A Cidade Sitiada

A Cidade Sitiada Clarice Lispector




Resenhas - A Cidade Sitiada


81 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


gabimool 17/04/2024

O Posfácil salva o livro no final
A Cidade Sitiada tem uma leitura bem difícil com personagens incompreendíveis. Sinto que seja o livro mais cansativo de Clarice, mas gostei do modo que ela descreve as percepções sobre Lucrécia. Ao ler o posfácio e constatar que Clarice escreveu esse livro em meio a um momento intimista e difícil dela (perder-se também é um caminho) e que existem relações com o que Simone de Beauvoir falava sobre objetificação, senti que pude compreende-la melhor.
comentários(0)comente



Brenda Santos 11/04/2024

Uma mistura tão grande entre humanizar lugares e desumanizar gente que de repente S. Geraldo é pessoa e Lucrécia Neves Correia é espaço. Só Clarice pra conseguir algo fantástico assim!

No mais, sigo a percepção da maioria dos leitores, como a própria Clarice reconhecia: cansativo, denso demais com tantas descrições e personagens insossos.

DESAFIO LITERÁRIO 2024
Leitura nº6
comentários(0)comente



rafisreading 27/03/2024

Acho que é o livro dela que eu mais me identifiquei até agora, nos de cidade pequena que sonhamos em sair desse buraco merecemos ser ouvidos tb!
comentários(0)comente



Satie.Yugue 24/03/2024

?(?) eu te dou minha vida e nada mais.
Doutor Lucas, sem que se pudesse inventar a expressão que teria neste instante, gritando: quero menos que tua vida, quero você! Ela respondendo com dor, com pudor:
no amor é indigno pedir tão pouco, rapaz.?
comentários(0)comente



Ana 21/02/2024

Único e Íntimo
Lucrécia Neves de longe não é uma das personagens de Clarice Lispector que despertam o interesse e conexão com o leitor, não tem o encanto de Joana, ou a mente afiada e criativa de G. H., e de certo está distante de ter a nossa empatia como Macabea. Mas ela nos desperta um incômodo curioso que mesmo após prolixas descrições nos envolvem e nos mantém atentos ao que virá a seguir. Embora a leitura seja parada e o fluxo de pensamentos contínuos e sem muitos desvios, é agradável a leitura. Uma boa distração e passatempo, mas nada de arrebatadora e cativante. De certo bastante frustrante, mas ainda contém sua beleza.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bibliotecadabri 29/01/2024

Clarice Lispector, A Cidade Sitiada (1949)
Personagem um pouco chata, fútil e pretensiosa, com muito pouco pra entregar, que apenas vê a vida passar no subúrbio de São Geraldo e relata os acontecimentos de sua vida e do lugar em que vive.

Lucrécia Neves, a personagem principal, não consegue se aprofundar nas próprias reflexões e na vida que leva. Ela é uma jovem simplória, que acompanha as pequenas transformações das ruas da cidade e confirma que as coisas são o que aparentam ser.

As descrições de São Geraldo ou da metrópole, onde vai viver posteriormente, se relacionam com a personalidade de Lucrécia. Lucrécia vive em busca de pertencimento com São Geraldo e a cada pequena mudança ela se sente mais distante.
?Sitiada? dentro de si, por seu contexto e com suas angústias, Lucrécia não tem perspectiva alguma de mudança.

E as figuras masculinas encontram um lugar de centralidade nessa história. Na busca de sair da miudeza da vida no subúrbio, Lucrécia se encontra com três personagens e vive nas funções de mulher e esposa. O tenente Felipe, que despreza o subúrbio e, portanto, despreza a própria Lucrécia; Perceu, que é belo porém vazio; e Mateus Correia, com quem ela se casa, vai pra cidade grande e não se sente realizada.

É uma história desconfortável. Acompanhar as andanças de Lucrécia gera uma sensação desagrádavel justamente pelo estilo de vida que a personagem leva. Uma vida monótona e sem sentido. Há uma romantização do que a vida pode e parece ser, mas que nunca chega a realidade íntima da personagem. Apenas a mesmice.

E esse desconforto é próprio do livro e da autora. Depois de muitas vezes rejeitado e aceito por uma editora, Clarice revela, em 1971, ao jornal Correio da Manhã, que este foi seu livro mais difícil de escrever.
comentários(0)comente



Eliane406 23/01/2024

O hermetismo de Clarice
Hermético e essencial, assim como todos os seus romances, na minha visão de leitura clariceana. Este foi 3° livro fala, lançado em 1949.

A terra em torno da água era humosa, fecunda, exalante -- Lucrécia Neves a respirava com impotência e delicadeza. De tanto fitar o córrego sua cara prendera-se a uma das pedras, flutuando e deformando-se na corrente, o único ponto que dóia, mal dóia tanto boiava e sonhava na água. Aos poucos ela não saberia se olhava a imagem ou se a imagem a fitava porque assim sempre tinham sido as coisas e não se saberia se uma cidade tinha sido feita para as pessoas ou as pessoas para a cidade -- ela olhava.

Cáp.3 Pág.53.
comentários(0)comente



arthur966 30/12/2023

Atordoada, quase recuando, perguntava-se como era possível que ele a amasse sem conhecê-la, esquecendo que ela própria só conhecia do homem o amor que ela lhe dava.
comentários(0)comente



maLu 27/12/2023

Boa e desafiante
Nesta obra, que, dentre todas as de Clarice, foi uma das mais desafiadoras, a autora explora as complexidades humanas e do cotidiano. Como em suas outras histórias, Clarice adota uma prosa introspectiva e poética.

Os personagens enfrentam uma sensação de isolamento, tanto interno quanto externo, em busca do significado que todos buscamos. Obviamente, foi mais uma leitura que me trouxe milhares de reflexões existenciais e identitárias.

Como já mencionado, não foi uma leitura fácil e tão fluida quanto eu gostaria, mas certamente me encantou.
comentários(0)comente



Leonardo896 22/12/2023

Difícil, denso
Não foi uma leitura fácil nem fluida, foi o livro mais demorado deste ano. Após ler o posfácio, entendi que mesmo a Clarice sabia que era um difícil, as notas no posfácio são bem interessantes. Tenho certeza que é um bom livro, porém para o meu gosto, foi complicado e lento, extremamente descritivo, as vezes mais focado na transformação da cidade do que nos personagens. Acredito que não é livro que agrade facilmente a qualquer leitor.
comentários(0)comente



João Pedro 20/12/2023

Delicioso desafio
Demorei um tanto para terminar de ler "A cidade sitiada", de Clarice Lispector. Esse é um dos três primeiros romances da autora, escrito antes de ela completar 30 anos (junto a este, há "Perto do coração selvagem", que já li, e "O lustre", que ainda não li).

Sinceramente, se me perguntarem do que se trata o livro, não saberei dizer. Também senti essa dificuldade com "Perto do coração selvagem", mas ali havia um contorno maior a que se apegar. Digo, parecia haver uma estrutura sólida de enredo e, ao redor, uma miríade de pensamentos, um intenso e delicioso fluxo de consciência a levar o leitor a um passeio pela mente de Clarice. Mas "A cidade sitiada" é diferente, pois, apesar de muito relacionado aos objetos, às coisas que compõem o subúrbio de São Geraldo, é um romance sem uma forma mínima definida.

O capítulo 4, "A estátua pública", por exemplo, possui 20 páginas e se passa inteiramente dentro de um apartamento e da mente da protagonista, Lucrécia Neves. O capítulo 5, "No jardim", como que indo além no desafio ao leitor, é todo uma espécie de sonho.

Foi a leitura mais desafiadora que já fiz de Clarice Lispector. Um romance que é também um mistério, um enigma, e nem por isso deixa de ser bom. Ou talvez por isso justamente seja uma excelente leitura se a pessoa estiver disposta a tanto.

No posfácio escrito por Benjamin Moser, um alento a quem sentiu dificuldade e chegou até o fim: "Em 1971, Clarice Lispector disse a um entrevistador que lesse A cidade sitiada – 'se você conseguir', acrescentou, em tom de dúvida. 'Eu mesma acho difícil.' Em outro lugar ela se referiu a seu terceiro romance como 'um dos meus livros menos gostados', e professou sua perplexidade com a história da garota de São Geraldo".
comentários(0)comente



Flávia 23/10/2023

A cidade sitiada
Eu fiquei bem surpresa para ser sincera, é que os livros da Clarisse tem uma linguagem difícil, mas eu li bem rápido. Gostei de todos os contos mas acho que o meu favorito foi "O Jardim"
comentários(0)comente



Mi_ 03/09/2023

Segundo a própria Clarice, ?Cidade Sitiada?, é um dos seus romances mais difíceis de entender.
O livro tem como personagem principal: Lucrécia, cujo nome se origina do latim que se deriva de lucrum e significa ? lucro/ riqueza.
Muito diferente de suas personagens anteriores, Lucrécia é fútil, pretensiosa e ambiciosa.
Lispector, muito nos ensina ? em todas as suas obras, não apenas sobre solidão e autocuidado, mas maiormente no que concerne o amor recíproco.

?e, se o homem cortara o amor-próprio que esta lhe traria, é que sua consciência-cia, e mais que consciência, uma lembrança, ainda o fazia ao menos esconder a alegria de ser só. Agora, porém não se tratava mais de proteger-se. Tratava-se de perder-se até chegar ao mínimo de si mesmo??

?Atordoada, quase recuando, perguntava-se como era
possível que ele a amasse sem conhecê-la, esquecendo que ela própria só conhecia do homem o amor que ela lhe dava.?

?esquecer era bem o seu modo de guardar para sempre.?
comentários(0)comente



kafkaniana 19/08/2023

Cavalos. São Geraldo. Lucrécia
"A beleza de tudo isso é que ela estava tão perdida que parecia guiada"

A performance de Lucrécia — a estátua da cidade, os homens, os casamentos, a liberdade. O único momento em que consegue ser verdadeira, é na madrugada de seu quarto imaginando os cavalos.
comentários(0)comente



81 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR