chega o momento em que é preciso escolher entre a contemplação e a ação, o que torna um homem, homem.
Para isso ocorrer é preciso pensar, o que, antes de mais nada, é querer criar um mundo, ou limitar o próprio, a partir do desacordo fundamental que separa o homem de sua experiência, buscando, assim, encontrar um terreno familiar engessado de suas razões ou iluminado por suas analogias, de forma que o homem se sinta tal como um nacional em sua terra prometida, alguém não mais estranho, mais sim autor de sua própria vida, resolvendo-se, assim, o divórcio insuportável entre o homem e sua vida, matando-se Deus e se tornando seu próprio deus, isto é, alcançando o atributo da divindade, o qual é mais conhecido como independência, no sentido de que, se Deus existe, tudo depende dele e nada podemos fazer contra sua vontade, ao passo que, se ele não existe, tudo depende de nós, tal como expressam Kirilov e Nietzsche.
?O que resta é um destino cuja única saída é fatal. À margem dessa fatalidade única da morte, tudo, alegria ou felicidade, é liberdade. Surge um mundo cujo único dono é o homem. O que o atava era a ilusão de outro mundo. A sorte do seu pensamento já não é renunciar a si, mas renovar-se em imagens. Ele se representa ? em mitos, sem dúvida ?, mas mitos sem outra profundidade senão a dor humana e, como esta, inesgotável. Não mais a fábula divina que diverte e cega, mas o rosto, o gesto e o drama terrenos em que se resumem uma difícil sabedoria e uma paixão sem amanhã?.
Por fim, Sísifo, consuma sua vitória ao notar que não haveria destino que não pudesse ser superado pelo desprezo e seu destino passa a lhe pertencer, assim como a rocha passa a ser sua casa. Aqui ele foi um homem absurdo, pois disse sim e falou que seu esforço não teria interrupção e notou que não existe um destino superior, mas apenas um, o destino pessoal, o qual ele julga fatal e desprezível e, de resto, notando que é dono de seus dias, convencido, ainda, de sua origem totalmente humana contemplada com todas as sequências de suas ações desvinculadas que foram seu destino e sob o viés de sua memória o selando com a morte.
Portanto, assim como Sísifo, as pessoas encontram seu fardo, ao tempo que aquele ensina que a fidelidade superior nega os deuses ? aqui eu interpreto como aquilo que é contrário a independência, aquilo que é contrário à nossa autoria de nossa própria vida ? e ergue rochas, as quais, a partir de cada grão de pedra e a cada fragmento mineral, cria uma montanha em que nossa luta para chegar ao cume forma, por si só, nosso mundo.
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