spoiler visualizarMariana 21/11/2020
Estou sem palavras sobre esse livro
J. R. R. Tolkin foi gentil ao meu ver em descrever e contar a história sobre a origem dos Hobbits, do tipo do fumo utilizado por eles, do Condado e sobre o anel para que os leitores conhecessem sobre ele antes da leitura do primeiro livro ser iniciada.
Os livros são repletos de uma história fantástica com aventuras, amizades, romance, companheirismo, fidelidade, magia e coragem, nos quais são descritas em detalhes de uma maneira envolvente e que te prende do início ao fim.
O autor foi sensacional e de uma criatividade sem igual, criou um mundo fantástico no qual representava acontecimentos ou lugares por onde passou na sua vida. Os nomes dos personagens e dos locais em que eles passaram na história me surpreenderam pela originalidade e pela maneira em que são descritos com tanta riqueza de detalhes. Além de que descreveu cada ambiente de tal maneira que nos transporta para um mundo que nos deixa encantados e anciosos para que a aventura comece logo.
Os personagens são ricos em características, descritos com tantos detalhes que me fizeram imaginar cada traço deles, alguns adoráveis e de grande beleza e outros tão horríveis que me causaram uma sensação de nojo. Também há aqueles que independente da sua fisionomia, carregam o seu próprio fardo da vida, cheio de dor, solidão e grandes responsabilidades, que ao decorrer da história descobrimos do que se tratam.
A linguagem utilizada é temática da época medieval retratada na história e por ser uma trilogia com mais de 60 anos do seu lançamento, não tem uma compreensão tão fácil como a dos livros atuais e mesmo com a minha bagagem de leitora e sendo formada em letras, me deparei com palavras que eu não tinha conhecimento, além de algumas vezes ter que ler mais de uma vez o mesmo parágrafo para entender do que se tratava. Mas independente disso, a leitura é fluída e prazerosa, e que me envolveu de uma maneira que os personagens passaram a ser importantes de um modo que quando acontece algo com eles, tem um grande impacto em mim.
Alguns personagens também tem a sua própria linguagem e com características da sua espécie, o que me deixou mais encantada com a genialidade do autor, pois nos livros têm diálogos dos personagens em sua língua, na qual em uns a sua característica é o uso em grande quantidade de apenas uma letra e outros há ilustrações da sua escrita que aparenta ser um desenho cheio de detalhes. No entanto também existe seres que se comunicam ou contam uma história de uma forma cantada e que é representada em versos com rimas ao longo dos capítulos.
Durante a minha leitura também me deparei com algumas traduções de nomes próprios, como nomes de locais e sobrenome que foram traduzidos e que me fizeram pensar muito sobre isso e em qual seria a minha solução se eu estivesse traduzindo um livro como esse, se deveria traduzir ou não. No entanto, depois de pensar muito, cheguei a conclusão que eu como tradutora, não traduziria nomes próprios, mesmo que tenha achado a tradução do nome de um dos lugares nos livros sensacional e que ficou similar aos outros nomes que não foram traduzidos e se encaixou muito bem com o tema da trilogia.
No final do terceiro livro, assim como antes do prólogo do primeiro livro da trilogia, é contado em detalhes como tudo começou, e com essa explicação foi sanada todas as minhas perguntas sobre como surgiu o povo de numenor, os elfos, os magos e como foi o percurso deles até agora na terra-média, entre reis, batalhas e conquistas.
E por fim, senti um grande pesar quando o livro terminou, por que sei que não haverá outros livros como Senhor dos anéis. Lendo essa obra, pude acompanhar o crescimento e a valorização da amizade além do amadurecimento dos personagens durante os acontecimentos da história. A trilogia do Senhor dos anéis foram os primeiros livros que não tive a ânsia de terminá-los logo, eu o li com calma e o tentei desfrutar cada detalhe desse incrível enredo. Quando finalizei a minha leitura do último livro, não consigui colocar em palavras a genialidade do autor ao criar um mundo incrível como a terra-média e ainda mais ao inventar uma linguagem como o Sindarin (a lingua dos Elfos) e o Westron (lingua geral dos homens) com estruturas fonológica e morfológica, além de uma escrita impecável.