George

George Alex Gino




Resenhas - George


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thibordignon 21/01/2018

George
Gostei... mas nem tanto assim. Simples.
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Adriana 03/01/2018

Um pouco de amor em tudo
"Quem é você?
O que você é?
E como isso afeta seu modo de ver o mundo?" Essas são as perguntas implícitas no livro que já falei aqui. George, de Alex Gino. Uma narrativa simples pelos olhos de uma menina "presa" no corpo de um menino. E as dificuldades que sente em ter de fazer coisas de menino: jogar bola, se vestir de forma sem graça, e o pior, ir ao banheiro de meninos, com aquele cheiro que a lembra o que os outros querem que ela seja. A vontade de se sentir quem ela é de verdade; ser aceita por isso, o apoio familiar, o bulling ainda que disfarçado de algo normal. Acompanhe a linda e doce George, e sua trajetória em ser quem ela é em essência e lidar com sua família e a aceitação dela.
Passamos a leitura com a sensação de que o gênero não é o real foco do livro, mas a mensagem que ele passa: o autoconhecimento, a amizade, o amor.
Ser ele ou ela não faz de você melhor ou pior, faz de você quem você é.
Seja você... #grupodaone #livro #sejavocê #galerajunior #diversidade #transgenero

site: https://www.instagram.com/p/BQ28AQHjJ2b/?taken-by=resuminuto
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Douglas P Da Silva 04/12/2017

Super indico!
É uma leitura rápida, principalmente pelo livro ser muito curtinho — pouco mais de 100 páginas —, mas carrega mensagens tão profundas em passagens tão sutis que torna-se marcante de alguma forma. Narrado em terceira pessoa, apesar de todos à sua volta tratarem George como o que veem, um menino, durante a escrita é sempre usado o pronome feminino para se referir à ela. Sempre A George. E acho que isso resume muito bem o que o livro quer passar: devemos aceitar que o modo como uma pessoa se vê não deveria afetar o modo os outros a veem. Pois personalidade independe de gênero ou sexualidade, e, sim, do caráter.
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ella 22/11/2017

espetacular em todos os aspectos
Um tema pesado tratado de forma leve é a melhor definição para 'George', onde apenas a protagonista é capaz de enxergar seu verdadeiro eu. Narrando a história de uma criança, são reveladas todas as facetas da desigualdade e exclusão de gênero/homofobia por meio da visão infantil e da ingenuidade de muitos dos colegas de George, o que aponta certamente que ninguém nasce de mau caráter ou como uma pessoa odiosa, e que a sociedade o faz assim. A professora, que não deixa George interpretar Charlotte, é a representação de muitas famílias e educadoras por todo o mundo, que não enxergam o real valor da criança além da diferença. Todos deveriam ler para ter uma visão mais aberta sobre o mundo.
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Tiago sem H - @brigadaparalela 30/07/2017

Sem muitas delongas, George não se tornou um dos meus livros favoritos da vida, mas faltou algo para que isso não acontecesse e logo, logo, comento sobre isso. Partindo desse princípio, já está altamente recomendado. Agora voltemos para nossa opinião normal.

Alex Gino irá nos apresentar uma história em que sua protagonista é uma personagem transgênero, nesse caso, George é um menino com cerca de dez anos que não se sente a vontade com seu próprio corpo, por que na verdade, George é uma menina no corpo de menino. Toda a trama irá girar no momento em que sua classe irá encenar uma peça de "A Menina e o Porquinho" e George quer representar Charlotte, mas é barrado por ser um "menino".

Com toda essa frustração, George se abre para sua melhor amiga Kelly que à primeira vista, se sente chocada pela revelação da amiga, mas logo depois se torna uma leal confidente. Enquanto isso em casa, as relações familiares estão bem complicadas, uma vez que sua mãe também está prestes a descobrir a verdade.

A grande pegada que torna esse, um livro que aquece o coração e que deveria ser lido por todos, principalmente alunos em idade escolar inicial é a proposta de discussão sobre identidade de gênero e descobertas sobre a própria sexualidade, mas de uma forma totalmente inocente. Boa parte da história é ambientada na escola, e com isso teremos os tradicionais alunos cometendo bullying, o que ao mesmo tempo se torna algo clichê, mas verídico na maioria dos casos.

Livros que trabalham a identidade de gênero e a própria sexualidade em si, ainda são pouco lidos por grande parte da população de leitores, principalmente os livros com personagens transgêneros, estes são quase raros eu diria. Um detalhe de escrita que demonstra essa pouca familiaridade é o fato do narrador sempre se referir a George como menina e os outros personagens tratarem ela como menino. A cabeça dá um nó as vezes.

Um dos pontos que acredito que não tenha feito o livro se tornar um favorito da vida, é que por mais que a história seja significativa, seja importante em diversos aspectos, o autor apenas pincelou o tema. Compreendo que George pode ser tratado como um livro de introdução à essa temática, mas com todos os dilemas que envolve as questões de gênero, sobretudo quando se tem uma personagem criança/adolescente, ele poderia ter aprofundado um pouco mais entorno dessa narrativa. No final, a história é super rápida de ser lida, e ouso dizer que alguns aspectos foram trabalhados de forma bem rasa. O livro é sensível, é fofinho, dá vontade de abraçar George em diversos momentos, mas em se tratando de narrativa, George merecia algo mais.

Outro ponto em que acredito que o autor falhou é quando ele reforça a ideia de gênero imposta pela sociedade, sendo que seu livro representa totalmente o oposto dessa delimitação, por exemplo, quando George escolhe intimamente a cor rosa por que assim todos saberiam que ela era uma menina, ou quando sua amiga diz para ele usar saias. Esses pensamentos podem ser justificados quando se pensa que é um diálogo de crianças e elas reproduzem o que os adultos fazem, mas fica meio que fora do contexto da obra em âmbito geral.

Por fim, George é um livro ambíguo. Ao mesmo tempo que é um livro que aborda um assunto que precisa ser falado, precisa ser entendido e que contribui para despertar uma empatia sobre as pessoas transgêneros, é um livro que trata o assunto de forma rasa e que entra em desacordo com sua própria proposta. Ainda assim, é um livro que recomendo principalmente por conta da protagonista que é um amor de pessoa e que espero que tenha sido feliz (quem leu entenderá).

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/
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Rosana - @tudoquemotiva 02/06/2017

Aquele quentinho no coração
O livro vai contar sobre a história de George, uma criança trans que tem vergonha de mostrar seu EU verdadeiro por medo dos julgamentos. George é uma menina em um corpo de menino e ela acha que terá que ser assim para sempre, até que um dia sua professora anuncia que a classe vai encenar "A menina e o porquinho". O único porém é que George não pode nem tentar o papel de Charlotte (uma das personagens principais), por ela ser um menino. George quer ser Charlotte mais do que qualquer coisa e com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, eles elaboram um plano que requer muita coragem.

O livro não apresenta muitos detalhes e não é muito profundo sobre a transexualidade, o autor aborda a situação de forma leve, mas nada que pareça forçado ou jogado na história. Não me senti incomodada ao ler e a leitura flui que é uma beleza. Não há muita carga dramática e nem muita profundidade de personagem, mas o autor consegue tocar nosso coração.

“My point is, it takes a special person to cry over a book. It shows compassion as well as imagination...Don't ever lose that”

É legal ver como a personagem vai se desenvolvendo ao longo do livro e como ela lida com toda a situação. Com a ajuda da amiga e da peça teatral que se aproxima, George consegue entender a própria identidade e cria a coragem para lidar com a situação, para falar a verdade para a mãe e aceitar a si própria. Aceitar que ela pode ser quem ela quer ser, independente de qualquer situação.

É um livro muito amorzinho, que te deixa com um sorriso no rosto após a leitura e aquele quentinho no coração, sabe? Te deixa com a sensação de que o mundo pode ser um lugar melhor e que devemos aceitar as pessoas como elas são, sem julgamentos.

É fácil torcer por cada vitória da George. É um livro infantil, que te prende do começo ao fim, que passa uma mensagem muito linda tanto para crianças quanto para adultos. O livro é narrado em terceira pessoa e mostra o dia a dia de George, como todos seus problemas e conflitos.
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LOHS 24/05/2017

Coisa mais linda do <3
George é um livro que me chamou a atenção logo que foi lançado aqui no Brasil. Em 2016 foi vencedor dos prêmios Stonewall Book Award e Lambda Literary Award (na categoria LGBT Crianças/Jovem Adulto), além de ser nomeado para outros grandes prêmios americanos. E, assim que o vi na Bienal do Livro em São Paulo no ano passado, não resisti e acabei comprando.

Alex Gino, escritxr de George, utiliza um pronome específico em inglês para pessoas que se identificam com mais de um gênero ou que não se identificam com nenhum. Confesso que não conheço um termo assim em português, então perdoem minha ignorância caso haja algum. De qualquer forma, Alex Gino acredita que os jovens precisam de ferramentas para discutir e refletir sobre assuntos reais do nosso mundo, como a causa dos transgêneros - tema de seu primeiro livro, George.

A protagonista que dá o nome ao livro, George, está no quarto ano do fundamental e esconde um grande segredo da família e da melhor amiga: George é uma menina, mas ninguém sabe porque ela tem um corpo de menino.

George, quando está sozinha em casa, se nomeia Melissa, lê revistas femininas e sonha em se maquiar e se vestir com todas as coisas lindas que ela vê nessas edições. E, embora tente criar coragem de contar à mãe que é diferente, ela nunca consegue.

"George abriu os lábios, mas não havia palavras na boca e apenas um pensamento no cérebro: Não! Ela sabia que mamãe só estava tentando ajudar. Mas George não tinha um problema normal. Não tinha medo de cobras. Não tinha tirado nota ruim em matemática. Ela era garota e ninguém sabia."
p. 38

As relações importantes para George ainda são limitadas. Ela vive com a mãe e o irmão mais velho, Scott, já que o pai mora em outra casa e é ausente na maior parte do tempo. A única amiga de George é Kelly, uma garota animada que vive com o pai músico e que nunca fala sobre a mãe.

O segredo de George será abalado com o anúncio da peça “A menina e o porquinho” para os alunos do quarto ano. George fica completamente encantada pela aranha Charlotte e até chora quando descobre seu triste fim. Só que quando George se candidata para o papel da aranha, a professora não quer deixar George pegar o papel porque ela é um menino. Tentando animar George, a professora oferece o papel de Wilbur, mas George não quer ser um porco sujo. George quer ser como a sábia aranha Charlotte que distribui ensinamentos e palavras difíceis ao porquinho. Extremamente triste por não poder ser Charlotte, George não quer nem saber mais da peça e até briga com a melhor amiga Kelly quando ela recebe o papel da aranha.

"Os filés de peixe e as ervilhas macias não exigiam muita mastigação, e logo o prato de George estava vazio. Ela pediu licença e colocou a louça na pia de aço inoxidável. Correu escada acima e fechou a porta do quarto na hora que as lágrimas começaram a cair. Ela se jogou na cama e chorou no travesseiro. Chorou por causa de Charlotte. Chorou por ter ficado com raiva de Kelly. Chorou porque a Sra. Udell achou que ela estava de brincadeira. Mas, principalmente, chorou por si mesma."
p. 59

Mas como são melhores amigas, George e Kelly logo estão em bons termos novamente. E Kelly, com toda a inocência de uma criança, compreende e aceita que George é uma menina também. Assim, Kelly bola um plano muito inteligente com George. Serão duas apresentações da peça, uma no período da tarde e outra no período da noite. Kelly decide que ela será Charlotte na apresentação durante a tarde e que George fará o papel da aranha durante a noite. Afinal, Kelly explica que George é uma Charlotte muito melhor que ela. E se a mãe de George assisti-la no papel da aranha, pode enfim compreender quem George é de verdade.

"- E é isso mesmo?
- Isso o quê?
- Você acha que é garota?
- Acho. - George ficou surpreso com a facilidade de responder aquela pergunta.
- Ah. - Scott mordeu um pedaço de pão e mastigou, pensativo.
(...)
- Estranho. Mas até que faz sentido. Sem querer ofender, você não é um garoto muito bom.
- Eu sei."
George e Scott, p. 101-102

Com uma leveza incrível, George é um livro infantil que pode ser muito apreciado pelos adultos também. É simplesmente impossível não abrir seu coração para George e todos os grandes problemas que ela deve enfrentar ao estar presa a um corpo que não parece seu. George é uma menina. Pensa em si mesma no feminino e sonha em usar vestidos e maquiagens. A única diferença é que ela tem um corpo de menino.

"- Quero dizer, ser gay é uma coisa. As crianças estão saindo do armário bem mais cedo do que quando eu tinha sua idade. Não vai ser fácil, mas nós vamos lidar com isso. Mas ser esse tipo de gay? - Mamãe balançou a cabeça. - É uma coisa bem diferente.
- Eu não sou nenhum tipo de gay.
Pelo menos, George não achava que era gay. Ela não sabia de quem gostava, na verdade, se de meninos ou de meninas.
- Então por que encontrei todas aquelas revistas de menina no seu armário? - Mamãe levantou a sobrancelha, e uma ruga curva se formou na testa dela.
George inspirou fundo, prendeu o ar e soltou. Depois, de novo.
- Porque eu sou menina."
George e sua mãe, p. 94

É interessante perceber as reações dos adultos ao redor de George e também como Alex Gino tratou bem a confusão que a sociedade faz entre pessoas homossexuais e transgêneras. Com uma narrativa extremamente bela e sutil, Alex Gino traz um dos temas taboo do momento. Fui completamente tocada e por isso recomendo o livro independentemente da sua idade atual ou do seu gênero. Simplesmente faça a si mesmo um favor e vá ler George!

site: http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/2017/04/george.html
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Bela Lima 12/05/2017

George é uma garota.
George é um pequeno garoto no terceiro ano – ou ao menos isso é o que todos acham, porque na verdade ele não é ele, mas ela. George é uma garota.

“Para ser sincera, não sei o que pensar de uma pessoa que não chora no final de A menina e o porquinho.”

Ninguém sabe disso e George também não sabe como dizer, esse é o seu pequeno (grande) segredo, assim como a bolsa com revistas femininas (o que é uma revista feminina?), que George imagina que são suas amigas, que a apóia e a entende.

Quando o dia da audição para A Menina e o Porquinho se aproxima, George decide tentar o papel de Charlotte, a aranha, esperando que estar na frente de tantas pessoas, da sua mãe e do seu irmão, faça com que todos percebam que ela é uma menina. Que ela é uma menina independente do que seu corpo mostre.

“-A questão é a seguinte. Eu não quero ser Wilbur na peça — disse ela para Kelly.
-Ah. Isso não é problema. Tem muitos outros papéis na peça. (...) Vamos falar com a Sra. Udell e ver que papel você pode pegar.
-Eu não quero qualquer papel — disse George.
-E quem você quer ser? Templeton, o rato? Avery? — tentou adivinhar Kelly. — O Sr. Zuckerman? O Sr. Arable? Quem mais tem na peça? — perguntou Kelly com incredulidade.
-Eu quero ser Charlotte — sussurrou George.”

George é um livro que gostei, embora não seja realmente tão aprofundado como eu esperava. Ele é pequeno, passar super rápido e trata de maneira simples os transgêneros, que são pessoas que não se identificam com o gênero imposto no nascimento.

Mas, ao mesmo tempo que eu não gostei desses fatores, eu gostei disso.

Algumas pessoas podem ter visto o livro como superficial e, sim, ele foi, mas eu gostei dele assim; o livro é uma introdução ao tema, algo que qualquer um independente da idade pode ler mesmo que não conheça o assunto profundamente.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/05/resenha-george.html
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L F Alencar 06/04/2017

Uma leitura emocionante, cativante e fofa.
George nasceu no corpo errado. Ela é uma menina no corpo de um menino. Isso é um segredo que ela guarda só para ela mesma, olhando revestas de meninas em segredo e adotando para si o nome "Melissa". Até que uma peça sobre "A Manina e o Porquinho" se aproxima. George que interpretar Charlotte, a aranha amigável que teve palavras bonitas em sua teia, mas esse papel é direcionado somente para meninas e ela se ver diante de um difícil. Contando somente com sua melhor amiga Kelly, George enfrentará um caminho de descobrimentos e aprendizagem.
"George" é uma leitura rápida porém cativante, fofa, inocente, gentil, linda e primorosa. Você irá se encantar com George
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Eli Coelho 26/03/2017

Um livro necessário, mas claramente infantojuvenil
Achei a trama bobinha e com nenhum aprofundamento teórico e psicológico das personagens. De certa forma tudo se resolve de modo fácil, sem os preconceitos, traumas que se espera infelizmente. Isso não desmerece o livro, visto que a proposta é mesmo de uma escrita e público pré adolescente.

Antes de tudo faz-se um livro necessário e que pode servir a professores para inserir o tema de diversidade, gênero, sexualidade. Penso que esse livro merecia uma continuação ou mesmo ser maior e abarcar talvez as questões sobre o amor e a aceitação da família (o pai não existe no livro) e dos colegas da escola (que por fim não souberam da condição de Melissa)

RECOMENDO para pré-adolescentes e para adultos sem grandes expectativas
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@clubethebookonthetable 26/03/2017

Ser diferente
Alex Gino nos apresenta ao mundo dos transgêneros. Transgêneros são pessoas que tem uma identidade de gênero não condizente com o seu sexo atribuído.

O protagonista GEORGE é um menino que se reconhece como menina e se sente preso ao corpo masculino.

A obra contempla a luta do protagonista em entender primeiramente quem ele é, em ser aceito pela família, pela escola e conseguir se impor da forma como ele se reconhece.

A questão da discriminação, do bullying, da amizade, da naturalidade com que esse tema deveria ser abordado na sociedade se faz presente na narrativa e principalmente, como tudo na vida, demonstra que até para nós conseguirmos ser o que somos, requer determinação, resiliência e coragem.

A narrativa é em terceira pessoa e apresentou alguns erros ortográficos e de concordância. Mesmo assim não anulou a importância da obra que é de grande contribuição, esclarecendo sobre o assunto, mostrando os obstáculos, a fragilidade de cada ser humano e por que não dizer que a obra é um convite ao desenvolvimento da empatia por pessoas "diferentes" de nós.
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vinicius.fagundes.93 25/03/2017

George é um livro de ficção juvenil, escrito por Alex Gino e publicado no Brasil em 2016 pela Galera Júnior. O livro conta a história de George, uma criança que, apesar de ter nascido menino, se vê como uma menina. George mantêm isso em segredo de todos a sua volta, inclusive de sua mãe e de seu irmão, e até mesmo de sua melhor amiga, Kelly, pois tem medo de que ninguém a entenda.

A vida de George se torna ainda mais complicada quando sua professora anuncia que a turma vai encenar a peça A Menina e o Porquinho na escola. George quer muito interpretar sua personagem favorita, a aranha Charlotte, mas a professora diz que ela não pode, porque ela é um menino. Isso, claro, deixa George muito triste. Porque ninguém mais consegue vê-la como a menina que ela é?

Mas George não vai desistir tão facilmente. Com a ajuda de Kelly, ela cria um plano para conseguir interpretar o papel que quer na peça, e finalmente mostrar a todos que ela realmente uma menina.

George é um livro que vem me chamando a atenção faz tempo. O tema de personagens transgêneros tem sido bem falado ultimamente, e George foi a primeira vez que eu vi o tema ser explorado do ponto de vista de uma criança. George é uma personagem muito encantadora, do tipo que você se apaixona logo nas primeiras páginas. Sabe quando você fica meio angustiado lendo um livro, porque não quer que o personagem sofra? Bem assim.

George é uma leitura muito rápida. O livro tem menos de 150 páginas, acho que eu conclui a leitura em menos de 3 horas, mas aí depende da sua velocidade de leitura. Acho que a leitura é rápida assim porque, por ser um livro direcionado para um público infantil, a história e a escrita em si são bastante simples. Ao mesmo tempo em que isso é um ponto positivo, pois facilita o entendimento da história para um público mais jovem, também pode ser um ponto negativo, já que a história nunca se aprofunda realmente nos dramas que George passa.

A escrita é, como eu disse, bem simples. Como o livro é narrado por uma criança, eu realmente não esperava nada muito elaborado, então não fiquei decepcionado. Na verdade, isso até contribuiu bastante pra história, porque parece mesmo que a história está sendo contada por uma criança. E George parece ser uma criança meiga e inocente, o que só me fez torcer ainda mais para que tudo acabasse bem pra ela.

Como eu já disse, George é a protagonista da história, mas não é a única personagem. A mãe de George, e seu irmão mais velho, Scott, são personagens importantes, já que são a família dela. Scott é um irmão mais velho bem típico, sempre falando de videogames e de filmes violentos, mas eu achei bem legal o fato de que ele nunca é particularmente malvado com George. Parece que em histórias desse tipo, os protagonistas sempre tem um irmão mais velho meio bully, mas Scott não é nada assim.

A mãe de George é um caso interessante. Apesar de amar muito a filha e querer o bem dela, a mãe não entende muito bem o que significa quando George conta pra ela que é uma menina. No início, ela simplesmente acha que George é gay, e é até bastante rápida em aceitar isso. Mas quando George explica melhor, ela se mostra mais resistente a ideia. Ao longo da história, isso é mais explorado e o relacionamento das duas acaba se desenvolvendo bastante. Eu achei ótimo a forma como o livro tratou isso, mostrando que as vezes, os pais simplesmente precisam entender mais o que os filhos estão passando, e precisam mostrar mais apoio.

A melhor amiga de George, Kelly, é uma menina excêntrica e é bastante divertida. A reação dela quando George conta que é uma menina é simplesmente “Então, seja uma menina, ué!”. Ela é uma ótima amiga para George e ajuda a amiga nos momentos mais importantes da história. Kelly é a responsável pelos momentos mais engraçados do livro, e ajuda a balancear os momentos mais tristes.

No geral, George é uma leitura leve que fala de um tema bastante pesado. Acho maravilhoso que exista uma história que mostre de uma forma tão delicada e singela o que se passa na cabeça de uma criança transgênera e espero ver mais livros com esse tema, porque a representação ajuda muito em semear a aceitação. Eu gostaria de que a história fosse um pouco mais aprofundada em algumas partes, mas no geral, foi uma leitura maravilhosa.

Recomendo George para todos que querem abrir um pouco a cabeça e enxergar um pouco do mundo através dos olhos de uma criança maravilhosa. Com certeza, uma das melhores leituras que fiz esse ano.

site: http://laoliphant.com.br/resenhas/resenha-george-alex-gino
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Nicole 05/03/2017

Se possível, por favor, leia
Um livro extremamente sensível, delicado, uma imersão nos sentimentos do outro, uma aula de empatia!

Recomendo!
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mikele | @respiropalavras 20/02/2017

"Às vezes, as pessoas transgênero não têm direitos."
Como mostrar as pessoas quem você realmente é, quando elas te dão rótulos e determinam sua maneira de ser?

George é uma criança de 10 anos que apesar de ter nascido menino, tem plena certeza de que é uma menina, Melissa. Mas George não sabe como contar que não se sente bem sendo um menino, que não quer ser ele, mas sim, ela.

"? Tentar ser menino é muito difícil"

Quando a sua professora anuncia que a turma irá encenar a peça 'A menina e o porquinho', George vê a oportunidade de ser Charlotte, a aranha, e mostrar a todos quem realmente é.
Mas a professora não aceita que George seja Charlotte, porque, veja só! Ele é um garoto. Assim, ele e sua amiga Kelly, elaboram um plano para que George seja a aranha e possa dar o primeiro passo para ser aceito do jeito que é.

Com sutileza e delicadeza, Alex vai narrando a história de uma criança que se sente perdida dentro de si mesma, que nunca se viu como menino, mas sabe, com a certeza de que o céu é azul, que é uma menina.

George é uma criança especial e adorável, insegura de contar para os outros que não se encaixa nos padrões, com medo de que seja mal vista, ou pior, que as pessoas achem que é besteira de criança.
Não se sente bem sendo George, ser Melissa é o que faz seu estômago borbulhar de excitação, o conforto de estar feliz com si própria, de se olhar no espelho e sorrir, porque gosta do que vê.

É um livro necessário, gostoso e leve, que vale a pena ser lido, pena não ter sido mais profundo, reflexivo, questionador, fiquei com a sensação de que o livro poderia ser, alcançar e tocar mais, ir mais a fundo. Mas não deixa de ser uma leitura válida e uma ótima experiência.

"Você é forte. Mas o mundo nem sempre é bom com as pessoas que são diferentes."
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