Moll Flanders

Moll Flanders Daniel Defoe




Resenhas - Moll Flanders


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Arodahnos 03/03/2018

Moll - mote propositivo e estilo cansativo
Como Ian Watt pondera em "A ascensão do romance", a maior felicidade para os personagens dessa narrativa é a prosperidade financeira. Moll expurga todos os seus crimes e pecados no fim da vida, sendo recompensada com terras férteis na Virgínia (colônia britânica, hoje EUA); com a reconciliação com o filho que tivera naquelas terras, fruto de um incesto; e a união harmônica com o marido de Lancashire, que fora ladrão como ela, e, semelhantemente a ela, tinha se casado por interesse. Sendo que ambos perceberam a ilusão mútua muito tarde.
O romance é produto de uma época mercantilista. Percebe-se que a preocupação motriz não é somente o sustento, como também a obtenção dos maiores lucros possíveis. O senso moral da protagonista varia conforme lhe convém, e ao mesmo tempo que ela é uma narradora penitente, que pretende dar instruções e conselhos aos leitores de acordo com sua experiência e arrependimentos, também demonstra ocasionalmente a intenção de diverti-los com suas aventuras. Mesmo que seus atos fossem reprováveis de acordo com a moral imperante. Há aí uma duplicidade, algo hipócrita, ou, ao menos, condescendente.
O mote da história desperta interesse e é curioso para a época em que foi escrita - como explicarei a seguir - entretanto, trata-se de uma narrativa de muitos episódios parecidos entremeados por reflexões da protagonista, que ora relembra seu raciocínio dos momentos narrados, ora repensa-os a partir de sua condição no momento em que narra, ja com idade mais avançada, olhando para o passado, e extraindo dali exortações aos leitores. Achei essa estratégia muito repetitiva e prolixa (o que Watt também explica), e não gostei do estilo seco e moralista. Não é o tipo de narrativa que aprecio. Gosto de romances que explorem mais as sensações e o psicológico dos personagens.
Concordo (como apontado por Virgínia Woolf - Watt o diz) que um aspecto elogiável do ponto de vista feminino seja a firme convicção de Moll de não se submeter a um estilo de vida que ela detestava, bem como a maneira engenhosa com que conseguiu prover o próprio sustento, contornando os obstáculos que se colocavam para as mulheres de sua época (século XVIII), enquanto buscava viver da maneira que lhe aprazia.
Apesar de empregar, por vezes, meios criminosos, Moll viveu por si mesma. Pode-se, portanto, atribuir-lhe o mérito da rebeldia e inconformismo. Uma mulher decidida a viver da forma que lhe aprouvesse.
Enfim, o mote da história é promissor e a personagem provoca reflexões, mas o estilo da escrita e a maneira de narrar não me cativaram.
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Lilian 07/12/2017

Moll Flanders
Surpreendentemente um livro que retrata a condição da mulher na Inglaterra do século XVIII de forma irônica e atraente. Como um livro de memórias, a narradora conta suas desventuras com uma cara de pau que nos atrai até a última página. Pobre e sozinha, Moll Flanders se nega a dar-se por derrotada e segue seu caminho buscando inicialmente a sobrevivência e mais tarde o triunfo, mesmo afundando cada vez mais na contravenção. Bipolar, é autocrítica, mas também autojustificada. Enfim, a pilantra mais adorável que conheci.
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Luísa Coquemala 10/04/2017

Moll Flanders é um bom livro. Não é o meu tipo preferido de livro (por isso a nota 4), pois tendo a preferir livros mais filosóficos - quanto mais fritar os miolos, melhor rs. E Moll Flanders é um daqueles livros bem rápidos de ler, com uma escrita agradável e uma enorme quantidade de acontecimentos. Partindo disso, mesmo que não seja meu tipo preferido, é um livro que faz muito bem aquilo a que se presta.

Defoe não tinha como objetivo escrever um livro filosófico ou com a grandiosidade de uma epopeia. Não. Defoe escrevia com pressa para publicar no jornal, sua vida foi cheia de aventuras e, claro, precisava do dinheiro para se manter. Por isso, acredito eu, o ritmo tão rápido (inclusive com alguns erros de enredo mesmo).

Além disso, acredito que o mundo de Moll Flanders seja parecido com o do próprio Defoe. Estamos falando do começo do século XVIII onde, na Inglaterra, temos um capitalismo latente e a ascensão de uma classe burguesa - onde tudo gira em torno do dinheiro. Assim, não apenas Defoe estaria preocupado com seus lucros e a velocidade da publicação, mas também o próprio enredo do livro acaba encarnando essa necessidade e onipresença do dinheiro. Moll Flanders, a personagem principal, faz tudo por dinheiro. As pessoas e acontecimentos de sua vida também passam rapidamente, com um valor quase que material - muitas vezes permanecendo apenas enquanto dura o interesse financeiro. E, acredito, esse pensamento quase obsessivo em sobreviver, sendo mulher, em uma sociedade extremamente injusta, faz com que a própria Moll não tenha grande tempo para refletir, pensar seriamente em suas atitudes. Por mais que fale em redenção, continua cometendo os mesmos erros e, muitas vezes, pensando da mesma maneira materialista (no fim do livro, por exemplo, vemos ela, de certa forma, comemorar a morte de uma personagem porque isso faria com que seus próprios lucros aumentassem. Isso depois de se dizer diferente e de acreditar que está sempre vendo o outro lado, rs). E também acho que isso traz um tom irônico e extremamente interessante ao livro. Em livros dessa época, que dizem estar aí para instruir e divertir, vemos uma contradição em Moll Flanders: a personagem narra a história para contar como sofreu por suas ações erradas. Mas, por outro lado, quando estamos no fim do livro, o que vemos é que a personagem leva uma vida extremamente boa - muito mais do que deveria, tendo em vista as leis da época, das quais se safa muito bem. Aí, por outro lado, acredito ser mais uma ironia sutil do próprio Defoe do que uma falha de enredo - e torna tudo mais interessante para mim.

Também vale a pena lembrar que Defoe escreveu esse livro depois de Robinson Crusoé, em um momento onde as definições de romance (novel) ainda estavam sendo construídas, debatidas e pensadas. Defoe, um dos primeiros romancistas dos tempos modernos, encontra sua saída por meio de auto-biografias repletas de aventuras - o que traz para o romance um tom aventuresco demais para uma vida e, consequentemente, no frenesi de narrar as aventuras, acaba se esquecendo de atentar para um realismo mais voltado para o cotidiano, para as coisas pequenas. Desse modo, por mais que a classe das personagens de Defoe seja uma classe considerada comum, isso não se dá com a vida dessas personagens - que parecem, muitas vezes, verdadeiros filmes de ação.

De qualquer maneira, acho que vale a pena ler Moll Flanders. Seja pelo valor literário, pela diversão, para mergulhar um pouco mais dentro do século XVIII, tão esquecido por nós.
Mirian Luiz 13/12/2017minha estante
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SilviaLucia 04/04/2017

Reflexão sobre a virtude e sua relatividade
Finalizei a leitura de Moll Flanders e fiquei com a seguinte reflexão proposta: "Quanto a virtude é afetada pelas necessidades humanas ligadas ao mundo material?"
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Lúcia.Baudelaire 17/01/2017

https://youtu.be/BRjoxrQxLwU
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Bianca 26/08/2016

otimo Livro
livro muito bom, a protagonista narra muito bem os acontecimentos e os lugares, me sentir realmente na Inglaterra enquanto lia.
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Liz 14/07/2016

As aventuras de Moll
[SPOILERS]

Moll Flanders é um romance (também classificado como novela!) do escritor inglês Daniel Defoe escrito em 1722.

No romance, Moll Flanders, personagem principal, narra a história de sua vida a partir de suas lembranças. Moll, desde de criança, sonha em ser uma "dama da sociedade", isto é, uma mulher rica e admirada socialmente. Contudo, as circunstâncias iniciais de sua infância e do início de sua adolescência não contribuíam para a realização de seu desejo, pois depois de sua mãe ser deportada da Inglaterra por crime de roubo, Moll, ainda criança e rejeitada por alguns parentes, passa a viver humildemente com uma senhora tida como uma espécie de "mãe social", a quem o governo dava uma gratificação pelo trabalho, que era cuidar da menina até um determinado tempo.

Depois que a "mãe social" de Moll morre, ela, com cerca de quatorze anos, vai morar na casa de uma família aristocrata, adotada pela senhora da casa, para que ela faça companhia as suas filhas. É então que o desejo da protagonista de ser uma grande "dama da sociedade" aumenta, pois além de viver com regalias por morar numa casa de pessoas ricas, Moll também aprende e convive com os costumes das "grandes'' senhoras sociedade. A narrativa se volta, agora, para os dois irmãos da família protetora de Moll, que disputam a personagem principal, por ser muito bonita e sedutora. Nisso, ela vê a chance de ser rica ao perceber a paixão dos irmãos por si. Porém, o irmão mais velho só a desejava como amante e Moll, depois de se entregar e perceber isso, acaba se casando com o irmão mais novo. Alguns anos depois, seu marido morre, então ela recebe uma quantia da família dele para viver sua vida e vai embora da casa, deixando seus filhos para a família do falecido marido cuidar.

A partir daí Moll Flanders passa a praticar diversos vícios moralmente condenáveis pela sociedade, pois ela começa a ter casos com alguns homens ricos para se casar e ter mais dinheiro, para ter, assim, uma segurança financeira maior e uma vida mais cômoda.

Resenha completa em: http://loucurasedevaneiosbyliza.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-moll-flanders-de.html

Lizandra Souza.

site: http://loucurasedevaneiosbyliza.blogspot.com.br
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isa.dantas 24/06/2016

Narrativa deliciosa que nos faz querer continuar lendo. Uma história incrível, contada de forma brilhante em primeira pessoa.
Ivan.Cabral 24/11/2016minha estante
li algumas cronicas de edgar alan poe, e o único livro de emily bronte, o inesquecível, o morro dos ventos uivantes......gostaria de ler este.




ritita 16/06/2016

Clássico inesquecível.
Essa obra, que foi escrita nos idos de 1722, conta a história de Moll Flanders. A personagem, que dá nome ao livro, narra sua própria história. Tendo nascido na pior prisão da Inglaterra, Moll faz jus ao local de onde nunca deveria ter saído.
Ladra, falsa, prostituta, oportunista, irresponsável, enganadora, interesseira - o único crime que a peste da mulher não comete é assassinato; não livra ninguém de sua sanha, de crianças a velhos e ex marido prisioneiro.
A fidaputa tem a desfaçatez de contar sua história sempre desculpando-se e arranjando um motivo para seus delitos, com um todavia, mormente, conquanto contudo; muitas vezes colocando-se como vítima.
A bandida narra com riqueza de detalhes o planejamento, a execução, as associações e os ganhos com os crimes praticados e os filhos que foi abandonando por aí.
Apesar de, é um livro de fácil leitura e a leitora aqui passou o livro todo torcendo para que alguém prendesse a víbora.
Para Moll Flanders os criminosos se dividem em duas categorias: a maioria são depravados que merecem o próprio destino, mas ela e alguns de seus amigos são pessoas essencialmente virtuosas e dignas que não tiveram sorte. Ah! E o fim? Que final foi este? O escritor foi muito, muito feliz.

Tradução perfeita.

Vale a pena ler o prólogo, escrito por ensaios de Cesare Pavese, Marcel Schwob e Virginia Woolf.

ESPETACULAR, MARAVILHOSO, IMPERDIVEL. Estante de diamante.
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Eric 23/05/2016

Bela, recatada e do lar???
Ladra, prostituta, oportunista e irresponsável, Moll Flanders foi uma mulher que comeu o pão que o Diabo amassou. Porém, por meio de destinos cruéis, Moll aprender a ser pé no chão, quase sempre convicta de suas duras decisões. É assim que Daniel Defoe desconstrói as idealizações femininas de sua época, mostrando que a mulher não é frágil e consegue superar barreiras monstruosas em prol da felicidade.

Daniel construiu uma personagem arrebatadora que nos enche de diversas emoções. As estórias narradas por Moll conseguem prender a atenção do leitor intensamente, sendo que a cada capítulo, a vida da protagonista passa por extremas reviravoltas.

Além do mais, a escrita do autor é bem acessível, rica e estruturada. Dessa forma, a narrativa se torna bastante fluida, o que colabora para a avidez da leitura.

Outrossim, a complexidade de Moll é a maior vantagem da obra, visto que o psicológico da personagem possui uma bela construção com sucessivas evoluções. Assim, as características de uma mulher imprevisível tornam-se vívidas, causando fascínio pela qualidade da trama.

As críticas sociais estão claramente introduzidas na estória. Moll ao escrachar sua busca pelo melhor patamar econômico, adotando até a imoralidade, com intuito de riqueza, revela as influências que o capitalismo exercia na sociedade, com maior ênfase no proletariado, o qual recorria a violência e desmoralização, almejando a ascensão social ou até mesmo sobrevivência.

Além disso, as idealizações femininas são quebradas nesta obra, pois a figura da mulher, como pilar principal do progresso doméstico e primordialidade na educação dos filhos é substituída pela a imagem de da uma prostituta ladra e mãe irresponsável que abandona os descendentes nos momentos de desespero.

Recomendo muito este clássico inglês. Moll Flanders é uma um obra com muitas reflexões que perduram até hoje, por exemplo: a posição feminina dentro de uma sociedade machista. As aventuras da prostituta emocionam os leitores, desencadeando uma guerra de amor e ódio pelas atitudes de uma surpreendente mulher.
Felipe1503 22/08/2017minha estante
Gostei da sua resenha. Foi meu primeiro Defoe, deu vontade de procurar mais obras dele, Moll Flanders é uma mulher à frente de seu tempo.


Eric 22/08/2017minha estante
Foi o meu primeiro também, ainda quer explorar mais suas obras.




jota 03/05/2016

"Dona" Moll e seus (vários) maridos, pecados e crimes
Intelectuais e estudiosos da obra de Daniel Defoe (1660-1731) acreditam que o espetacular sucesso do livro Robinson Crusoé (1719) acabou deixando em segundo plano outras obras notáveis do escritor inglês. Caso desta Moll Flandres (1722), capaz de proporcionar grande envolvimento do leitor com a narrativa, do mesmo modo que ocorre com a história do famoso marinheiro náufrago.

O presente livro tem o extenso subtítulo de "As venturas e desventuras da famosa Moll Flanders & Cia. Que nasceu na prisão de Newgate, e ao longo de uma vida de contínuas peripécias, que durou três vintenas de anos, sem considerarmos sua infância, foi por doze anos prostituta, por doze anos ladra, casou-se cinco vezes (uma das quais com o próprio irmão), foi deportada por oito anos para a Virgínia e, enfim, enriqueceu, viveu honestamente e morreu como penitente. Escrito com base em suas próprias memórias."

Quer dizer, o subtítulo equivale a uma poderosa síntese do que será dado ao leitor conhecer acerca dessa singular personagem, que a certa altura resume grande parte de sua existência como "(...) uma horrenda mistura de impiedade, prostituição, adultério, incesto, mentiras e roubos - em poucas palavras, todos os delitos, exceto o assassínio e a traição, tinham sido minha rotina desde os dezoito anos, ou mais ou menos isso, até os sessenta (...)". Moll Flanders chegou a um ponto sem volta, em que roubava por roubar: simplesmente nisso tinha se transformado sua vida, como ela nos confessa.

A história de Moll e as demais histórias por ela contadas ao longo do livro prendem nossa atenção incrivelmente e em parte isso se deve não apenas ao talento de Defoe, também à primorosa (e saborosa) tradução de Donaldon M. Garschagen. Somos transportados para distantes tempos ingleses, pré-revolução industrial, com seus usos e costumes característicos, que fazem a delícia dos leitores que apreciaram, por exemplo, outra obra memorável da literatura inglesa setecentista, Tom Jones, de Henry Fielding, seguidor de Daniel Defoe e precursor de Charles Dickens.

Não bastasse isso, esta bela edição da Cosac Naify traz textos de Cesare Pavese (A solidão de cada um), Virginia Woolf (Defoe) e Marcel Schwob (O pão nosso de cada dia) e finaliza com Sugestões de leitura. Além de destacar a excelência da escrita de Defoe, suas obras, levantam-se questões acerca da existência de um Moll de verdade (ou de mais de uma) que teria servido de modelo ou inspiração para a Moll ficcional.

Moll Flanders é um clássico inglês setecentista que vale a pena ser lido ou relido, que recomendo com entusiasmo. Lido entre 26/04 e 02/05/2016.
cid 03/05/2016minha estante
Parece ser uma leitura difícil.


jota 03/05/2016minha estante
Nada disso. Parece um folhetim, com classe, é claro.




Renata (@renatac.arruda) 27/07/2015

Uma pioneira na defesa dos direitos das mulheres
Publicado em 1722, mais de sessenta anos antes que Olympe de Gouges redigisse sua Declaração dos direitos da mulher e da cidadã, em 1791, e Mary Wollstonecraft publicasse a Reivindicação dos direitos da mulher, em 1792, Moll Flanders ganhou nova tradução para o português, assinada por Donaldson M. Garshchagen, e publicado pela Cosac Naify. Para a edição que marcou a volta da coleção Prosa do Mundo, a editora incluiu ainda ensaios de Cesare Pavese, Marcel Schwob e Virginia Woolf, que chamou a atenção para o caráter moderno da obra e seu autor no que diz respeito aos direitos das mulheres: "Sabemos que ele pensou a fundo e muito à frente de sua época sobre a capacidade das mulheres, que considerou muito alta, e a injustiça feita a elas, que considerou muito dura. (...) [Moll Flanders] depende totalmente de sua própria inteligência e raciocínio para enfrentar cada situação que surge, com uma moralidade de ordem prática que ela mesma forjou para si".

Narrado em primeira pessoa, o livro conta a história de uma inglesa pobre, nascida do ventre de uma prostituta dentro da prisão. Acolhida quando criança por uma senhora piedosa, a menina ainda pequena já demonstra esperar mais do mundo do que ele está disposto a lhe dar: apavorada com a perspectiva de se tornar uma criada, ela declara querer ser uma "dama" ? em sua concepção infantil, uma dama, na verdade, significava ser dona da própria vida e dinheiro através do trabalho, como uma comerciante. E ela realmente começa a ganhar a vida dessa forma, através da costura, até que sua benfeitora morre e Flanders passa a ser acolhida na casa de uma família amiga. Dessa vez, como criada.

Continue lendo no Prosa Espontânea:
http://www.mardemarmore.blogspot.com.br/2015/07/moll-flanders-daniel-defoe.html
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Serivaldo 03/06/2014

Essa obra, que foi escrita nos idos de 1722, conta a história de Moll Flanders. A personagem, que dá nome ao livro, narra sua própria história, contando suas aventuras e desventuras.
Descrevendo uma vida ligada a crimes, diversos casamentos, fugas e viagens, momentos de alegria e tristeza, dificuldades e prazeres, casos de luxúria e pobreza, a personagem vai orientando o leitor e dando, por diversas vezes, dicas de como se comportar, especialmente às mulheres.
Começando pela infância, que não foi fácil, narra seus envolvimentos amorosos e seus vários casamentos, demonstrando as artimanhas, truques, mentiras e armações utilizados para efetivá-los. Nessas narrativas podemos observar como eram negociados os casamentos, os jogos de interesse e a busca pela fortuna fácil, tanto por homens e mulheres, numa época em que a sociedade inglesa passava por grandes transformações.
Parte bastante detalhada pela personagem é a fase em que se torna uma ladra e na qual narra, com minúcias, o planejamento, a execução, as associações e os ganhos com os crimes praticados. Nesse aspecto descreve o sistema jurídico e penitenciário inglês, num período em que a prisão, o banimento e a forca eram punições certas e aceitas.
A maneira como Daniel Defoe escreve essa história dá uma sensação de realismo e verossimilhança com a vida pela qual passa uma pessoa que está presa à necessidades e se envolve com prostituição, negócios perigosos e roubos. O romance ficcional retrata uma parte histórica da Inglaterra do século XVII e, ainda, sua ligação com a América por ela colonizada, para onde degredava muitos de seus criminosos.

site: http://memorialdelivros.blogspot.com.br/2014/06/moll-flanders.html
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