Crepúsculo dos Ídolos

Crepúsculo dos Ídolos Friedrich Nietzsche




Resenhas - Crepúsculo dos Ídolos


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Luan 13/01/2014

Jogo de xingamentos
O livro me fez lembrar daquelas brincadeiras recorrentes nos seriados americanos em que os jovens se xingam até que um consiga xingar o outro de um modo superior ao outro. Assim, o livro de Nietzsche pode encontrar seu valor quando alguém se sentir ofendido pelo mesmo. Entre seus alvos se destaca com grande ênfase o Cristianismo e toda filosofia que se relaciona com ele, mas pode-se dizer que ele ataca toda religião. Parece útil à todos os religiosos encarar o livro para descobrir se se identificam com as acusações de Nietzsche, que, diga-se são bem verdadeiras, mas para o cientista não passa de passatempo, o livro não traz qualquer acréscimo à filosofia, no que concordo com aqueles que o enquadram em literatura, mas não em filosofia.
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Yussif 16/05/2012

"Crepúsculo dos ídolos" ou como Filosofar com o Martelo foi a penúltima obra de Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a razão. O próprio Nietzsche a caracterizou - numa das cartas acrescentadas em apêndice a esta edição - como um aperitivo, destinado a "abrir o apetite" dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma "declaração de guerra". É com espírito guerreiro que ele se lança contra os "ídolos", as ilusões antigas e novas do Ocidente: a moral cristã, os grandes equívocos da filosofia, as idéias e tendências modernas e seus representantes.
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Thali 05/01/2023

Irônico
Primeiramente acho importante ressaltar que existem multiplos conceitos de alta reflexão dentro desse livro. Os conceitos de discussões bíblicas, a valorização do instinto e rejeição da moralidade que, na visão de Nietzsche, é sinal de decadência e doença já que mancha e tem como errado o que é nosso como humano, é muito certeiro. A reflexão da rejeição da humanidade puramente como ela é, e o ataque (não discordância), ataque mesmo a ideias estoicas, empiristas, racionalistas que desvenciliam da realidade são extremamente interessantes, já que abominam o conceito de uma realidade ideal ou transcendência desse plano (mesmo que na mente, como a metafísica) como uma forma de abraçar o real, em sua dor completa e prazer completo. Porém, analisando fora de suas palavrar bonitas, ataques e conceitos pré-determinados, é uma escrita no mínimo cômica. Nietzsche criticava a feminilidade e a moral cristã, inclusive colocando características femininas tais como "sensualidade" de forma pejorativa, sendo que essa caracterização do "diabo feminino" vem justamente da igreja. Ele critica tanto o anarquismo, mas diz que a liberdade é a luta, a conquista, é estar batalhando por algo. Esse mesmo algo que ele critica os trabalhadores por quererem demasiadamente (Quererem o quê? Direitos.). Nesse mesmo contraste, exalta o trabalhador chinês e a Russia na época, como bons exemplos (Russia sendo citada como uma das únicas sociedades na visão de Nietzsche que talvez tivesse salvação) quando, ambos, no futuro, se tornaram seio do comunismo que Nietzsche tanto abominava. Criticou tanto as retóricas e sátiras de Sócrates quando, no fundo, todo o seu livro é uma grande ironia e insulto à diferentes filosofias (afinal, crepúsculo dos ídolos). Dissertou sobre como o morimbundo é melhor que morra, já que existe honra maior em morrer em um estado bom, mas viveu moribundo cuidado por sua irmã (uma antissemita diga-se de passagem, assim como sua esposa) que era cristã. Caindo de novo dentro da ironia de ser vítima de algo que também critica.

Nietzsche se diz imoral e anti-moralista. Mas acho que ele é mais o segundo do que o primeiro. Ele não me parece aproveitar dessa imoralidade, do Dionísico. Ele não me parece se jogar nas paixões, na guerra, nas dores e prazeres. Ele parece ser CONTRA quem não o faz. O livro é isso, um grande contra tudo, sem, de fato, ser a favor ou concretizar algo. Uma filosofia baseada na obsessão sobre como diversas outras estão erradas é irônica. Trágica.

Dentro de sua própria filosofia, além de contradições e mensagens inconcebíveis (como a misoginia e o absolutismo), também tenho ressalvas. A negação às causas é uma delas. A aceitação plena de Nietzsche não é uma aceitação estoica, não é sobre não tentar mudar algo fora do seu alcance. É sobre aceitar o caos, o mundo sujo, e muitas das vezes, participar ativamente e condenar quem tenta mudar a realidade. É fatal. Existe certa beleza nisso e respeito quem tem essa visão niilista de Nietzsche, mas, honestamente, é uma visão presunçosa de um homem amargurado. Tudo nesse livro é presunçoso na verdade. Se orgulho e arrogância fossem um dos mandamentos do cristianismo, Nietzsche seria um santo.
Marinho 05/01/2023minha estante
Eita hablada violenta




Thais645 19/07/2021

Ele bate de frente
Como um dos seus últimos livros, "Crepúsculo dos Ídolos" foi escrito em 1888 enquanto o autor não estava tão bem de saúde, a obra é conhecida por suas tantas críticas argumentadas e como modelo de introdução aos livros do autor.

?

Nietzsche me deixou deliberadamente desconfortável, suas posições me fizeram oscilar, ao mesmo tempo que discordava do que ele dizia, por outro lado, alguns detalhes faziam sentido. Todavia, julgo que me senti encorajada a cogitar algumas de suas observações.
Considerada uma obra introdutória e uma boa sugestão para estrear a leitura de Nietzsche, no meu primeiro contato com sua escrita já senti sua complexidade e como ela é dotada de aforismo, que a princípio senti um tanto complicada, entretanto aos poucos fui me adaptando.

Confrontar, criticar e questionar, é assim que Nietzsche usa suas palavras para se dirigir aos grandes pensadores, a moralidade, a razão e outros tópicos em geral como cristianismo, política, ciência etc. É dessa forma que ele provoca e também incomoda, pois à medida que fui me aprofundando em suas palavras, seu tom agressivo e orgulhoso foi me acompanhando e me inquietando. Já o título nada mais é que uma alusão a ópera de Richard Wagner "Crepúsculo dos Deuses", logo mais o subtítulo "a filosofia a golpes de martelo", Nietzsche tem como finalidade martelar com palavras aqueles que são vistos como ídolos da filosofia e mais.

Para mim foi uma experiência nova e diferenciada ler Friedrich Nietzsche, é algo que me libertou dos estilos que estou acostumada e isso foi algo que adorei experimentar. Além do mais, com esta edição atual dos "clássicos de ouro" da editora Nova Fronteira, a leitura se tornou bem acessível e interessante.
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Hofschneider 06/09/2017

este livro é indicado para iniciantes na leitura de nietzsche, porque ele define muitas coisas, em suas notas estão o que ele define. parecia que ele queria ser compreendido, pois foi um dos últimos livros que ele publicou e ainda continuava no anonimato.

não é fácil ler nietzsche, recomendo que leiam sobre seus conceitos antes de começar a lê-lo. entretanto, falarei um pouco sobre nesta resenha.
se você ler O Príncipe de Maquiavel, vai ver que como nietzsche, ele defendia que o melhor é o mais forte, o que tem mais poder e etc. o autor do crepúsculo dos ídolos usou um pouco da lógica de darwin, ele acredita que somos filhos da natureza, e brigamos assim como os animais, para nos impor.
nietzsche fala mal da religião e dos valores morais inventados, porque eles impedem que essa luta seja franca. as regras de sociedade nos colocaram como racionais e diferentes dos animais, fazendo assim o jogo virar. agora o jogo é dos fracos, é de quem se impõem menos e não luta, entendem?
por isso sua raiva imensa pelo cristianismo e por platão, socrares e muitos outros.
Desativado5 14/11/2018minha estante
Sim! Realmente, a visão de Nietzsche do mundo é muito maquiaveliana. Acredito que ele tenha lido sim "O Príncipe" porque os argumentos que ele utiliza são bastante parecidos com os que Maquiavel utilizou no livro, principalmente quando ele menciona Platão e seu mundo das ideias.
No livro "O Príncipe", o florentino alerta que irá falar sobre governos reais e não sobre governos que nunca existiram e nunca existirão (crítica às ideias platônicas). Aqui, Nietzsche critica bastante Platão por idealizar as coisas e não viver a realidade.
Além disso, ele também crítica o idealismo de Rousseau e até mesmo o excesso de racionalidade de Sócrates, que na opinião dele, utilizava a ironia e a dialética (que deveria ser usada apenas na legítima defesa, o restante era bobagem) apenas como forma de encobrir a decadência grega, a excessiva defesa da razão estava sendo utilizada porque provavelmente os vícios já estavam instalados e eles estavam buscando a "felicidade" ou seja, tentando controlar os instintos.
Para Nietzche, tanto Sócrates quanto Platão eram sábios da "decadência grega" pois, uma vida controlada não podia ser "feliz" e uma vida idealizada não existe.




Patrick41 01/12/2022

Usando a Filosofia do Martelo pra bater na Minha Cabeça
Deste que eu me entendo por gente, um pré-adolescente talvez, eu tenho uma curiosidade e vontade de ler as obras de Nietzsche, logo, comecei por “Crepúsculo dos Ídolos”, foi o segundo dos cinco pequenos livros que ele escreveu em 1888, seu último dia de vida mental lúcida. Um dos fatos que eu não fazia ideia que ocorreram foi que Nietzsche perdeu a razão em 1889 e passou a viver em um estado de demência por mais onze anos, sob os cuidados da irmã e da mãe. Não sabia que ele era um escritor muito pouco lido, a maioria dos seus volumes foi editada às expensas do próprio autor, às vezes com ajuda de amigos. Mas isso não o impediu de continuar sendo ele mesmo.
Crepúsculo dos Ídolos foi concedido para que fosse uma síntese e introdução ao pensamento de Nietzsche, uma espécie de aperitivo para o que viria. Já no prólogo a obra é caracterizada como uma declaração de guerra, se lançando sobre os “ídolos, tanto antigos (os quatro grandes erros da filosofia), como os novos (as ideias e tendências modernas). No livro, nota-se a ausência de terminologia, o estilo culto comum que contribui para fazer dele o pensador favorito de quem não lê filosofia. Por tanto ele se torna uma excelente opção para se conhecer as obras de Nietzsche. O verme se encolhe ao ser pisado, com isso mostra inteligência, diminui a probabilidade de ser novamente pisado.
Aline 01/12/2022minha estante
Muito massa, arrasou vou ler ?




GauterX 13/02/2023

O ser humano é apenas um equívoco de Deus?
"A realidade nos mostra uma fascinante riqueza de tipos, a opulência de um pródigo jogo e alternância de formas: e algum pobre e vadio moralista vem e diz: 'Não! o ser humano deveria ser outro!'... Ele sabe até como este deveria ser, esse mandrião e santarrão; ele desenha a si próprio no muro e diz 'ecce homo!' [...] - eu, o último discípulo do filósofo Dionísio - eu, o mestre do eterno retorno..."
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Rapha Gorgê 17/04/2020

Sem coragem não se encara a vida
Obra densa que nos revelam as reais contradições do idealismo, abordando questões interessantes sobre a importância de sentir a existência. O livro trás reflexões de como abdicamos a vida em troca da ilusão, evidenciando a dificuldade que temos de enxergar a vida de maneira sóbria, sem as utopias corriqueiras que nos levam à segurança de um futuro perfeito.
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Raphael.Zemolin 30/04/2020

Nietzsche sendo Nietzsche. Já em seus aforismos ele "diz mais que qualquer outro não diz em um livro". Esse trecho já diz muito sobre esta obra.
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Ellen.Soares 29/01/2021

Obra introdutória à filosofia de Nietzsche
O filósofo que anseia sem medo de ser compreendido, que ataca, defende, impõe. Nietzsche defende uma forma emocional, porém desprovida de romantismo, e instintiva da razão que contradiz os filósofos antigos, tidos como ídolos na perspectiva dele. Nesse livro você encontra verdades que ninguém tem coragem de dizer, que te abrem a mente para ver a filosofia e a moral de uma maneira diferente. É uma obra curta, porém rica para quem gosta de filosofia. Vale os esforços e as reflexões.
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Laureen.Scarelli 16/01/2021

Eu deveria ter começado a ler Nietzsche antes. Sim, ele revolucionou minha vida. Recomendo muito para quem quer olhar a vida com os olhos seguros de quem procura e sabe que às vezes encontra umas respostas. Esse livro é a resposta, mas as perguntas são ressignificadas após a sua leitura.
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Paulo Freitas 19/11/2020

Um livro curto e percussivo, que resume as posições mais detidas do último Nietsche.
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Kev 19/07/2020

Incrível.
Um daqueles livros que você sabe que irá ler novamente.

Acho que este trecho resume bem como foi a experiência:

"Criar coisas em que o tempo crave suas garras em vão; buscar uma pequena imortalidade na forma, na substância - jamais fui modesto o bastante para exigir menos de mim. O aforismo, a sentença, nós quais sou o primeiro a ser mestre entre os alemães, são as formas de "eternidade"; minha ambição é dizer em dez frases o que qualquer outro diz em um livro - o que qualquer outro não diz em um livro..."

Foi uma das leituras mais enriquecedoras que tive, sem dúvidas!
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Dan 22/07/2020

apontamentos heterodoxos
Em Fernando Pessoa se sabe que "liberdade" é também a possibilidade de escolher o isolamento; msm q este te leve a um solipsismo desmedido.

O casamento, a moral como antinatural, a liberdade, o cristianismo, o trabalho.... são ícones ou de nossa consciência ou do mundo secular que são açoitados por Nietzsche. Pra alguém como o autor que muda de idéia todo dia e não tem a minima pretensão em se fazer entender, esses respingos revolucionários são sintomas fantasiosos do próprio zaratustra. Mas se não há aplicabilidade minimamente viável, deve servir - pelo menos aos entusiastas - para um ruído em constante movimento
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