Pedagogia do Oprimido

Pedagogia do Oprimido Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia do Oprimido


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Matheus Oliveira 05/05/2020

Em defesa de uma educação dialógica
Não é por falta de motivos que Paulo Freire é o patrono da educação brasileira e um dos autores tupiniquins mais estudados nacionalmente e no exterior. Em ?Pedagogia do Oprimido?, o educador sintetiza sua teoria em defesa de uma construção dialética do conhecimento e não de uma imposição em forma de uma educação bancária, na qual os atores não são tratados como sujeitos, mas como objetos, enquanto meros receptores, ?depósitos? de um suposto saber.

Na verdade, vai além disso e propõe uma teoria pedagógica da tão sonhada ?revolução?, criticando ações de lideranças que desconfiam do ?povo? e que buscam negar o diálogo como essência desse possível processo revolucionário. Paulo Freire acredita que não dá para ?fazer a revolução? e ?educar? o povo a posteriori, mas que os dois processos estão imbricados e caminham juntos: ?A revolução se gera nela como ser social e, por isso, na medida em que é ação cultural, não pode deixar de corresponder às potencialidades do ser social em que se gera?.

Isso demonstra uma desconfiança imprescindível em relação ao papel das lideranças revolucionárias que, em nome da suposta transformação social, temem a liberdade do ?povo? e evitam a construção de um diálogo sob o argumento de uma necessidade de organizar as massas para combater o opressor.

O livro é extremamente rico, inclusive, para pessoas que, como eu, ainda têm vivo o receio de palavras de ordem revolucionárias. Ao meu ver, a obra de Freire pode servir como um manifesto para as nossas próprias relações interpessoais em um cenário de tamanha polarização e ausência de diálogo: a única forma de se construir e superar as barreiras da opressão em busca da autonomia é libertar da dupla-face da antihumanização por intermédio de um processo dialógico de humanização do humano, reconhecendo o Outro e se reconhecendo nele.
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Anne10ssica 30/04/2020

O livro mais lindo que já li
É uma leitura complicada, mas é muito intrigante e libertador.
O livro não é exatamente sobre educação, mas sobre educação como uma arma política contra a manipulação.
Pra maioria isso pode soar como extremista ou radical, mas eles ignoram que a educação já é utilizada como processo ideológico de manipulação.
A maior prova é o cenário político atual em que vivemos. Onde políticos constantemente polarizam discussões para fragmentar a opinião pública e, assim, enfraquecer a verdadeira luta.
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Letícia 25/04/2020

A pedagogia do brasileiro
É impressionante como a obra de Paulo Freire se mantém relevante e atemporal. Diante da realidade brasileira, ler essas reflexões é um acalento para a alma. A partir deste livro, é possível se reconhecer como oprimido ou opressor e solucionar o problema ou ao menos se conscientizar sobre ele com as ferramentas sugeridas por Paulo.
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VitAria.Caroline 18/04/2020

Resolvi ler Pedagogia do Oprimido tanto por ser uma obra muito pedida no curso, mas também para entender os motivos de tantos ataques ao homem que é Patrono da educação brasileira, que é um dos brasileiros mais citados em trabalhos ao redor do mundo e que fez uma contribuição imensa para o nosso modo de ver a educação.
Freire fala neste livro sobre a educação bancária e como muitos de nós, professores, acabamos por ajudar a perpetuar este modelo de educação que só visa a submissão e o treinamento para que a massa trabalhadora continui a baixar a cabeça e não sair de sua posição. O pensamento dele vai muito de encontro com o Construtivismo de Piaget e do Socioconstrutivismo de Vygotsky onde o aluno tem de ter uma real participação na formação de sua aprendizagem e não só ficar ouvindo o professor falar e falar incansavelmente. Em Pedagogia do Oprimido eu aprendi que na minha profissão eu tenho de ser educadora-educanda e fazer com que meus alunos discutam os temas falados em sala, que pensem por si e que saibam ser críticos para avaliarem suas condições.
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Ade 08/04/2020

Amar ou odiar, será que só resta essas duas opções?
Há quem diga que, referente à Paulo Freire, ou ama ou odeia! Acho um tanto extremo, mas lendo esse livro entendo o por que dessa fama! Nesse livro nós deparamos com o caráter simples, no entanto visionário de um homem que questionou não apenas o ato de ensinar, mas as relações humanas...
Apoiando ou discordando, aconselho que leia!
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Andre.28 08/04/2020

Educar É Um Ato de Amor, É Um Ato de Libertação (versão resumida)
Como a resenha ficou grande eu decidi por uma "versão resumida". Eu coloquei a versão completa no meu Blog. (Para quem desejar ver-la, está no link abaixo)

https://osmoseliteraria.blogspot.com/2020/04/educar-e-um-ato-de-amor-e-um-ato-de.html

"A valentia de amar que, segundo pensamos, já ficou claro não significar a acomodação ao mundo injusto, mas a transformação deste mundo para a crescente libertação dos homens."

A existência de um trabalho do calibre de Paulo Freire para a pedagogia é de suma importância, pelos seus postulados filosóficos como seu entendimento do caráter afetivo e transformador da educação. “Pedagogia do Oprimido” é um ensaio publicado em forma de livro em 1974, onde temos a continuação do pensamento de Freire, de forma que aqui se passa para o uma nova interpretação daquilo que foi desenvolvido em trabalhos anteriores. Seus postulados estão voltados para o sua ideia de método, que se baseia na transformação social através da consciência das classes mais pobres (povo) de sua condição.

Na pedagogia de Paulo Freire temos uma filosofia que tenta unir teoria e prática, em que o esforço totalizador da práxis humana, na busca interior desta, como “prática da liberdade” e autonomia do oprimido (povo). Quando ele fala de sistema ele deixa claro que ali não há uma apologia a determinadas linhas ideológicas. Quando ele fala de “revolução” ele não fala a aquelas dos moldes de esquerda, mas através da educação com prática libertadora da consciência do oprimido. Quando fala de uma forma dialógica de pedagogia ele fala da construção de um método que se volte para as experiências do educando, a investigação para que ele não seja um receptáculo de conteúdo que manterá inconscientemente as amarras do opressor introjetadas em sua vida.

A educação não é um meio para manter a ordem desigual, injusta e segregadora do conhecimento. Educação é compartilhar experiências, é unir-se com o todo, é expandir-se através do diálogo que constantemente se transforma e se aperfeiçoa. Não é só memória, mas principalmente significado através da troca de experiências e vivências. E se reconhecendo como parte de um todo, unidos e mediatizados pelo mundo, é que estaremos prontos para transformar o mundo. Oprimidos conscientes de sua realidade podem e devem ser questionadores de um sistema que tem estratégias opressoras. Nessas sociedades, governadas pelos interesses de grupos, classes e nações dominantes, a “educação como prática da liberdade” postula, necessariamente, uma “pedagogia do oprimido”. A prática da liberdade só encontrará adequada expressão numa pedagogia em que o oprimido tenha condições de, reflexivamente, descobrir-se e conquistar-se como sujeito de sua própria destinação histórica.

Paulo Freire compreende o trabalho árduo do educador. Um educador afetivo e consciente do amor e da libertação através da conscientização e do diálogo com o educando, caminhos para a consciência histórica dos sujeitos como protagonistas e agentes transformadores da história. O papel do educador é de “vocação humanista que, ao inventar suas técnicas pedagógicas, redescobre através delas o processo histórico em que e por que se constitui a consciência humana.” A pedagogia como ação libertadora é elemento fundamental de transformação social, como movimento interno que unifica os elementos do método e os excede em amplitude de humanismo pedagógico. Esse movimento exerce um papel que reproduz e manifesta o processo histórico em que o homem se reconhece. Os rumos possíveis desse processo são possíveis projetos e, por conseguinte, a conscientização não é apenas conhecimento ou reconhecimento, mas opção, decisão, compromisso.
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Fabricio.Macedo 06/03/2020

Bora promover uma revolução cultural!!! Palavras proféticas as de Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido. Sem condições de ler e permanecer alienado...
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Gabriel Henrique 02/03/2020

Fantasia e Confusão
Perceber os problemas da humanidade pode ser feito pela pessoa mais cega, espiritualmente falando, desse mundo e, acima de tudo, reconhecer a complexidade de solucioná-los. Além disso, que despudor seria fazer emergir ideias fictícias; não digo místicas, pois o místico transcende o que se vê, enquanto o fictício somente pode eclodir nas telas do cinema e nos mais variados contos. Assim sendo, Paulo Freire incorpora uma face de boas intenções, recheada de atitudes revolucionárias inconvenientes que beiram o homem à um ser animalesco e mórbido.
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Mariana.Vieira 01/03/2020

Críticas extremamente atuais. Uma visão de educação que vai muito além do que a maioria tem atualmente, que é "apreender" para passar no vestibular/Enem. Inspirador.
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Fran 04/12/2019

Um planfeto revolucionário.
Não trata em nada da pedagogia em si. O livro retra mais um papel revolucionário carregado de citações de ditadores e assassinos. Justificando-se muitas vezes na humildade e amor pelo 'povo' diante das atrocidades realizadas por exemplo de Guevara e Fidel Castro.
Silistino 27/12/2019minha estante
Pois deve ler de novo. Não entendeu nada do que está escrito.




Sérgio 23/07/2019

O Terror da Direita Ignorante
Entendi melhor porque a elite tem tanto medo deste livro. A pedagogia proposta por Paulo Freire não só educa como liberta, ensina o homem a pensar. Ao contrário das amarras impostas por governos que, apesar de eleitos democraticamente, agem como ditadores, a educação libertadora ensina o homem a valorizar o outro e valorizar a si mesmo. Em tempos de "trabalho com menos direitos ou trabalho nenhum" este livro é leitura obrigatória. Paulo Freire nos ajuda a nos compreendermos como cidadãos e evitarmos os pseudo gurus educacionais, cheios de mentira e pseudo ciência.
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Pedro Almeida Prado Castro 29/06/2019

Não discute pedagogia
Honestamente, esperava mais. O grande nome da pedagogia nacional, estudado mundo afora em sua principal obra se resume a panfletagem. Pouco se extrai para a pedagogia em si. Se resume a floreios de frases que poderiam ser ditas de outra maneira. Repetições infindáveis. E bastante "bláblá". Uma certeza que tirei, é que muitos dos que idolatram esse livro, não o leram.
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Marcelo.Lirio 18/06/2019

Pedagogia?
Estava curiosíssimo para ler esse livro, principalmente nesses dias de polarização política. Até a metade do livro não tinha sido tratado nada ainda sobre pedagogia. Na segunda metade só foi abordado temas como revolução , elogios a Fidel e Che, e uma alusão ao bom revolucionário (??). Pode ser qualquer coisa , menos pedagogia ( cabe bem como panfletagem revolucionária - Armada)
Silistino 27/12/2019minha estante
Acho que você precisa ler de novo e estudar um pouco sobre didática, pedagogia e o ato de ensinar. Se você só conseguiu ver essas coisas, é porque você tem uma fixação com essas questões e não se abriu pra entender o que Freire coloca. Estude mais.




Lari Faccio 16/06/2019

Depois de reler a obra pela terceira ou quarta vez, me fica a sensação de nunca antes ter sido tão atual e impactante como agora pelo momento histórico que estamos vivendo no Brasil.
Jenner Azevedo 10/07/2019minha estante
Esse livro ele só levanta a bandeira de que os ?oprimidos? devem tomar o poder e ?oprimir? os antigos ?opressores?. Não fala nada de pedagogia, é basicamente um manifesto comunista. Bem esquizofrênico como qualquer outra obra de Paulo Freire


Silistino 27/12/2019minha estante
Concordo, Larissa! Quem diz que não fala de pedagogia é porque não entende nada do assunto ou dessa teoria. Paulo Freire foi relevante na época em que escreveu esse livro e continuará relevante por muito tempo.




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