Coisas de Mineira 27/01/2018
No final do segundo livro (resenha aqui) ficamos com o suspense do aparecimento de pessoas do outro multiverso, aquele que, na verdade, está por trás de toda a destruição e todo o plano cheio de maldades com o uso do Firebird. Tudo o que pensávamos no começo da história (resenha aqui) foi se desfazendo aos poucos e ao longo dos dois primeiros livros fomos entendendo os detalhes por trás dos acontecimentos. Marguerite, Theo e Paul, em mundos diferentes, assumem lugares diferentes, e conhecemos cada uma das suas personalidades. Mas, os planos de quem está por trás disso vão afetá-los em todos os universos, inclusive colocando em risco a sua existência.
claudia gray firebird
O último livro da série vai começar numa situação diferente dos anteriores: Marguerite “aterrissa” em outro corpo num momento em que está prestes a morrer. Ela já entendeu o plano por trás de tudo, mas algumas peças ainda não se encaixam. Uma das Marguerites de outro universo está colocando suas versões de si mesma em risco, e ela irá correr numa busca frenética afim de salvá-las. No entanto, essa é apenas uma incógnita da grande equação que é o plano principal, e mesmo que eles entendam o plano, saber o que é preciso fazer para impedi-lo ainda é algo muito difícil. O que está em jogo não são apenas os Firebirds, e sim o mundo inteiro que eles conhecem.
“Ás vezes a memória do horror é pior que o próprio horror. Você só experimenta o trauma uma vez, mas a memória pode durar para sempre. A memória nunca te deixa.
E eu acho que essa vai ficar comigo por um bom tempo.”
Esse livro foi ainda melhor que os anteriores. Muitas informações estão espalhadas ao longo da série, então esse livro final que juntou essas informações foi onde tudo fez sentido. Foi um livro cheio de ação e adrenalina, e mais que tudo, foi um livro cheio daquele sentimento ‘ai meu Deus o que eles farão agora? ’. Eu amo quando um livro te deixa ansioso para saber como os personagens vão sair da situação que estão, parece que você fica o tempo todo com medo do que vai acontecer, torcendo pras probabilidades serem a favor de um final feliz. Devo dizer que eu nunca tinha lido uma ficção científica antes e gostei muito dessa experiência.
claudia gray firebird
Se você não leu a série, muito da minha resenha não fará tanto sentido. Mas a autora deixa tudo tão claro, ela escreve de forma tão fácil de compreender. E o jeito que ela tem de usar os termos técnico-científicos de forma quase poética me encantou. Além disso, ela terminou com um sucesso essa trilogia, não deixou pontas soltas, nada de coisas não explicadas – exceto um pequeno detalhe do que aconteceu com um dos multiversos, que eu acho que não acrescentaria em nada no livro. Foi emocionante do início ao fim, amei conhecer os personagens dos multiversos e ver como uma mesma alma, que tenha vivido em universos diferentes, poderia se moldar a diferentes estímulos.
“- Calma, Marguerite. Aguente firme.
Eu quero. Eu vou. Mas parece que os perigos vão aumentando cada vez mais. Como se eu estivesse tentando ultrapassar uma barreira de vidro e agora estivesse rodeada de milhares de caquinhos, todos afiados o suficiente para arrancar sangue.”
A edição da HarperCollins ficou linda, dessa vez com novos dois multiversos na capa: o Espaçoverso e o Romaverso. Esses nomes foram dados aos universos ‘alternativos’ pela Marguerite, e as outras cidades que aparecem nos livros anteriores também foram paisagens dos multiversos pelos quais ela viajou. Uns poucos erros de edição me incomodaram um pouco, mas fora isso o trabalho de diagramação estava lindo. Eu comecei a ler essa série sem muita expectativa, e terminei grata pela oportunidade de ter lido. Amo e recomendo!
Por: Lorhane
Site: http://www.coisasdemineira.com/2017/08/resenha-um-milhao-de-mundos-com-voce.html