Romancista como vocação

Romancista como vocação Haruki Murakami




Resenhas -


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Monique 07/09/2021

Refrescante
Adoro ler sobre a escrita apesar de ler muito pouco livros técnicos, gosto mais quando autores que eu admiro falam sobre seus processos a forma como trabalham suas ideias e suas rotinas sempre encontro algo de satisfatório nesses relatos e Haruki Murakami é um dos meus escritores favoritos apesar de ser relativamente novo na minha vida de leitora.
Recomendo pra quem não leu nenhum livro dele e também para quem já é fã, agora vou ali ler outro Murakami ?
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Carlos Eduardo 02/09/2021

Gostei
Murakami sem dúvidas é um de meus escritores favoritos, principalmente por sua habilidade de imersão. Romancista como vocação é quase um bate papo com o Autor. Aqui, ele traz alguns aspectos de sua rotina e de sua história e ainda mostra várias de suas opiniões sobre o mundo da literatura. Gostei bastante, contudo, em certos pontos, achei um pouco repetitivo, por isso deu quatro estrelas.
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Estêvão 03/04/2021

Romancista como vocação, de Haruki Murakami, como o título sugere, é mais uma daquelas obras que temos um escritor falando sobre escrita, sobre sua trajetória profissional, entre outros temas desse universo. Aqui, o escritor japonês faz isso de uma forma pessoal, evitando ao máximo teorizar ou soar academicista, e isso é o melhor e o pior desse livro.

Melhor porque deixa tudo mais acessível, informal, a leitura flui bem. Para quem é gosta de seu trabalho, saber como começou a carreira, como trabalha ao escrever um livro, o que pensa de alguns temas, como prêmios literários, por exemplo, certamente tem aqui informações curiosas e interessantes.

No entanto, essa mesma proposta deixa as coisas sem uma condução organizada, com o autor entrando em assuntos paralelos que apenas deixam o livro inchado – um exemplo disso é o capítulo sobre escolas –, expondo sua opinião sobre temas que não se relacionam com o que se espera encontrar em uma obra como essa.

Além disso, a arrogância com que emite algumas opiniões se torna tão evidente que fica difícil separar o conteúdo da pessoa que escreve.
É por não dosar objetividade com opiniões contundentes que o livro descamba para uma série de falas que demonstram um amargor, uma frustração e, por que não, uma raiva ao discutir alguns temas, como prêmios literários, a relação com os críticos, uma dificuldade em lidar com opiniões contrárias que revelam bastante do autor.

Outro ponto que me marcou durante a leitura foi a forma defensiva com ele muitas vezes se coloca, iniciando constantemente seus parágrafos fazendo menção a “seus 35 anos de carreira” ou a “seus vários romances publicados”. Isso não só busca ser uma forma de se afirmar como escritor, como seria argumento de autoridade, o curioso é se citar para isso.

Enfim, como disse, é difícil falar desse livro sem falar do seu autor, até por a obra ter esse tom mais pessoal, quase que como um diálogo, o que faz com que as coisas que diz – poucas, mas algumas interessantes – se percam em sua amargura, rancor e arrogância.
phddelavia 28/08/2022minha estante
Eu resumi o livro assim: é sobre um escritor que não se importa com críticas mas escreve um livro inteiro chorando sobre isso. Muito hipócrita e arrogante como vc disse.




Luana-ARL 12/03/2021

Todo aspirante a escritor deveria ler
Uma escrita leve e fluída, o autor faz uma explanação sobre sua carreira e sua visão como romancista. Apesar de ser de uma cultura muito diferente e ter mais de 65 anos é impressionante como sua experiência reflete o que vemos no meio literário ainda hoje no Brasil. Esse livro é tipo "bate e depois assopra" para quem se sente atraído por esse meio.
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Ana Tambara 19/02/2021

Sr. Murakami é humilde.
"...romancistas são pessoas que constroem o próprio mundo dentro da mente, um após o outro". p. 121.

Livro muito bom e didático sobre a escrita, não dei 5 estrelas, porque o autor se repete muito em certas partes.
Adoro o Murakami e sua literatura. Foi bom saber um pouco mais dele, recomendo o livro para aqueles que como eu gostam da obra do autor.
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Marcella 17/01/2021

Memórias
Romancista como Vocação é um livro que transita entre autobiografia e memórias do autor. Passando por temas como educação no Japão, mercado editorial e rotina de escrita, Murakami nos conta um pouco sobre sua vida, desde quando decidiu que iria escrever romances (durante uma partida de beisebol) até sua conquista do mercado literário mundial.
Apesar de ser sempre indicado para escritores iniciantes, aqui Murakami não dá tantas dicas de como escrever (como o Stephen King o faz em “Sobre a Escrita”, por exemplo), mas serve de inspiração por nos mostrar sua trajetória fora do padrão. Ele começou a escrever só com 30 anos, foi duramente criticado pela elite literária conservadora do país, e mesmo assim se tornou um best seller, com seus livros traduzidos para mais de 40 países.
Acredito que essa obra complemente “Do que Eu Falo Quando Falo de Corrida”, também um livro de memórias do mesmo autor. Para os fãs de Murakami, é uma das poucas maneiras de conhecer mais sobre ele, já que é uma pessoa reclusa, que geralmente não se expõe e não dá entrevistas.
Como eu sou fã e gosto de tudo que ele escreve, foi mais uma leitura muito interessante.
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Pedro Matias 13/01/2021

Reflexões de um romancista
A partir da sua própria história, sem a intenção de ditar métodos ou regras, Haruki Murakami faz algumas reflexões sobre a profissão de romancista, que passa por trabalho, talento e convicção. O livro é de fácil leitura e parece um diálogo. Interessante para quem quer pensar em escrever.
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Samylle 12/01/2021

Especial
Murakami é um dos meus escritores favoritos, acho incrível como ele monta suas narrativas e o quão sentimentais elas são. É sempre prazeroso lê-lo e conhecer um pouco sobre ele foi algo sem igual, me sinto muito semelhante a ele e talvez por isso tenha gostado tanto tanto dele.
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Fabio Shiva 25/12/2020

o chamado da escrita
Há três anos fui presenteado com este livro por minha querida amiga e editora Bia Machado. Fiquei tão feliz com o presente que acabei guardando para ler “em um momento especial”. Não sei muito bem que ideia foi essa, mas decidi que esse ano de 2020 pode ser definitivamente considerado “um momento especial”, sob qualquer perspectiva. E por isso é que finalmente me permiti a leitura de “Romancista como Vocação”. Como anotei muitas e ótimas citações do livro, melhor deixar que o próprio autor fale sobre sua obra. Arigatou, sensei Murakami!

“(...) a maioria dos romancistas (cerca de 92%, suponho), inclusive eu, pensa: ‘O que eu faço e escrevo está certo. Todos os outros escritores estão errados, em maior ou menor grau, exceto alguns casos especiais’, e leva o dia a dia com base nessa visão.”

“Escritores são basicamente egoístas, orgulhosos e muito competitivos. Se dois escritores estiverem juntos, a chance de eles não se darem bem será muito alta.”

“O escritor é aquele que tem necessidade de fazer o que é desnecessário.”

“Por mais que o slogan seja correto, que a mensagem seja bela, essas palavras se tornarão vazias se a força da alma e a força da moral não forem capazes de sustentá-las.”

“Todos os escritores têm o direito de experimentar as possibilidades da língua através de todas as formas imagináveis e ampliar ao máximo o limite de sua eficácia. Sem esse espírito aventureiro, nada de novo será criado.”

“É melhor que os leitores reajam de modo firme, mesmo que negativo, do que apenas de forma branda e banal.”

“(...) acredito que não seja necessário acrescentar algo próprio para encontrar um estilo ou um discurso pessoal e original; o necessário de fato é subtrair algo.”

“Há pessoas que analisam de forma sucinta e rápida as pessoas e coisas ao redor e em pouco tempo concluem: ‘Aquilo é assim’, ‘Isso é aquilo’, ‘Fulano é assim’, mas, em minha opinião, essas pessoas não levam muito jeito para escrever romances.”

“James Joyce afirmou de forma sucinta que ‘imaginação é memória’.”

“(...) todo texto possui margem para aprimoramentos. Por mais que o autor pense que está bem escrito e perfeito, o trecho pode ser melhorado. Por isso, quando vou reescrever, procuro me desprender ao máximo do orgulho e da arrogância e esfriar um pouco a cabeça. (...) Depois que o livro é lançado, procuro simplesmente manter o meu ritmo e não dar muita importância a críticas. Se me preocupar com todas as críticas, meu corpo não aguentará (é sério mesmo). Mas quando estou escrevendo preciso acatar com humildade e coração aberto as críticas e os conselhos que recebo de pessoas próximas.”

“Ou seja, o importante é o ato de reescrever. E acima de tudo, a decisão do escritor é fundamental. Pensar vou reescrever essa parte para que fique melhor, sentar-se à mesa e se concentrar para mexer no texto.”

“Geralmente o escritor que acabou de finalizar um romance está fora de seu juízo normal, com a cabeça quente e o cérebro cansado.”

“A opinião das pessoas representa a sociedade, e quem vai ler o seu livro, no final das contas, é a sociedade. Se você tentar ignorá-la, provavelmente ela também irá ignorá-lo.”

“Leio várias vezes a mesma frase para verificar a sua vibração, inverto a ordem das palavras e mudo os detalhes de uma expressão. Gosto muito desse trabalho de ‘bater com o martelo’. (...) O escritor Raymond Carver, que eu respeito muito, também gostava desse trabalho de ‘bater com o martelo’. Ele escreveu o seguinte, citando as palavras de outro escritor: ‘Sei que terminei um conto quando me pego tirando as vírgulas das frases e em seguida colocando todas elas de volta, no mesmo lugar’.”

“‘Teria feito melhor se tivesse tido mais tempo.’ Fiquei estupefato ao ouvir isso de um amigo escritor. Ainda fico, quando me lembro disso. [...] Se não conseguimos escrever da melhor maneira dando o máximo de nós, então para que escrever? No final das contas, a satisfação de termos dado o melhor e a prova desse trabalho são as únicas coisas que podemos levar para o túmulo. Eu queria ter dito para o meu amigo: pelo amor de Deus, vá fazer outra coisa. Deve haver maneiras mais fáceis e talvez mais honestas para que você ganhe seu sustento. Ou, senão, apenas faça o melhor usando as suas habilidades, seus talentos, e não justifique nem dê desculpas. Não reclame. Não explique.” (Raymond Carver, “On Writing”.)

“Nem é preciso dizer que quem julga as obras são os leitores, e que seu valor é revelado pelo tempo.”

“Acredite na sua sensação mais do que em qualquer outra coisa. Não importa o que os outros digam; a opinião alheia não tem importância. Tanto para o escritor como para o leitor, a sensação é o melhor critério.”

“Para que os escritores realizem uma atividade criativa por vários anos, seja escrevendo romances ou contos, é imprescindível que tenham força para persistir.
Então, como conseguir essa força?
A minha resposta é uma só, e bem simples: ter um bom condicionamento físico. Adquirir grande e permanente força. Fazer do seu corpo o seu amigo.”

“Por isso, mesmo quando pensava: Hoje estou cansado. Não quero correr, logo depois tentava me convencer: De qualquer forma, é algo que tenho que fazer e corria praticamente sem pensar nas razões para tanto. Essa frase é como um mantra para mim: De qualquer forma, é algo que tenho que fazer.”

“Entretanto, quando preciso escrever romances, consigo manter a mente firme por cerca de cinco horas por dia, sentado à mesa. E essa força – pelo menos a maior parte dela – não é inerente a mim; ela foi adquirida através de treinamento.”

“O conhecimento técnico decorado mecanicamente, e não adquirido de modo sistemático, se perde com o tempo, sendo sugado para algum lugar – um lugar escuro, como um cemitério do conhecimento.”

“(...) cheguei a pensar de forma exagerada: a aula de educação física serve para fazer com que os alunos odeiem esportes.”

“Mas, quando a sociedade já perdeu seu vigor e a sensação de estagnação está presente em todo lugar, quem sofre mais os seus efeitos, quem recebe a sua influência de forma mais clara, é o sistema de ensino. Ou seja, é a escola, a sala de aula. As crianças são como canários num poço de mina: sentem esse clima impuro antes de qualquer outra pessoa.”

“De qualquer forma, acho que a maior parte das pessoas que adoravam a escola, daquelas que se sentem tristes porque não podem mais frequentá-la, não se torna romancista.”

“O oposto extremo da imaginação é a eficiência.”

“(...) para mim, a capacidade dos personagens de fazer a narrativa avançar é mais importante do que o fato de eles serem verossímeis, despertarem a curiosidade e serem imprevisíveis. (...) Quando o romance começa a deslanchar, os personagens começam a se mover por conta própria, o enredo se desenvolve sozinho e, como resultado, tem início uma situação bastante feliz em que o autor simplesmente escreve o que está se passando na sua frente, diante dos seus olhos.”

“E imaginação é como o sonho. No sonho, tanto o que temos acordado como o que temos dormindo, quase não possuímos opção. A única alternativa é seguir o fluxo.”

“Acho também que o ato de escrever romances representou para mim uma espécie de autocura. Afinal, todo e qualquer ato criativo visa, em maior ou menor grau, a uma autocorreção.”

“Aprendi uma lição depois que me tornei escritor e passei a lançar livros regularmente: Independentemente do que escreva e do estilo da escrita, sempre haverá alguém para criticar. (...) É fácil criticar (pois basta a pessoa falar o que lhe vem à cabeça sem sequer precisar se responsabilizar por isso), mas, se aquele que é criticado levar a sério tudo o que falarem, ele não vai aguentar.”

“Eu simplesmente tive que aceitar que no mundo existem pessoas que falam coisas sem pensar direito, sem fundamento, conforme o que lhes der na telha.”

“A narrativa, originalmente, é uma metáfora da realidade, e as pessoas, para não serem deixadas para trás pelo sistema que as cerca e que está em transformação, ou para poderem alcançá-lo, necessitam estabelecer no próprio interior uma nova narrativa, ou um novo sistema de metáfora.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/12/romancista-como-vocacao-haruki-murakami.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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isabelha 18/11/2020

Sua mensagem foi respondida.
Quando Murakami diz que respondeu todos os e-mails que recebeu durante certo período de tempo, entendo o porquê desse livro. É uma espécie de resposta a todas nossas perguntas acumuladas com o passar dos anos.
Ele nos apresenta abertamente ao seu processo criativo, passo a passo. Rebate as critícas a sua obra, de forma bem humorada mas também com o sentimento de cansaço. Brinco que esse livro é uma espécie de rede social do autor, aonde ele se expõe cautelosamente e agradece pelo apoio e carinho de todos que trilham essa jornada com ele.
Para os amantes de Murakami, essa obra é essencial.
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Mariana.Laranjo 16/11/2020

Metalinguagem inspiradora
É apaixonante a forma como Haruki descreve sua relação com as palavras e com o processo criativo. Dividindo o livro em partes que considerou essenciais para seu desenvolvimento como escritor, falou sobre sua evolução cronológica e sobre as variações de métodos que implementou ao longo de sua carreira, sobre obstáculos que enfrentou e como superou alguns deles. Além disso, essencialmente, Murakami destacou algumas vezes algo que me comoveu muito e que vai de encontro com a forma como vejo o processo de escrita: reflete como esse é um ato íntimo e individual, possibilitando a quem escreve uma jornada intensa sobre suas próprias trevas e sobre suas gavetas de conhecimento, de experiências e de observações acerca do mundo e de si mesmo.
Como tenho muito interesse pelo ato de escrever, fazendo uma correlação com "Um teto todo seu", de Virgínia Woolf, tenho certeza de que entender como cada um desenvolve seu processo criativo estimula meu desejo de escrever, mostrando a mim mesma que tenho que fazer o que gosto sem me preocupar com análises críticas ou julgamentos. Por mais que a escrita possibilite que a gente mostre nossa alma de forma tão nua, podemos também experimentar novas peles, histórias e formas de vivência, podemos inventar, criar e deixar a realidade de lado, conhecendo mundos diversos e experimentando a arte que vive dentro de nós.
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iza...0 31/10/2020

#desafioSKOOB
resenhando para registrar a leitura do livro para o #desafioSKOOB 2020
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Thalya 24/10/2020

Escrita e experiências literárias
Para iniciar nas obras fantásticas e memorialistas de Haruki Murakami, esta obra é altamente recomendada.
É possível perceber a simplicidade e a relação de proximidade com suas narrativas que Murakami possui. O autor de "Norwegian Wood", "Caçando Carneiros", "1Q84" entre outros, possui uma disciplina invejável: escreve todos os dias; corre e exercita seu corpo e viaja para buscar criatividade, caso não a encontre.

É um homem antes de tudo e embora seja um livro rápido e direto, as dicas de escrita são primordiais para quem deseja escrever um dia. Ou mesmo quem deseja seguir seus sonhos. Disciplina e hábito é essencial.

É uma não-ficção que li no início do ano, ainda em janeiro. Nem imaginava que as sugestões do escritor japonês seriam de boa valia, principalmente agora que estamos isolados e precisando reinventar os dias com criatividade.
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Thiago.Reis 04/07/2020

Uma conversa com Murakami
O livro é uma exposição leve do processo criativo e da história profissional do autor. Como ele decidiu escrever aos 29 anos e como se mantém nesse concorrido mercado? Como ele cria suas histórias? Fácil de ler e curtinho, deve interessar especialmente a quem já é fã do japonês e quer entender melhor suas obras. Nesse sentido, vale também ler o ótimo "Do que eu falo quando eu falo de corrida", também auto biográfico, que trata da relação Murakami com a corrida de rua.
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Ale 25/06/2020

Bem realista
Nessa obra, Murakami conta sua trajetória como romancista pincelada com dicas para quem quer escrever um romance.
Uma visão bem realista do que é ser escritor e de quanto esforço é necessário se empenhar.
A escrita é bem fluida, parece uma conversa entre amigos.
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