Vamos Comprar um Poeta

Vamos Comprar um Poeta Afonso Cruz




Resenhas - VAMOS COMPRAR UM POETA


756 encontrados | exibindo 256 a 271
18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 |


Francisco.Tambani 30/05/2023

?E antes de me deitar, repito a oração que aprendi com o poeta: Tenho milhas a percorrer antes de dormir.?
comentários(0)comente



MiMoreli 27/05/2023

E antes de me deitar, repito a oração que aprendi com o poeta:
Tenho milhas a percorrer antes de dormir.
comentários(0)comente



júlia braga 25/05/2023

Vamos comprar um poeta - já era bom pra mim até antes de ser
"E, antes de nos deitarmos, deveríamos repetir a oração:

Tenho milhas a percorrer antes de dormir. E não abandonar poetas nos parques."
comentários(0)comente



dyazð 24/05/2023

"Tenho um pássaro triste no coração"
Em um mundo materialista e guiado por números e economia na cabeça de uma grande maioria, a arte é comprado, não, não a arte, o artista inteiro. No livro uma garota decide comprar um poeta e podemos ver como, felizmente, esse poeta muda a vida de todos na casa com suas belas palavras e pensamentos que mudam a perspectiva deles ao ver o mundo, mas isso é feito quase contra a vontade deles, de modo sigiloso e encantador.

O livro inteiro exala poesia apesar de não ser composto de rimas ou coisas do tipo. Com certeza uma obra que te faz pensar a noite e compartilhar várias citações dele, além de adquirir um maior aprendizado de modo fácil, já que o livro é curto e bem fácil de ler, portanto perfeito pra você ler ou dar de presente!

Simplesmente incrível, sou eternamente grata a linda garota que me recomendou esse livro, porque sem estresse e só com sentimentos bons eu o li, só... muito bom!! leiam!

:)))
comentários(0)comente



lucaismaia 24/05/2023

Num mundo onde tudo é medido, contabilizado, quantificado... quando menos espera, a poesia toca, e todos mudam e a sentem. a poesia é poderosa, mais rica que qualquer número ou lucro. e quando menos se espera, o livro acaba...
comentários(0)comente



Ingrid.Souza 22/05/2023

Já imaginou uma sociedade que poetas são de estimação?
Um livro curto que pode ser lido em apenas um dia, mas que te faz refletir por semanas! Nessa distopia, crianças não tem animais de estimação e sim artistas. Aqui nessa história, uma menina pede um poeta. Poderia sim ser outro artista, mas escultores e pintores fazem muita sujeira.

Parece loucura o enredo, mas nos faz refletir o valor da leitura, de quem escreve, dos sentimentos? algo que está em falta nessa sociedade distópica com crianças e adultos ignorantes. Lá é governado por números, pessoas são nomeadas por números, ninguém se importa com afeto e cultura. E quem se interessa por essas coisas é julgado, criticado. Só é valorizado aquilo que se pode contar, vender e lucrar.

Com o livro, Afonso critica de forma sútil e criativa os valores que estão sendo invertidos. O materialismo e consumismo fazem parte da construção da história.

Amei a escrita poética do Afonso, marquei mais da metade do livro!

Os capítulos são curtinhos e todos eles tem um tema focal.

? Quotes:

?Debaixo da cama, escondem-se versos, disse ele. Não são monstros? Alguns versos são?

? O tempo? Não está para brincadeiras. As pessoas veem o tempo a passar enquanto nós vemos o tempo parar. Num segundo, uma eternidade?

?O poeta tinha os olhos fechados, o rosto oriental. para o céu. As gotas calam-lhe na cara. Pareia o chorava muito.
Devia ser a chuva que dava essa sensação?

?Percebi que estava cada vez mais inutilista e que pensava em coisas só pela sua beleza e não queria saber do seu valor monetário ou instrumental?

?A cultura não se gasta. Quanto mais se usa, mais se tem?

?O que é que este poeta faz? Poemas, respondi eu. Para que servem? Para muitas coisas. Há poemas que servem para ver o mar?
comentários(0)comente



Lais.Soares 17/05/2023

Francamente, 3 pontos (reticências)
Fazer nadinhas. Gosto muito de encontrar tempo para fazer e pensar e sentir e me perder em nadinhas. Esse livro legitimou isso em mim, que na verdade já era legítimo mas não escrito e agora é.

A narrativa é curta, ocupa pouco espaço, aproximadamente 51 páginas, findam aos 74% de leitura no kindle, aproximadamente. Nela, a história de uma família é contada (em história e em números) por uma perspectiva poética que nega o utilitarismo e suas métricas. O papel do poeta é justamente esse, o de descompassar a lógica do sistema capitalista e patriarcal, tão influente na configuração dessa família.

De início, se perguntam, para quê ter um poeta? Não se sabe ao certo, francamente? fato é que escolhem ter. Até que todos da família são afetados pelos inutilismos desse poeta, que apesar de ocupar um espaço compacto na casa, consegue se alocar também no imaginário dos personagens.

Meus nadinhas serão, antes de mais nadas (rs), uma ode a esse poeta inutilista.
comentários(0)comente



Dani Gazaniga 15/05/2023

Vamos comprar um poeta
Esse foi o meu primeiro contato com o autor e fiquei totalmente admirada por sua escrita que destaca-se fortemente pela inteligência, coerência e persuasão no jogo de palavras.

Esse romance português revela uma história completamente distópica, que ao mesmo tempo é reflexiva e bizarra, ditada em uma sociedade que vive basicamente do apego ao marerialismo.

A obra apresenta uma realidade inversa, onde as famílias costumam ter artistas ao invés de animais de estimação.

Cada canto das casas, roupas, móveis, possuem patrocínio de alguma marca. As pessoas vivem de negócios, e a cada cumprimento feito, a troca de palavras se resume a "crescimento e prosperidade".

Em uma realidade literária muito bem específica e estruturada, cada coisa, por menor e insignificante que seja, deve ser mensurada.

Cada passo dado e cada palavra jogada ao vento, é muito bem colocada com uma riqueza anormal de detalhes.

Certamente a obra mais completa e genial que eu já li em toda minha vida. O livro favorito de minha pessoa. O relato que eu precisava para seguir minha vida pelos longos e distantes caminhos do universo.

"A hipótese de haver benefício em depositar uns mililitros de saliva na maçã do rosto de outra pessoa, por mais estranho e grotesco que isso possa parecer".
comentários(0)comente



lautorres 07/05/2023

?e escrevi uma margarida no cabo do meu lápis,?
Pois estava com necessidade de que florisse.?
esse livro é simplesmente humano.
numa realidade em que o materialismo domina todo o funcionamento da sociedade, tudo é medido e contabilizado, tudo tem um patrocinador designado, e as famílias têm artistas como animais de estimação.
uma menina pede aos pais um poeta, que é inserido no contexto familiar e muda a vida de cada um.
o papel da arte simplesmente é a vida e Afonso Cruz demonstra isso de forma brilhante.
singelamente, as palavras poéticas vão mudando os significantes do mundo, e dando sentido a ele.
o apêndice mostra que o autor sabe muito do que fala, é intelectual de um jeito tocante; Hölderlin diz ?tudo o que permanece foi fundado pela poesia?.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



julianapmeyer 04/05/2023

Favoritei!
Que livro maravilhoso! Meu primeiro contato com o autor não poderia ser melhor. Os acontecimentos sempre teoricamente exatos e visando somente o lucro são hilários (apenas na ficção). Com uma delicadeza incrível sobre a importância da ficção e imaginação nas nossas vidas.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Paty Gazza 02/05/2023

"Ele falava com os livros, como se fossem amigos.
Perguntava a Flaubert o que achava disto ou daquilo e abria o livro e obtinha respostas.
E isso deleitava-me."

Afonso Cruz constrói, de forma muito peculiar e por vezes irônica, uma narrativa única que discute qual é o papel e a utilidade da arte (mais especificamente da literatura) em um mundo onde as coisas são cada vez mais valorizadas por seu aspecto financeiro, e ele consegue fazer isso de forma sensível e habilidosa, mesmo em tão poucas páginas.
Esse livro é, em sua essência, uma carta de amor à arte e como ela nos ajuda a (sobre)viver dia após dia, nos lembrando de que, às vezes, tudo o que precisamos fazer é passar a mão no espelho embaçado após o banho até vermos um sorriso.
comentários(0)comente



lauritchaaa 02/05/2023

A leitura é super rápida, mas as reflexões são demoradas. A leitura em si não me trouxe nenhuma questão implícita para refletir, é mais a partir de uma interpretação que os pensamentos e as questões surgem. O Apêndice e a página final da história me conquistaram mais do que qualquer outra parte do desenvolvimento. É uma realidade que se baseia no materialismo e nas exatas? a ponto de podermos comprar artistas, como seres produtores de arte, como um objeto a ser comercializado. (Nesse momento eu compraria uma psicóloga se eu pudesse, sarcasmo) Interessante a reflexão, mas confesso que esperava reflexões maiores do próprio escritor, o que não encontrei. Entretanto, uma boa leitura para cair na realidade onde jamais podemos deixar que a arte perca sua importância fundamental e essência (longe de ser a princípio uma mercadoria)!
comentários(0)comente



Luisa.Araujo 01/05/2023

Impacto da inutilidade
Achei uma boa obra! Gosto muito das críticas que o livro constrói acerca da fria realidade capitalista, onde tudo possui patrocínio e todas as ações, até as mais cotidianas possíveis, só são válidas se gerarem lucros. Nesse contexto, os poetas são raros, tanto, que são comercializados como bichinhos de estimação. E no enredo, esta família que possui um dos exóticos poetas vai sendo aos poucos ?contaminada? com a ideia de ver o mundo de um jeito diferente. A narrativa é curta, o que faz valer a pena ler, mas apesar disso tudo, o livro não tem um clímax de tirar o fôlego. De todo modo, ele é repleto de reflexões. A personagem principal de encanta com hipérboles, comparações e metáforas e todas as coisas que fazem o normal um pouco mais belo.
E não, a poesia não é fuga da realidade, é só uma das lentes pela qual enxergamos a vida. Tem beleza nas coisas e somente pela inutilidade somos capaz de percebê-la.
Fico feliz, como aspirante a poeta, por saber que devo seguir escrevendo enquanto eu seguir existindo.
comentários(0)comente



756 encontrados | exibindo 256 a 271
18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR