MariMeireles14 02/12/2023
Tempo
O Fazedor de Velhos chegou até mim em um momento inesperado. Senti que deveria passá-lo na frente de outras leituras que há tempos esperam na minha lista literária de desejos, e assim o fiz. Dar uma chance especial a essa história me fez conhecer Pedro, um rapaz último ano da escola, prestes a cursar História. De palavra em palavra, acompanhei suas crises, decepções e dúvidas sobre o futuro, numa constante busca por sentidos e respostas que o levará a um gentil lugar, que infelizmente não é imune às dificuldades da vida, mas que parece ser perene. No decorrer da história, Rodrigo Lacerda me deu o prazer de não apenas conhecer o íntimo das personagens mas de me enxergar através delas de uma forma muito peculiar e inesperada. Acima de tudo, essa história (iniciada com alusões a Gonçalves Dias, Eça de Queiroz e Shakespeare) é uma grande homenagem ao Tempo que já passou, que ainda passa e que passará um dia.
Pedro, Mayumi e Nabuco têm um lugar muito especial no meu coração. ?
?O homem foi em frente:
- Alguns momentos, algumas coisas, ou pessoas, cheiros, visões, objetos e lembranças, nos põem em contato com o passar do tempo. Tudo o que nos emociona, tudo que nos toca fundo, é o tempo chegando e indo embora. Se eu pudesse dar um conselho a vocês, eu diria: não queiram nunca ser eternamente jovens; gostar de viver é gostar de sentir, e gostar de sentir é, necessariamente, gostar de envelhecer.?
(Página 47)