Garota em Pedaços

Garota em Pedaços Kathleen Glasgow




Resenhas - /////


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Lilii1 17/05/2022

Incrível
(Não gosto de escrever resenhas longas mas essa merece).

"As pessoas deviam saber sobre nós. Garotas que escrevem a dor que sentem nos corpos".

5 estrelas para esta obra que traz o mundo de uma pessoa com problemas reais, abordando coisas reais e não as romantizando, mostrando toda a realidade em si. É um livro cheio de gatilhos, que me deixou muito triste em determinadas partes, porém não me arrependo em nenhum momento de ter lido.

Vou deixar aqui uma frase que a protagonista disse em determinado momento que me intrigou:

? "Eu morei em uma casa de sexo. Tentaram me vender por dinheiro. E eu tentei morrer. Essa é minha história."

Não, Charlie. Sua história não é só isso, tem muito mais e eu não tenho palavras o suficiente pra descrever o quão você foi forte e tentou melhorar o tempo todo, tenho muito orgulho disso. Fico muito feliz de você ter achado a arte como forma de se expressar e comunicar com o mundo. Eu espero que quem esteja lendo isso me prometa que vai ler esse livro alguma vez na vida, sério.

Parabéns a todas as garotas que lutam diariamente por isso, vocês são fodas. Saibam que nunca estão sozinhas.
Julis 17/05/2022minha estante
que linda sua resenha ???


Lilii1 17/05/2022minha estante
AAA obrigadaa????




Cyntia Bender 05/08/2018

Esperava mais.
Inicialmente é um livro muito impactante. Começamos a história sem saber quem é e o que aconteceu com a protagonista, sendo que vamos descobrindo aos pedaços, o que torna tudo mais instigante e dá aquela sensação de livro que não vai dar pra largar até que se entenda onde vamos chegar.
Acompanhamos a Charlie, uma menina com a vida bem problemática e cheia de experiencias ruins que se auto-mutila para aliviar a tensão que existe dentro dela. É difícil quando vamos descobrindo tudo o que ela passou, e sentir a dor dela é angustiante. Porém até ai se imagina que será um livro de superação (ou destruição), contando a realidade de tantas pessoas que passam por esse mesmo "problema" e a luta por trás de tudo isso.
É ai que quando menos se espera a autora volta toda a atenção da Charlie para relacionamentos bem babacas e nos entrega uma Charlie ciumenta, obcecada e que esquece dela mesma. E isso é a maior parte do livro nesta temática.
Senti que a auto-mutilação sai totalmente de foco, não sei se a intenção da autora era introduzir outras problemáticas no texto, mas para mim não funcionou, acabou um pouco com o meu relacionamento com a personagem, e me deu vontade de abandonar a leitura.
Acredito que a parte mais importante da mensagem do livro ficou na nota da autora. Então não sei se valeu a leitura pra ter o que se esperava do livro só no desfecho dela mesma, não da Charlie.
Achei por fim uma leitura bem regular, já li livros que aprofundam muito mais o assunto e de forma mais interessante.
Carolina 28/08/2018minha estante
Ah Cyntia fico feliz quando leio resenhas assim, com críticas negativas. Parece que o povo se empenha mais em fazer resenha só p elogiar.
Valeu demais, esse livro apareceu p mim pois uma menina que sigo está lendo ele. Vou nem colocar na minha lista!


Iamjessicaeduarda 30/04/2019minha estante
Essa é a crítica mais sensata que eu vi, você falou absolutamente tudo o que eu vi enquanto li o livro




cris.leal 05/03/2018

Uma lição de esperança e resiliência...
A autora Kathleen Glasgow usa uma narrativa em primeira pessoa para contar a história de Charlotte Davis, a Charlie, uma garota de 17 anos, portadora de Transtorno do Controle do Impulso, um distúrbio que leva as pessoas a se automutilarem. O pai de Charlie se matou, a sua melhor amiga, Ellis, tentou se suicidar, e com a mãe, ela tem um relacionamento bastante problemático. Sem apoio familiar e carregando um pesado fardo de sofrimentos, Charlie acabou indo morar nas ruas, tendo que revirar o lixo atrás de comida. Além disso se envolveu com álcool, drogas e prostituição. Sentindo-se solitária no mundo, sem condições de lidar com as coisas que estavam acontecendo, Charlie buscou conforto na automutilação, e se cortou tanto e tão profundamente, que quase morreu.

A passagem de Charlie por uma clínica psiquiátrica, onde ela se sentiu cuidada, alimentada e protegida, foi determinante para sua recuperação. Ela saiu de lá disposta a superar os medos e acertar a vida. Mudou de cidade, arrumou um emprego, um teto, fez amizades, dedicou amor a quem não lhe correspondia, apaixonou-se de novo, mas dessa vez por quem não lhe merecia. Charlie sofreu por amor, mas não vacilou, não recaiu. Aprendeu a deixar o passado para trás e continuou o longo caminho rumo a recuperação. Para tanto, se apoiou na arte e usou o seu talento para o desenho, onde encontrou sua voz e seu consolo.

Uma das grandes forças do livro é a escrita honesta e intensa de Kathleen Glasgow, que me deixou com o coração apertado em vários momentos. O mundo de Charlie é perturbador e é apresentado com muita propriedade pela autora, que também passou pela experiência da automutilação, infligindo cortes reais e profundos a si própria. Através de Charles, Kathleen Glasgow nos lembra que apesar das dificuldades, sempre há luz no final dos túneis, por mais tortuosos e sombrios que eles sejam.


site: http://www.newsdacris.com.br/2018/03/resenha-garota-em-pedacos-de-kathleen.html
JANEREINANDO 06/03/2018minha estante
Que forte...


cris.leal 06/03/2018minha estante
Muito!




spoiler visualizar
Emy 18/06/2022minha estante
atlas da onde ?


lendocombeatrizz 18/06/2022minha estante
é assim que acaba




Duda 11/09/2020

Alerta de gatilho
PRIMEIRA COISA: GATILHOS
na > minha < opinião, como alguém que faz tratamento, o livro contém vários gatilhos. Acredito que é um livro melhor voltado para as pessoas que convivem com alguém que apresente problemas psicológicos do que pra pessoa em si. Apesar de ter vários links e telefones nas últimas páginas para obter ajuda, eu ainda acho pesado. Dito isso...

Bom, não foi um livro que eu não gostei nem que eu amei, ele ficou ali no meio termo. Ele começa muito bem, a história se desenvolve legal, é cativante, você já se vê envolvida emocionalmente ali com a história, com o personagem. Mas do meio pro final a leitura fica arrastada, a história não anda pra frente, parece que a autora se perdeu do que ela tava escrevendo. Ela não conseguiu passar aquela emoção, ela trabalha muito pouco no desenvolvimento do romance, não tem aquela coisa do "estar apaixonado", não passa sentimento, amor. MAS AÍ, MEUS AMIGOS, O TREM MUDA DE UMA PÁGINA PRA OUTRA e você consegue se conectar com a história de novo. É um final gostosinho, eu fiquei envolvida ali e até queria mais um pouco kkkk. A autora também deu um fim para todos os personagens, não fica com aquela sensação de final aberto que você fica "tá, mas o aconteceu com tal pessoa?" E ISSO É ÓTIMO. Eu super leria uma continuação se tivesse, mais pelos temas abordados do que pela história.
Janaina.Vidal 11/09/2020minha estante
Amei a resenha ?


Duda 14/09/2020minha estante
Obrigada!!




Cley 26/10/2018

❝ Preciso de libertação, preciso me machucar mais do que o mundo pode me machucar. Só assim posso me reconfortar. ❞

“Garota em Pedaços” retrata a condição de vida que muitos dos nossos jovens vivem.
Charlotte Davis está perdida, seu passado insiste em atormentá-la, trazendo lembranças que ela daria tudo para esquecer. Para lidar com as perdas ela se corta aos poucos, mas seu corpo já está se transformando em um mapa, um mapa que leva a caminhos sombrios.

É um livro psicológico, onde as ações e os espaços são todos narrados e descritos pelos olhos da Charlie. Pensei que isso fosse me incomodar, mas em nenhum momento me senti sufocado por esse tipo de narração.

Na história acompanhamos toda a trajetória da Charlie, conheceremos essa personagem tão frágil, humana e cheia de conflitos e medos. Veremos como uma pessoa que pratica o “cutting” sobrevive a um mundo onde praticamente tudo foi tirado de suas mãos.

Apesar de o livro ser construído em torno de um narrador personagem, os personagens secundários aparecem em segundo plano de uma maneira muito bem desenvolvida. Charlie faz questão de nos situar e conhecer a essência de cada um deles.

Ao término do livro há uma nota da autora onde a mesma fala que já se automutilou, e isso me respondeu a várias perguntas que fiz no decorrer da leitura. Refleti que para abordar esse assunto a autora fez um minucioso estudo, mas quando Kathleen afirma e sua nota essas reflexões fizeram bastante sentido.

Se você ou alguém que você conhece se automutila, procure ajuda agora.
Site: www.amiti.com.br

Se você ou alguém que você conhece sofre de depressão, procure ajuda agora.
Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata).
Telefone: (11) 3256-4831
Site: www.abrata.org.br

❝ Por fora eu estou em chamas e por dentro sou apenas um vazio. Não posso me cortar, mas preciso que alguma coisa seja tirada de mim, preciso de alívio. ❞
Koala Leitora 26/10/2018minha estante
Quero ler


Lili 16/02/2019minha estante
Grata por informar sobra a Abrata.




San 12/05/2022

Gostei
Foi uma boa leitura, fluiu bem, queria saber logo o que aconteceria com Charlie.
Mas, vez ou outra eu tinha que fazer uma pausa na leitura para digerir o que acontecia, pois o tema é pesado.
Fiquei assustada com a estatística de casos de automutilação que a autora coloca no final.
Gabriela 12/05/2022minha estante
Recuei da leitura quando vi que abordava o assunto. Alguns temas afetam um pouco mais e saber que casos assim sao mais presentes do que gostariamos. ??


Gislaine 15/05/2022minha estante
Já tentei ler esse livro duas vezes, mas não consegui terminar. Pretendo tentar mais uma vez, vamos ver se vou conseguir. ?




Katherine 08/07/2021

Esse foi um livro muito difícil de ler pra mim, por todos os motivos. No começo era porque a temática era muito pesada, me deixou pra baixo, me fez pensar em coisas ruins, tanto que abandonei a leitura por volta da página 70 e depois voltei a ler. Depois, no meio, foi difícil porque era insuportável, tava tudo dando errado de todas as maneiras possíveis e você queria culpar os personagens, mas ao mesmo tempo se sentia mal ao fazer isso.

E sendo bem honesta, chegou um momento onde a única coisa que me faz continuar a leitura foi o puro ódio, eu não fazia IDEIA do que a autora queria dizer com tudo aquilo, eu só estava com raiva de tudo e todos mesmo sabendo o quanto cada um sofreu, e comecei a ler correndo só pra terminar logo porque eu não tava aguentando mais tudo aquilo, não era chato, mas era cansativo.

Mas no final, depois de tudo, eu percebi o quanto bem orquestrado foi toda a irritação e sofrimento, por isso ao chegar no final eu só consegui chorar, não porque teve algo triste ou ultra dramático, e sim porque eu tava cansada, eu tava exausta de tudo que tava acontecendo, eu chorei de alivio por ver coisas finalizadas, porque tudo que ta nesse livro é REAL PRA CARAMBA e ver as coisas finalizadas da um alivio sem igual.

Esse é um livro que te puxa pra baixo, pra fundo, bem fundo, você fica triste, irritada, cansada, cansada da leitura, cansada do mundo, te gatilha, é uma leitura muito sensível, mas é uma leitura muito real, demanda muito da sua cabeça porque a autora consegue fazer o leitor sentir esse cansaço que a personagem ta vivendo. Mas vale a pena, essa é uma leitura que me deu uma experiência que eu não passaria de novo, mas que eu fico grata por ter tido ela.

"É importante apenas existir, de tempos em tempos"
Marina_amorim69 08/07/2021minha estante
Obaaa um livro q vai fuder com o meu psicológico, amei


Katherine 08/07/2021minha estante
Toma cuidado se for ler, ele é realmente beeem pesado e te puxa real pra sentimentos ruins, o final vale muito a pena, mas até lá é um caminho muito longo




Francy.Vivian 04/12/2022

Livro perfeito, com muitos gatilhos, tive que parar umas 7 vezes para respirar e colocar minha cabeça no lugar para poder continuar, esse livro deveria ser lido por todas as pessoas.
Beatriz Almeida ð«ð 07/12/2022minha estante
Tem final feliz? Se não tiver , acho que nem vou continuar kkkkl tá sendo muito difícil concluir essa leitura, muito pesado


Francy.Vivian 09/12/2022minha estante
Kkkk sim bem, continue lendo, achei o final perfeito para a protagonista.




Bia 24/05/2017

Resenha publicada no blog Clã dos Livros
"Automutilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio. Os atos geralmente têm como intenção o alívio de dores emocionais. As formas mais frequentes de automutilação são cortar a própria pele, bater em si mesmo arranhar-se ou queimar-se. A automutilação é comum entre jovens e adolescentes que sofrem pressão psicológica.Refere-se a comportamentos onde demonstráveis feridas são autoinfligidas. A maioria das pessoas que se automutilam estão bastante conscientes de suas feridas e cicatrizes e tomam atitudes extremas para escondê-las dos outros. Eles podem oferecer explicações alternativas para suas feridas, ou tapar suas cicatrizes com roupas. A pessoa que se automutila não está, usualmente, querendo interromper sua própria vida, mas sim usando esse comportamento como um modo de cooperação para aliviar dor emocional e desconforto. "

Fonte: Wikipedia

Já inicio minha resenha com a definição de automutilação. "Garota em Pedaços" é um livro que aborda esse tema.
Automutilação é um transtorno real, que acomete tantos jovens pelo mundo, 20% segundo G1, mas ainda é um tabu. Silenciosa para quem recorre a ela, incompreensível para as pessoas ao redor.
Não conheço (ao menos acredito não conhecer) nenhuma pessoa que se automutila. Porém, sentia curiosidade em saber mais sobre o assunto, e nada melhor que ler uma obra que o trouxesse.

Charlie é uma adolescente que recorre a automutilação para aliviar sua dor. Não imaginem encontrar uma personagem maravilhosa, com descrições perfeitas de seu aspecto físico. Aliás, ela não é contente com sua aparência. Se considera suja, feia, nojenta.
“Eu me corto porque não consigo lidar com as coisas. É simples assim. O mundo se torna um oceano, o oceano cai em cima de mim, o som da água é ensurdecedor, a água afoga meu coração, meu pânico fica do tamanho do mundo. Preciso de libertação, preciso me machucar mais do que o mundo pode me machucar. Só assim posso me reconfortar.”
Não quero dar muitos detalhes sobre “o que levou Charlie” a se machucar, mas vocês precisam saber que não existe romantização para sua dor. Temos uma personagem realmente sofrida, que não tem uma família para apoiá-la.
“Porque, quando você está machucada e alguém ama você, esse alguém devia ajudar, né?”
Vivera muito tempo nas ruas e foi nesse período que se machucou tanto que quase morrera. Sangrando a beira da morte, fora levada para uma clínica psiquiátrica.

Contrariando completamente o que estamos habituados a ver em muitas obras literárias, Charlie não quer fugir dali. Muito pelo contrário, ela se sente protegida, abrigada, além de ter acesso a alimentos.

Ficar ali exige investimento financeiro e, após um tempo, sua mãe não tinha como mantê-la. Charlie então, cheia de cicatrizes, com medo e ainda não recuperada psicologicamente, precisa deixar o lugar.

Aposto que estão se perguntando: se a garota tem mãe, por que vivia nas ruas?

Eu não posso me aprofundar nessa relação, pois seria um spoiler. Vocês só precisam saber que Charlie não podia contar com ela. Antes mesmo de ir para as ruas, já era sozinha. Sua vida mudou um pouco quando conheceu Ellis, uma amiga que deu a Charlie o que não conhecia ou não lembrava: amor.

Ellis fora a responsável por apresentar à nossa protagonista Mikey. Em meio a bebedeiras, rock e drogas, eles se divertiam e cuidavam um do outro.

Mas Ellis não estava mais presente. Charlie não poderia mais contar com a amiga para nada. Por sorte, Mikey estava disposto a ajudá-la e abrigou a garota em sua casa.

Em uma nova cidade, com novas pessoas e novos problemas, Charlie encontra na arte uma forma perfeita de fugir da dor sem precisar se machucar. Poderia uma garota em pedaços recomeçar?

Gostei muito da abordagem ao tema. Foi algo mais real, mais duro e direto. Sempre me perguntava: afinal, o que leva uma pessoa a se machucar? E o enredo nos responde justamente a essa pergunta.

A narrativa é em primeira pessoa, o que deixou o enredo ainda mais interessante. A impressão que tive foi de presenciar tudo, e por isso fiquei desconfortável em muitos momentos. Não pensem que esse fato se dá por descrições minimalistas da automutilação. Não. Na verdade nem temos isso. O desconforto que senti foi por ter ali humanos reais (sofridos, cruéis, bondosos, nojentos, alheios...) e por sentir a perturbação de Charlie.

Mesmo que narrado pela própria personagem, não temos as respostas de todo seu sofrimento de bandeja. Isso nos instiga; fiquei curiosa em avançar as páginas, em saber o que havia ocorrido no passado de Charlie. Mas não o fiz. A conexão leitor/personagem foi tão forte que não me senti bem em fazer isso, pois era como se eu não respeitasse o seu momento em revelar como foi que chegou a esse ponto.
“Eu cortei todas as minhas palavras fora. Meu coração estava cheio demais delas.”
Fiquei desconfortável comigo mesma por, várias vezes, desacreditar de Charlie. Isso foi inédito em um livro. Afinal, sempre temos a certeza do final feliz. Neste, não tive. Me perguntava o tempo todo: como Charlie poderia ser salva? E a medida que a história ia se desenvolvendo, mais personagens apareciam, alguns dispostos a ajudá-la, outros mais ferrados que ela. E adivinhem a quais ela recorria?

Foi uma leitura tão diferente, tão tocante e emocionante. Acredito que cada leitor terá sua própria experiência, imagino que os mais novos se sentirão alertados; os que recorrem a dor como escape poderão se identificar e tirar lições preciosas; os que convivem com eles poderão compreender para melhor auxiliá-los.
“Você pode beber, se arranhar, usar metanfetamina, cheirar coca, se queimar, se cortar, se furar, arrancar os cílios ou trepar até sangrar. Tudo é a mesma coisa: automutilação.”
Eu recomendo demais a leitura dessa obra. Vocês irão encontrar personagens péssimos, daqueles que dá vontade entrar no livro e partir para a agressão. Também encontrarão personagens maravilhosos, do tipo que pedimos para existirem na vida real. E alguns tão despedaçados, que senti vontade colá-los. Com isso, só ressalto que os personagens são muito bem construídos, e ao final da leitura, é difícil esquecê-los. Acredito que serão inesquecíveis.
“Deve ter um milhão de histórias dentro de você.”
A edição está maravilhosa! Diagramação perfeita, páginas amarelas. Por dentro e por fora, temos detalhes que lembram cortes, o que tem relação direta com o enredo. A editora com toda certeza fez um ótimo trabalho (angelical pra caralho Editora Planeta).

Terminei a leitura com os olhos marejados e o coração apertado. Como lição, aprendi que nossas atitudes podem ser um alívio para pontas afiadas.
“Tudo e todos que estragados têm conserto.”
Vou terminar minha resenha deixando uma versão da música "You are the one that i want". Ela é citada no enredo, adoro a original, mas essa versão cabe perfeitamente no livro. E deixo também um quote do livro para que reflitam.

“Se você tiver uma das suas fotos de turma do colégio, aposto que consegue me encontrar. Não vai ser difícil. Quem é a garota que não está sorrindo? Quem, mesmo estando entre duas outras pessoas, ainda parece estar meio sozinha, porque os outros dois estão meio longe dela? As roupas dela são... simples? Sujas? Largas? Meio invisível. Você se lembra do nome dela?”

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2017/05/resenha-garota-em-pedacos-de-kathleen.html
Kah 12/06/2017minha estante
fiquei com muita curiosidade pra ler esse livro! Amei sua resenha!??


Bia 17/06/2017minha estante
Obrigada Kah! Se ler o livro, me conte o que achou. Beeijos!




Lê Golz 14/05/2017

Forte!
"O corte é uma cerca que você constrói no próprio corpo para manter as pessoas do lado de fora, mas depois você chora para ser tocada. Mas a cerca é de arame farpado. E agora?" (p. 345)

Começo a resenha com esse quote acima que define bem o que podemos esperar de Garota em pedaços. Uma jovem de dezessete anos, com uma infância marcada pelo bullying e pela morte do pai, o desprezo da mãe desde então, a perda de sua melhor amiga... sozinha, expulsa de casa, sem carinho e sem rumo. Nem todos os jovens conseguem lidar do mesmo jeito com seus problemas. E Charlotte não fez as escolhas certas para superá-los. A automutilação foi a primeira delas. Depois que sua mãe suspende seu tratamento numa clínica psiquiátrica, Charlotte viaja para Tucson, no Arizona (EUA), a fim de tentar viver uma nova vida. Mas as influências que ela irá encontrar pela frente não serão nada promissoras. O mundo pode ser muito cruel, mas também pode nos mostrar um pouquinho de esperança no fundo de um poço que parece não ter fim.

Com uma narrativa em primeira pessoa, que torna o livro ainda mais angustiante, vamos acompanhar os sentimentos mais sombrios de Charlotte. As primeiras páginas começam meio sem sentido, parece que não vamos chegar a lugar nenhum, até o leitor começar a levar tapa atrás de tapa com essa história. Apesar de fluída, a escrita de Glasgow é angustiante, cruel e muito real.

O que justamente te prende é a mente angustiada da protagonista. Uma jovem que escolheu cortar o próprio corpo em busca de alívio. Ela é definitivamente uma garota em pedaços! Durante toda essa narrativa avassaladora, em que presenciamos uma Charlotte que tenta resistir por mais um dia sem se cortar, a vontade que a gente sente é de abraçá-la e dizer que ela não está sozinha. Sem contar a vontade de dizer para ela parar de andar com todas aquelas pessoas erradas. É impossível não estar conectado e totalmente entregue a essa história. A narrativa flui, os capítulos passam e você se vê diante do desfecho. É viciante!

A autora ainda trata de assuntos como drogas, alcoolismo, abusos... São tantas coisas pesadas juntas! O interessante é que Glasgow abordou tudo muito bem, trazendo para a vida de Charlotte outros personagens complexos e problemáticos. Com isso, acredito que a autora quis mostrar o quanto é importante se isolar de pessoas erradas, se quisermos enfrentar bem nossos próprios problemas. Achei excelente a criação dos personagens secundários, enriqueceram muito a obra.

"O jeito como você tem que enfiar o vidro bem fundo, com rapidez, para abrir a pele e depois arrastar, arrastar com força, para fazer um rio no qual valha a pena se afogar." (p. 48)

Garota em pedaços te deixa arrepiada, angustiada, sensível, te toca. E como se não fosse o bastante, a nota da autora depois do desfecho é o soco final no estômago do leitor (devo dizer que ela foi muito corajosa). Definitivamente esse é o tipo de história que fica em sua mente por muito tempo. Charlotte é como milhares de garotas pelo mundo a fora, que fogem do universo, mas ainda assim precisam ser tocadas e compreendidas. Um livro forte e reflexivo. Com certeza recomendo. Leiam!

site: https://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2017/05/resenha-garota-em-pedacos.html
Steffani 16/05/2017minha estante
Quero leeeeer


Lê Golz 16/05/2017minha estante
Bem angustiante!!!




Livros17 01/03/2020

Um livro sobre a realidade daqueles que sofrem e sofreram um trauma e que por conta disso acabam tomando caminhos difíceis para lidar com toda a dor.
Esse livro conta a historia de Charlie que se automutila com cortes pelo corpo por conta de todos os abusos que sofreu na vida desde muito nova.

É um livro pesado pois trata de assuntos delicados demais, teve momentos que achei meio arrastado e difícil de continuar a leitura, achei que não iria terminar nunca mas a verdade é que não me arrependi nem um pouco de ter terminado e as notas da autora no final me levou às lágrimas. Somente quem sofre algum distúrbio entende a profundidade do livro.
Luiz 02/03/2020minha estante
Gostei, parece ser interessante.


Livros17 02/03/2020minha estante
É bem interessante!




Mafê 05/01/2022

Esse livro é ótimo, mas cheio de gatilhos. É um livro bem pesado onde a protagonista sofre com automutilação e não tem apoio da família e acaba se envolvendo com uma pessoa que tem tudo que ela evita. Eu gostei muito do livro e recomendo, mas cuidado com os gatilhos
TaySantoos 05/01/2022minha estante
Meninas vou colocar na minha lista agrr


Mafê 05/01/2022minha estante
é perfeitooo




Gabs 01/02/2022

Leitura pesada porém me acrescentou bastante
Garota em pedaços é um livro que reflete a realidade de muitas meninas, e apesar de em alguns momentos você querer entrar na história e ajudar a Charlie, na vida real infelizmente nem sempre existe essa pessoa. Apesar de ser uma história bem pesada, o livro me fez pensar sobre algumas coisas que eu nunca teria parado pra pensar sobre, como um bom livro, me levou a uma realidade diferente da minha, trazendo muitos aprendizados.
O livro em si é cheio de gatilhos como: abuso sexual e psicológico, automutilação, suicídio, dependência química, entre outros. Então, eu realmente não recomendo que você leia se estiver sensível.
O motivo pelo qual o livro não chega a 5 estrelas para mim, é o fato de acrescentar algumas tramas e personagens diferentes sem se aprofundar de fato.
No geral, a história me prendeu, apesar de não ter lido tão rápido por falta de tempo. Gostei bastante da escrita da autora.

deixo aqui uma playlist que criei baseada no livro:
https://open.spotify.com/playlist/0GfBmgRFFOQK4u3sGJJ1kR?si=4b4kakheRpaT55uh-Yqv1A
Mari 03/02/2022minha estante
quarto mt ouvir a playlist, mas não estou conseguindo!


Gabs 03/02/2022minha estante
tenta procurar no spotify por: garota em pedaços (livro)




Eduarda.Ferreira 13/09/2021

surpreendente
Achei o livro muito bom, porém ele é pesado e cheio de gatilhos, então se você tem problemas quanto a isso eu não recomendo a leitura, mas se você não tiver gatilhos quanto ao assunto abordado, eu recomendo, pois é algo sério que muitos tratam como besteira.
mari 13/09/2021minha estante
quais os gatilhos?


Eduarda.Ferreira 13/09/2021minha estante
automutilação, depressão e tem mais alguns




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