Linha M

Linha M Patti Smith




Resenhas - Linha M


70 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Vic 29/02/2024

Vou pedir uma licença poética antes de falar do livro: Conheci Patti através de Florence Welch, que a tem como estrela-guia e lhe escreveu uma música belíssima, de um dos meus álbuns favoritos, em que o refrão inteiro ela fala sobre ?todas as portas estarem abertas para quem acredita?. Na hora que li esse trecho, reconheci na voz da Florence. Que sensação incrível! Como é bom quando conhecemos as referências das nossas referências e elas são tão boas que se tornam nossas também.

Sobre o livro: não gostei tanto quanto o primeiro que li, mas isso era esperado, tendo em vista que Just kids é o livro mais famoso da escritora. Entretanto, tem algo no jeito de escrever da Patti que me traz conforto, então a história acaba fluindo pra mim, de algum modo.

Ela começa o livro falando sobre a dificuldade de escrever sobre o nada, mas eu diria que ela não parece ter a menor dificuldade de escrever sobre coisa alguma. Smith consegue pegar situações triviais e corriqueiras e transformar em coisas que merecem ser ditas/lidas, isso é precioso demais. Mais uma leitura que recomendo, mas sei que não é para todos os gostos, principalmente se a pessoa busca por ação.
comentários(0)comente



Otavio Contente 13/04/2019

"Ah, renascer nas páginas de um livro". (Pg 81)
Esqueça o dia frio e o bom lugar para ler este livro. Pode ser no calor dentro de um ônibus indo para o trabalho ou em uma noite fria de inverno. Patti Smith nos leva de forma sentimental, onírica, poética e magistral pelas suas memórias. As dores das perdas, sejam estas quais forem, se equilibram com as descobertas mais simples e confortantes sobre situações, recordações, desejos e objetos e assim, com toda essa memória poética, você consegue renascer nas páginas de um livro e experimentar a poesia de suas próprias memórias.
comentários(0)comente



Milla.Gurgel 21/06/2018

Dolorosamente belo
Perdas, livros, solidão e séries de detetive. "Não é fácil escrever sobre nada", mas Patti Smith faz com perfeição.
comentários(0)comente



Anissima 01/04/2023

Queria ser amiga de Patti, apenas
?Acredito no momento. Acredito nesse balão alegre, o mundo. Acredito na meia-noite e na hora do meio-dia. Mas no que mais acredito? Às vezes em tudo. Às vezes em nada. É algo que flutua como a luz refletindo numa lagoa.
Acredito na vida que um dia todos vamos perder.? - Patti Smith , como não amar? ??
comentários(0)comente



Emanuel Xampy Fontinhas 09/05/2017

É uma viagem pela relação da autora consigo mesma, com os livros, com as cidades, com as séries policiais, seu marido Fred, com a morte. Um passeio silencioso, melancólico, cheio de interrupções, idas e voltas; para ser sorvido ao poucos, como se saboreia um café. As imagens, a maior parte de sua própria autoria, dão o tom da leitura e das reflexões que surgem a cada pausa, em decorrência dela.
comentários(0)comente



livroselabirintos 09/08/2023

De café, literatura e sonhos
- Não é fácil escrever sobre nada.

Era o que um vaqueiro ia dizendo quando entrei no sonho. Vagamente bonito e intensamente lacônico, ele se balançava numa cadeira dobrável inclinada para trás, a aba do seu chapéu Stetson roçando a parede pardacenta no lado de fora de um café solitário.

Esse fragmento do texto de abertura de Linha M (2016), da “poetisa do punk” Patti Smith, foi amor à primeira vista. Leio e releio. Torna-se mais intenso na medida que vou descobrindo a arte narrativa de Patricia Lee Smith. Amante de literatura e de café, vou mapeando em sua odisseia pessoal os escritores admirados por ela. Temos muito em comum. Gostamos de Haruki Murakami, Sylvia Plath e o maldito, Rimbaud.

Antes mesmo de ouvir a música/poesia de Patti Smith, tornei-me fã de sua escrita. Há certa cronologia nas viagens narradas pela escritora. Linha M me levou a Só garotos, livro anterior (2011). O amor por orações, vinda de uma concepção própria de Deus, equiparou-se ao amor pelos livros.
Notei um traço que se repetiria nos outros: o modo como ela costura a memória, que vai e volta, como um pêndulo. Nesse movimento, ela inclui sonhos misturados à imaginação.

Sua narrativa memorialista me pegou. Estreando nesse gênero, a cantora conta uma trajetória fabulosa ao lado de Robert Mapplethorpe. No prefácio de Só garotos, a menção a um sonho se segue à notícia da morte de Robert. Mesmo que leia dez vezes, sinto um nó na garganta e penso como foi bonita a relação dos dois. Adulto, é como se Mapplethorpe tivesse vivido a infância de Smith. A pedido dele, ela dividia a memória em forma de histórias, e assim enganavam a fome na conturbada década de 1960.

Sensível ao seu tempestuoso companheiro de juventude, Patti Smith reconheceu nele um artista, aquele que via o que os outros não conseguiam. Enxergava nele a elegância de Baudelaire. A rebeldia de Rimbaud. Os meus olhos se iluminam diante desses nomes. Meu coração estremece. Por saber que ela furtou um exemplar de Illuminations, cacei um para mim. É um tesouro.

Comecei a fazer um mapa literário a partir das leituras e experiências de Patti Smith. Devo dizer que, se no primeiro livro, há capítulos inteiros dedicados a Robert Mapplethorpe, em Linha M há forte presença de Fred Sonic Smith, seu único marido, com quem teve dois filhos.

Gostei de desvendar, por esses dias, o mistério daquele vaqueiro escritor, que estava escondido em meus pensamentos e presente nas linhas oníricas da poetisa. Com O ano do macaco (2019) às mãos, tive certeza de que sempre fora Sam Shepard. Referência da vida toda de Patti Smith. Quando você lê esses livros, nem precisa ser em ordem, percebe como a escritora elabora as pistas. Descobre que ela lê histórias policiais contemporâneas e passa noites em hotéis sem perder suas séries sobre crimes preferidas.

Li praticamente a metade de O ano do macaco e percebi um continuum, como algo planejado desde Só garotos e que paulatinamente toma forma. Como, por exemplo, a presença de 2666, do Roberto Bolaño, obsessão confessa de Patti em Linha M, em que podemos apreciar uma foto da cadeira do escritor chileno. Patti Smith também fotografa as coisas de que gosta. O livro de Bolaño é mencionado com mais detalhes nesse último. Gosto de como a escritora cria ambientes que refletem as histórias que aprecia. Nesse caso, ela está em um café prestando atenção em conversa alheia. Três jovens discutem sobre “A parte dos crimes” (2666), que trata de assassinatos não solucionados de várias garotas de Sonora.

Temos diante de nós uma discussão literária, quando um dos jovens pergunta ao outro se a história era real ou ficcional. Usar um fato real num trabalho de ficção faz com que se torne ficção? Considerei a questão pertinente.

É interessante perceber que a autora utiliza as suas leituras na forma como organiza a narrativa. Ela aproveita a ocasião para trazer os sonhos de Roberto Bolaño, mencionados em “A parte dos críticos”, e imediatamente me lembro de que ela própria conduz suas histórias utilizando seus sonhos como recursos. Nesse aspecto, fiquei muito interessada nas quebras de linhas “nada ortodoxas” do autor de 2666. Será que, em seus romances, a mistura de cenas reais e oníricas é recorrente?

site: https://livroselabirintos.blogspot.com/2020/11/de-cafe-literatura-e-sonhos.html
comentários(0)comente



isa.dantas 21/01/2018

Uma delícia poder vagar pelas memórias de Patti Smith, escritas de forma tão bela!
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 10/05/2018

Linha M
Patti Smith, ícone punk e autora de Só garotos, volta a narrar suas memórias neste doloroso e espetacular Linha M.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535926934
comentários(0)comente



leonardo camargo 31/07/2018

A personificação das palavras
Conheci os escritos de Patti Smith por meio de “Só garotos” e após essa leitura um tipo de sentimento se intensificou em mim como leitor. Em “Linha M”, Patricia pega em sua mão delicadamente e o leva para o seus lugares preferidos e te mostra objetos cheios de história.

A simplicidade é a característica mais encantadora do livro. A forma como os capítulos trazem os seus sentimentos, as divagações sobre a vida e o que ela viu com suas experiências, fazem com que a narrativa ganhe ares de conversa, como se a mesa preferida de Patti no Café 'Ino tivesse uma cadeira reservada para você.

Toda essa proximidade que o livro nos coloca acabou despertando em mim o melhor sentimento que um leitor pode ter com a sua obra: a amizade. O livro se tornou o meu companheiro de tardes, a salvação das minhas insônias e aquele que eu queria ouvir quando o pensar sobre a vida se esgota.

“Linha M” é um livro memória que engrandece a imaginação, pela simplicidade na qual ela existe. Patti Smith coloca todo o seu sentir no ato de pensar, prática que torna o cotidiano algo curioso e cheio de significados. Entre sonhos e objetos perdidos, Patti Smith está ali, te esperando para conversar e tomar uma xícara de café.
comentários(0)comente



Rosa319 05/04/2022

Um livro de memórias. Patti nos conta sobre suas mais diversas experiências enquanto frequenta seu café favorito em Nova Iorque. Mistura passado e presente com questões filosóficas.
comentários(0)comente



Julio.Gurgel 14/03/2020

Ah, Patti...
Esse livro é mais ?avoante? que o incrível ?Só Garotos?. Aqui Patti fala de seus sonhos, cafés, literaturas, países, Nova York e uma casinha no Rockaways.
comentários(0)comente



Germana 23/02/2023

"Será que o tempo é ininterrupto?"
Tempo

Para mim linha M retrata o tempo, como lidar com sua impermanência ou como não lidar. Quero escrever muito sobre ele mas ao mesmo tempo quero guardar para mim. Suas palavras nos trazem uma identificação, como ler um diário.

O tempo é presente em cada pagina, desde as lembranças ate as claras especulações sobre ele. Fala sobre pensamentos, referencias, memorias, faltas e costumes.

Não é um livro para qualquer um, sua linguagem é fácil, mas seu conteúdo pode não ser absorvido da forma que deveria. Sinta-se pronto para ler. Será que eu estava pronta?

"- Algumas coisas nós guardamos para nós mesmos."
comentários(0)comente



Matheus945 21/05/2020

Belíssimo
Algo na escrita da Patti Smith me trás uma paz de espírito que mais ninguém consegue fazer. A escrita dela consegue ser tão natural e tão linda, parece que ela nem se esforça pra poder escrever, de tão fluida.

Esse livro tem um objetivo totalmente de Só Garotos, que foi minha outra leitura dela. Esse tem um papel de ser uma espécie de diário aberto como público, onde ela coloca suas reflexões sobre amor, coisas perdidas, vaaarios livros, séries policiais, viagens e principalmente sobre o café na vida dela. Também senti um quê de falar sobre o tempo, mas não de forma explícita, mas sim narrando algumas memórias e como ela está na atualidade; a mudança de velhos estabelecimentos também pode ser visto como isso de ?novos tempos?.

Queria muito entender como ela consegue escrever tão bem, sério, eu poderia ler ela indo fazer compras no mercado ou sei lá, dando banho nos gatos dela que ainda assim seria muito agradável de ler. É como se ela trouxesse uma luz pro cotidiano. Quero ler tudo dela.
comentários(0)comente



Gabi 19/10/2022

Um diário de uma artista
Um diário de uma artista.
Com uma escrita envolvente, ela nos leva num labirinto de paixões literárias e registros polaroide.
Não tem bem um começo nem um fim, mas ai tá a graça, porque nada faz muito sentido e tudo faz sentido, e ela te leva nesse emaranhado da cabeça dela e traduz muito bem na escrita toda essa mente do artista.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



70 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR