Romancista como vocação

Romancista como vocação Haruki Murakami




Resenhas -


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kleris aqui, @amocadotexto no ig 29/09/2017

É, de fato, um presente para fãs, jovens romancistas e aficionados por literatura
(Esta resenha teve corte de quotes e imagens do livro; visite o link para conferir)

Trabalhar com livros é se envolver com sonhos de muitos. Expectativas. Universos compartilhados. Na literatura então, temos um vasto campo de mundos e entremundos para os quais somos transportados. Ao longo do fazer literário, surgem aqui e acolá alguns livros que se dedicam a tais passeios – é, aliás, um tipo de viagem que curto muito – e Romancista como vocação, do Haruki Murakami, é um desses livros.

Geralmente de ensaios, essas leituras trazem reflexões sobre uma experiência da vida literária. Há aqueles que brinquem, que pautem uma discussão mais séria, uns mais técnicos, outros que voam alto demais... Lembro-me de um trecho de O céu de Lima (Juan Gómez Bárcena), também da editora Alfaguara, que mencionava livros/guias para escritores, comumente ignorados por eles mesmos, por não curtirem as supostas “amarras” ali descritas (o que pode, não pode, dentro da literatura).

Mas, por mais que você não conheça o trabalho do Murakami (como eu), com certeza Romancista como vocação não está dentre estas categorias. Sua humildade, carisma e senso nos entregam uma leitura bem equilibrada do ofício de romancista.

Acho que o que mais gostei neste livro foi esse caráter sóbrio para tratar do escritor em termos de vocação e trabalho. Minha sensação foi de ter lido uma resposta para uma interrogação “bem bomba” (como costumo fazer lá na coluna), um desafio que o autor aceitou de boa – ou pelo menos uma conversa bem informal, com direito a suco e biscoitos, no sofá de sua casa. Murakami me pareceu esse hospitaleiro.

Com diversas pautas (características dos romancistas, início de carreira, prêmios literários, o fazer literário, as dúvidas mais comuns, a relação com o público, fatores exteriores à criação, fronteiras físicas e não físicas, hábitos de leitura no Japão, e outros), Haruki desenvolve os tópicos, conta diversos causos, aprendizados da carreira, dá seus pitacos, e não deixa de assumir suas ideias. Diversas vezes ele me pôs a pensar sobre situações com autores e certos conflitos, além de algumas atitudes “pé no chão” quando se trata de seguir seu próprio caminho.

A maneira com que Haruki escreve, desperta fácil nossa percepção, confiança e respeito. É ousado, resiliente até, sem deixar de ser simples. E sua realidade não está tão distante da nossa, desde as flores às falhas que o mercado de publicação possui.

Gostosinho de ler, Romancista como vocação é um livro curto que vai num sopro. É, de fato, um presente para fãs, jovens romancistas e aficionados por literatura (texto de orelha). Vale, inclusive, deixar muitos marcadores ao lado. Você vai precisar.

Murakami me ganhou totalmente; só falta mergulhar em um de seus livros de ficção pra confirmar minha impressão. Agora, com mais de 30 anos de produção criativa, quem diz que sei por onde começar?

Deixe uma leitora no skoob espiar...

site: http://www.dear-book.net/2017/06/resenha-romancista-como-vocacao-haruki.html
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Kari 31/08/2017

ROMANCISTA COMO VOCAÇÃO.
Mais uma vez, me grudei no Murakami e me apaixonei - de novo - pela sua escrita.
"Romancista como vocação" é um livro autobiográfico que apresenta o escritor e sua fórmula de como conquistar leitores ao redor do mundo. Fala do início (já trazido, ainda que superficialmente na última edição de Ouça a canção do vento e Pinball, 1973 da Alfaguara), na mesa da cozinha, criação de personagens (até que ponto a realidade influi nisso?), prêmios (fazem diferença na vida do romancista?) entre outro fatores que, para o Murakami, são importantes.

O escritor apresenta tudo isso com o seu humor único, sua escrita clara e simples, como se tivesse ao nosso lado, trocando uma ideia numa mesa de bar. Isso foi o que mais me cativou nesse livro.

Embora sendo um livro autobiográfico, o texto traz aquela mesma fluidez apresentada nos seus romances, tornando o leitor ainda mais apaixonado pelo autor (admito, sou suspeita:)

Murakami faz referências a outras obras, escritores e aos próprios livros, dizendo de que forma foram escritor e o que os influenciou.

Um livro, por fim, rico, com passagens inteligentes e para todas as pessoas, não necessariamente para aquelas que desejam ser romancistas. Além do que, uma ótima porta de entrada nesse mundo murakamiano. Vamos?

site: instagram: @leyendo_a_los_que_leen
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Vorspier 19/08/2017

Um pouco redundante, mas é bom
Eu gosto muito dos livros do Haruki Murakami, mas senti que este Romancista como vocação ficou redundante. É basicamente Murakami contando sua trajetória como escritor, dando algumas dicas para aqueles que pretendem ser autores.

Acredito que seja o segundo ou terceiro livro em que ele fala que começou a escrever depois de ter uma epifania em um jogo do Yakult Swallows, time de beisebol japonês. O som da rebatida de Dave Hilton deu o sinal para que Murakami despertasse como escritor. Logo após o jogo, foi ele correndo para comprar papel e caneta para começar seus primeiros escritos. Enviou o original do texto Ouça a canção do vento para a revista literária Gunzô (ele nem se lembrou de guardar uma cópia do texto) e deixou a vida rolar normalmente, até que, *plim*, ele foi considerado o vencedor. Depois disso, já sabemos o que aconteceu.

O capítulo em que ele fala com desdém dos prêmios literários ficou muito repetitivo, principalmente quando ele fala do Akutagawa Prize. Ok, ficou claro que ele não dá a mínima para o Akutagawa, mas precisa toda hora tocar nesse bendito prêmio? Aliás, ele até se gaba por não ter ganho, pois o objetivo é que os leitores fiquem satisfeitos com seus livros.

Gostei bastante quando Murakami descreve seu processo de trabalho, colocando todo seu foco e esforço na escrita de um livro, mesmo que isso leve alguns anos e muitos quilômetros de corrida. É um trabalho lento e minucioso, cheio de pausas para que o próprio autor possa revisar e reescrever várias partes de seu texto, de maneira a diminuir as incoerências. Sua relação com editores e com críticos é bem curiosa. Aliás, a primeira pessoa a quem ele pede sugestão é a própria esposa; ela é a referência para saber se o texto está indo no caminho certo.

Uma coisa que me incomodou muito foi a parte das críticas recebidas pelo autor dentro do próprio país, como se a escrita de Murakami fosse algo descartável. Mostra que os críticos japoneses ainda estão muito conservadores, comparando escritores da atualidade com autores do porte de Kawabata e Tanizaki. Segundo Murakami, os críticos são muito duros com ele porque o consideram como um rompimento da literatura tradicional, um autor de escrita fácil e muito americanizada. E as fofocas maldosas do meio literário surgem também porque, sem novidade nenhuma, Murakami é Murakami. Por conta das fortes críticas, o autor prefere passar vários meses fora do Japão, geralmente na Europa ou nos EUA, para escrever vários dos seus livros.

Para finalizar, é bem estranho saber que as livrarias japonesas separam os livros por autores homens ou mulheres. Muito diferente, e muito bizarro. Obrigada pela informação, Murakami. Ainda bem que não temos isso aqui (acredito eu).


site: www.orienteliterario.blogspot.com
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Poesia na Alma 24/07/2017

vocare
A palavra vocação vem do latim “vocare” que significa ‘chamado’. É justamente sobre esse chamado que Haruki Murakami discorre em seu livro Romancista por vocação, publicado pela Companhia das Letras, 166 páginas. A narrativa desse despertar envereda pelo místico, romântico e irônico.

continue lendo - http://www.poesianaalma.com.br/2017/07/resenha-romancista-como-vocacao.html
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Ivandro Menezes 04/07/2017

UM LIVRO REGULAR
Sempre ouvi falar do Haruki Murakami pelo podcast do 30:MIN e confesso ter uma saudável curiosidade em conhecê-lo.

Numa tarde de espera no shopping, acabei me deparando com este livro do autor e decidi começar por ele. A escrita é fluída e nele Murakami compartilha aspectos de seu processo de criação e certas curiosidades na composição de seus romances.

Fiquei bem intrigado com alguns porcessos e empolgado com alguns outros.

Contudo, não é um livro livre de problemas. Há capítulos desnecessários e, por mais que o autor se esforce em negar, soam pedantes (como no famigerado do prêmio literário do qual nunca ganhou ou no sobre escolas).

A leitura é agradável. Os aspectos de sua composição são narrados em tom biográfico e não técnico como pode esperar algum leitor desavisado.

É leve e descontraído. Sinalizou e despertou a curiosidade de ler alguns autores japoneses que desconheço (e nunca tinha ouvido falar) como Banana Yoshomiro, Ryu Murakami, Akuzagawa, entre outros.
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ThelioFarias 28/06/2017

Experiências do genial escritor japonês
Haruki Murakami conta no livro sua experiência pessoal, como se tornou romancista após possuir um bar de jazz em Tóquio. Com estilo leve e direto, o livro é ótimo, dá dicas, mostra experiências e a simplicidade do grande escritor (simplicidade característica do povo japonês).
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leonel 16/05/2017

É neste livro que Haruki Murakami explica por que gente gorda como o George RR Martin não consegue escrever séries de livros por muito tempo sem cansar.


site: https://vkatindoy.files.wordpress.com/2014/10/running-article-haruki-2.jpg
Diego Lops 11/09/2017minha estante
Acho que você não leu o livro.


leonel 29/09/2017minha estante
é possível que você seja gordo.


22/01/2018minha estante
HUAHUAHUHUAHUAHU!!




Fabio Henrique 16/05/2017

Aquém da expectativa
Ainda que tenha interessantes observações, esse livro peca pela falta de profundidade.

Em vez de abordar mais detidamente os aspectos ligados à construção de um romance, Murakami passa a maior parte do tempo falando de eventos da sua carreira literária - com digressões, por vezes, desnecessárias.

Há vários momentos em que lugares comuns se misturam a passagens bem desinteressantes - como a análise do autor sobre o sistema educacional japonês.

Outros autores se arriscaram em projetos parecidos e se saíram muito melhor.
Diego Lops 11/09/2017minha estante
A expectativa foi toda sua, jamais prometida pelo autor.
Falar que o livro não é o que você queria que ele fosse é o pior tipo de crítica possível.
E a passagem sobre o sistema educacional japonês pode não ser uma análise sociológica acadêmica, mas traz dados e uma visão que raramente se encontram em outras fontes.
"Outros autores se arriscaram em projetos parecidos e se saíram muito melhor."
O projeto do livro é Murakami falar sobre seu processo de escrita. Que eu saiba, nenhum outro escritor fez um livro melhor que esse, visto que nenhum outro pode ser Murakami. De novo, está julgando o livro pela sua expectativa enviesada, não pelo que o livro é.
Mas é normal: às vezes o leitor fica aquém do livro.




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