Resenhas - As Gêmeas do Gelo

Bruna 14/06/2016

As Gêmeas do Gelo - S.K Tremayne
Eu sou bem suspeita para falar sobre thriller psicológico, já que é o meu tipo de leitura favorito. Fiquei totalmente intrigada do início ao final do livro, devorei as páginas, quase pulava as palavras para conseguir entender o mistério, para tentar encaixar as peças. O livro por inteiro, é maravilhoso, mas o final foi um pouquinho broxante. Mas nada que não me faça indicar esse livro a todos que conheço.

Sarah e Angus Moorcroft tem duas filhas gêmeas idênticas, Lydia e Kirstie Moorcroft, que são unidas e inseparáveis desde que nasceram. Depois que Lydia sofre um acidente e acaba falecendo, a família decide se mudar para uma ilha isolada na Escócia em busca de juntar os pedaços da família novamente, quando a filha sobrevivente, Kirstie, diz que na verdade ela é a Lydia, a filha quem morreu.

O livro inteiro é cercado por um suspense maravilhoso, toda hora aparecia um enigma novo, um questionamento novo, que só te fazia querer ler mais e mais e chegar logo ao final do livro para saber a verdadeira história. Não dá para falar muito sobre essa história sem soltar um spoiler, e é bom ler esse livro sem saber de nadica de nada. Sobre o final ser um pouco broxante, sim... Eu esperava um motivo BOMBÁSTICO para todos os mistérios, mas o que eu recebi foi meio café com leite, meio morno. Não que isso vá mudar o desenrolar da história, achei o livro maravilhoso, muito bem escrito, muito bem descrito e trabalhado, só achei o desfecho final morno.

Foi uma leitura maravilhosa do início ao fim, e recomendo esse livro pra todos com toda certeza, principalmente pra quem gosta de thriller psicológico. Apesar de esse livro confundir um pouco de loucura com sobrenatural, e você não saber se é mais terror ou um suspense. Uma assombração, algo sobrenatural, ou apenas Transtorno de Estresse Pós Traumático... Isso fica a critério do leitor, você tira suas próprias conclusões!

Nota 4 apenas pelo final muchinho! Mas recomendadíssimo

Rebeca 03/06/2016

Angustiante!
A palavra angustiante define bem o livro. Desde o início somos apresentados a um casal que sofreu uma grande perda: uma de suas filhas gêmeas morre em um acidente. Desde o início ficamos intrigados, presos nas situações mais torturantes e problemáticas. A família se deteriorando, se muda para uma ilha com a intenção de deixar o passado para trás e tentar se recuperar do trauma. Mas quando a gêmea que não morreu começa a ter distúrbio de personalidade, os problemas não só reaparecem como intensificam e, após cada mentira ser contestada, toda a verdade vem a tona. A história é bem contada, intriga, prende, mas decepciona no fim.

Ana Luiza 27/05/2016

Um suspense perturbador
A LEITURA – TRAMA E NARRATIVA
Recebi esse livro como uma surpresa da editora e imediatamente fiquei louca para lê-lo. Eu estava querendo algo diferente dos romances leves e fofos que tanto leio e As Gêmeas do Gelo foi uma boa pedida. O autor consegue construir um suspense tenso e viciante desde as primeiras páginas. Você já começa o livro sentindo que “há algo errado” com a família protagonista, o que te deixa vidrado na trama e ansioso pelas próximas páginas. A trama de As Gêmeas do Gelo é recheada de mistérios, mentiras e segredos, e Tremayne vai os revelando aos poucos, de forma lenta e torturante, mas boa.

Apesar de ter sentido que o livro poderia ser um pouco mais curto, eu gostei do desenvolvimento e desenrolar da história, que é muito bem amarrada. As Gêmeas do Gelo é extremamente surpreendente e o livro brinca com o leitor - quando você acha que descobriu tudo, o autor dá uma reviravolta na história que você jamais esperava e te deixa sem palavras e com o coração na mão. A escrita de Tremayne é boa e descritiva na medida certa. O mais interessante é que ele nos faz mergulhar na cabeça da narradora, Sarah, e nos desafia a desvendar a personagem ao mesmo tempo em que coloca as dúvidas e sentimentos dela dentro do próprio leitor. Contudo, para deixar a obra mais intrigante, o livro também traz alguns capítulos narrados em terceira pessoa que mostram a perspectiva de Angus.

OS PERSONAGENS
Como deve ser em um bom suspense, os personagens de As Gêmeas do Gelo não são o que parecem. Apesar de tanto protagonistas quanto secundários serem bem desenvolvidos, o autor dá o destaque necessário para os protagonistas e os torna mistérios que devem ser revelados ao longo da leitura. A primeira impressão que temos dos Moorcroft é que eles são uma família perfeita, pelo menos antes do acidente – o que reforça ainda mais a segunda impressão sobre eles, que nos diz que há algo muito estranho e errado com a família.

No início me simpatizei bastante com Sarah. A dor e a culpa pela perda da filha, a vontade de recomeçar e a dúvida sobre a real identidade da garota são massacrantes e faz o leitor ter pena da personagem ao ponto de gostar dela. Contudo, conforme Sarah vai rapidamente se mostrando bem mais desequilibrada que no início, quando confessa que Lydia era sua favorita e quase deseja que a outra gêmea é quem tivesse morrido, passei a desconfiar dela e quase que odiá-la. E assim o autor vai brincando com as nossas impressões e sentimentos, ora nos fazendo detestar os protagonistas, ora nos fazendo gostar deles. A mesma coisa ocorreu com Angus. A princípio, sua bebedeira e ódio aparentemente infundado pela Sarah me provocaram repulsa, contudo, quando percebemos que ele apenas quer proteger a família e ficar em paz, simpatizamos com o personagem.

Mas é Kirstie quem mais causa confusão no leitor. A dúvida sobre sua real identidade nos assombra durante todo o livro, assim como questões sobra sua sanidade e índole. Me compadeci imensamente com sua tristeza, dor e confusão pela perda da gêmea, entretanto, em alguns momentos, fiquei com um leve medinho da garota. Kirstie às vezes nos parece louca, outras vezes completamente cruel. E também há os momentos em que parece perdida, despedaçada. A trajetória da personagem é dura, um pouco assustadora também, mas bastante intrigante. Para quem curte psicologia, As Gêmeas do Gelo é um prato cheio. O livro aborda questões como a ligação psicológica e a formação da identidade de crianças gêmeas, vários traumas psicológicos ligados ao processo de luto e perda, e também alcoolismo.

CONCLUSÕES FINAIS
Um livro sobre famílias imperfeitas e como escolhas ruins, segredos e mentiras podem terminar em tragédia. Um suspense bem construído e viciante, As Gêmeas do Gelo é uma obra arrebatadora, surpreendente e intrigante do início ao fim. O final é perfeito, apesar de um pouco perturbador, e te deixa pensando na obra mesmo após dias do término da leitura. Todos que gostam de suspense provavelmente serão agradados pela obra, mas a recomendo em especial para quem gosta de tramas que dissecam os seus personagens em uma análise profunda de suas psiques e desafiam o leitor a desvendar os protagonistas e todos os mistérios da história.

site: http://www.mademoisellelovesbooks.com/2016/05/resenha-as-gemeas-do-gelo-sk-tremayne.html

Aione 26/05/2016

Tensão, drama, suspense, loucura, sobrenatural: fazia tempo que não lia um thriller psicológico tão bom como As Gêmeas do Gelo. Sua premissa e os comentários a respeito da leitura não me prepararam para o que de fato encontrei na obra de S.K. Tremayne, e, enquanto escrevo essa resenha, sinto que ainda estou tentando digerir e absorver tudo o que li.

Sarah e Angus Moorcroft passaram por uma terrível provação: uma de suas filhas gêmeas, Lydia, morreu após um acidente, fragilizando por completo toda a situação familiar por eles construída. Agora, 14 meses após o fatídico dia, eles resolvem se mudar para a pequena ilha escocesa herdada por Angus, na tentativa de reconstruírem suas vidas. Contudo, Kristie, a gêmea sobrevivente, começa a afirmar que ela, na realidade, é Lydia, e foi Kristie quem morreu. Teriam eles cometido um erro terrível?

Os capítulos são alternados de acordo com as diferentes narrativas – em primeira pessoa, segundo a visão de Sarah, e em terceira pessoa pela perspectiva de Angus -, mesmo que haja uma predominância da voz de Sarah. Dessa maneira, tanto a trama se torna mais interessante por podermos compreender melhor as personagens, quanto isso faz parte da construção do suspense do enredo e de seu teor psicológico: as personagens escondem umas das outras segredos e impressões, ocultos inclusive ao leitor, e todo sigilo acaba por aguçar nossa curiosidade. Ainda, há uma clara diferença na visão de um cônjuge para outro, de forma a não sabermos onde está a verdade, já que a realidade é distorcida de acordo com as crenças, personalidades e vivências de cada um.

Assim, S.K. Tremayne constrói um ritmo alucinado de leitura, envolvendo o leitor desde as primeiras páginas e trabalhando cada detalhe da trama. Tanto o cenário quanto as cenas contribuem com o clima de tensão por ele criado, e há, inclusive, certo tom de terror que permeia o enredo. Foram vários os momentos em que me vi aturdida pelos acontecimentos e pelo tom sombrio adquirido pela história.

Da mesma forma em que o livro traz como premissa algo envolvendo duas irmãs gêmeas, esse caráter duplo transpassa essas personagens e atinge as demais características da obra – protagonistas, narrativa, fatos -, de modo a sermos levados por essa dualidade. Não sabemos em quem confiar e no que acreditar até que o livro atinja seu final, e do início ao fim fica evidente o quanto o teor psicológico do enredo é relevante e impactante no todo.

Também, adorei como o autor trabalhou diversas questões ligadas tanto ao matrimônio quanto à maternidade e à paternidade, inserindo aspectos muitas vezes cruéis e complicados, mas sempre com uma enorme carga de sinceridade e realidade em cada um deles. O cenário familiar desenvolvido é bastante problemático, e quanto mais nos aprofundamos no cerne dos Moorcroft, mais problemático tudo se torna. Há na narrativa, também, uma grande carga dramática decorrente de todas as adversidades vividas pelos protagonistas.

Para resumir, As Gêmeas do Gelo se tornou um dos melhores livros do gênero que já tive a oportunidade de ler. Suas personagens são complexas e contribuem com excelência com a história criada por S.K. Tremayne, repleta de suspense e jogos psicológicos. Não consegui desgrudar da leitura do início ao fim, e adorei como cada peça foi conectada ao longo das páginas, chegando a um final arrebatador, por se dar em um grande clímax. Recomendo a todos que procuram um bom thriller, principalmente os de leitura rápida e envolvente.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2016/05/26/resenha-as-gemeas-do-gelo-sk-tremayne/

Carol Naves 16/05/2016

Quem não gosta de um suspense?
As Gêmeas do Gelo é o romance de estréia de S.K. Tremayne, pseudônimo de Sean Thomas, lançado este ano pela Bertrand Brasil.
No romance, de 362 páginas, Angus e Sarah Moorcroft são um casal feliz e bem sucedido da classe média de Londres, juntos há quase 10 anos e pais orgulhosos das gêmeas idênticas Lydia e Kirstie Moorcroft, de 7 anos. Ou, pelo menos eram...

Angus é arquiteto e extremamente bem sucedido em sua carreira. Após três anos de promoções sucessivas, pôde comprar uma bela casa em Camden, no centro de Londres e ser o principal provedor. Sarah, que é jornalista, pôde diminuir a rotina de trabalho para meio período e conciliar trabalho, afazeres domésticos e cuidados com as gêmeas. Porém, o equilíbrio familiar ruiu após uma das gêmeas morrer em um terrível acidente.

Após a tragédia, cada um lidou com o luto de uma forma diferente. Angus passou a beber, tornou-se instável e perdeu o emprego ao agredir o chefe com um soco, passando então a trabalhar como freelancer. Sarah fechou-se completamente para a vida e para o marido, causando grande atrito no casamento; e Kirstie, que antes era extrovertida, torna-se triste e reservada. Sem dinheiro e com uma enorme hipoteca, a única saída que o casal encontra é se mudar para a casa que Angus herdou da avó, situada na remota Ilha Torran, Escócia. O que era para ser uma busca por recomeço, torna-se um pesadelo, quando Kirstie alega ser Lydia, sua gêmea morta.

As Gêmeas do Gelo é um livro sobre luto, com uma grande pegada psicológica. O autor usa duas formas de narração: narrador-personagem para Sarah e terceira pessoa para Angus, em capítulos intercalados, de forma que a história se complete sob os dois ângulos. Achei isso bem legal, pois em vários momentos tive que parar a leitura e conferir se o autor era mesmo um homem, pois a narração que Tremayne faz como Sarah é tão delicada e feminina que realmente parece escrito por uma mulher que é mãe, com todas as características que remetem à figura materna.

Os personagens são muito bem construídos. Sarah e Angus são um casal com grandes problemas pessoais e matrimoniais. Nas primeiras páginas Sarah foi extremamente descritiva com as coisas ao seu redor, como se, após 6 meses de luto e tristeza, estivesse finalmente acordando para a vida. Kirstie/Lydia tornou-se uma criança confusa, sem identidade e introvertida após a morte da irmã. Porém, o que mais chamou minha atenção foi o psiquiatra de Sarah, o Dr. Kellaway. Ele não é muito presente, mas suas poucas aparições me levaram a imaginar que seria o alter ego de Tremayne - juro, consegui ver o autor ali, conversando com sua personagem e tentando tranquilizá-la.

A história é repleta de segredos. Quando pensamos estar próximos de desvendá-los, somos surpreendidos com novos. Isso faz com que a atmosfera do livro seja totalmente nublada, um suspense aflitivo e angustiante que só consegui encontrar igual nos livros de Agatha Christie - e isso quer dizer muita coisa.

Por fim, este, sem dúvida, foi o melhor livro que li no ano - e um dos melhores do gênero também. S.K. Tremayne acertou em tudo o que se propôs e, de quebra, nos entrega um desfecho fantástico. As Gêmeas do Gelo já entrou para a minha lista de favoritos e espero muito que façam um filme.

site: http://www.nerdepijama.com.br/2016/05/resenha-as-gemeas-do-gelo-sk-tremayne.html

Tamara 14/05/2016

Um thriler empolgante
Esse é um livro que me causou algumas expectativas e também receios quando vi o seu lançamento. Expectativas pois não resisto a um bom thriler psicológico, mas receios porque ele por várias vezes é comparado a "um livro para os fãs de A garota no trem", um livro que não gostei. Porém quando iniciei a leitura percebi que não poderia ser comparado com A garota no trem e que era uma obra muito melhor. Além disso tive uma grande surpresa que foi descobrir que as gêmeas do gelo eram duas menininhas de sete anos, e pela sinopse eu tinha a impressão de que seriam adolescentes, e claro que o fato de ter crianças no enredo me empolgou ainda mais.
Os pontos positivos da obra foram vários. Até o final não consegui descobrir o que realmente tinha acontecido, e creio que a intenção da autora era manter nós leitores em dúvida da identidade da gêmea viva, o que conseguiu. Por vezes eu me convencia de que a menina viva era Lydia e por vezes me convencia que era Kirstie. Outro ponto muito positivo é o cenário. A ilha solitária deixou tudo mais sombrio e assustador, e em algumas cenas eu me arrepiei com as descrições, embora em nenhuma parte tenha sentido um forte medo. Há ainda as emoções dos personagens que ficaram muito vívidas e enquanto eu as lia conseguia senti-las, principalmente as da menininha.
Mas também houveram alguns pontos que me perturbaram, como a falta de explicação para alguns fenômenos e o final, que não achei tão satisfatório, além de um certo erro na estrutura literária, onde vemos uma narração mas ela não condiz com o final do livro, porém não tenho como discorrer a respeito dela para não deixar spoilers.
Os personagens Sarah e Angus não conseguiram me despertar sentimentos tão bons, eles eram muito movidos a raiva, a rancor e isso acabou os afastando de mim. Já a menininha sobrevivente me cativou de um modo muito intenso, e durante todo o tempo eu ficava querendo conhecê-la mais e tendo um sentimento de proteção sobre ela que tão novinha estava passando por tudo aquilo. Os personagens secundários na minha opinião não acrescentaram tanto a obra e me sinto neutra em relação a eles, nenhum teve uma personalidade que me chamou atenção.
O livro é dividido em 28 capítulos e abrange uma época que começa 14 meses depois da morte de uma das gêmeas e segue por alguns meses acompanhando a vida da família. A narração é em primeira pessoa quando encontramos o ponto de vista de Sarah e em terceira pessoa, quando estamos conhecendo mais sobre as ações e pensamentos de Angus. Minha leitura foi em ebook e encontrei alguns erros que não atrapalharam na leitura.
Recomendo As gêmeas do gelo para aqueles que desejam um livro cheio de mistérios que nos deixa curiosos a cada parte, um livro que cativa e perturba, uma história sobre a qual passamos dias após a leitura pensando e refletindo sobre as nuances psicológicas por traz das ações de cada um de nós.

Paula 12/05/2016

Que surpresa!
O livro me surpreendeu! Tinha achado a sinopse interessante, mas pensado que era apenas mais um suspense fraco chamado de maravilhoso por pessoas que não estão acostumadas com boas leituras. Ainda assim, as resenhas daqui me deixaram muito curiosa e acabei comprando o livro com aquele pensamento "ah, se for ruim, revendo". Li as mais de 350 páginas em 1 noite só. Impossível largar! Fiz isso ontem e hoje continuo pensando na história, o que mostra o quanto ela me prendeu. Se, na hora, a leitura foi frenética, agora começo a raciocinar melhor e encontrar algumas questões curiosas...

A sinopse do livro já é conhecida. Uma das gêmeas morreu. A sobrevivente, no acidente, disse que a Lydia tinha caído da varanda. Esse era o único indício de que a que viveu era a Kirstie. Só que, 14 meses depois, a Kirstie começa a dizer ser a Lydia. Após mais de um ano, a gêmea que restou começa a se queixar do suposto engano. Tudo indica que ela tem razão, que ela é Lydia, a filhinha favorita da mamãe, que enlouquece com essa dúvida. Na leitura, acabamos participando da loucura da Sarah, mas há evidências como o comportamento da Emily, a histeria coletiva das crianças na escola ao falarem de fantasmas e mesmo o final que me fizeram pensar: a Sarah estava louca ou havia algo de paranormal ali? Ou os dois?

O favoritismo por uma das filhas, para mim, ficou claro no momento em que ela decidiu aceitar que a Lydia estava viva. Na leitura, apesar da angústia dessa mãe, não senti que ela estivesse sofrendo a perda da Kirstie como aconteceu com a da Lydia. Ter um filho de volta é o sonho de toda mãe que perde um, mas ali, para ela ter a Lydia, isso implicaria na morte da Kirstie. Cadê o luto por ela? Soou como "tudo bem se a Kirstie não estiver mais aqui, lamento muito, mas estou muito feliz com a Lydia de volta, feliz demais para me importar com o fato da Kirstie morrer". Por isso, não foi uma grande surpresa, mas achei confuso primeiro o Angus lembrar que a Kirstie disse ter empurrado a Lydia por ciúmes e depois, a Kirstie mencionar que empurrou a irmã apenas para se salvar. As irmãs pareciam muito unidas e apesar do ciúmes da mãe, em momento algum foi escrito mais nada que desse a entender a existência desse ressentimento. Pelo contrário: o tempo inteiro foi escrito que a gêmea sensível era Lydia, não Kirstie. Da mesma forma, em momento algum foi descrito o que Lydia sentia sobre a atenção exagerada que o pai dava para Kirstie, a fim de compensá-la pelo comportamento da mãe.

O que me chamou mais a atenção na história foram os desdobramentos. A cada momento, uma nova informação nos era apresentada. No momento que o suposto abuso sexual cometido com Kirstie veio à tona, a loucura de Sarah já estava evidente para mim. Realmente, o que a gêmea comentou dava sim motivos para ela ficar curiosa e ter esse pensamento, mas pensar em matar alguém e acusar diretamente um pai de abusar de sua filha apenas porque a irmã citou que ele tinha beijado ela foi bastante prematuro - reparem que a criança não entra em maiores detalhes até então e, ao ser questionada depois, é enfática: não foram beijos tipo de mamãe e papai. Poderia ser uma demonstração do ciúmes que citei acima, Lydia poderia ter estranhado os carinhos excessivos do pai pela irmã, já que ela não recebia o mesmo (Sarah era seca, lembram? Logo no início do livro, é destacada essa diferença entre ela e Angus. Ele era o carinhoso. Era quem abraçava e beijava). Só que aquela não era Lydia e sim Kirstie. Poderia ser algo telepático? Talvez... O fato é que Kirstie se incomodou com o suposto excesso que depois descobrimos não ser excesso nenhum: era demais comparado apenas se comparado com o que Lydia recebia de carinhos físicos.

Ma chamou atenção também a hipocrisia de Sarah. Ela traiu o marido em um momento no qual se sentia sozinha: após o nascimento das gêmeas. Ela o traiu de novo no dia da morte da filha e se levou o amante para a casa dos pais, é porque não era algo corriqueiro. Angus soube dessas duas situações e sempre a perdoou. No entanto, ele errou durante o luto. Ele se sentiu sozinho e errou. Cometeu o mesmo erro dela e a reação teria sido absolutamente compreensível se não fosse o fato dela ter feito o mesmo e mais de uma vez. Ela não tinha obrigação de perdoá-lo também, mas foi um tanto desproporcional reagir dessa forma, visto que ela tinha visto o mesmo. Poderia ser indícios da loucura dela? Talvez...

Após a leitura do prólogo, fiquei feliz em ver Kirstie bem. Ao mesmo tempo, a dúvida de antes foi reforçada: estaria aquela criança com problemas psiquiátricos antes ou aquele comportamento era devido à algum acontecimento paranormal? Seria mesmo o espírito de Lydia responsável por aquilo tudo ou o doutor estaria certo? É um livro. Tudo é possível. O fato é que Sarah tinha fios de cabelos loiros nas mãos ao morrer....

Glaucia @blogmaisquelivros 10/05/2016

Enigmático e cheio de mistérios!
Sarah e Angus Moorcroft pareciam ter a vida perfeita. Ele, um arquiteto bem sucedido e recebendo uma boa renda para manter sua família e ela uma jornalista prestando serviços como freelancer enquanto cuidava da casa e das gêmeas Lydia e Kirstie.

A ligação entre as gêmeas era algo incompreensível até mesmo para os pais, as duas eram inseparáveis e compartilhavam de segredos e sentimentos que apenas elas entendiam. Por onde passavam Lydia e Kirstie chamavam a atenção pela beleza e pela dificuldade em serem identificadas, confundindo até mesmo os pais que com o tempo passaram a distingui-las pela personalidade. Lydia era a mais doce e sentimental e assim como a mãe gostava de ler e Kirstie era a gêmea confiante, elétrica e extrovertida.

Mas aos seis anos de idade, um grave acidente tira a vida de Lydia, e sua morte além de abalar toda a família Moorcroft que começa a se desestruturar aos poucos, agora parece estar abalando também a sanidade de Kirstie - a gêmea sobrevivente que após 14 meses do acidente afirma aos pais que houve um engano – quem morreu foi Kirstie, ela é Lygia e permanece viva.

Por que você continua me chamando de Kirstie mamãe? Kirstie está morta. Quem morreu foi a Kirstie. Eu sou Lydia. (Pág. 24)

Com a revelação da filha, Sarah já não tem certeza se houve um engano entre a identidade das meninas ou se Kirstie está enfrentando um conflito de identidades, já que as gêmeas tinham o costume de trocar as personalidades em suas brincadeiras. Sem saber como lidar com o problema da filha e com dificuldade em expor o problema ao marido, Sarah vive o difícil dilema de restaurar o seu relacionamento com Angus e devolver a tranquilidade para a pequena Kirstie/ Lygia.

Quando Angus herda da avó uma pequena ilha na Escócia e propõe uma mudança para um ambiente longe de todas as lembranças tristes do atual lar, é que cresce em Sarah a esperança de reestruturar a paz dos Moorcroft. Porém Sarah sabe que a adaptação ao novo lar não será algo fácil e que mesmo em um novo lugar precisará saber qual das filhas realmente sobreviveu aquele fatídico dia. Será que eles realmente enterraram uma das filhas achando ser a outra? Ou tudo será apenas um engano?

Com uma escrita fluída, uma história cheia de suspense e um clima extremamente instigante, S.K. Tremayne prende o leitor a sua trama até a última página. É impossível não se envolver com a história, e parar de ler sem descobrir a verdade por trás do acidente que quase destruiu essa família é quase uma missão impossível. Se eu fosse definir a obra em apenas uma palavra seria Perturbadora.

O livro ainda tem um clima sinistro, e após a mudança da família para a Ilha herdada por Angus começam a surgir fotos em preto e branco mostrando a ilha, o farol e o interior da casa, um recurso que ajuda o leitor a visualizar melhor o ambiente descrito na história.

Para quem curte thrillers psicológicos e histórias cheias de enigmas e mistérios, As Gêmeas do Gelo certamente irá te envolver e te prender até a última página. Leiam!

site: http://www.maisquelivros.com/2016/05/resenha-as-gemeas-do-gelo-sk-tremayne.html

Jessica Oliveira 09/05/2016

Resenha para o blog Books and Movies
As Gêmeas do Gelo, de S.K. Tremayne, é um livro extremamente assustador. Esse é um livro que, ou você realmente ama ou você odeia profundamente, e você precisa ter muita coragem pera lê-lo. Sim, coragem, pois temos aqui uma história digna de Hitchcock. Sem falar que não temos nada de romance, nenhuma parte fofinha para dar uma amenizada no clima.

Esse é um thriller psicológico sobre um casal de pais em luto pela perda de sua, uma ilha escocesa e uma menina assustadora. A história tem início um ano após um terrível acidente: Lydia Moorcroft, uma menina de seis anos de idade, caiu de uma varanda enquanto brincava com sua irmã gêmea idêntica, Kirstie, e veio a falecer.

Após esse incidente a família, aos trancos e barrancos, tenta se reerguer. Os pais, Sarah e Angus, não estão segurando a barra muito bem. Sarah está sofrendo de uma depressão severa, o que é bastante compreensível, já Angus, afoga as mágoas na bebida e, como resultado, acaba por perder o emprego. E se isso não fosse bastante, ainda tem a hipoteca de seu apartamento que está vencida. Com tantas coisas dando errado, Angus e Sarah decidem pegar Kirstie e se mudar para uma ilha na Escócia, para uma propriedade que Angus herdou de sua avó.

Só que as coisas não saem como o planejado. Quando Sarah, feliz da vida pela mudança, vai contar a novidade para Kirstie, essa lhe informa que ela não é Kirstie e sim Lydia, pois foi Kirstie que morreu. Sarah não acredita, afinal, ela é a mãe, será que ela não saberia a diferença entre as filhas? Será que ela confundiu a filha? Sarah começa a ficar obcecada com a ideia de provar de que Kirstie é, REALMENTE, Kirstie e não Lydia. Mas os fatos assustadores não acabam por aí, ainda temos o fato de que a menina começa a se referir a ela como “nós” e que o cachorro age muito estranho quando está perto dela.

Eu adoro livros como esse. Eu adoro a sensação de medo e de não saber o que o autor reserva para a próxima página, sem falar na sensação de inquietude que a leitura traz, pois você SABE que alguma coisa não está certa. E o melhor de tudo em “As Gêmeas do Gelo” é que existem explicações plausíveis para o que aconteceu, mas também existem explicações que levam para o lado sobrenatural. O legal é que o leitor pode escolher qual teoria gostaria de seguir.

Outra coisa legal é o cenário. Enquanto não fazia sentido para mim um casal passando por tantas dificuldades carregar a sua única filha, que por sinal está passando por uma fase bem traumática, para um lugar no meio do nada, eu amei a ilha. A ilha é sombria e Sarah a descreve como possuindo uma beleza misteriosa, dá para se dizer que ela é um personagem no livro, de tanta influência que o cenário possui.

Eu, realmente, não posso descrever esse livro em muitos detalhes sem dar spoiler. Essa é a beleza do mistério. Outra coisa bem interessante é que, até o final do livro, eu não tinha conseguido resolver o mistério. Juro para vocês que eu tentei, apliquei todas as minhas técnicas investigativas e falhei miseravelmente. Quando cheguei ao final, eu já estava ofegante, de tanta angustia e curiosidade. A trama é muito bem escrita e não deixa nenhum furo, aplaudo de pé S.K. Tremayne, o cara sabe prender um leitor e mata-lo de curiosidade.

Então, se você gosta de uma leitura que, a cada página lida, faz com que você sinta aquele frio na espinha, recomendo “As Gêmeas do Gelo”. Tenho certeza que você não irá se arrepender de lê-lo.

site: www.booksandmovies.com.br/

Leitora Viciada 09/05/2016

Resenha para o blog Leitora Viciada
As Gêmeas do Gelo (The Ice Twins, 2015) é um romance do jornalista Sean Thomas, sob o pseudônimo S. K. Tremayne. Ele também já publicou muitos livros utilizando o pseudônimo Tom Knox. Premiado autor best-seller, que escreve sobre viagens para jornais e revistas do mundo todo, compôs um suspense de arrepiar, em formato de thriller e que realmente abala o psicológico do(a) leitor(a).
Sua experiência com turismo o ajudou a compor o cenário do livro de forma impecável, com descrições cinematográficas e ambientação perfeita. Eu imaginava cada local com muita facilidade, criando até mesmo sons e cheiros em minha mente. O autor é tão habilidoso na construção do ambiente que fui capaz de sentir frio estando fisicamente no calor; imaginar a névoa me envolvendo, aves e focas quebrando o silêncio das águas escuras e a ventania atingindo as janelas. Não é exagero, o autor cria um cenário rico, frio e assustador e você não precisará pesquisar muito sobre as Terras Altas da Escócia para sentir a atmosfera bela e imponente do local.
O autor se inspirou em um local real: Eilean Sionnach, ao longo de Isleornsay, em Skye. Modificou o nome da ilha para Eilean Torran e criou sua própria versão, porém mantendo o farol e a velha casa com pinturas antigas. O cenário é importantíssimo para auxiliar no suspense e sustos ao longo da trama, tanto a parte exterior (a ilha) como a interior (a casa).

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2016/05/as-gemeas-do-gelo.html

S.S.Days 03/05/2016

Maravilhoso! Uma leitura perfeita!
Desde o início do livro gostei muito de Angus, mas na ilha, quando ele entra com sua narrativa, suas ações e pensamentos acabam se tornando estranhas e sombrias, isso "desencanta" um pouco a percepção do leitor quanto ao personagem, mas a curiosidade por saber mais sobre ele vence.

No inicio não sabemos se ele faz o que faz para salvar sua familia ou se não existe um bem maior (oculto e maldoso) por trás disso.


Sarah é no minimo intrigante. 

Kirstie - ou Lydia - extremamente estranha, apesar de adorar toda e cada palavra que ela diga - adoro essas crianças dos livros.


Mas dentre essas e outras, fiquei feliz que li algum livro que realmente se sobressaiu durante o mês. 


leia mais em: http://frasesdefallenoficial.blogspot.com.br/2016/04/as-gemeas-do-gelo.html?m=1

Núbia 03/05/2016

Perfeito suspense!!!
Um livro instigante e envolvente. Cada fim de capítulo apresenta uma nova descoberta que prende o leitor ao enredo. Simplesmente amei, adoro o gênero!!!

Kétrin 02/05/2016

Angus Moorcroft é um arquiteto muito bem sucedido e sua esposa Sarah, é uma mulher muito atraente e dedicada. Eles se conheceram em um bar e acabaram se apaixonando, pouco tempo depois começaram a construir sua própria família e com isso, veio as gêmeas. Kirstie e Lydia Moorcroft são gêmeas idênticas, donas de uma beleza única que chamam a atenção por onde passam. Suas aparências são iguais, sendo difícil até para os próprios pais destingirem quem é quem, até que com o tempo elas foram crescendo e suas personalidades se diferenciando. Enquanto Lydia era mais calma, Kirstie era agitada.

A família Moorcroft tinha uma vida perfeita e viviam em harmonia, até que acontece um acidente em que Lydia acaba morrendo com apenas seis anos de idade. Isso acaba com a família, Sarah entra em uma profunda depressão e Angus se deixa levar pelas bebidas e acaba perdendo o emprego, levando a família à falência. Mais de um ano após o acidente, eles decidem se mudar para uma pequena e isolada ilha da Escócia. Angus herdou a Torran Island de sua avó, o lugar está em péssimo estado, mas eles acreditam que uma boa reforma o lugar possa se tornar habitável e talvez consigam juntas os cacos perdidos da família e assim, reconstruí-la.

Mas o mundo de Sarah desmorona novamente quando Kirstie, a gêmea sobrevivente, afirma que os pais estão confundindo sua identidade, na verdade ela é Lydia e não Kirstie. Será que eles cometeram o terrível engano de confundir a identidade das gêmeas? O que realmente aconteceu no dia do acidente? São muitas dúvidas que começam a assombrar a família.

"- Você fica dizendo que ela está morta, mas ela vem brincar comigo, ela estava aqui, estava na escola, ela brinca comigo, ela é minha irmã, não faz mal se ela está morta, ela ainda está aqui, ainda está aqui, eu estou aqui, nós estamos aqui. Porque você continua dizendo que estamos mortas, quando nós não estamos, nós não estamos, não estamos."


As Gêmeas do Gelo é um thriller psicológico ótimo, com um bom mistério e um suspense envolvido. A maior parte do livro gira em torno da identidade da gêmea sobrevivente, apesar de todos os indícios apontarem que quem sobreviveu realmente foi Kirstie, ela está agindo da mesma forma de Lydia e afirma ser ela. Então fica esse mistério durante o livro que confunde não só a cabeça de Sarah, mas de nós leitores também.

A narrativa é feita pelo ponto de vista de Sarah e de Angus, e conforme isso vai se alterando, nós percebemos que os problemas da família não são apenas a morte de uma das filhas, mas sim que eles escondem muitos segredos. Ambos guardam uma raiva dentro de si, Angus mostra que sabe mais coisas sobre o acidente do que Sarah, e tem algo envolvido nisso que o deixa com uma raiva da esposa que só será revelado no final do livro. Já Sarah concentra todas as suas preocupações na filha sobrevivente e tenta fazer de tudo para descobrir a verdade, até que ela acaba descobrindo mais coisas do que realmente queria.

O livro contém uma trama que causa arrepios, ele irá deixar o leitor angustiado querendo descobrir qual é a verdade e quem é a gêmea sobrevivente. Eu particularmente amo um bom suspense e esse não deixou a desejar, acredito que todos que curtem o gênero irão se identificar com a obra e se surpreender no decorrer da leitura.

site: http://www.oteoremadaleitura.com/2016/04/as-gemeas-do-gelo-de-sk-tremayne.html

Danny_med 30/04/2016

As gêmeas do gelo
Já ouviram falar desse livro?

Não? Então coloque aí o casaco de lã que essa história é de arrepiar:

Nela temos um casal...

Suas filhas gêmeas idênticas - AS GÊMEAS DO GELO

Um acidente?

Uma morte!

Mas qual delas morreu de verdade?

É minha gente, e essa é só a ponta desse iceberg!

Construído com uma narrativa repleta de camadas, o autor nos trouxe um thriller psicológico original, repleto de tensão e excitação, deixando a todo momento pistas para a verdade que mais confundem do que esclarecem.

Tudo isso narrado em primeira pessoa, por dois personagens de passado obscuro e intenções duvidosas: uma mãe desequilibrada emocionalmente e um pai devastado e ferido - Eles tentam salvar sua filha sobrevivente, que está perdida entre suas sombras e seus reflexos no espelho (sim, no plural!)!

Em quem podemos confiar?

Para onde fugir quando a história recria uma atmosfera de terror tão densa, que faz com que aquele arrepio verdadeiramente chegue até você?

Sob a luz do farol você se vê imerso em um pesadelo sem saída - que escolhas você faria ? Entre o sobrenatural e brincadeiras macabras - em que acreditar?

Que mistérios a memória pode esconder?

Que segredos eles não querem nos contar?

Quem terá morrido de verdade?

Perdidos entre inocência, intenções e paranóias você se verá devorando esse livro para ter as respostas dessas perguntas!

Recomendadíssimo!

Instagram @danny_med

Moonlight Books 27/04/2016

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net
Inquietante.

A Gêmeas do Gelo, de S.K. Tremayne, lançamento da Bertrand Brasil, é um livro com uma história dramática e cheia de entrelinhas, pois da premissa da morte da filha de uma casal enveredamos numa trama cheia de segredos, mentiras e dramas. Uma história que nos incomoda, que nos deixa inquietos na busca por respostas.

As Gêmeas do Gelo é uma história cheia de drama e tristeza. Há um lado obscuro evidenciado pelo clima sombrio da ilha que nos faz considerar ação sobrenatural e tal questão não é explicada claramente, deixando a cargo do leitor decidir se foi algo de outro mundo ou apenas resultado de desgaste emocional e mental.

Contudo, deixando de lado o sobrenatural, nem de longe é uma história absurda e fantasiosa, pelo contrário, é muito realista. Nós poderíamos viver aquilo ou mesmo acompanhar de perto algo no mesmo estilo. É sobre família com cara de comercial de margarina que esconde segredos sujos. É sobre criar filhos, casamento antes e depois da maternidade, fidelidade, mentiras, distúrbios psicológicos, solidão, traumas e amor.

É simples se você for analisar, sem invencionices, mas é plausível e bem conduzida. Com um começo mais lento para ir evoluindo por um ritmo que transmite uma contagem regressiva, chega num desfecho que literalmente é a calmaria depois da tempestade. E que tempestade reveladora.

Foi uma leitura envolvente e até mesmo assustadora, eu comecei a ler numa tarde e enveredei pela madrugada. Gostei da densidade do enredo, do toque sombrio e da imprevisibilidade.

site: Leia o restante da resenha em http://www.moonlightbooks.net/2016/04/resenha-as-gemeas-do-gelo.html