A Letreira 17/04/2017
Um amor inesperado!
Antes de começar essa resenha, devo dizer que esse livro é muito especial para mim. Desde que comecei a ler a Série Bedwin, Wulfric sempre foi meu preferido e antes de começar Ligeiramente Perigoso tive um receio de que Mary talvez não conseguisse transmitir de forma precisa os sentimentos dessa personagem tão enigmática ou até mesmo que o modificasse. Percebo agora que foi um medo infundado! Mary Balogh se consagrou como uma de minhas autoras prediletas depois desse livro maravilhoso.
Uma mocinha desajustada, com um senso de confusão que atrai as situações mais constrangedoras e a coloca sempre no centro das mais escandalosas faltas de decoro. Um aristocrata poderoso e frio, que prefere a morte a ser envolvido em algo que chame a atenção. Como pode surgir o amor em meio a tantas diferenças ? Como a maioria das ideias geniais é mt simples: os opostos se atraem!
Quando o Duque de Bewcastle se vê em um tipo de festa da qual jamais participou, seu humor chega a níveis elevados de frieza e ao primeiro impacto detesta a viúva de Lorde Derrick. Por sua vez, tudo que Christine Derrick deseja é passar despercebida numa festa que tem tudo para ser um total desastre. Mas tudo que Christine não consegue é ser invisível, com uma personalidade doce, um espírito forte e uma luz interior, ela logo se vê como a alma da festa, angariando a atenção de todos!
Para consternação de Bewcastle, ele não consegue tirar os olhos de Christine, que a cada situação se mostra cada vez mais inadequada para qualquer posição aristocrática e faz questão de desfiá-lo, ignorando seu título e sua riqueza. Entretanto, a faísca do desejo parece manter os dois conectados e na expectativa da próxima situação que os colocará a flor da pele.
Poderá Wulfric se render a paixão? Christine deixará o amor entrar em sua vida? Esse casal encontrará o equilíbrio? Confesso que em várias partes do livro me peguei pensando se o final feliz seria possível e torcendo para que o par enfim, se entendesse. Mas, tudo isso só seria possível se as máscaras caíssem e a verdadeira personalidade de ambos se mostrasse. Por mais diferentes que fossem, Wulfric e Christine se utilizam de máscaras para esconder o sofrimento, ele com a frieza e ela com o sorriso. Em verdade, são mais parecidos do que imaginam, com sentimentos profundos e barreiras construídas pela dor. É um livro muito emocionante e me deixou a beira de lágrimas, torcendo para que tudo terminasse bem!