A última mensagem de Hiroshima

A última mensagem de Hiroshima Takashi Morita




Resenhas - A última mensagem de Hiroshima


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San... 30/07/2017

Uma bonita narrativa, que não descamba para a lamentação, que não é apelativa. O autor, de certa forma, minimizou muitos dos horrores provocados pelo lançamento da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, poupando tanto o leitor quanto sua própria alma de revisitar, na íntegra, o ocorrido na época. Dá sim uma visão geral da situação inusitada e caótica, mas conta também do perdão, das corajosas iniciativas tomadas como um sobrevivente, do inevitável reconhecimento que o autor obteve por suas lutas. Recomendo.
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Karini.Couto 28/06/2017

Olá leitores, tudo bem por aí?

Hoje venho falar sobre A última mensagem de Hiroshima uma leitura muito válida e interessante e que me faz sair da "zona de conforto" de gêneros que tenho mai costume de ler.

Quantas vidas foram perdidas em decorrência da Segunda Guerra Mundial? Quantas famílias sofreram? Quantas crianças ficaram órfãs? Quantos sonhos foram destruídos? De que vale ser o vencido ou o vencedor quando seres humanos são dizimados?

Esta história nos traz muitos sentimentos como em um avalanche, pois fala sobre fatos reais e nos faz refletir e muito sobre amor, compaixão, esperança, tristezas, entre outros.

O livro nos fala sobre um trágico momento da história, porém de maneira que "damos conta" sem ser chato, ou massivo.. ou mesmo arrasador. Takashi Morita conta tudo de maneira suave até. Não se trata da tragédia de apenas e sim da mensagem deixada por Sr. Morita, que se trata de PAZ, AMOR, UNIÃO.. ENTRE OUTROS.

Eu vejo minha sobrevivência como um milagre. Chegar aos 93 anos sofrendo o que eu sofri, certamente, é um privilégio que me foi concedido. Ao longo da minha vida, estive diante dos piores atos que um ser humano pode cometer contra um semelhante. Os momentos de maior angústia serviram apenas para que eu compreendesse o que não desejaria nem a um inimigo. Ou melhor: aprendi que nunca mais deveria pensar em alguém como um inimigo. A lógica da guerra não dá espaço para a dignidade humana.

O livro é bem curto, com apenas 152 páginas, mas suas páginas carrega um "peso" muito maior do que aparenta.

Essa é uma daquelas histórias que lemos e nos faz acreditar em dia melhores, pessoas melhores, momentos melhores.. Mesmo em meio ao caos!

Acho que não preciso falar em si sobre essa grande tragédia, leitores como nós sabemos do que se trata, então aqui nesta resenha.. Não faço em si um resumo e sim reflito meus sentimentos com relação a essa leitura que foi uma grande escolha esse ano!

Recomendo para todos os leitores, inclusive deveria ser leitura obrigatória! rsrs

Precisamos continuar lutando para que nenhum outro ser humano sofra ou perca sua dignidade para a ganância, a intolerância ou mesmo para a ignorância de alguns poucos.
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Natasmi Cortez 18/06/2017

A Última Mensagem de Hiroshima é de esperança
"Como posso julgar a história dos japoneses sem conhecê-los em profundidade? Sem compreender melhor sua educação, seus valores ou seu modo de ver a vida? Sendo assim, este também é um livro que nos faz entender a necessidade urgente de empatia entre os homens. A capacidade essencial de nos colocar no lugar do outro."
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Assim começa um livro capaz de trazer esperança mesmo nos momentos mais tristes. Quem escreveu o trecho acima foi a Marcia Batista, editora chefe na @universodoslivros, e suas palavras fazem parte do prefácio que explica brevemente como o relato cheio de dor e fé do Sr. Morita, chegou até nós por meio dessa obra.
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Começo falando desse homem, que não conheço pessoalmente, mas que foi capaz de me tocar profundamente mesmo em sua simplicidade. Ele não precisou de palavras rebuscadas ou termos exagerados para fazer esse livro dar certo, sua sinceridade doída foi capaz de fazer sentir as lágrimas que não vimos ser derramadas.
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O livro, que traz em um relato vivido e real de um dos momentos mais terríveis da humanidade, conseguiu ser delicado e focou não na tragédia em si, afinal já temos muitos livros de história pra isso, mas fica clara a tão importante e imprescindível última mensagem do Sr. Morita: Paz. Ele nos fala sobre perdão, sobre não culpar o outro e gerar ainda mais guerras, sobre o poder curativo do amor, sobre encontrar esperança mesmo em meio aos destroços e cinzas daquilo que mais se ama.
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É impossível finalizar esse livro e não renovar a fé na humanidade. Saber que o ser humano é capaz de retribuir com amor e carinho aquele que o feriu, e ainda usar essas experiências para educar ao invés de incitar a vingança, desperta em nós a mais pura gratidão. Obrigada Sr. Morita, pelo seu exemplo e empenho em pregar a paz por onde quer que passe.
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desencaixados 10/06/2017

Uma história de superação
Tudo começou por causa do Tratado de Versalhes, ninguém imaginava que a divisão de dois blocos Eixo (Itália, Alemanha e Japão) e Aliados (EUA, URSS, França e Inglaterra) resultaria com a arma mais potente que o homem criou, sim, estamos falando da bomba atômica, a bomba que tirou a vida de inúmeras pessoas que infelizmente não tinham se quer nenhum envolvimento.

Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1 de Setembro de 1939 e terrivelmente finalizada em 2 de Setembro 1945, as consequências foram várias, como a criação da ONU, o início da Guerra Fria e a própria finalização. Itália e Alemanha já haviam se rendido, mas quem realmente sofreu por todos aqueles que idealizaram essa guerra, foram os japoneses, para ser mais específicos os moradores de Hiroshima e Nagasaki.

A Segunda Guerra Mundial só acabou após os Estados Unidos decidir eliminar a vida de várias pessoas para assustar o Japão. A primeira desumanidade foi em Hiroshima e após alguns duas Nagasaki sofreu na pele a mesma dor, ambas cidades foram atacadas com bomba atômica — a arma mais poderosa inventada pelo homem. Infelizmente ou Felizmente Takashi Morita estava muito perto de epicentro em que ela foi lançada e conseguiu sobreviver para nos contar tudo o que vivenciou durante aquele momento angustiante.



Em A Última Mensagem de Hiroshima, iremos conhecera vida de Takashi Morita, um japonês que estava muito próximo do caos enquanto desempenhava o seu trabalho. O livro foi publicado pela Universo dos Livros e contém algumas informações que foram necessárias para ampliar o meu estudo em relação ao assunto.

Vocês já devem saber que gosto muito de histórias que envolvem passados históricos, principalmente o Holocausto, Ditadura e afins, mas a Segunda Guerra Mundial não fica de fora dessa listinha e quando soube dessa obra me interessei de imediato, principalmente pelo fato de baseada em fatos reais e não ser uma ficção. A obra contém informações valiosas que foram muito eficaz para melhorar a minha visão do que houve da guerra, do momento em que a bomba foi lançada e como foi o resultado de toda essa violência que poderia muito bem ser resolvida de forma pacífica.

Confesso que o meu estudo sobre o assunto é muito raso, mas fiquei surpreso com vários pontos que o autor citou durante a escrita do livro. Eu nunca imaginei que existiam pessoas que pilotavam aviões com explosivos, cuja intenção era se suicidar para suceder a missão. Também nunca passou pela minha cabeça que os descendentes que japoneses ficaram afastados nos Estados Unidos, muito semelhante como os judeus no Holocausto.

CURIOSIDADE: o brinquedo Kamikaze de parques de diversões cuja a função é devagar completar vários loops, foi criado em 1930 e a origem do nome é a mesma dos kamikazes de guerras. Os movimentos e o formato do brinquedo simula a queda de um avião-suicida, além disso, os corajosos são os guerreiros que “doam” a sua vida para salvar a pátria.



"Logo que chegamos à região dos bombardeiros, sentimos o caos que tomava conta da cidade... Além dos feridos, havia mortos por toda parte. Tóquio parecia um cemitério a céu aberto. (página 47)"

Minha surpresa maior foi quando Takashi Morita começa a narrar a precaridade em que Japão estava antes da guerra — eu tinha isso em mente —, a forma que eles lutavam severamente para manter tudo sob controle e, além disso, levar o lema oficial da sua vida — socialmente e culturalmente ensinados — até para uma guerra, é tristemente assustador. Teve várias partes antes da bomba ser lançada que eu fiquei muito chateado em saber que a dor deles já tinham iniciado, mal eles sabiam que o maior sofrimento de todos estava muito próximo de chegar.

Quando a bomba atômica é lançada em Hiroshima, o autor estava bem próximo do local e conseguiu visualizar todo o desastre sem saber o que realmente estava acontecendo. Ele também foi atingido no pescoço, tudo que ele sentia era uma queimação e se não fosse a sua farda possivelmente estaria morto, porque ele crer que o seu uniforme de militar que o safou dessa terrível morte. Takashi Morita podia muito bem correr da área e deixar todos morrerem, mas a situação estava tão assustadora que ele voltou ao epicentro para ajudar todos aqueles que ainda almejavam e ansiavam para ter mais um minuto de vida — ou não.

No livro é narrado as cenas sem censura, os prédios foram totalmente distorcidos como se fossem papelões, as pessoas corriam atrás de água gritando socorro e suas peles começavam a dissolver, assim despregando do seu corpo. A primeira pessoa que ele vê dessa forma, se assusta, pois não conseguiu entender o que estava correndo em sua direção, até que ela cai perto de seus pés e ele entende que era uma pessoa em chamas. No livro o autor conta mais situações que vivenciou durante esse grito de socorro, mas não vou citar na resenha, se não acaba diminuindo a curiosidade de vocês.



"Esse foi o pior dia da minha vida e, ainda assim, nunca consegui apagá-lo da memória. Mesmo depois de mais de setenta anos, posso revivê-lo detalhadamente, como todo o horror que presenciei. (página 65)"

A história de Morita é muito exemplar, mesmo ele tendo que passar por diversos momentos que assombraram sua mente, que danificaram a sua saúde e que quase lhe arrancou a vida, aos 93 anos ele permanece de pé no Brasil mostrando para todos que não deixou uma guerra e seus vestígios acabarem com seus sonhos. Ele é foi uma das poucas pessoas que tiveram a sorte de não ter atacado pelo ódio humano, infelizmente ou felizmente, Takashi Morita tem uma triste história de superação e heroísmo.

A capa do livro condiz com a história, e podemos perceber isso nitidamente quando vemos uma bomba atacando uma cidade. A fonte que foi usada para escrever o título me agradou muito, pois relata muito mensagens de apelo em muros — como pichações — e a letra “o” de Hiroshima representa a bandeira do Japão, mas na capa parece ser pinchada de sangue, assim demonstrando o luto do país e que ele também foi eternamente manchado pelo sangue dos seus. As cores usadas para a capa em si também colabora muito para esse aspecto de tristeza.

A diagramação do livro está impecável, a Universo dos Livros usou a mesma fonte, mas durante a leitura o leitor encontra algumas frases nas laterais das páginas, elas são frases de destaques que encontramos nos parágrafos e nos ajudam a frisar aquela informação. Quase no final do livro têm algumas páginas com fotos e legendas informativas de Takashi Morita e todas as pessoas que tem um pouco de influência no livro, essa parte que têm as fotos parecem ser folha de jornal, assim dando uma incrementada muito boa na obra.



Como o livro aborda guerra, o vocabulário é bem restrito ao assunto, mas podem ficar tranquilos que o autor escreveu de uma forma sútil para ajudar todos terem uma leitura fluída e muito “prazerosa” conforme for passando as páginas. Eu li o livro em questão de horas, mas têm pessoas que não conseguem seguir adiante com muita rapidez por causa do cenário que é tratado. É muito triste você ler e ser obrigado a imaginar o estado das pessoas naquele momento, tenha uma experiência rápida agora mesmo: tente imaginar mulheres grávidas dando a luz devido ao susto da bomba, agora imagina todos esses bebês morrendo pela precaridade de saúde e a ausência de médicos em Hiroshima? São situações semelhantes a essa que nos atacam em cheio, nos alertando que guerra não serve para nada, apenas para matar, destruir e levar o título de assassino.

O livro tem um publico foco que o autor mesmo disse, mas ele não está indisponível para todos aqueles que têm interesse em saber mais do que aconteceu durante o ataque em Hiroshima. Por isso, eu indico A Última Mensagem de Hiroshima, de Takashi Morita para todos vocês que gostam de ampliar suas visões do que houve, mas indico em especial para aqueles que acham que guerra e violência é a forma mais fácil de resolver os problemas sociais.

site: http://desencaixados.com/resenhas/resenha-a-ultima-mensagem-de-hiroshima/
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