Su 23/07/2018
O homem mais inteligente da história é um livro que aborda a vida de Jesus sob a ótica sociológica e psicológica. Sempre me interessei pelo livros do Augusto. Sendo assim, não poderia deixar de ler esse.
Marco Polo é um psiquiatra bastante conceituado, graças a isso é convidado para participar como ouvinte de uma reunião na ONU – Organização das Nações Unidas, cujo objetivo é encontrar soluções viáveis para estancar a violência ao redor do mundo. Após várias considerações, principalmente de ministros, presidentes e parlamentares, ele decide se manifestar. Marco Polo afirma que, para não nos tornarmos uma espécie inviável, precisamos aprender a caminhar no planeta emoção. A educação necessita ensinar as futuras gerações a gerir as suas emoções, precisam educar o Eu. Questionado se os grandes pensadores da história sabiam gerir suas emoções, Marco Polo diz que todos aqueles que ele já estudou apresentavam problemas na área emocional. Após isso, um líder do Parlamento britânico pergunta se Jesus sabia gerir as suas emoções. Ao que Marco Polo responde que, por ser ateu, não discute questões religiosas. Devido a sua resposta evasiva, uma psicóloga o desafia a estudar a mente de Jesus sob a ótica das ciências humanas. Essa psicóloga acaba por ser sua esposa, Anna.
Algum tempo após isso, Anna contrai uma doença pulmonar que acaba sendo mais grave do que eles pensavam a principio. O filho do casal, Lucas, está passando férias com o avô, Amadeus. Ao pegar o celular para lhe informar sobre o estado de sua mãe, ela pode morrer a qualquer momento, Marco Polo recebe outra noticia desagradável, Lucas foi preso por porte de drogas. Devido ao estado grave de sua mãe, ele é liberado, tendo que apresentar-se a um Tribunal posteriormente. Assim que Lucas e o avô chegam no Hospital, o médico os informa que Anna faleceu.
Após seu discurso na conferência da ONU, Marco Polo se tornou consultor da organização. Dessa forma, ele é convidado para falar sobre o planeta emoção em um congresso internacional em Jerusalém. Assim como na reunião da ONU, ele foi questionado se Jesus sabia gerir suas emoções. Após muita resistência, Marco Polo decide formar uma mesa-redonda para estudar a personalidade de Jesus. A mesa seria formada por dois teólogos e dois neurocientistas ateus, Marco Polo e um amigo.
Augusto Cury fala com muita propriedade sobre a psique de Jesus, afinal ele estudou o assunto por quinze anos, de acordo com o afirmado no prefácio. Ainda assim, como já li a sua série Análise da inteligência de Cristo, achei o assunto bem repetitivo, esse livro não traz nada novo. A única diferença é a forma da abordagem, agora Cury traz o assunto dentro de um romance. Vale lembrar que Augusto Cury é um psiquiatra escrevendo um romance. Sendo assim, não esperem muita fluidez da história. Ainda assim, acredito que ele conseguiu passar a sua mensagem - Jesus Cristo foi um personagem histórico riquíssimo do ponto de vista psicológico.
“Mas, por incrível que pareça, o próprio Michael, que sempre fora tão cético, resolveu tecer comentários filosóficos sobre essa tese:
– Seria fascinante se o personagem que estamos estudando não fosse fictício, mas real: um homem que tivesse nas mãos o poder político e religioso que os líderes jamais tiveram, mas que os recusasse cabalmente, desejando apenas ser humano.
E como ser humano desejasse transformar a humanidade... Muitos que aderem às mais diversas religiões querem ser deuses. Mas Jesus tinha fome e sede de ser humano! – argumentou o teólogo estadunidense.”