A filha perdida

A filha perdida Elena Ferrante




Resenhas - A Filha Perdida


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lilly 07/02/2024

Terapia não está em dia
Quantas expectativas eu tinha sobre a Elena, mas para um primeiro contato me decepcionei um pouco. A decepção não tem nada haver com a escrita; achei muito fluída e gostei bastante da forma crua e real como a maternidade foi retratada.

Para mim o grande problema foi a personagem principal, um pouco doida da cabeça. Não julgo sua experiência com maternidade e abandono, tudo isso é muito pessoal, mas não passo pano para o objeto que ela tomou e as consequências que vieram disso, que ela poderia facilmente ter evitado.

Leda precisa de terapia urgente.
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Nicolas388 18/02/2024

"Como eu sofria por ela e por mim, como eu me envergonhava de ter saído da barriga de alguém tão infeliz"
O cerne da escrita de Elena Ferrante (como venho descobrindo a cada leitura nova) é formado por uma investigação consciente da psique de seus personagens, apresentada num estilo objetivo e, por muitas vezes, uma sinceridade dilacerante. Em vez de se valer de uma linguagem poética/abstrata para representar e compreender seus desejos mais inconscientes, Leda (a narradora-protagonista) vasculha suas memórias na procura de traçar significados e motivos a suas ações e a de terceiros. O enredo é repleto de simbologias cotidianas, porém pungentes: frutas aparentemente perfeitas, mas estragas por baixo; um inseto que não lhe deixa dormir; e, claro, a metáfora suprema da maternidade: a boneca, uma espécie de contato precoce que transmite a mensagem de que a identidade e o propósito de uma mulher estão intrinsecamente ligados à sua capacidade de cuidado.

Ao longo do livro, somos levados a questionar as expectativas sociais em torno do papel materno e as pressões internas que muitas vezes acompanham essa responsabilidade. Leda luta para reconciliar suas próprias ambições e desejos com as demandas da maternidade, deixando-nos refletir sobre até que ponto as mulheres são livres para seguir seu próprio caminho em uma sociedade que muitas vezes as define apenas por seu papel como mães.
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LanNa 13/02/2022

Real e cru
"As coisas mais difíceis de falar são as que nós mesmos não conseguimos entender"


A filha perdida, uma obra de Helena Ferrante publicada pela Intríseca, é um livro fluido mas denso que, em poucas páginas, trás os questionamentos de Leda, uma mãe divorciada que viaja para o litoral em busca de descanso.

Em meio a isso, Leda começa a observar uma jovem mãe inserida em uma grande família expansiva napolitana raiz. Essa observação trás a memória de Leda a vida conturbada com a própria mãe e os reflexo que teve na sua vida como mãe.

A filha perdida tira toda a romantização e mostra o lado humano da maternidade, trazendo uma visão diferente ao qual estamos acostumados quanto sociedade.

? A adaptação:

Lançado em 2021 pela Netflix, tendo como diretora e roteirista Maggie Gyllenhaal, o filme consegue trazer as várias camadas de Leda entre flashbacks, momentos de euforia e solidão, que levantam os questionamentos tão comuns na vida cotidiana. Com várias pequenas cenas sufocantes, conseguimos sentir o cansaço, a abnegação e a falta de tato, deixando de lado suas ambições, que o conceito de maternidade carrega.

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Me segue tbm no insta @Srta.xis
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nshkahdkagsj 07/02/2022

elena ferrante e seu retrato da maternidade de forma tão crua é genial. me apaixonei por ela desde o primeiro capítulo lido. e com "a filha perdida" não foi diferente... é incrível! até agora é o meu favorito da autora, esse livro vai me marcar pra sempre
ps: adorei o filme também, acho que as duas obras se complementam bastante!
Aylane Nunes 07/02/2022minha estante
Eu quero ler pra ver o filme ?


nshkahdkagsj 07/02/2022minha estante
vale muito a pena! espero que vc goste




Milena.Graczeck 19/01/2022

Maternidade real
Bom, é meu segundo livro da Elena Ferrante e eu acho ela genial, o jeito que ela conta uma história com um mix de passado e presente e tudo dentro da mente da Leda e ao mesmo tempo observando as pessoas ao redor. Só lendo para saber e recomendo. É curtinho e tem um jeitão de autobiográfico, se não for, eu a admiro mais ainda. A história é sobre maternidade real e até achei interessante de ler nesse momento de férias onde a minha filha tá comigo o tempo todo. Da para rever uns conceitos. Ahh e tem um leve suspense no final. Amei demais!
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Lucas1429 22/09/2021

As mulheres de Elena respiram fora das páginas
Obra com assuntos de estima de Elena: a maternidade, o crescimento, a feminilidade na Itália, em território napolitano, num mundo caótico de determinações formais e de diferenças fraternais. Em matéria de verossimilhança, é à realidade a tal escrita, sempre potente, aprazada por Elena. Suas mulheres são naturais, guerreiras (num sentido de equidade da posição feminina), verídicas. Numa exposição à banalização ao maternal, ela não se limita em espairecer os meandros que tornam-se as atitudes de mães idealizadas para além da própria gestante/puérpera/mãe, na luta para despir a romantização do assunto.

A protagonista, Leda, é o que todo autor sonha em dar à luz, num trocadilho sensato ao tema; ela tem duas filhas crescidas que fantasiosamente sempre foram sua benção. Mas carregam a sina do peso materno à progenitora, uma mulher que reconhece sua presunção ambiciosa a que nossa sociedade compele, a da satisfação corporal, econômica, espiritual e psicológica, aqui mal sucedidas. E está tudo bem em se assumir instável, segundo seu texto.

Quando encontra em Nina, anos mais jovem, oriunda da sua terra natal evitada, e inexperiente, com sua filhinha Elena, Leda projeta na então desconhecida sua sombra do passado; Nina quase a obriga, indiretamente, a se confrontar com o ser mãe na vida de Leda. Do primeiro contato visual à uma inesperada união de ambas, o estado de aproximação valerá de uma figura que se descobrirá onipotente. É esse objeto o símbolo da retórica de Ferrante para moção de seu texto ser tocante, supostamente metaforizado em seu título, amado e vigiado pelo significado social, até lírico, que ele apresenta, principalmente, porém abrangente também, de uma mulher. É dela a força emanada da autora para desbravar e desnudar sua denúncia de seres auto enjeitados, desacreditados, desvencilhados de sua natureza, em prol alheio. O importante é a confluência ejetada até nós, seus espectadores, atingida, prontos a nos enxergarmos e reconhecermos o sufocante ar que dividimos sem entender nosso propósito. E repito, para Leda e à geral, está tudo bem em não estar bem.
Luiz.Barbieri 22/09/2021minha estante
Qual tu acha a melhor 9bra dela?


Luiz.Barbieri 22/09/2021minha estante
Obra


Lucas1429 22/09/2021minha estante
Luiz, minha obra favorita de Elena ainda é ?A Vida Mentirosa dos Adultos?.




bearittz 09/03/2022

Divisivo
A impressão que eu tenho é que esse livro é bem divisivo e que a autora tinha consciência disso quando escreveu, quase como se fosse intencional.
De modo geral, a história tem um ritmo bem fluido e uma pitada de suspense no ar, o que eu gosto. É como se, a qualquer momento, algo muito ruim pudesse acontecer.
A autora também sabe explorar o lado sombrio de cada personagem, sabe usar a sinceridade e a honestidade na construção de uma imagem que não é necessariamente agradável ao leitor.
Apesar disso, posso dizer: o livro não funcionou pra mim.
Gostei de como a personagem principal foi construída? sim. Gostei da personagem que foi construída? não.
Leda é uma mulher extremamente problemática, surtada e nada confiável. Seja como mãe, esposa ou amiga, ela se comporta de maneira tão instável e infantil que até assusta, às vezes.
Outro ponto é que, pra mim, a história ficou desconexa em várias partes. Parece que a obra não faz muito sentido de maneira geral.

Mas vale dizer: tem muitas questões interessantíssimas sobre a desglamourização da maternidade.
Recomendo? Talvez, por ser uma leitura bem rápida de se fazer.


nota:
17/01/24 - acho que eu não tinha maturidade pra digerir as questões do livro na época em que li, vou adicionar à lista de releituras :)
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Rahrt 14/09/2021

"Mas eu não invento nada, só escuto, o não dito fala mais do que o dito."
Fiz a leitura de A Filha Perdida enquanto ainda lia a tetralogia de A Amiga Genial, portanto não pude evitar algumas comparações; em alguns momentos pensava estar lendo a respeito de Lenu e não de Leda. Entretanto, isso não tira a beleza da história que começa e termina de forma brilhante, ainda que um tanto abstrata.
Elena Ferrante em sua forma mais simples, com seu estilo único de fazer o ordinário parecer extra-ordinário.

Super indico!
(mas vá lá ler A Amiga Genial antes, se ainda não o tiver feito! ahuahua)
Anna Santos 15/09/2021minha estante
Quero muito ler esse livro, espero que seja em breve ! A escrita e as histórias da autora são tão viscerais e tocantes, amo.


Rahrt 16/09/2021minha estante
Anna é bem por aí mesmo, visceral é a palavra! É uma leitura muito rapidinha, acho que você vai amar. Depois me conta se teve a mesma impressão que eu.




Fernanda Coelho 28/03/2024

Ok
Leda vê seu proprio passado em uma família que observa na beira da praia e isso faz com que ela comece a refletir como foi o seu relacionamento com sua mãe, os traumas que viveu e sua experiência como mãe.
Fabio 29/03/2024minha estante
???




@LuanLuan7 16/08/2022

Um livro para sentir
A história de Leda e a boneca perdida foi capaz de despertar emoções diversas: da raiva à compreensão, do desprezo à compaixão.

As expectativas que recaem sobre a maternidade não se resumem à infância dos filhos. A mãe deve carregar o ônus de abster-se de viver pelo resto de seus dias.
A consciência de que não estava presa a esse fardo levou Leda a aventurar-se longe das filhas, que ficaram sob os cuidados do pai.

O arrependimento de Leda e a mágoa das filhas são sentimentos que permeiam toda a trama.

E esse é, apenas, o pano de fundo da história. O fio condutor da narrativa está na viagem de fim de semana à Nápoles e a perda de uma boneca na praia.

A escrita quase frenética de Ferrante, com fluxo de pensamento e continuidade de cenas, por vezes, me fez pensar que estava lendo um ?triller?.

Foi meu primeiro contato com a autora. Pretendo conhecer mais a fundo as outras obras.
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Tawane.Sudan 01/05/2023

Um livro sobre gerações
Quando ouvi falar de Elena Ferrante, não imaginei que ela pudesse se tornar uma das minhas autoras favoritas.

A profundidade dessa história numa escrita tão calma é formidável. A Filha Perdida conta a história de Leda, que ja logo no início me fez questionar: será que é somente a filha? E não, é a história da filha, da esposa, da mãe, da mulher, da profissional perdida e do seu encontro com ela mesma.

Um livro cheio de psicologia que beira a vontade de atender a Leda em uma sessão.

Com certeza quero ler todos de Elena Ferrante.
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Cris 19/08/2021

Não se enganem com o tamanho do livro. O conteúdo é pesado.
Maternidade e ausência já são a marca registrada da Elena Ferrante. Personagens reais, que parecem ser conhecidos na nossa vida, também são.

Esse é mais um livro dela que me surpreendo (apesar de ainda não ter superado a tetralogia napolitana).

É um livro com trechos dolorosos, que vem desmistificar a maternidade romântica que a sociedade impõe à mulher.

É um livro bem curto também e às vezes um pouco raso. Mas acho que depois de ter lido a série com 4 livros, fico até assustada por ver um dela tão pequeno hahahahah.

A verdade é que, cada vez que leio Elena, quero mais.
Isa 19/08/2021minha estante
Esse foi o primeiro livro que eu li da Ferrante e já foi um baque né hahaha. Visceral e sincero, a escrita sempre maravilhosa. Foi uma ótima porta de entrada!


Cris 23/08/2021minha estante
Simmmm! Eu já tô programando pra ler outro dela hahaha




Karol 07/02/2022

Sem romantismo
O livro aborda a relação de Leda com sua mãe, suas filhas e com as mulheres que ela vê na viagem de férias à praia. É um retrato muito sincero da maternidade, da competição sempre estimulada entre as mulheres, do desejo e da percepção da própria imagem ao chegar perto dos 50 anos. Só imagino como Olivia Colman deve ter sido impecável no papel.
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