Júlio César

Júlio César William Shakespeare




Resenhas - Júlio César


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Chandler_bing 13/05/2024

"Até tu, Brútus?"
Júlio César é uma daquelas peças que nos atingem profundamente. O terceiro ato, quando toda a ação acontece, é de perder o fôlego.
A peça, ao meu ver, aborda como algumas pessoas, através do discurso e da retórica, conseguem manipular grandes massas.
A profundidade dos personagens também é impressionante, principalmente os relacionamentos de Brútus com os outros, como Cássio e o próprio César.
A própria personagem do Brútus já é bastante interessante de se analisar.
Essa é, pra mim, uma das melhores peças do Shakespeare, recomendo fortemente!
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Rogerio.Becker 12/05/2024

É Shakespeare, então leiam.
A peça apresenta a conspiração e o assassinato de Júlio César e seus desdobramentos. Uma peça forte e vigorosa, com diálogos elaborados e reflexões das personagens que as obras de Shakespeare sempre nos proporcionam.
É necessário saber o básico desse período da história da Roma Antiga para apreciar melhor essa peça digna de configurar nos melhores textos já produzidos.
"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte. O homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez".
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WILDTIGERSTAN 09/05/2024

Júlio César
Estudei bem pouco sobre esse trecho da história durante o ensino médio, agora com a faculdade esse tema é muito abordado e (de alguma forma) sempre me choca. As peças do Shakespeare sempre são meio camp, essa faz seu trabalho muito bem.
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Mel 11/04/2024

Minha favorita das do Bill que li até agora.
Se um dia Brutus tiver 0 fãs é porque eu morri, etc.
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Nina Souza 11/04/2024

Uma experiência bem diferente [17/193 países - Inglaterra]
A história de Júlio César tem consequências ruins para Roma, que a levou para o declínio do Império. Shakespeare, ao escrever e encenar a peça em 1599, faz do palco um lugar de tensão e subversão. Ao recriar a morte do grande ditador no Senado, Shakespeare possibilita a mudança de perspectiva ao próprio cenário inglês em um enredo composto de cinco atos que vão compor a história de César.

A peça, apesar de curta, exige do leitor não só algumas das cenas mais icônicas da literatura mundial, mas um espaço para refletir sobre a compreensão da condição humana em toda a sua completude: tanto a sua grandeza quanto a sua miséria em diversos aspectos como a covardia, a inveja, a dicotomia entre o bem e o mal, a forma que uma paixão desencadeia injustiças, o valor do conhecimento para a derrubada do poder e as múltiplas facetas dos sentimentos que (deixam de) mover um determinado ideal.

A complexidade dos personagens é, simplesmente, surreal. E há mais de uma interpretação: seria César um herói brutalmente assassinado por conspiradores ou teria sido Bruto o verdadeiro herói da trama? Existe, de fato, um herói ou um vilão?

No entanto, acredito que a maior dificuldade nessa leitura esteja na falta de familiaridade que temos com o sistema político vigente da época: o republicanismo presente em Júlio Cesar faz com que a população pudesse compreender suas alusões e anacronismos – trazendo não só Roma até a Inglaterra Isabelina, mas apontando elementos comuns em suas narrativas em um espaço de debate de ideias e na construção de um cidadão com determinados valores republicanos para poderem reivindicar seus direitos civis.


site: instagram.com/cartografialiteraria
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Marcia 10/04/2024

Minhas impressões sobre o livro
Leitura incrível, instigante que retrata através dramaturgia a morte de Julio Cesar. Nessa peça vamos conhecer um pouco sobre o grande Julio Cesar, vencedor de batalhas importantes, um militar famoso e muito respeitado.
Ele foi traído e assassinado, esfaqueado 23 vezes e uma delas por Brutus. Brutus era um homem que Julio Cesar confiava e admirava e foi daí que surgiu a frase: " Até tu Brutus!"
Essa peca foi escrita e encenada pela primeira vez em 1599 vem sendo representada e estudada até os dias atuais.
Atenção: O livro e curto, 186 páginas mas é preciso atenção para entender por causa da escrita. Nessa edição que li ha um prefácio do Harold Bloom muito elucidativo.
Esse peça vale cada palavra lida.
Adorei.
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Elizabeth 28/03/2024

?
Mais uma peça que não serve pra mim. Não entendi o porque, no começo parece o meio e termina sem muito pra entender.
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cordeliatheodoro 16/03/2024

"Et tu, Brutus?"

Minha segunda leitura de Shakespeare, após Romeu e Julieta. Um tanto difícil de entender a linguagem, mas com concentração o bastante, dá certo.
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Pedro.Goncalves 01/03/2024

Et Tu Brutus?
Júlio César uma das figuras históricas mais icônicas e eminetes da cultura ocidental, ainda que nomeie essa obra não é personagem principal ao contrário do que se esperaria. Creio que essa peça de teatro objetiva ir além da morte do grande imperador romano e aspira a introduzir o leitor à sociedade romana, demonstrando suas virtudes e vícios.
   A princípio, desejo expressar-me quanto a forma da peça. Escrita em versos muitas vezes  sente estar se lendo um prosa com os grandes discursos de personágens altivos. Percebi na ocorrência dos atos uma imediadiatabilidade, quase uma pressa; tudo acontece de forma rápida. César é assinato antes da metade da obra. Dessa forma, vejo que a obra é deveras curta e direta, dando sua mensagem e com acontecimentos subsequêntes que marcam uma curta temporalidade.
   Ademais, vejo que talvez o personagem de maior destaque seja Bruto, Brutus no Latim. Essa personagem em minha opinião é central a obra, estoico como o é definido, ele é posto como materialização do espírito romano com suas virtudes. Por outro lado, interpretações sobre o motivo dele traiar aquele que o trata tão bem- César-  são debatíveis e deixam um reflexão em aberto se ele o matou por inveja ou de fato por amor e lealdade a sua pátria. Para além disso sua traição marca a história do ocidente com a frase: Et tu Brutus? Tantas vezes citada e de tamanha profundidade.
  Outrossim, um aspecto da obra que muito me agradou é a inscersão na realidade Romana, com personagens tão palpáveis. O autor, à sua maneira, transfere-nos para Roma, explicitando seus conflitos e os dilemas internos das personagens antes e depois de assasinarem César. Dessa forma, ao se ler a peça sente-se em na Roma Antiga, com os grandes discursos e debates dos personagens.
Por fim, gostei muito da peça de Shakespeare, ela é curta e tudo acontece rapidamente, de tal maneira que ela é cativante e de leitura fluída.
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Lêzinho 29/02/2024

ABSOLUTE LITERATURA
Simplesmente incrível, gostei bastante do jeito que o livro é levado, uma Trama mto bem desenvolvida que te Estiga do começo ao fim.

"até tu?Brutus?..."ABSOLUTE LITERATURA
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Yan Miranda 20/02/2024

Primeira vez
Minha primeira vez lendo uma obra do autor, e escolhi essa por gostar do personagem tendo em vista sua grandiosidade. Fico besta com sua aguçada percepção ao julgar seus falsos amigos e intuição nunca falha
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Joao.Gabriel 19/02/2024

Teme os Idos de Março!

A Tragédia de Júlio César é a segunda obra de Shakespeare que tenho o prazer de ler.
Sendo uma peça histórica de Shakespeare, escrita em 1599, é bem balanceada entre enredo e drama, e fidelidade histórica, como Shakespeare é mestre em dosar.
Possui um ritmo rápido, de frases marcantes (como o próprio tradutor explicita), e é uma ótima leitura.
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Douglas.Bonin 12/02/2024

Até tu, Caesar?
Após ler Hamlet, a peça teatral ?Júlio César? foi o próximo livro sorteado na missão de zerar uma estante que só aumenta. Confesso que não gostei, a leitura foi até um pouco maçante. Mas gostaria de divagar sobre um possível paralelo entre o texto shakespereano e o livro ?Como as democracias morrem?.

No livro teórico que trata acerca das democracias, os autores Steven Levisky e Daniel Ziblatt destacam duas importantes condições comportamentais dentro do jogo político: a capacidade de se atentar as regras não escritas e o respeito aos opositores políticos. Essas estruturas são basilares para manutenção do jogo democrático.

Feita essa consideração, a peça histórica sobre Júlio César apresenta personagens um tanto o quanto questionáveis. De César a Brutus, ninguém explica a raça humana. Em alguns momentos Brutus aparenta ser um sujeito coerente, mas logo isso é colocado em cheque com atitudes que beiram um possível desejo por poder.

A traição, elemento imprescindível da narrativa, é uma espada de dois gumes. Fere as estruturas políticas locais, levando os personagens a encarar o outro lado da moeda. Isso tudo é fruto de políticos que não respeitam a oposição, veem nesses o inimigo a ser abatido, desprezando o debate em prol da construção de uma solução comum.

Ao final da história o sentimento que resta é o de que uma boa conversa de canto, uma dessas reuniões de gabinete, poderia ter evitado um rio de sangue. Para homens poderosos, guerreiros ?honrados?, a vida de soldados rasos pouco vale frente a luta por um ?bem maior?. Diante a possibilidade da derrota, encontram na antecipação do fim pessoal, a fuga de uma humilhação pública. Enquanto isso, a história do mundo é escrita da ambição de alguns. Enquanto isso, resta ao sujeito médio dizer ?et tu, Caesar??.

SHAKESPEARE , William. Júlio César. In: SHAKESPEARE , William. Grandes obras de Shakespeare: volume 3: peças históricas. Tradução: Barbara Heliodora. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. cap. 3, p. 299-420.
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melbernardoo 03/02/2024

Honrado César
Shakespeare se mantém vivo através de suas magníficas peças, sempre vale a pena ler um clássico, ainda que se imagine ?saber a história?.
A peça começa In media res, técnica literária em que a narrativa inicia no meio da história. Dessa forma, o enredo começa com Júlio César vivendo seu momento de ascensão na política romana.
A habilidade retórica de empregada no texto, principalmente no discurso de Bruto e Marco Antônio após a trágica morte de César é, para mim, um dos pontos altos do livro.
A história de César volta e sempre voltará a se repetir com novos personagens e em outras épocas.
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B.Huygens 01/02/2024

O Trágico nascer de um império
Recomendações:
Roma (HBO) - 2005 - Série
Júlio César (Amazon) - 1953 - Filme
Não irei me delongar no poema em si, pois o prólogo é excelente, direto e técnico. Então, irei acrescentar o contexto histórico e algumas decorrências que podem dar o peso necessário no início de uma primeira leitura.
Contexto histórico:
Em 45 a.c, Júlio César havia conquistado 320 mil km² de territórios, salvado Roma do caos e se autodeclarado ditador pelo período de 10 anos. Durante essa época sua doença se torna recorrente, algumas fontes descrevem como uma doença com quedas, o que se enquadra como epilepsia. Após o retorno no Egito ?onde ajuda a ascensão de Cleópatra ao trono? alimenta a população faminta. E, introduz um novo calendário baseado no ano solar, usado até hoje. Bruto colabora com César, e então o mesmo pensa em Bruto como futuro herdeiro. Algum tempo depois da partida de César, Cleópatra vai à Roma, com seu filho chamado "Cesário".
Algo muito interessante é como as mulheres fazem a movimentação de todo o jogo político romano, porém debaixo dos panos. Servília, mãe de Bruto e ex-amante de César, vê a chegada de Cleópatra com um herdeiro como ameaça direta. De fato, com o contexto da época, ela deve lealdade apenas a seu filho Bruto, pois apenas ele pode defender sua casa e seu nome. Ela alerta Bruto e ajuda a formular e reunir apoio para a ação esperada.
Agora, com um herdeiro legítimo, César flertar com a ideia de dinastia. Cria projetos para se autopromover, dispondo sua imagem ao lado dos deuses romanos. Torres de Marfim são construídas (incluindo a Basílica Júlia que ainda existe), nome de sua falecida filha. Seu aniversário é declarado feriado, e usa um manto roxo, um traje reservado aos antigos reis romanos. Ele se torna mais inflexível e passa a almejar poder permanente, durante a reunião onde César se autodeclara ditador eterno, tem uma crise de epilepsia o que o enfraquece diante do senado.
O Bruto, é ambígua sua exata relação com César, não sabemos se ele era filho ilegítimo (essa é a opção mais crível, começa com Suetônio e Plutarco repassa), amante ou amigo. Mas de qualquer forma, ele é precionado pelos senadores à escolher um lado. É importante dizer que duas vezes Bruto já havia optado lados contrários à César, mas foi perdoado às duas vezes e na última até protegido. César diz aos seus homens para não ferir Bruto mesmo no exército inimigo de Pompeu. Novamente Bruto precisa escolher, César ou assistir a queda dá república pela mão de um único homem (Seus ancestrais matam o último rei de Roma). Como descendente do fundador da República sente-se responsável pela defesa contra quem se opõe a ela.
Para distrair o senado, César planeja uma nova campanha, a invasão da Pártia. Que serve para distrair e garantir o apoio do povo romano. Bruto, entende a invasão da Pártia como Cesar sendo mais cegado pelo poder que a unidade da República. Bruto, como muitos, via César como ameaça constitucional a república e ideais romanos. Também, havia a constante preocupação de que Cesar iria se autodeclarar rei, a ideia de "rei" era condenada pela elite romana. Então, é necessário livrar-se de César.
Em 15 de março, três dias antes da campanha a Pártia, uma reunião é convocada. Os senadores sabiam que no campo de batalha, na posição de general, César era intocável. Em Roma, César não tinha guardas oficiais. O senado contrata algumas distrações e guardas para proteger a entrada. Júlio César é esfaqueado 23 vezes, por senadores liderados por Bruto. (Algumas fontes afirmam que Bruto é responsável pelo golpe fatal).
A morte de César cria um grande vácuo político, Bruto e os senadores tentar estabelecer a harmonia, mas tudo foge de controle. Posteriormente, Brutus e Marco Antônio se tornam rivais diretos, e durante a batalha enquanto é capturado, tira a própria vida. Marco Antônio perde apóio, e foge para o Egito onde se casa com Cleópatra. Quando o Egito e Roma entram em impasse, Antônio e Cleópatra morrem em um duplo suicídio. O filho de César, governa o Egito onde é assassinado aos 17 anos (por Otaviano). Assassinando César esperam salvar a república, mas o oposto acontece. Sua morte está diretamente ligada ao fim da República e ao início do regime imperial. Após anos de violência e rebelião, a paz é restaurada por meio da liderança de um único homem, Otaviano, sobrinho de Júlio César. Em 16 de janeiro de 27 a.c., ele se torna o primeiro imperador de Roma, governando por 40 anos.
Roma se torna um império com 20% da população mundial. Por 2000 anos essa história viaja pelas fronteiras, imperadores e reis, como Czares russos, kaisers alemães usam a tradução de seu nome. Todo imperador romano posterior também é chamado de César. O mês de julho é nomeado em sua homenagem. Fato curioso, o primeiro imperador Augusto Otávio também batiza o nome de um mês do ano, agosto. (Eles costumavam ter muito ego, fevereiro tem de menos dias por isso, ele não queria que agosto tivesse menos dias que julho). Bom César, está entre um dos 2 ou 3 seres humanos mais famosos que existiram. E também existe a famosa passagem bíblica ?Dai, a César o que é de César, e a Deus, o que é de Deus?. Aqui Jesus usa César como "homem comum" ou para se referir a tudo que é terreno. Mas só de ser citado por Jesus, mostra o quanto essa história preenche o imaginário popular. A obra de Freud Totem e Tabu, infinitamente semelhante.
Grandes historiadores, como Plutarco e Suetônio eternalizam à história e dois dos grandes poetas: Dante e Shakespeare criam o Bruto e César poéticos também eternizados.
Dante
Escreve O Inferno 1304 - 1308, ele é um homem culto e é necessário "apanhar" muito para entender como pessoa "moderna"; e imagino que tudo que implica César e Bruto, deveria ser muito familiar, sendo algo que nasceu no berço da Itália, e as fontes mais próximas que às nossas. Fato é, Dante apesar de colocar Bruto no Nono Círculo do inferno (Traição). Ele parece admirar Bruto. "Bruto, como bom estóico, suporta o suplício sem soltar um gemido". Bruto não age por inveja contra a grandeza de César, mas teme sua ação com poder ilimitado. César aparece no purgatório na parte do Limbo, sinceramente não entendo muito já que César era também um sanguinário. Mas sei bem que Dante não é a pessoa mais imparcial.
Shakespeare
Em 1599, durante o reinado de Elizabeth I, Shakespeare escreve Júlio César. Bruto é o primeiro intelectual Shakespeariano, o autor também lhe confere certa nobreza. Alguns historiadores acreditam que pode ser influência de Dante. Um fato curioso, Shakespeare provavelmente teve acesso a versão traduzida de Plutarco pelo Sr. Thomas North, onde baseou o César poético. É genial como Shakespeare mantem o modo do César histórico de falar sobre si mesmo em 3° pessoa. Até tu Bruto? A famosa frase, provavelmente nunca foi proferida. A descrição de que César cobriria o seu rosto com a toga, na tentativa de não ver o seu Bruto, também não. E se foi, não é certeza de qual, pois existem Marco Bruto e Décio bruto. Existe ainda a possibilidade de ser uma maldição. Mas Shakespeare deu vida novamente a essa história e imortalizou essa fatídica sentença sendo fato histórico ou não.
O diálogo de Bruto e Porcia é belíssimo. Os discursos de Bruto, e posteriormente Marco Antônio, icônicos. A cena da traição emocionante. Esse livro é especial, um dos meus favoritos, apesar de ser bem criticado por especialistas. É cheio de ambiguidade e mistério. Tem apenas um fim, apenas um começo e se você gosta de história já sabe o que está por vir, mas ele ainda é tão misterioso.
"- Et tu, Bruto? Se Bruto deseja que César caia, então cai César!"
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