Beatrizbya641 02/05/2024
''AGORA NUNCA SABEREI COMO A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA OU DO TREM DAS NOVE HORAS TERIA SIDO RESOLVIDA''
Trudy está grávida e já não ama seu marido John, um poeta falido que não corresponde as suas expectativas, acaba se envolvendo co Claude, seu cunhado.
Decidos a se tornarem milionários com a venda da casa que John deixou para sua esposa enquanto ela ''avaliava '' seus sentimentos por seu esposo, decidem matá-lo.
E no meio dessa trama, vemos todos os acontecimentos e planejamentos serem narrados pelo filho de John e Trudy, ainda um feto, que através dos olhos e ouvidos de sua mãe assiste impotente o roteiro macabro que sua mãe e seu tio estão escrevendo.
Achei fantástica a ideia de colocar como narrador um feto. Claro que é implausível toda a eloquência e desenvoltura dos monólogos da criança, mas isso é o que tornou o livro ainda melhor para mim. Gosto dessas propostas absurdas, me fazem imaginar ''será que não é exatamente assim como acontece, mas depois do nascimento, com a fala e o cérebro ainda não desenvolvidos o bebê se esquece de tudo e convive apenas com as sensações daquilo e de forma inconsciente?''.
Só me decepcionei pelo livro ser pequeno, acredito que poderia ter sido melhor explorado. Por exemplo, o bebê punindo a mãe com enjoos e vômitos fora da hora, se mexer apenas na presença do pai. Explorar como o caso extraconjugal teve início, dar mais espaço para diálogos.
Mas eu gostei da proposta, e o final foi exatamente como eu queria que foss, embora um epílogo fosse interessante