Capitu Já Leu 23/07/2017
ELE É LINDO!
Ok, me segurem, ou eu vou passar a resenha inteira falando “QUE LIVRO LINDOOOOO!”
GENTE, VOCÊS NÃO ESTÃO ENTENDENDO O QUANTO DE AMOR EU SINTO POR ESSE LIVRO.
Ok, calma, Clara, relaxa. Respira fundo. Se controle.
ELE É LINDO!
Respira. Inspira. Não pira.
Pronto, estou melhor.
Cá estou eu, como sempre, a idiotona que se apaixona pelas capas do livro. Olhei esse na lista dos livros de parceria da Arqueiro com o blog Encontros Literários e me apaixonei perdidamente. Já adoro essa vibe de fontes no estilo pincel japonês que está rolando (já notaram? Tá muito na moda, até papel higiênico tá usando, e eu adooooro essas fontes assim!), vejo uma capa que mistura uma fonte pincelada com aquarela e degradê? Pronto, amor verdadeiro de cara.
Respirei fundo e repeti o mantra: “não julgue o livro pela capa, não julgue o livro pela capa”. Não adiantou, eu já estava apaixonada. Fui ler a sinopse, cruzando até os dedos do pé, na torcida para que fosse interessante
Pronto. Amor Verdadeiro – O Retorno. ADORO livros com protagonistas mulheres reais, com medos, lutas, desejos, coragem, enfim. Como eu li uma vez no Twitter, conheço poucos homens que sejam tão incríveis quanto os homens dos livros e poucas mulheres dos livros que sejam tão incríveis quanto as mulheres reais. Sinto falta de mulheres que lutam, que batem o punho na mesa, que batalham contra tudo de ruim que só uma mulher precisa enfrentar.
Pois Lucille é uma dessas. Uma adolescente de 17 anos, dessas meio nerds, mas sem exageros ou reforço de esteriótipos. Sua vida está uma bagunça desde que seu pai enlouqueceu e tentou matar a mãe, o que fez com que ela desaparecesse depois disso. Com uma irmã novinha para cuidar, uma casa para manter e contas para pagar, a luta de Lu contra o mundo é descrita com maestria e, pasmem, de modo totalmente blasé.
Sim, Lu, apesar de um pouco dramática de vez em quando, o que é normal, é uma garota que quase me soou indiferente. Como se estivesse anestesiada. Preocupada com tudo? Óbvio. Mas… blasé. Por exemplo, há um momento no livro em que seu chefe, o dono de um restaurante louco de pedra (o restaurante, não o dono… bem certo que o dono também é piradão) onde ela se torna garçonete, conta uma piada, e ela sorri. Essa foi a melhor parte do livro para mim, porque ela fica IMPRESSIONADA POR TER DADO UM SORRISO. Sim, ela estava tão mergulhada em seu mundo de preocupações precoces demais para sua idade, que não se dá conta de que há muito não sorria.
É possível notar que Lu não é uma pessoa séria ou desagradável, não. Ela só está tentando sobreviver, pagar as contas e decidir se vai ou não perdoar os pais pela loucura em que eles a enfiaram. Afinal, enquanto suas colegas de escola se preparam para faculdades, Lucille está servindo mesas, pagando contas e tentando fazer sua irmã não sofrer com a ausência dos pais. Isso a torna um tanto quanto… Qual foi a palavra que eu usei lá em cima? Ah, sim, blasé. É isso.
Apesar disso, Lucille se vê apaixonada pelo irmão gêmeo da melhor amiga. Essa paixão louca, que veio do nada e a torna uma pateta, é praticamente o único vínculo da jovem com sua vida de adolescente pré-sumiço dos pais. Nesse momento, você consegue enxergar um pouco da juventude dela, o que faz com que você sinta muita raiva do pai e muita pena da mãe.
A relação de Lucille com sua irmã é maravilhosa. Wren se retrai um pouco, mas Lu faz o possível para que ela fique bem, feliz, satisfeita. Um pouco difícil, já que seus pais sumiram, mas… Ela realmente faz o seu melhor, o que é admirável. Eu, provavelmente, me curvaria numa bolinha, em posição fetal, e choraria, batendo as costas na parede de modo ritmado…
Essa Luz Tão Brilhante é um livro lindo, com um final surpreendente, lindo, delicado, emocionante, lindo, maravilhoso, lindo, rico, lindo e lindo.
Já mencionei que esse livro é lindo?
Não?
Ok.
ELE É LINDO!
site: http://www.capitujaleu.com/2017/07/EssaLuz.html