A vida pela frente

A vida pela frente Émile Ajar (Romain Gary)




Resenhas - Toda a vida pela frente


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Sandra 09/06/2020

Junho 2020 abandonei
Leitura em primeira pessoa, cansativa, repetitiva. Não consegui acabar Decker.
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Dinha 18/06/2020

Aprendizado
Com a palavra do título
eu poderia resumir tranquilamente a experiência que foi este livro de 190 páginas. Primeiro eu comecei a lê-lo e tive resistência. Abandonei. Achei a escrita muito diferente do que estou acostumada; ou seja, não era a minha zona de conforto. Depois de uns dois meses peguei de novo disposta a ler. Fui com esperança e...Nossa! Romain Gary ensinou-me que sair do lugar quentinho é sempre válido. O diferente no início incomoda e se for muito distante do que estamos acostumados será desconfortável demais. Só que após a primeira impressão o incômodo vai sumindo e a empatia surge. Sofri para terminar de ler porque não queria deixar o livro, Momo e Madame Rosa passaram a existir no meu coração com suas histórias tão humanas que pulsam com uma vida forte, contagiante. Chorei. Como eu chorei diante da vida crua diante de mim nas palavras. Aprendi. Aprendi tanto que não vejo a hora de reler este presente que a vida trouxe neste difícil ano de 2020.
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Fe 19/06/2020

Perfeito!
Uma leitura leve e maravilhosa. A vida pós Auschwitz aos olhos de uma criança.
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Analu 07/07/2020

Ótimo!
Não esperava muito do livro mas me cativou. É narrado na 1ª pessoa - pelo menino Momo que é envolvente e transborda amor em todas as tramas com a Madame Rosa. Trata-se de uma história pesada envolvendo abandono, prostituição e miséria mas tudo sob os olhos de uma criança. Apesar de pequeno, o livro é profundo e retrata perfeitamente como a solidariedade faz o mundo melhor! Recomendo.
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Mari 13/07/2020

Daqueles que você precisa reler de vez em quando
Pra mim esse livro é tipo Meu Pé de Laranja Lima com a linguagem do O Cortiço. Além, é claro, de expor a fragilidade social do contexto da época.

Momo é um garotinho muçulmano de 10 anos, com a vida pela frente, que parece ter no mínimo o dobro, tamanha sua maturidade e esperteza. Ele foi criado junto a outros meninos no orfanato informal de filhos de prostitutas por Madame Rosa, sobrevivente dos campos de concentração nazista e ex-prostituta.

Eles vivem num bairro periférico, cercados de judeus, árabes e africanos, com diferentes religião e cultura. No entanto, nessa teia, as relações se estreitam e eles incluem os excluídos.

Impressionante como esse livro nos ensina sobre tolerância, solidariedade, companheirismo e amor.
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Silvia 20/07/2020

Lindo texto.
Nas palavras de uma criança, o Momo, descobrimos uma imensidão de amor puro e incondicional.
Sobre lágrimas: "Os velhotes não conseguem mais parar de escorrer."
É Momo, também "escorri" ao final dessa linda história. Recomendo!
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Camilla.Barros 22/07/2020

Conta a história de Momo, jovem muçulmano que vive na casa de Madame Rosa, uma ex-prostituta sobrevivente de Auschwitz.

É uma livro muito bem escrito e que trata de assuntos sensíveis e necessários: imigração, pobreza, velhice, abandono, eutanásia; tudo narrado por um garotinho.

Leitura que me surpreendeu e me emocionou muito!
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03/08/2020

Amor e abandono
Essa história foi um grande soco no estômago. A descrição do fundo do poço da humanidade feita pelos olhos de um menino de dez anos (ou um pouco mais) é sem igual: os adultos têm medo de falar do que realmente importa, mas as crianças o fazem com tranquilidade e honestidade, pois ainda não adquiriram as amarras que a vida impõe. Ainda assim, toda a minha leitura teve como pano de fundo um sentimento de angústia, por ser uma criança a me contar sobre drogas, morte, prostituição, violência e abandono; por ser um menino de dez anos a me dizer que nem sempre estar vivo é melhor do que estar morto, sobre o "direito sagrado de dispor de si mesmo". Em contraste com tudo isso há o amor, que é o que sustenta Momo quando todo o resto é incerto e sem o qual ele conclui que não seria possível viver.
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Paula.MTerra 21/08/2020

A vida pela frente
Livro lindo e cativante... conta a visão de um garoto inocente x a brutalidade do mundo.
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Ana Cecília 26/08/2020

Com um título bem interessante, não é de todo ruim, mas, esperava mais.
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Goimar 26/08/2020

Sensível e atual
Narrado em primeira pessoa, o romance se passa na Paris dos anos 60, mais precisamente em Belleville, bairro habitado por judeus, árabes e negros. A história é contada pelo menino Mohammed, conhecido como Momo. Criança sensível e inteligente a ponto de apresentar um discurso pautado por reflexões bastante filosóficas.
A relação de Momo com Madame Rosa, judia sobrevivente de Auschwitz, ex-prostituta, que, após aposentar-se, vive de cuidar de crianças em seu apartamento, é o ponto nevrálgico do livro. Desconheço, na literatura, um vínculo mais bonito, tocante e melancólico como a que se desenvolve entre esses dois protagonistas. Em boa parte da trama, o que vemos é uma relação maternal invertida, à medida que cabe a Momo dedicar cuidados intensivos à Madame Rosa, repleta de problemas de saúde.
O menino tem consciência de que é muito maduro para sua idade, construindo interações e diálogos de profundidade espantosa não só com Madame Rosa, mas também com outros personagens da narrativa. Dentre eles, o idoso Hammil, ex-vendedor de tapetes que jamais se separa de seu exemplar de Os miseráveis, e a travesti senegalesa Madame Lola.
Um livro tão poético quanto político uma vez que, a despeito de ter sido publicado na década de 70, aborda e/ou tangencia temas sempre atuais, como: imigração, situação dos marginalizados nas metrópoles, conflito entre judeus e árabes, preconceito racial, solidariedade, eutanásia.
Minha única ressalva à obra é a dificuldade em “comprar” a inteligência exacerbada de Momo. A meu ver, a maturidade e o intelecto dos personagens infantis de grandes obras beiram, no geral, ao inverossímil. Mas essa é, creio, uma implicância muito pessoal e não diminui em nada a beleza e a importância deste livro belíssimo.


site: https://www.instagram.com/goimar_dantas/
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jota 21/02/2018

Amor incondicional
Toda a Vida Pela Frente, a emocionante história do garoto árabe Momo e sua protetora, madame Rosa, já se tornou uma de minhas leituras favoritas do ano. Obra que Romain Gary (1914-1980), escritor francês nascido na Lituânia, escreveu sob o pseudônimo de Emile Ajar e que se tornou um grande sucesso literário a partir de sua publicação em 1975. Transposto para o cinema em 1977 deu à França o Oscar de melhor filme estrangeiro no ano seguinte.

Estamos em Paris, na década de 1970, numa parte nada charmosa da cidade, Belleville, habitada sobretudo por imigrantes árabes e africanos pobres. Muitos deles sem profissão definida, vivem de expedientes variados, inclusive prostituição e mesmo tráfico de drogas. Ali também mora uma idosa judia chamada madame Rosa (no cinema, Simone Signoret), uma sobrevivente de Auschwitz, que durante grande parte de sua vida foi prostituta e que agora, fisicamente decadente, ganha a vida tomando conta dos filhos pequenos de outras prostitutas das vizinhanças.

Madame Rosa tem um menino argelino aos seus cuidados, Mohammed, ou Momo, de dez anos, seu preferido, que a ajuda em diversas tarefas e que ela criou desde os quatro anos; seus pais nunca apareceram para visitá-lo, saber dele. Sempre que Momo pergunta pelos parentes, madame Rosa lhe dá respostas evasivas. No fundo, tanto a velha prostituta quanto o garoto tem apenas ao outro para dividir as pequenas alegrias e os dissabores da vida que levam, quase miserável.

Mas Toda a Vida Pela Frente não é um livro triste, ainda que seja pontuado por uma espécie de felicidade amarga, nada disso. O título em si é bastante positivo, demonstra esperança no futuro, e se refere a Momo, o narrador (na verdade, o livro é um imenso monólogo), que é um menino bastante esperto, que tem um modo próprio de ver a vida e as pessoas que o cercam, com muitos conhecidos curiosos na vizinhança, que pratica pequenos roubos, que ganha alguns trocados das prostitutas pois é um garoto bonito etc. E sobretudo Momo tem amor incondicional pela velha prostituta, cuida dela com o máximo empenho e carinho, com infinita ternura, o que torna essa história cativante página após página.

Conhecemos diversos personagens interessantes que participam da vida dos dois protagonistas, especialmente Lola, um travesti que no passado foi lutador de boxe. Sempre que pode Lola ajuda a velha senhora e Momo, especialmente fornecendo-lhes dinheiro pois aos poucos as prostitutas foram retirando seus filhos dali para entregá-los a outras cuidadoras, sem os problemas de madame Rosa. Com o passar do tempo ela se torna mais dependente de Momo, do doutor Katz, um velho médico seu amigo, de Lola e de outros vizinhos. Além dos problemas físicos a idosa também tem momentos em que se desliga da realidade e imagina que os nazistas ou a polícia estejam em busca dela para mandá-la de volta para o campo de concentração ou a prisão. Outras vezes imagina que está com câncer, vai morrer, mas não quer ser internada num hospital de modo algum. Não quer que os médicos prolonguem seu sofrimento, usem seu corpo como outros homens o usaram em outros tempos.

Nesse momento estamos próximos do final do livro e então a figura de Momo cresce grandemente através de seus esforços para que os últimos dias da velha senhora sejam menos sofríveis. Mas as coisas se complicam pois o dono do apartamento em que vivem, e que está sem receber o aluguel há três meses pois ficaram sem renda, exige o pagamento da dívida. Então Momo, contando com sua inteligência de menino sagaz, com sua sabedoria e conhecimento do mundo adulto, tem de se virar para arranjar uma solução que não moleste ainda mais madame Rosa.

Toda a Vida Pela Frente é daqueles livros que nos interessam o tempo todo, que nos comovem e também nos fazem rir (ou sorrir) e que nos falam mais diretamente ao coração do que ao cérebro, enfim uma leitura imperdível para esses tempos de desamor e tecnologia.

Lido entre 13 e 21/02/2018.




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Faluz 13/05/2024

A vida pela frente - Émile Ajar (Romain Gary)
Momo é um menino muçulmano que não sabe por que é muçulmano. Criado por Madame Rosa uma prostituta que aposentada vive de criar filhos de outras prostitutas.Mas com as dificuldades impostas pela velhice, ela fica sem possibilidades de trabalhar e seu único menino, que ela dedica um amor não completamente expresso, é quem a ampara.
Situado na periferia de Paris as duas figuras centrais são Madame Rosa, uma prostituta judia que conheceu o campo de concentração e Momo, um órfão que desconhece sua origem, tendo somente a palavra de Madame que deve ser árabe e portanto muçulmano. O amor vivido por esses personagens perpassam a discussão das dificuldades de imigrantes que sofrem preconceitos pela identidade, pobreza e crenças, além da questão da eutanásia, adoções de refugiados, travestis e pessoas sub empregadas. O elo criado por eles se traduz eternamente em meio a palavras toscas mas que deixam transpirar o amor na dificuldade da sobrevivência.
Um livro duro e terno.
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