Elisa 27/01/2021
Doloroso
?Muitas vezes, quando a realidade arranha nossa alma, o melhor a fazer é tentarmos nos entregar às ilusões.?
Com escrita fluída, mas relatos dolorosos (e difíceis de acreditar que realmente são reais), o autor nos proporciona uma visão de perto de Auschwitz II.
Lágrimas caíram ao longo do livro, aos poucos, enquanto vivenciava o cotidiano dos prisioneiros, e com força nas últimas páginas, lendo a exemplar força da protagonista.
Difícil de acreditar em cada linha lida. Mas, particularmente, são livros assim que me atraem, pegam você pelos ombros e o chacoalham até cair na realidade da triste História pela qual o mundo é construído.
Ao fechar o livro, percebi que havia que tornado desacreditada na capacidade humana em fazer o bem (juntamente com tudo que nós temos vivenciado no último ano, ondas de xenofobia, descrença na ciência, descaso com os demais etc.), mas a garra e determinação demonstrada por Helene Hannemann, apesar do abismo no qual se encontrava) me fizeram dar um leve suspiro de esperança.
Recomendo a todos!