Lais Cera 19/09/2021
Continuo amando...
Nos volumes 1 e 2, tivemos a apresentação dos irmãos Elric e de suas motivações para serem alquimistas federais. Logo, neste volume, damos continuação na jornada desses irmãos, bem no ponto em que havia acontecido algo com o braço de aço do Edward. Assim, já no início, conhecemos Pinako e sua neta Winry, que são o que restou de família para esses dois garotos. E adorei o fato de que a pessoa que criou os automails usados por Edward é uma garota. Aliás, como os dois tinham pressa em voltar para a Cidade Central, ela teve que trabalhar muito e em pouco tempo, coisa que gerou uma pequena cena final, nesse capítulo, com possíveis implicações futuras nas batalhas de Edward.
Nessa viagem para a cidade de interior foram apresentados mais detalhes do passado dos irmãos e também foi lançada uma reflexão sobre força de vontade e a união desses dois, e a capacidade de Edward em aguentar dores que nem um adulto aguentaria.
Também temos nesta viagem a fagulha inicial para toda a trama desse volume: um encontro com o Doutor Marco, conhecido por pesquisas na área da medicina. Com isso, Edward e Alphonse recebem algumas pistas de onde encontrar as respostas que precisam. Mas o Doutor Marco deixa claro que as respostas que eles vão encontrar são deploráveis.
E é nesse momento que o volume me desapontou um pouco. Estando em um beco sem saída com relação às informações dadas pelo Doutor Marco, houve a inserção questionável da personagem Sheska. Ela surgiu do nada e simplesmente deu aos irmãos todas as informações das quais eles precisavam. Porém, mesmo com esse desapontamento, ainda continuo achando a história incrível, pois é muito bem construída e continua sendo aquela narrativa boa e intensa que tem muita coisa para nos dizer e nos fazer refletir.
A trama segue bastante agitada e com muitas revelações. Os irmãos Elric descobrem o segredo sobre os ingredientes para fazer a pedra filosofal e também a possível existência de mais pessoas com almas fixadas em armaduras, assim como o Alphonse. E a comédia em meio a esses momentos de drama continua, suavizando as situações que são muito tensas.
Mais para o final, houve também uma discussão sobre o que significa “ser humano”. E, assim como as diversas outras reflexões, essa foi colocada de forma sutil em meio à história.
E para quem gosta de fazer comparação de força e poder entre os personagens, há um capítulo extra no final envolvendo uma disputa entre o Roy e o Edward.