Digão Livros 06/06/2021Alguém lembra do filme ‘O Curioso caso de Benjamin Button’?
Bem, o protagonista já nasce idoso! Nasce pronto! Nasce com uma idade que já deveria proporcionar sabedoria, mas com a energia de um adolescente.
Contudo, por mais pronto que estivesse, o dia a dia iria descontruindo o autor, porque com o passar do tempo ele iria rejuvenescendo, até o momento do nascimento, quando ele parte.
Para mim, o filme criou um paradoxo interessante, porque a juventude nos proporciona energia para ir em busca da sabedoria, da vivência, e a vivência lhe traz atalhos para no futuro conquistar ou aprender com menos energia.
Bem, o livro apresenta o contraste em relação ao filme. Porque no filme quanto mais jovem ele fica, mais ele envelhece, porque suas possibilidades encurtam ao longo prazo.
O livro destaca que não nascemos prontos!
Somos a soma das nossas vivências, dos atos de agora, almejando o momento seguinte. Cada dia é um renovar, buscando sempre a melhor versão de você mesmo.
E quanto mais velhos, mais novos podemos ser, apesar das limitações físicas, porque sempre poderemos agregar algo novo a versão já existente.
Para mim essa é a síntese do livro. O livro discorre por várias reflexões sobre não desconectar com a essência da vida. Não ser engolido pela correria do dia a dia, sobre a necessidade de renovar-se sempre. Manter o olhar na essência dos detalhes, na leveza do viver e do que realmente é importante.
Não nascemos prontos!
Viva!