Naiana 21/06/2022
Sigo amando as narrativas de Lemony Snicket, a escrita, para mim, é perfeita, apesar das adversidades em que os irmãos Baudelaire estão imersos, a leitura é leve, instigante e diria até viciante. Para mim está sendo difícil ler aos poucos, estou devorando todos, veios muitas lições inseridas de forma brilhante no texto, pra através de uma ironia, pra explicitamente, e não apenas lições para a vida, mas de cunho educativo, várias referências da literatura, história e ciência. Cada livros, até então, é composto por treze capítulos, com um padrão onde no primeiro capítulo se tem a apresentação dos personagens e para onde os irmãos estão indo e o último sempre com o Conde Olaf sendo desmascarado e conseguindo fugir para azucrinar os irmãos no próximo volume. Inclusive essas fugas do conde tem um peso nostálgico grande das animações da minha infância, remetendo ao Dick Vigarista que sempre vê seus planos frustrados no último momento, além de ter um jeitão caricato, e como seu nome mesmo indica, vigarista.
Nesse volume os Baudelaire vão para um colégio interno, pois nenhum outro tutor sente muita vontade de os abrigar após tantos incidentes com seus tutores anteriores. Na escola enfim tem um momento de felicidade genuína e esperança de um final feliz, ao conhecer os trigêmeos Quagmire. Mas claro que não lhes faltam antagonistas, e adultos apáticos ou mal caráter mesmo, que não fazem nada para ajudar os irmãos, quando não ajudam a torná-la pior mesmo. Mesmo com o narrador a todo momento dizendo que a história não vai acabar bem e que devemos parar de ler para preservar nossas esperanças de um final feliz, dificilmente é possível abandonar a leitura ou a esperança, ele já nos enredou e o carinho desenvolvido pelos irmãos faz com que se queira sempre, mesmo sendo avisado que isso não vai acontecer, que eles consigam se livrar do conde e ter uma vida normal.