Vinicius 11/04/2016
Batman: Arkham Knight
Fazer uma resenha de um livro de super-herói é um pouco complicado. Estamos falando de um dos heróis mais conhecidos no mundo - talvez o mais popular de todos - e que faz parte da vida de muitas pessoas. Nós vamos envelhecendo e o Batman ganhando cada vez mais espaço.
O livro é a novelização do jogo de videogame que fez um sucesso estrondoso em 2015 que possui título idêntico ao livro.
A proposta é bem legal. A história gira em torno do cavaleiro das trevas e de um dos vilões mais conhecidos do universo da DC Comics, o Espantalho. Ele pretende, através de uma das emoções mais humanas, destruir Gotham City.
Falar qualquer coisa além disto seria estragar as surpresas da história
Fiquei bem entretido nos dias que esta obra me fez companhia. O livro te prende do começo ao fim e tem uma linguagem bem fácil de ser compreendida. Os capítulos curtos também ajudam a leitura ficar mais rápida. Além de que, existem diversos pontos de vista, incluindo a visão dos malvados.
Confesso que no começo fiquei um pouco entediado pelo Batman sempre conseguir bater (pois ele não mata) e neutralizar todos os seus inimigos, destruindo até tanques de guerra com a maior facilidade do mundo.
Tudo bem que estamos falando de um super-herói, mas como é dito durante o desenrolar dos fatos, todos somos humanos. E pra mim algumas cenas não desceram tão facilmente.
Na minha opinião quem se destaca são mesmo os vilões e eles aparecem aos montes: Hera Venenosa, Arlequina, Pinguim, o Espantalho. Mas quem rouba a cena mesmo é o Coringa. Ele tem um papel fundamental na história e, pra mim, foi mais protagonista que o próprio Batman.
A pequena participação da Arlequina também é digna de destaque. Ela é uma vilã perfeita. Fria, cruel e muito psicótica.
Tem muitos vilões? Sim. E é isso que faz Arkham Knight funcionar. Apesar de existir uma grande luta entre o bem e o mal, o lado dark, por poucas vezes, vai chegar até ajudar o Morcego.
O final é impactante e é uma grande surpresa. Mas a trama só vai se desenrolar mesmo lá pela página 200.
Fiquei chateado também pela Darkside ter pisado um pouco na bola com a revisão. Muitos erros de português e, pelo que me lembro, um de diagramação. Engraçado que a obra passou por dois revisores (Marlon Magno e Ulisses Teixeira) e erros básicos não foram arrumados.
Tirando isso, o livro está lindo. A fonte (inclusive o tamanho) e espaçamento estão maravilhosos.
Apesar de não ser um livro perfeito, vale muito a pena conhecer esta história e viajar neste mundo tão incrível.