John 30/06/2017
"...OUTRAS CIVILIZAÇÕES EXISTEM. E ALGUMAS QUEREM DESTRUIR VOCÊS." - Eu sou o Número Quatro
O último volume da série “Os Legados de Lorien” me deixou a sensação de que a conclusão foi satisfatória, mas que poderia ter sido bem mais. Poderia ser épico.
Começando com um inicio frenético – que não teve uma quebra significativa do livro para este –, vamos sendo apresentado ao estado de espírito que os personagens se encontram devido o desfecho do livro anterior. E é valido ressaltar o desenvolvimento que a saga tem com seus personagens, que estão sempre em constante evolução, principalmente John.
Muitas séries pecam no desenvolvimento central de seu personagem principal, deixando sempre a sensação de que metade dos fãs amam e a outra odeiam o personagem. Porém aqui, é muito difícil não se identificar com o Número Quatro, John Smith, e notar o quanto ele evoluiu do começo até aqui. O personagem passou de um adolescente de 15 anos para um verdadeiro líder de seu povo, tornando-se o mais forte entre os seus. E outro grande destaque aqui vai para Seis que continua sendo a mais badass todas! Marina também, mesmo que não tenha tido o destaque merecido desde a “Vingança dos Sete”. Os outros personagens nesse volume não tem muito desenvolvimento, infelizmente, apesar de serem cruciais na batalha. Exceto Cinco, que veio ganhando um espaço que não tinha. Ele é um personagem complexo e não consigo odiar ele, apesar de ter matado um dos meus personagens preferidos. Alguém superou? Nem Marina, nem eu.
Todavia, apesar do livro nos trazer um tom nostálgico com várias interações de personagens que não se comunicavam diretamente há algum tempo – John e Marina –, com várias menções de acontecimentos do primeiro livro, ao Henri, da amizade de John e Sam, e a situação dos novos Gardes que é bem parecida com a dos Lorienos quando vieram para a Terra. Porém, ele tem alguns defeitos.
Começando pelo pouco destaque de alguns personagens, citado anteriormente, e a luta contra Setrákus Ra, que eu imaginava que seria o ápice de todas as cenas de ação de todos os livros, com todos os personagens juntos, vencendo finalmente. Mesmo que tivéssemos mais baixas do que teve – que nem foram tantas assim. Afinal, é o último livro, não há porque não se arriscar. Mas foi lindo John se sacrificando por todos, e logo Seis concluindo isso – deixando a sensação de um círculo fechado, pois lá no primeiro livro, eram apenas os dois lorienos.
Com certeza irei sentir falta da saga, que é uma das minhas preferidas, e agradeço por ter tido a sorte de ter rondado a biblioteca da minha cidade em busca de um livro interessante e me deparar com a capa misteriosa do filme Eu sou o Número Quatro, e uma premissa peculiar em suas primeiras páginas pretas... Afinal os eventos aqui são reais, outras civilizações existem, e querem nos destruir.