Jamily 09/07/2020
Resenha - Wicked: A história não contada das Bruxas de Oz
Particularmente, eu demorei bastante pra fazer essa resenha, porque esse livro me deixou sem palavras por muito tempo.
Primeiramente, não recomendo pra quem está começando a ler agora, porque a escrita é bem difícil. Um livro com escrita parecida que eu já li e que Wicked me lembrou foi O Circo Mecânico Tressault; mas não é que seja ruim, muito pelo contrário! Há uma riqueza de detalhes em Wicked e isso é ótimo.
Eu vi várias resenhas de pessoas dizendo que só conseguiram engatar realmente na história da metade do livro pra frente, e eu não fui exceção. Eu gostei bastante do começo do livro, que mostra a infância da Elfaba e a sua relação com a própria família, também gosto da personalidade dela quando começa a estudar em Shiz, mas o que me conquistou realmente foi o que começou a acontecer quando ela resolveu ir embora.
Gente, que livro magnífico, sério. Toda a dificuldade que eu tive em ler do começo ao meio foi recompensada do meio ao fim - apesar de achar que, no fundo, eu só me acostumei com a escrita e não parei mais depois disso. Eu não esperava que o livro seria tudo isso até eu começar a ler: ele é muito detalhado, e aborda temas muito relevantes, que por mais que estejam sendo abordados no mundo de fantasia de O Mágico de Oz, pode muito bem ser assimilado com a nossa realidade, e eu estou falando de política, racismo, preconceito, genocídio, religião e não-religião, e isso ainda é pouco!
Não vou mentir, o livro te entrega muitas perguntas, e algumas delas ele não te dá a resposta. Vi que isso incomodou algumas pessoas, mas eu, Jamily, não me incomodei nem um pouco com isso quando acabei. Obviamente eu queria saber, mas não foi algo que me fez não gostar do livro, até porque tem um 2°, uma oportunidade de ter as respostas. Há também um período na qual você não sabe o que aconteceu com a Elfaba e o autor não te entrega nada, e por mais incrível que pareça - até mesmo pra mim! -, isso também não me incomodou (estou começando a achar que eu sou cadelinha desse livro). A conclusão que eu tirei desse meu sentimento é que o autor quis realmente expressar as vontades da Elfaba: se ela não sabe de algo, então nós também não vamos saber; se ela não quer falar de algo que aconteceu em certo período, a gente também não vai ouvir falar, e tudo gira em torno dela.
O mais louco de tudo isso é que, não importa o tanto que falei sobre esse livro, ainda parece muito pouco!
Essa é uma leitura que eu realmente recomendo. Obrigada por lerem até aqui.
PS.: Eu nunca assisti o musical, portanto não tenho como comparar ainda.