As mil noites

As mil noites E.K. Johnston




Resenhas - As mil noites


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Gabriela 14/11/2016

Este foi o livro de setembro do Turista Literário (fiz um post sobre a mala de setembro) e a capa, a sinopse e os itens que acompanhavam o livro na mala me deixaram curiosa para lê-lo. Ele é uma releitura (reinterpretação, reconto... sei lá qual é o termo mais apropriado para o caso!) de "As Mil e Uma Noites" só que com uma pegada mais jovem adulto.

Não espere algo muito próximo ao original, pois a autora pegou apenas alguns elementos da história de Sherazade e usou-os para criar a própria história. Aliás, a Sherazade não é Sherazade, pois a personagem não tem nome, assim como quase todos personagens. Só o rei Lo-Melkhiin e uns outros 3 personagens têm nome. Para mim, isso não ajudou, nem atrapalhou em nada, é só o estilo que a autora preferiu usar.

Quanto à história em si, ela é mais focada no aspecto sobrenatural da trama. O rei passou a casar e matar as esposas depois que foi caçar no deserto e voltou mudado: foi "possuído" por uma criatura poderosa, que o povo chama de demônio. Esse demônio meio que extrai seu poder consumindo a vida de suas vítimas, por isso a morte das esposas. Mas ele fica fascinado pela nova esposa que tem alguma força dentro de si que não permite que ela sucumba.

Dessa maneira, a sobrevivência da nossa protagonista se dá mais por esse poder sobrenatural do que pela inteligência e astúcia com que ela conta suas histórias, como é no original. Não achei isso ruim, mas os mais "puristas" veem nisto um ponto para reclamar. Meu problema foi outro: o final muito corrido. Até as últimas 30 ou 40 páginas, eu estava gostando da forma como a autora foi conduzindo a história, que é narrada pela "Sherazade" sem nome, mas com alguns poucos capítulos sob o ponto de vista do demônio.

Eu pensava que a garota passaria as mil noites no palácio e iria descobrir seus poderes aos poucos. Gradativamente, ela iria encontrar uma forma de expulsar o demônio e trazer o rei de volta. Isso foi o que pensei, mas não o que aconteceu. No fim, as coisas acontecem de forma meio atropelada, a menina descobre a chave de seu poder de repente e resolve tudo num piscar de olhos. E não, não são mil noites, nem muito menos mil e uma, o que quebrou o encanto para mim.

Em resumo, o livro é bom e rápido de ler, mas você tem que lê-lo sabendo que será diferente do original.

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Carol M 30/06/2018

As mil noites
Confesso que esse foi um dos livros que me conquistou pela arte. A capa é maravilhosa, os detalhes em dourado e os desenhados no interior do volume são cativantes. Fora a fonte que escolheram para o corpo do texto, tornando-o uma edição singular e praticamente uma obra de arte na nossa estante.

O livro é baseado em Sherazade, a rainha que contava histórias para o sultão não a matar, todas as noites ela inventava e criava diferentes narrativas para entretê-lo. E isso durou mil e uma noites. Bom, é exatamente disso que a releitura irá falar, porém com aquela pitada de liberdade artística e um pouco de fantasia no meio.

Agora vamos às vias de fato, a narrativa, no meu ponto de vista, é extremamente maçante e em diversos momentos a protagonista simplesmente viaja numas histórias míticas ou no passado. Isso não é o problema, porém na grande maioria das vezes esses momentos não são contextualizados no tempo atual da história, tornando o andar da carruagem muito confuso em sem nexo nenhum.

Outra coisa, que me incomodou bastante, foi o elemento fantástico introduzido, ao que compete à protagonista, tudo era muito bonito e delicado. Mas o que compete ao resto inteiro do livro, eu julguei completamente desnecessário todos os elementos mágicos. A fantasia simplesmente não encaixou com a premissa da história, se E.K Jonhston simplesmente tivesse reescrito a história de Sherazade, num âmbito “real”, eu teria apreciado muito mais.

Num geral a narrativa se mostrou pouco criativa, empobrecida, nem um pouco aprofundada, os elementos de fantasia não eram inusitados para nenhum leitor assíduo do gênero. O desenrolar da história é altamente previsível e sem nenhum elemento surpresa, além disso não se explica o porquê de muitas coisas. Sendo um volume único, existem muitas pontas soltas, perguntas sem respostas, e nenhum propósito ao longo da narrativa.

A única coisa que realmente achei legal e poético, são os elementos culturais introduzidos com uma riqueza de detalhes que compete com a arte externa do livro.

Já leram essa história? Conte aqui em baixo nos comentários e vamos falar sobre os pontos positivos, que ainda estou tentando reunir!

Até a próxima!

Para mais resenhas, acesse o link abaixo.

site: http://www.blogcontracapa.com.br
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Tamirez | @resenhandosonhos 13/08/2018

As Mil Noites
As Mil Noites, como o nome já sugere, é uma adaptação do original das Mil e Uma Noites. Quando ele foi anunciado eu me perguntei porque precisávamos de mais um, já que A Fúria e a Aurora, livro com a mesma pegada, havia sido lançado a pouco. Eu protelei a leitura e só me empolguei pra ler depois que me certifiquei que as histórias seguiam rumos diferentes e que o comum entre elas era apenas a inspiração.

As Mil Noites não é um livro sobre romance, como o outro é. Essa é uma trama voltada na magia e no desenvolvimento das lendas que giram ao redor desse homem horrível que assassina suas esposas de forma inexplicável. Lo-Melkhiin é considerado um monstro, mas por fazer seu povo prosperar, suas ações passam sob vista grossa de todos ao seu redor.

A grande curiosidade sobre o livro é que os personagens não possuem nome. É a garota, a irmã, o pai, a mãe, a mãe da irmã, a senhora da cozinha, a mãe do de meu marido e assim por diante. O único que tem um título é Lo-Melkhiin. Mas a trama não fica confusa por isso de forma alguma e só me dei por conta que absolutamente ninguém tinha nome quando li os agradecimentos da autora e ela menciona o fato lá.

O livro começa do ponto de vista de algum ser misterioso, ele está contando sua história e mirando em sua vítima. Essa criatura é a responsável pela crueldade do Rei, que era um jovem gentil e muito inteligente. Ele saia em caçadas por lugares inusitados para buscar leões, já que sua mãe tem um fascínio enorme pelos animais. E, um dia, ele voltou muito diferente. Alguns dizem que algo no deserto o mudou, outros que ele foi possuído por um demônio e ao longo da trama teremos alguns capítulos sob o ponto de vista dessa criatura.

A protagonista se ofereceu para salvar a irmã, mas não sabia bem onde estava se metendo. A irmã na verdade era só meia, já que o pai mantinha duas esposas e a mãe dela não era a mesma sua. Porém, se a outra fosse escolhida a mãe dela ficaria desamparada, já que o casamento da menina é que garantiria um lar pra ela. Já ela tem outros irmãos e sua mãe não sofreria.

Aqui, não há assassinatos públicos ou enforcamentos. As jovens apenas amanhecem ao lado de seu marido com sua vida completamente sugada. Somente ossos. Ninguém sabe explicar e ninguém ousa perguntar a Lo-Melkhiin o que acontece. Quando a jovem é tocada por ele, coisas estranhas acontecem. Há fios brilhantes em roxo, negro e cobre cruzando suas mãos e ela logo descobre que o tom mais terra é a sua energia, enquanto as outras cores pertencem a ele. Notando isso, ela fica intrigada sobre o que é, qual a importância disso e o que ela pode fazer com tal coisa.

“Se não tinha medo do senhor do qasr, não teria medo de nada.”

Ela é resignada e corajosa sem perder o foco. Entende que está em perigo o tempo todo, mas fica de ouvidos abertos para absorver as informações e tirar proveito do que sabe, para se manter viva. Não é uma visão apaixonada. Há praticamente zero romance no livro. A protagonista tinha o objetivo de salvar a irmã e, feito isso, mira agora em sobreviver e vencer o monstro custe o que custar, afinal a morte dela é sua única certeza.

Enquanto isso está acontecendo no Qasr, há uma história de background acontecendo. Além dos Deuses habituais, as famílias podem adorar pessoas “normais” após a sua morte. Alguém especial ou que fez algo significativo dentro de uma comunidade ou lar. Pra essas pessoas criam-se santuários e seus devotos passam a adorá-los. Há um questionamento sobre o peso que esse tipo de religião tem sobre as pessoas.

A irmã salva da protagonista toma pra si uma missão: ela vai transformar a irmã em algo a ser adorado. Com seu sacrifício como ponto inicial, algo começa a nascer no vilarejo e em todos que passam a ouvir a história. Nunca alguém vivo foi adorado da forma como a irmã deseja que ela seja e isso incitará um outro ponto da história que é até mais interessante que o central.

“Ela não morreu, e me perguntei se eu poderia finalmente ter encontrado uma rainha por quem eu atearia fogo no deserto.”

Lo-Melkhiin é uma incógnita. Sabemos que há algo errado. Sabemos que há alguém no controle e ouvimos as histórias. Um bom jovem, amoroso com a mãe. Um pai que não governava bem, mas um reino que na mão do filho prosperou. Uma mudança drástica de comportamento e o medo. É como se houvesses duas faces e nós enquanto leitores precisamos formular duas opiniões para acompanhar o desenvolvimento desse personagem que é muito difícil de conhecer. Em todos os sentidos.

Há três coisas importantes aqui pra se prestar atenção: essa manifestação religiosa de culto, o ser que é Lo-Melkhiin e os fios de magia que se manifestam. São pontos diferentes que se conectam e dão um aspecto único a história, mesmo ela não sendo totalmente original. E, considerando todos esses aspectos, caso você tenha lido A Fúria e a Autora ou tenha visto as resenhas, é possível notar claramente o quanto elas são diferentes.

Eu gostei bastante da leitura, ela é rápida e o livro é curto, porém isso também gerou algo negativo. O final acontece rápido e apressado demais. Faltam 50 páginas pro livro acabar e não há sinal do que o final vai realmente ser, e, de repente, tudo é posicionado, a ação acontece e o livro chega ao fim. Por um momento me perguntei se haveria continuação, pois não parecia possuir páginas suficientes para desenvolver o que precisava. A resolução veio, mas a pressa com que ela chegou deixou suas marcas na história. Pra mim, um pouco mais de cadência no final teria favorecido a trama e poupado o leitor de terminá-lo com tamanha pressa.

A autora, Emily Kate Johnston é uma arqueóloga forense e foi seu período na Jordânia que a fez se apaixonar pelo deserto. O ambiente era bastante desconhecido pra mim até meados do ano passado, quando encarei alguns livros que tinham esse mesmo background e acabei por me apaixonar pelo cenário. Esse foi meu primeiro contato com E. K. e espero que ela escreva outros livros para que possamos seguir acompanhado suas histórias.

Eu me apaixonei com a história das Mil e Uma Noites com outro livro e me reencantei com esse aqui. Já até adquiri a obra original pois quero conhecer a história em sua totalidade. Se você gosta de histórias nesse contexto ou cenário, dê uma chance para As Mil Noites. É um livro curto, único e que tem uma boa história pra contar.

site: http://resenhandosonhos.com/mil-noites-e-k-johnston/
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simone 24/09/2018

permanecer com a família ou se sacrificar por ela? tudo que queria era que sua vida não mudasse, que pudesse seguir ajudando a irmã, com suas tarefas diárias e juntas se preparando para quando pudesse ter suas próprias famílias Jamais imaginou que se casaria antes de sua irmã ou que seria rainha, e que por fim essa união seria decisiva para seu povo.
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Wes Costa 12/11/2018

Resenha: As Mil Noites
Estrelas: 4/5

No momento que comecei a ler esse livro eu percebi que era exatamente da história que ele contava que eu precisava. Todas as desventuras que a personagem vive me fez querer torcer e até mesmo orar por ela como muitos personagens no livro fazem. A leitura é super fluída e tudo isso graças a escrita deliciosa da autora, que inclusive eu já quero buscar mais obras dela. Eu amei o livro do início ao fim, mas minha parte favorita e a que mais me surpreendeu foi o seu fim. O livro tem personagens bem construídos e ele te transporta para outra época, outro país e outra cultura o que é simplesmente maravilhoso. Eu quase que literalmente viajei até o deserto e vivi todas as incertezas e medos da protagonista.
Sem mais delongas vamos a um resumo curto da obra em si:

As mil noites vai contar a história da personagem ( que infelizmente não nos é apresentado seu nome) e Lo-Melkhiin que é um rei que está a procura de sua próxima noiva. Todos no deserto temem Lo-Melkhiin, pois toda mulher que se torna sua noiva morre de forma misteriosa.
Nossa querida protagonista ao descobrir que Lo-Melkhiin irá procurar sua próxima noiva no acampamento que ela e sua família vive, ela teme por sua irmã, pois sua irmã é a mais bela de todas, então a partir desse medo ela bola um plano para chamar toda atenção de Lo-Melkhiin para si.
Seu plano é um sucesso e ela acaba sendo a escolhida. Ela viaja com seu novo marido para a cidade e começa tentar sobreviver mais um dia.

PS: Essa sinopse/ resumo foi uma das mais difíceis de fazer. Eu me esforcei ao máximo para não dar um spoiler e estragar a leitura de vocês. Por isso peço desculpas se ela parece um pouco confusa e vazia. Tenham uma boa leitura! ?
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Nicoly Mafra 14/10/2016

Resenha - As Mil Noites
As Mil Noites, escrito por E. K. Johnston e publicado aqui no Brasil pela Editora Intrínseca, é mais uma releitura de As Mil e Uma Noites.

No deserto existem algumas criaturas, criaturas que cobiçavam o que os humanos produziam, e como estas criaturas tinham pouca inclinação para os trabalhos manuais eles começaram a tomar o que eles desejavam, faziam com que os humanos trabalhassem para eles até que conseguissem o que eles queriam e depois os matavam. Até o dia em que uma dessas criaturas toma o corpo de um humano.

Lo-Melkhiin não é um rei “normal”; há alguns anos atrás, quando voltou do deserto após uma caça, Lo-Melkhiin não era mais o mesmo, algo o possuiu e levou embora toda a sua essência, agora um demônio habita o seu corpo.

Lo-Melkhiin matou trezentas garotas antes de chegar àquela aldeia em busca de uma nova esposa. Nesta aldeia vivem duas irmãs que são muito próximas. Nossa protagonista, que não sabemos o nome (sim, neste livro não sabemos o nome da protagonista), sempre soube que sua irmã era a mais bonita e a mais desejada da aldeia, então, quando Lo-Melkhiin chega a sua aldeia em busca de uma nova jovem para desposar, nossa protagonista implora que a mãe de sua irmã a arrume do mesmo jeito que arruma a própria filha e que sua irmã troque suas vestes, para que ela se destaque e salve sua irmã de uma vida curta. O seu plano dá certo, e Lo-Melkhiin a toma como esposa.

As esposas de Lo-Melkhiin nunca duraram mais que três dias no qsar, mas há algo de diferente com esta nova Rainha, disposta a se sacrificar para que Lo-Melkhiin não volte para a sua aldeia para desposar sua irmã ou faça mais vítimas, a nova Rainha precisa ser forte e ter um plano para detê-lo. Mas o que ela não esperava é que ela teria um poder que nenhuma das falecidas esposas do rei tinham, um poder que pode destruir Lo-Melkhiin.

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Gostei muito da premissa do livro e da escrita da autora, mas infelizmente esse livro não me conquistou. Senti a falta de um pouco de sentimento nos personagens e a evolução da história é um pouquinho demorada, o que fez com que o final fosse muito apressado. Mesmo com seus pontos negativos, recomendo sim a leitura do livro, uma leitura super rápida e bem intrigante.

Vale a pena comentar sobre esse lindo trabalho gráfico que a Intrínseca fez, o livro está maravilhoso, a capa e os detalhes do livro são perfeitos!

site: www.instagram.com/nickmafra
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fabio_g_oliver 20/01/2019

Legal. Mas bem que ela podia ter morrido no final.
Não li a sinopse,confiei no pouco que estava escrito na parte de trás e o resto é culpa da capa. Comprei na fé de que não me arrependeria com o conteúdo.
Não me arrependi... Mas entra pra lista do penhasco. Aqueles que caminham bem e quando chega no final cai. Pelo menos não foi uma queda tão alta...
Enfim.

Neste livro nós acompanhamos a história de uma garota que vive no deserto com a irmã, a mãe e a mãe de sua irmã (sim, duas mães). Aí chega o dia que o temido Lo-Melkhim vai buscar uma esposa nova no lugar onde ela mora e adivinha... Ela e a irmã estão na idade para serem escolhidas. Seria algo até bom, considerando a posição de poder do homem, se ele não matasse todas as esposas na primeira noite de casados (poucas duraram mais que isso).
Com medo de que sua irmã seja levada, a nossa heroína se entrega para ser a garota da vez, salvando também muitas outras garotas. A partir daí ela descobre uma vida nova no qasr e um poder enigmático que permeia ela e seu marido, sem nunca saber se acordará no dia seguinte.

Já devo destacar que apesar de eu ter me incomodado com isso só uma vez, nenhum dos personagens tem nome (a não ser Lo-Melkhin e Fihr Dom de Pedra (Sokath, Aqueles dos Olhos Abertos, não conta pra mim)). Mãe, irmã, mãe de minha irmã, mãe de Lo-Melkhim, Mãe da mãe de minha mãe, pai do pai de nosso pai... Vou confessar que isso irrita em um certo ponto, mas não dificulta a leitura.

Os primeiros capítulos foram interessantes. E achei que poderia melhorar a partir dali mas não evoluiu muito. A coisa fica meio chata e a personagem meio paradinha até por volta do capítulo... 13 ou 14, onde a história começa a movimentar mais.
Penso que apesar da ideia do livro e o ambiente criado para ele serem muito boas, faltou algo no desenvolvimento.

° Gostei da escrita dela. Se não fosse pelos "pai do pai de nossa mãe da irmã do pai..." a leitura teria sido mais fluida. Otima descrição dos locais, otima descrição dos detalhes e roupas e... diálogos nem sempre interessantes, mesmo que isso não diminua a estória.
° A personagem principal se mostrou inteligente em vários aspectos além de ter uma ótima evolução, mas foi meio paradinha. E a influencia que ela dizia ter com as mulheres, pra mim não passou de uma ilusão (muito mal falava com elas).
Outros personagens como a mãe de Lo-Melkhim, a moça da hena, o pai dela, o sábio... Gostei deles por serem mais que só personagens. Eles tinham um conhecimento próprio e uma personalidade própria, além da importancia.
Lo-Melkhim foi uma decepção total. Foi por isso que o suspense de "será que vou viver amanhã" que a autora tentou criar não deu certo. As sensações da personagem foram reais e bem colocadas de acordo com seu desenvolvimento. O erro foi não trabalhar isso com o leitor da forma certa. A personagem sentiu medo mas não consegui sentir medo por ela, não senti medo do Lo-Melkhim. E foi isso, pra mim, o que mais fez falta.
° Desenvolvimento foi bom. A personagem fica meio parada no começo da história mas ainda assim há importancia para cada capítulo desses.
Simplesmente achei que faltou exploração e conhecimento nesse desenvolvimento. Faltou coisas e lugares e situações diferentes.
° A ideia do livro é ótima. Tanto a ideia quanto o ambiente foram muito diferentes, só faltou aproveitar mais isso. Parece um mundo tão vasto, mas infelizmente não tão explorado como poderia ter sido. Assim como o poder da personagem e seu desenvolvimento.
A falta de nomes não incomodou (isso porque eu leio as estórias aceitando tudo kkkkk). Só fui reparar isso em um momento na história e depois só nos agradecimentos.
° O final já está claro que eu achei bem esquisito. Uma traição que eu nem sei de onde veio, umas paradas doidas do nada e aquela conclusão comum e meio sem sal. Típico final de sessão da tarde. Não me agradou muito não e foi bem corrido.
° Tem uma continuação, que se passa muito tempo depois dessa história. Eu leria pela escrita dela e por querer ver o que ficou "faltando" desse mundo, leria se esbarrasse nele qualquer dia. Mas ainda nem foi traduzido e achar em inglês... tenho preguiça, desculpa.
° Gostei quando ela foi intercalando a história, colocando capítulos na visão do outro. De certo foi empolgante.
° Sobre outras opiniões...
A riqueza de detalhes apresentada na história é capaz de transportar o leitor, concordo. Me agradei bastante da escrita.
Essa edição veio linda. As fontes, os detalhes dos capítulos, a capa... tudo muito lindo.
Realmente o final do livro foi corrido, a resolução acontece muito rápido e surge do nada um controle e compreensão muito esquisitos.
Houveram certos momentos que a protagonista contava histórias do passado. Algumas foram boas para entender certas coisas, outras foram meio desnecessárias e ficavam parando com andamento da história. Exatamente como os relatos de O Enigma Do Oito, só que extremamente menos chato e muito mais fácil de compreender seu papel na história.
Não é mistério que adorei a cultura apresentada na história. A questão dos deuses menores, as palavras estrangeiras, os desertos e tudo mais. E a escritora conseguiu passar isso muito bem.

Conclusion: E uma história bem boa. Não recomendo pra quem está procurando movimento ou ação. Essa é mais calma, foca em suspense e trama. Mas recomendo pra todo o resto. Foi uma ótima experiencia.

P.S. Foi impressão minha ou abelhas viram fadas?
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A.Maia 24/01/2019

As Mil Noites #1
Lo-Melkhiin não costuma ficar casado por muito tempo, já que a morte de suas esposas se tornou algo recorrente. Como rei, ele precisa de uma esposa para gerar herdeiros, então continua se casando até que a protagonista consegue se manter viva. A causa de sua sobrevivência tem relação com uma corrente de luz sobrenatural que passa de um pro outro. Uma história simples, mas a fantasia instaurada nela e a forma pomposa em que é contada dão à esse livro um diferencial!

Os acontecimentos se desenrolam de forma gradativa, hábitos e costumes são bem ressaltados e detalhados, bem como termos diferenciados. Alguns momentos se fazem  nas entrelinhas, mas de forma clara ao entendimento. Um livro que é composto por um enredo forte e seus personagens não possuem nomes.

A personagem principal abre mão de sua própria liberdade, em um primeiro momento, para que outras moças não percam suas liberdades. Em seu desfecho, a história evidencia o desabrochar do poder interior. O despertar da mulher dentro da sociedade, onde ela também tem voz e se faz importante.

@oparaisodaleitura

site: https://oparaisodaleitura.com/
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Gessyca.Libny 06/05/2019

"Bons homens sucumbem a monstros todos os dias..." (p. 313)
... Entretanto, a obra de Emily K. Johnston mostrou que as vitórias também os acompanham. Mostrou também que só o fogo para provar o que tem valor real. Só o cuidado com o que se deseja permite que o deserto forje a força de quem ele abriga. Só as palavras têm o poder de tecer e desfazer. É preciso resiliência e intencionalidade. E a esposa de Lo-Melkhiin sabia disso.

Mesmo a maioria dos personagens não tendo um nome ao qual se apegar, foi fácil se sentir segura com a senhora da hena, de compreender a dor e a esperança da mãe de Lo-Melkhiin, de admirar a amizade entre as irmãs (assim como entre suas mães), de se interessar pela cultura e pelos costumes daquele povo, bem como era fácil (lê-se: urgente) torcer para que todas aquelas mulheres e homens que compunham aquele cenário escaldante pudessem ter um vislumbre de paz sem necessitar dar-lhes seu sangue e o de seu povo em troca.

Depois de ter aceito o convite de conhecer o deserto, bastou apenas algumas horas de leitura para que eu devorasse a história. Isso porque ela me cativou através de uma narrativa limpa (e compartilhada, já que era feita pela esposa do rei e por um personagem de natureza oculta), mas que mantém seu charme, ao se utilizar do contexto, e das experiências vividas desde a infância, da personagem principal, para compor suas metáforas. Toda a trama era tecida à fio de fogo cor de cobre e esse mistério assegurava a minha curiosidade à medida em que salvava noite por noite, dia após dia aquela que seria a última esposa do Rei. E isso, criava expectativas fortes em mim, até me aproximar de pouco mais da metade do livro e perceber que precisava deixar algumas para trás.

Apesar disso, a sensação é de que faltou mais exploração. Explorar o deserto e mais de seus mistérios. Explorar a descoberta da jovem-narradora de quem viria, de fato, ser Lo-Melkhiin, o qual teve seu caráter real esmaecido. Senti falta de ter conhecido mais sobre a construção dessa admiração que transformou-se a algo mais forte. Senti falta de ter a calma das horas no deserto ao tratar do desfecho da história. Me senti como comendo apenas uma colher do meu doce preferido, mas que valeu a pena por ter provado seu sabor.

A história é boa, e vale muito sua leitura. Estas são algumas coisas que levarei comigo:
01. Os melhores caminhos são os que mais conhecemos. (quando li de primeira, descordei, até lembrar da paz que se tem em andar com os pés firmes num solo em que se pode confiar, e isso não vale só para percursos.);
02. "A vida é muito curta para se arrancar os caroços das azeitonas, quando cuspi-los é muito mais divertido." (p.114)
03. "Faça um bom trabalho e aquelas que trabalham com vocês lhe revelarão mais do que podem imaginar." (p.60)
04. "Fique em silêncio e eles nunca saberão o que se passa em seu coração." (p.219) (essa é a que farei questão de jamais esquecer).

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Leticia @leticiageek 10/05/2019

Muito sem sal.
Uma adolescente se oferece, no lugar de sua irmã, para ser levada para se casar com Lo-Melkhiin, o rei que matava todas as suas noivas.
.
Quem conhece a incrível história de Sherazade e As Mil e Uma Noites? Na história original, a protagonista consegue se manter viva por contar uma história diferente a cada noite ao seu marido, já em As Mil Noites, a protagonista se mantém viva através de sua coragem e de um poder meio mágico e sobrenatural.
.
Porém essa releitura não fluiu de jeito nenhum para mim. A narrativa é extremamente maçante, confusa em alguns momentos e pouco interessante.
De romance não tem nada. A parte de fantasia e elementos mágicos que a autora tentou abordar, não encaixaram. A história original é muito mais interessante, com todas aquelas histórias ótimas que a protagonista conta, coisa que também não teve neste livro. As histórias narradas pela esposa deveriam ser o foco, mas são completamente deixadas de lado.
Previsível. Vago. Entediante.
Uma edição linda, com conteúdo fraquíssimo.
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The 10/10/2016

Reconto Encantador
Confesso que eu não estava muito empolgada pra ler esse livro, mas ele me conquistou.
As Mil Noites é um reconto do Clássico As Mil e Uma Noites, mas tenta abordar a história de uma forma diferente, com um pouco de fantasia.
O rei era um homem bom mas foi possuído por um demônio do deserto que se alimenta das almas humanas, para continuar obtendo poderes ele casa-se com uma mulher de cada aldeia e a consume, no entanto, uma menina que propositadamente se entrega para salvar a irmã não morre na primeira noite, como todas as anteriores, ela conta suas histórias do deserto, da tenda de seu pai, será ela a mudar a história de até então?
O livro é muito rápido e fluído, é uma escrita que te envolve e te leva até o final sem perceber direito. A capa também é de uma bela arte. Ainda quero ler o original das As Mil e Uma Noites, mas fiquei positivamente cativada por essa adaptação. Recomendo.
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Bia 11/06/2019

Mágico!
Amei a leitura, que fluiu através de sua magia! Achei muito bem escrito e detalhado. Porém, não gostei do fato da maioria dos personagens não terem seus nomes apresentados, exceto por Lo-Melkhiin e alguns membros (também masculinos) de seu reino. Penso que talvez a autora os colocou desta maneira devido à dominação patriarcal em que a história foi inserida inicialmente... mas ainda assim, acredito que os nomes são de extrema importância, representando a identidade das pessoas.
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Cisara 18/06/2019

decepcionante
Eu não criei grandes expectativas pra ele mas eu esperava que acontecesse alguma coisa, ô gente o começo é tão bom, sobre a relação dela com a irmã que eu achei que ia ser mais ou menos sabe.
Não tem ação aventura ou romance,a escrita corre em círculos e abre portas que não consegue ou pretende fechar, a sinopse diz que ela vai contar historias a ele (o que não acontece) não tem plot-twist e o vilão surge e é derrotado DO NADA ????
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Madu16 18/06/2019

As mil noites
Um livro ótimo com um romance, aventura, ação e mistérios! Onde você torce para o vilão ao ver seu lado, e que a cada página ocorre uma revelação ao novo mundo apresentado, uma leitura que vale a pena!! Recomendo muito!!
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Thaís 20/06/2019

"Existe a vida.. E existe viver."
O livro narra, numa versão de Mil e Uma Noites, a história de uma menina que se oferece para se casar no lugar de sua irmã, afim de salvá-la do mesmo destino das outras noivas do rei, a morte. A narrativa varia entre a personagem principal e o demônio que possui o rei Lo-Melkhiin, onde se tem a visão dos dois lados da história.
O enredo da história é interessante, porém, poderia ser mais, se tivessem um pouco mais de paixão e ação, visto que isso só acontece no final. Em alguns momentos a narrativa se torna repetitiva e arrastada. Senti um pouco de falta de um drama a mais nas últimas páginas, tendo um final, de certa forma, previsível. Não é um livro ruim, mas poderia ser muito melhor.
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