O Protegido

O Protegido Peter V. Brett




Resenhas - O Homem Pintado


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Laís Helena 24/05/2016

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
O Protegido foi um livro que, logo no comecinho, não me cativou muito, devido à narrativa um pouco lenta. Mas depois de umas poucas páginas essa impressão se desfez, e eu me vi mergulhada em um mundo interessante, mas ao mesmo tempo sombrio. Um mundo onde, todas as noites, os demônios emergem das Profundas e assombram as pessoas, que se escondem atrás de suas precárias Proteções. Um mundo que conquistou avanços tecnológicos e científicos, mas que retrocedeu, e agora se encontra estagnado porque as pessoas, amedrontadas, têm de dedicar todo o seu empenho em sobreviver a mais uma noite.

O primeiro volume de Ciclo das Trevas é ambientado em um mundo muito bem construído, e as consequências dos ataques noturnos diários dos demônios está muito presente no dia-a-dia das pessoas. O clima de medo e desesperança está presente, mesmo que em segundo plano enquanto os personagens tentam seguir com seus afazeres e com seus sonhos. Mas não só isso foi bem retratado, como também os demais aspectos. Como algumas cidades, cada qual com suas particularidades culturais, e um pouco (mas muito pouco) da época anterior ao retorno dos demônios. (Sobre a qual eu fiquei muito curiosa, pois foram citadas a ciência e a tecnologia, e eu gosto muito de histórias de fantasia que misturam a magia e a tecnologia, mesmo que só de passagem, como foi feito aqui.)

A narrativa é em terceira pessoa e os capítulos se alternam entre os pontos de vista dos três principais personagens: Arlen, Leesha e Rojer. E é o tipo de narrativa que vem na medida certa: mostrando todos os detalhes (e, ao mesmo tempo, sem exagerar) necessários para que o leitor se sinta dentro da história e, em alguns trechos, até mesmo se esqueça de que está lendo.

Os personagens são outro ponto forte do livro: conhecemos Arlen, Leesha e Rojer quando eles são apenas crianças e acompanhamos não só seu crescimento como seu desenvolvimento como personagens, que foi muito bem feito. Pelo menos, até certo ponto. O autor muitas vezes faz saltos no tempo e nas primeiras partes do livro consegue administrar isso muito bem. Mais para o final, porém, acaba pulando grande parte do desenvolvimento de um dos personagens (justamente a parte que, eu imagino, seria a mais interessante). Mas, afora isso, gostei muito deles — mesmo os secundários são bem desenvolvidos, e todos me convenceram como pessoas que poderiam existir no universo proposto, com medos, inseguranças e sonhos.

Outro ponto que gostaria de destacar é o sistema de magia. A sensação, ao final do livro, é que aprendemos muito pouco dele (afinal, muito foi esquecido), mas ainda assim é muito visível que a arte de desenhar proteções é um sistema de magia muito bem construído, com toda uma lógica por trás. Ainda é cedo para afirmar, já que ainda temos muitos livros pela frente e muito para ser desvendado, mas acredito que esse sistema até mesmo poderia rivalizar com os de Brandon Sanderson.

A trama une todos os arcos aos poucos e culmina em um final cheio de ação que, apesar de satisfatório, me deixou ansiosíssima para A Lança do Deserto. Foi um livro que me surpreendeu muito e que, mesmo com alguns pontos negativos (como o já citado detalhe no desenvolvimento de um dos personagens, um romance de que não gostei e a revisão que não é tão boa assim), acabou se tornando um dos meus favoritos.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2016/04/resenha84.html
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Jemilly 18/05/2016

O Protegido
O universo de O protegido é bem interessante e cheio de detalhes, principalmente dos terraítas, o que achei muito bom. A relação dos humanos nesse mundo cheio de demônios, ou como aprendem a conviver com a morte que vem com a noite - quando a proteção falha, e, o que é mais legal é que os personagens trazem a ideia de que o medo às vezes acaba matando tanto quanto os demônios. O livro traz coisas muito interessantes também em relação a crença de que os demônios são o que são como castigo por esquecerem os ensinamento da Era do Salvador (a magia existente). Depois que os demônios foram dizimados, com um mundo em paz, a Era da Ciência se iniciava e se esquecia da magia. Com a volta dos demônios e muito da magia já esquecida, tem-se a ideia de que a culpa é dos humanos que saíram do caminho do Salvador, o que nos faz refletir sobre a época que se passa a história. Confesso que fiquei bastante filosófica sobre essa parte, mas vou poupar vocês disso. Rsrs

Mas, infelizmente, nem tudo foi tão bom. Apesar de ter gostado dos personagens principais, principalmente Arlen, achei as coisas apressadas demais. Acompanhamos os três principais personagens desde a infância até a idade adulta, e, tirando alguns momentos poucos, vemos sobre a vida deles como aprendizes, apenas. Depois de enrolarem praticamente o livro todo, quando os personagens finalmente se encontram, o que eu achei que ocorreu de uma forma um pouco forçada, Arlen, meu personagem favorito de todo o livro, aparece de uma forma completamente diferente, quase irreconhecível e nem acompanhamos essa mudança toda. Mesmo com esses problemas, pretendo ler segundo livro, não querendo criar muitas expectativas, mas espero que seja melhor.

site: http://clubedofarol.blogspot.com.br/2016/02/resenha-do-livro-o-protegido-saga-ciclo.html
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Emerson 16/04/2016

Sensacional
"Ao cair da noite, eles surgem por todos os lados, famintos por carne humana, demônios de areia, de vento, e até de pedra, conhecidos como terraítas."

Depois de 9 meses com O Protegido na prateleira pegando pó resolvi lê-lo. E o resultado? Me arrependi amargamente de ter enrolado tanto!
Que o Criador me conceda misericórdia.

O livro é muito bom, a narrativa é sutil, o autor não perde tempo descrevendo cenários. Eu gosto muito disso, pois deixa a imaginação do leitor trabalhar.

O worldbilding é excelente, a história nem se fala, e os protagonistas são bem trabalhados e cativam o leitor.
Gostei muito do Arlen, e da Leesha, até mesmo os capítulos do Rojer são bons.

Fica aí a dica de leitura. Não façam como eu, leiam já!

Estou bem ansioso pra ler a sequência.

O ciclo continua...
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Portal JuLund 22/02/2016

Ciclo das Trevas, @DarkSideBooks
Preciso confessar que comprei O Ciclo das Trevas pela capa, ele ficou ali na estante me olhando, me desafiando a lê-lo por algum tempo. Então um colega, que confio muito em opinião de livros, me disse que havia sido uma de suas melhores leituras dos últimos tempos, aí não pude mais adiar e peguei o bendito para ler.

Com certeza não me arrependi. Qualquer coisa que falarem sobre esse livro não vai ser suficiente para descrever a magnitude do universo criado por Peter VBrett.

O Protegido nos introduz em um mundo onde o cair da noite pode significar a morte. Demônios de todos os tipos emergem da terra, sedentos de sangue, famintos de carne. A unica proteção dos homens? Símbolos antigos desenhados em torno de suas casas. Porém nem todos sabem desenhar e proteger. O povo tem medo, não existe chance de lutar contra eles. Não há esperança.

Será?

Leia resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/ciclo-das-trevas-darksidebooks
julio cesar 26/02/2016minha estante
ótimo livro, vou começar a ler a lança do deserto, alguem sabe quando sai o terceiro livro ?




Neto 24/01/2016

Me dá uma grana que faço uma série de tv!
Fiquei impressionado com a história e a fluidez desse livro. Ótimos personagens (Arlen - O Protegido, Leesha e Rojer) compõe o trio principal dessa primeira história. É cheio de aventuras e momentos de ação que quando vc imagina ... é incrível. Não dá pra saber se o mundo que se passa é anterior ao nosso ou posterior mas prefiro pensar que é outro universo, onde os humanos pagam brutalmente pelos pecados e crimes que cometeram. Os terraítas (demônios) são elementais e ao longo do livro é desenvolvido os meios como aniquilá-los, isso foi muito bom porque prepara terreno pra muitos outros momentos épicos a vir nas sequências. Eu ouvi falarem que o livro tinha recebido críticas com relação ao tratamento das mulheres, não achei nada fora do comum ao que o autor cria... É uma sociedade em que todos devem casar cedo, terem filhos, e até uma das motivações do protagonista é essa - ir contra - bem, ao meu ver a mulheres nesse livro tão igual pra igual. Não vou me prolongar mais do que o costume, a edição da darksidebooks é linda e sem mais, são 508 páginas que fluem muito rápido devido a escrita do autor o qual não enrola ou fica "falando bonito" como outros aí que já li. Já possuo o volume 2 aqui e espero continuar em breve. Pelo estilo em achei semelhante à estrutura do Éragon (ciclo da herança), o qual tem o 1º livro fantástico mas as sequencias são uma decepção, eu espero que não aconteça o mesmo aqui nesse ciclo. Se procura uma fantasia dark de qualidade leia o ciclo das trevas sem falta!
Ah e havia um comentário que dizia que iria virar filme na mão do Paul W Anderson, espero que não seja verdade porque esse homem acabou com umas das minha séries favoritas no cinema (Resident Evil), além de que pela estrutura do livro acho que não funcionaria na forma de um longa metragem e sim numa série para tv, lógico num canal que a violência e ... tripas sejam liberadas. Me dá a chance que produzo uma série perfeita e faço acontecer! Não custa nada sonhar!
Rafa Ferrante 24/01/2016minha estante
Sua resenha atiçou minha curiosidade


Neto 24/01/2016minha estante
É bem legal se vc gostar de fantasia-dark. Eu gostei bastante mas tem que saber que ele não é uma história fechada.


Rafa Ferrante 24/01/2016minha estante
como assim?


Neto 25/01/2016minha estante
é um livro grande, o autor desenvolve bem a história dos personagens e fica logo evidente na metade que só esse livro é apenas o comecinho... não sei quantos serão, até agora saíram 4 volumes.




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Luan 27/11/2015

Uma história viciante que fala, acima de tudo, do medo
Acredito que eu esteja diante da minha melhor leitura do ano e uma das "melhores da vida". Tinha certa expectativa para ler Ciclo das Trevas - O protegido, mas confesso que elas foram superadas e surpreendidas. Não era nada do que eu esperava e ao mesmo tempo tudo que eu precisava como leitor. Termino o livro uma enorme satisfação e a sensação de que demorei demais para conhecer essa história. Mais que uma fantasia épica, com demônios do melhor estilo, e mais do que a construção de um mito, o livro narra a saga do medo e do que ele pode fazer com a gente.

Em uma terra distante da nossa, em uma época diferente da nossa, existe Thesa, uma terra habitada por vários povos. Grandes cidades, algumas comunidades... algo que nos remonta ao período medieval. O único porém é que eles precisam conviver com os terraítas - ou simplesmente, demônios (que são formado de vários elementos, como fogo, ar, rocha, areia e madeira). Toda noite, eles surgem das profundas para se alimentarem de carne humana. Até que o sol não surja, eles se guiam através do cheiro até o banquete. Ao longo dos séculos a magia foi a única forma de se protegerem. As proteções, sinais mágicos desenhados em superfícies como madeira, funcionam como um escudo e não permitem que os demônios ultrapassem o espaço marcado.

É neste cenário que vamos conhecer os três protagonistas desta história: Arlen, Leesha e Rojer. Ao longo das páginas, vamos acompanhar a vida destas três crianças que não se conhecem mas guardam um desejo em comum: dar fim ao sofrimento de todos. Cada um por um motivo, tem seu futuro drasticamente mudado e se veem sendo aprendizes de pessoas sábias e importantes. E que vai fazer com que eles três, diferente de todos os demais habitantes desta terra, enfrentem o maio dos males: o medo. Depois de superá-lo, encarar os terraítas não será a tarefa mais difícil. No passado, apenas o Salvador foi capaz de combater as feras. E no futuro, que vamos conhecer, será o misterioso Protegido que terá essa função.

Essa premissa já é mais do que eu sabia sobre o livro e resumo bastante a construção detalhada da história destes três personagens. E acho que foi exatamente isso que mais me fisgou na leitura: a forma com que a história foi construída e desenvolvida. Desta forma, é impossível não comparar Ciclo das Trevas com O nome do Vento, de Patrick Rothfuss. As duas narrativas e a forma de escrita são muito parecidas. Gostei muito do livro de Rothfuss, mas a construção fantástica de Peter V. Brett me conquistou de verdade. Ele souber usar melhor as ferramentas e não enrolou ou detalhou sem necessidade como o outro. Mas as comparações param por aí.

Quero mesmo é elogiar essa história que se tornou uma de minhas preferidas para sempre. Embora tendo um início lento, o primeiro volume de uma série de cinco livros conquista logo. O desenvolvimento dos fatos - que não é narrado com uma agilidade de livros contemporâneos, mas com vários acontecimentos - chama a atenção logo de cara. O roteiro disso é muito bem cuidado e você vai sendo hipnotizado como uma coisa vai levando a outra. Vários anos serão narrados ao longo das páginas. Creio que somos levados por quase 15 anos de história. A descrição dos cenários e dos próprios demônios também é feita de forma ímpar. Praticamente perfeita.

Chama a atenção também o cuidado na construção de cada personagem, por mais que ele vá aparecer apenas por algumas páginas. Eles se tornam palpáveis. E o que dizer dos protagonistas? A gente vai conhecendo os três ao poucos sem saber qual a importância que eles terão ao decorrer da história. Mas são personagens marcantes e de grande carisma. Arlen, conhecemos com 11 verões, já Leesha se apresenta com 13 e, por fim, Rojer, o mais jovem, cerca de três verões - mas todos vivendo na mesma época. E por mais que cada um viva em uma lugar diferente, o destino fará com que eles se cruzem - muitos anos depois - para protagonizarem um final épico. E partir daí construírem uma grande relação - mas acho que, assim como a maioria, Arlen acaba sendo o preferido, até por dominar maior parte da história.

Outro fator que merece destaque é a ousadia do autor: ele aborda vários temas, de religião a sexo, sem maiores pudores. Nos deparamos com assuntos atuais como incesto, estupro, alem do próprio medo, tão onipresente em todas as páginas. Alguns problemas, claro, foram percebidos ao longo da leitura - nada é perfeito nesse mundo. Como já disse, o início é lento, desmotiva um pouco. Mas se você insistir, vai logo ser fisgado. Passado um pouco da metade, a história dá uma caída no ritmo, mas logo recupera. Alguns capítulos acabam sendo longos e deixando, em poucos momentos, a leitura um pouco arrastada. Mas nada que atrapalhe.

Já falando sobre a edição. O que falar da DarkSide Books, que mal conheço e considero pakas? Trabalho quase perfeito. Capa dura linda, com textura quase aveludada. Fita de marcar página vem junto. As primeiras páginas vem todas decoradas com as "marcas" usadas como proteção. O início de cada capítulo tem uma arte especial muito bacana, as letras têm tamanho agradável e cada fase do livro também passa por um tratamento gráfico diferenciado. O único porém mesmo é a revisão. Muuuitos erros de digitação. Fazia tempo que não lia um livro com tantos probleminhas na escrita. Mas a história incrível quase nos faz esquecer disso.

Por fim, me faltam palavras para dizer o quanto fui conquistado pela história e espero que a qualidade apresentada neste volume não caia nos próximos quatro. Aqui no Brasil, a editora já publicou o segundo - A lança do deserto - e dizem ser ainda melhor. Lá fora, Peter V. Brett já lança o quinto e último volume. Os direitos também já foram comprados para série ou filme - e sim, vai ficar incrivelmente fod* ver isso adaptado. Até porque, como disse o criador da série Resident Evil, na contra-capa, Ciclo das Trevas é "a fantasia épica mais significativa e cinematográfica desde O senhor dos anéis. Inspiradora, obrigatória e totalmente viciante". CORRAM PRA LER AGORA!!! VAMOS CONVERSAR SOBRE ELE!
Leandro Assumpção 07/01/2016minha estante
Gostei bastante, fiquei bem surpreso com o livro, e ainda tenho cenas dele na minha mente como se tivesse visto um filme haha

Sobre a revisão é verdade, e ainda tive a infelicidade de comprar um livro de um lote que saiu faltando um capítulo, mas que a editora trocou prontamente assim que sinalizei o meu problema.


Luan 15/01/2016minha estante
Pois é, vi que teve uma remessa sem um capítulo, isso é péssimo hahaha a minha veio "de boa. Mas baita livro mesmo.


Gabrielle | @portrasdascapas 07/07/2016minha estante
Li esse e o segundo livro em praticamente uma semana e não aguento a espera pelo próximo! Um dos melhores que já li, sem dúvida! E a sua resenha é fantástica, parabéns!


Luan 07/07/2016minha estante
Obrigado, Gabi. Também acho uma das melhores histórias... Ansioso pelo terceiro




Patricia 17/10/2015

Todos os dias quando o sol se põe demônios se levantam das profundezas para atacar e devorar os humanos. Esses demônios, os terraítas, são inimigos antigos da humanidade, combatidos e vencidos à muitos milênios atrás, eles retornaram depois que a humanidade se esqueceu deles, à 300 anos atrás. Desde então a civilização humana, sua tecnologia e ciência, ruíram diante esse inimigo. Os humanos tiveram de buscar em livros de mitos, antes vistos como estórias fantasiosas, as proteções necessárias para tentarem sobreviver. Porém desde o retorno dos terraítas, ninguém mais encontrou qualquer um dos símbolos de ataque para matar os demônios.

A primeira vitória humana sobre os terraítas, a que aconteceu milênios antes, foi liderada por um homem conhecido como o Salvador. Tal homem foi o responsável pela unificação da humanidade e todo o sucesso da vitória foi atribuída à ele. Dizem que o Salvador foi enviado pelo Criador para salvar a humanidade. E é por isso que desde o retorno todos aguardam novamente que o Criador envie o Salvador, para que a raça humana seja salva novamente. Enquanto isso os homens se refugiam atrás de proteções pintadas em suas casas, nunca saem à noite e poucos tem a coragem de viajar.

E é nesse mundo que vivem crianças: Arlen, Leesha e Rojer. Eles são diferentes em diversos aspectos e cada um vive em lugar distante um do outro.
Arlen é um garoto que sonha ser mensageiro, homens que viajam entre as cidades levando cartas e produtos. Tal profissão é extremamente perigosa, pois quando cai a noite eles apenas contam apenas com círculos protetores para impedirem que os terraítas os matem. Sem paredes para esconder, eles vêem e ouvem as tentativas dos demônios de quebrarem as proteções e devorá-los, o que realmente pode acontecer, se as proteções não forem bem feitas.
Isso porém não assusta Arlen, ele deseja combater e matar terraítas, e principalmente, ele não aguenta mais ser um prisioneiro atrás das proteções. Ele acredita que os homens devem combater os demônios, ao invés de esperarem um Salvador chegar para resolver todos os problemas. E ele sabe que para isso é preciso encontrar as proteções de ataque, aquelas capazes de matarem terraítas. E o futuro de Arlem começa a mudar quando um novo mensageiro chega à cidade e após uma terrível noite onde as proteções não foram o suficiente para manter todos à salvo. Após isso, ele é obrigado à encarar a fraqueza dos homens e jura jamais permitir que o medo o domine e o aprisione. A partir de então ele começa a traçar o seu próprio caminho rumo ao seu objetivo de exterminar os terraítas, de finalmente reagir e levar à guerra até os demônios.

Leesha por sua vez sabe exatamente como será o seu futuro. Ela já está prometida para Gared, o jovem mais promissor da Clareira do Lenhador, e sabe que o seu futuro é ter muitos filhos e cuidar deles e do marido, além da loja que o pai deixará para ela. Mas o presente dele não é muito feliz, sua mãe Elona jamais tentou disfarçar o quanto não gosta dela. Sempre diminuída por ela, Leesha e seu pai comem o pão que o diabo amaçou nas mão dessa mulher. Ela é verdadeiramente horrorosa, se casou com o pai de Leesha apenas por causa do dinheiro e não pensa duas vezes antes de traí-lo, até mesmo debaixo do teto dele. Então Leesha conta os dias para poder finalmente se livrar desse inferno, de casar e ter um casa e vida só dela, longe da mãe. Porém parece que o destino tem outros planos para ela e mais uma vez tudo começa devido à um ataque dos terraítas. Durante o tratamento dos feridos, Leesha chama atenção de Bruna, a ervanária da cidade, que está insatisfeita com sua atual aprendiz. Ela logo percebe o dom de Leesha e deseja que ela se torna sua aprendiz. Porém Leesha já tem os seus próprios planos e embora tenha gostado do trabalho de ervanária, ela sabe que não tem como cuidar de uma família e de todos os doentes da Clareira. Mas tudo pode mudar por causa de uma mentira…

Já Rojer, em sua primeira aparição, não passa de uma pequena criança de uns 3 anos. Filhos dos donos de uma estalagem, ele vê sua vida começar a mudar após a chegada de um menestrel à Pontefluente, cidade onde mora. Mas não é somente a chegada do menestrel que muda o rumo de sua vida, como aconteceu com todos, bastou uma noite e a falha das proteções para que a noite fosse preenchida com gritos e a vida dele fosse destruída e reconstruída de forma bem diferente.

Cada um desses três personagens vão percorrer os seus próprios caminhos ao longo do livro, anos vão passar ao longo das páginas. E com o passar desses anos eles começam a mudar o rumo dessa guerra que a raça humana está perdendo nos últimos 300 anos. Eles podem finalmente oferecer uma esperança de que os humanos não serão extintos.

Quando estava sofrendo de um sério caso de ressaca literária devido ao fim da Trilogia dos Espinhos, a DarkSide me recomendou a leitura desse livro, cujo o autor é amigo do Mark (autor da trilogia). E eles acertaram em cheio nessa recomendação!
Correndo o risco de soar clichê, devo dizer que é impossível você largar esse livro. Bem, eventualmente você terá de fazer isso, pois o livro tem 507 páginas, mas acredite quando eu digo que você não irá querer fazer isso. As minhas olheiras não me deixam mentir, dormir é para os fracos! Esse livro é sem dúvidas um dos melhores livros de ficção fantástica que já li. A estória tem uma trama bem elaborada, é detalhista quando deve e de forma não excessiva. A narrativa te suga para dentro do livro, te fazendo esquecer de todo o resto, você passa a viver dentro da estória. Os personagens são cativantes também, o meu favorito foi o Arlen, e, para a minha sorte, a maior parte da estória segue à ele. Mas as estórias da Leesha e do Rojer também são bem cobertas. O mundo criado nesse livro é fantástico, com todas as suas peculiaridades e sua própria história. São diversas culturas, terraítas, proteções (etc.) a serem exploradas. É arrebatador para qualquer fã de fantasia.

Finalizando, seja você fã ou não de ficção fantástica, esse livro é um daqueles que precisam ser lidos antes de você morrer. Então não deixem de comprar o seu e também descobrir toda a grandiosidade do mundo criado pelo Peter.

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br
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neo 18/09/2015

Eu tinha grandes expectativas ao começar a ler O Protegido. E, infelizmente, elas foram respondidas apenas em parte.

O mundo que Brett criou é sim extremamente interessante e bem construído. Dá para realmente sentir que estamos em lugar diferente, com regras e costumes diferentes, e isso, é claro, se deve em boa parte aos demônios e à como os humanos aprenderam a se desenvolver diante do perigo que eles representam.

Os personagens também são ótimos. Os principais, Arlen, Leesha e Rojer, são todos bem desenvolvidos e com personalidades próprias (Rojer um tanto menos do que os outros dois por aparecer pouco nesse primeiro volume, apesar de desempenhar um papel importante mais para o final). O livro os acompanha desde sua infância até a vida adulta, e eu gostei bastante da história dos três. Nessa parte eu mal conseguia desgrudar a cara das páginas de tão curiosa que estava sobre como a trama se resolveria.

Mas aí a última parte do livro fez minha satisfação tomar um tombo daqueles.

O que é bem estanho, já que pelas resenhas que li a parte final do livro foi a preferida de muitos. Mas para mim ela pareceu meio... desconectada, principalmente em relação ao Arlen. Ele se transformou em uma pessoa super diferente do nada; ou melhor, anos se passam em um piscar de olhos e puf, a personalidade dele foi praticamente substituída por outra. Foi como se uma boa parte do desenvolvimento dele tivesse acontecido nesses anos que passaram num piscar de olhos, off page, sem que o leitor acompanhasse. E bem, isso me deixou um tanto chateada.

Na verdade, fiquei com a impressão de que O Protegido teria sido um livro melhor se fosse contado meio que em in media res, aka, com a parte final sendo a inicial e o passado dos personagens sendo flashbacks. Não sei se alguém por aqui já leu As Guerras do Mundo Emerso (segunda série do Mundo Emerso, da Licia Troisi), mas a autora lá faz algo assim no primeiro volume e o resultado, pelo que me lembro, é ótimo. Aqui em O Protegido o Arlen ficou quase como duas pessoas diferentes graças a esse desenvolvimento perdido.

E infelizmente boa parte da minha simpatia por ele morreu quando ele se tornou o ~badass~ da história. O distanciamento que o autor acabou colocando entre o leitor - aka eu - e o personagem foi um tanto grande demais. Arlen se tornou mais uma caricatura do que um personagem de fato.

Outra coisa que me incomodou foi o estupro que uma personagem feminina sofreu lá no final. Não pelo estupro em si (que nem é mostrado na narrativa), mas sim pela falta de impacto que isso tem na vida dela. Veja bem, ela foi estuprada por três caras e tudo indica que foi algo terrível, mas aí dois ou três dias depois ela já está querendo fazer sexo com outro cara (que ela nem conhece, mas por qual sente uma espécie de instalove que me fez revirar os olhos demais) e depois disso o estupro não é mais mencionado. É como se ele não tivesse acontecido - ou melhor, como se ele só tivesse acontecido para prover um tanto de angst necessário naquela época e fim. Pra quê fazer uma personagem lidar com esse tipo de trauma, que na maior parte das vezes dura a vida inteira, né? Pra quê? Pff.

É por essas e outras que homens escrevendo sobre estupro fazem todos os meus alarmes dispararem. E bem, espero que no próximo livro isso seja tratado como se deve.

E sim, pretendo ler o próximo livro. O fim de O Protegido foi meio meh na minha opinião (acho que eu acabaria dando umas quatro estrelas pro livro se não fosse por ele), mas deixou em aberto algo que se bem explorado dará uma história ótima. Não vai ser minha prioridade, mas se a oportunidade surgir lerei A Lança do Deserto sem pensar duas vezes. Enfim, 3.0 estrelas para O Protegido.

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
Deia Guedes 09/04/2016minha estante
Concordo plenamente com você!!!
Acabei de ler O protegido e sim, a segunda parte do livro decepciona bastante! Uma pena, tinha tudo pra ser muito, muito bom...


Bruno 21/05/2016minha estante
SIM!!!
Terminei o livro agora e concordo com quase tudo. No começo temos a apresentação dos personagens, o que foi muito bem criado, a historia estava excelente, mas o final deixou muito a desejar. Fiquei sem entender, Arlen, um personagem com personalidade forte que até então não desistia por nada, mas no fim desistiu de ser ele mesmo. E Leesha, uma grande personagem, mulher forte, esperta, e temida, que do nada foi estrupada e pior, cade a mulher que andava com pó de pimenta, que intimidou o Gared, e que conseguiu manter sua virgindade por tantos anos?
Não gostei o fato desses personagem que tinham singularidade e ideias excelente mudar tudo. O protegido, é ridículo, fico extremamente confuso que uma hora esta de boas e do nada fica um chorão brigão, alem de homem careca de tanga cheio de tatuagens lutando na maioria das vezes com as mão, poxa, menosprezou até os terraítas,pra que armas?. A proteções nas mãos ficaram legais, mas no corpo todo exagerado.
Na minha opinião os acontecimentos finais não precisavam ser inserido no primeiro livro, havia muita coisa para ser explicada e desenvolvida antes, e teria fluido melhor se ele não colocasse o estrupo de Leesha, ou então acompanhasse a personagem de maneira mais profunda, é um assunto sério, que se for colocado em uma personagem principal, requer uma enorme atenção para um melhor desenvolvimento.




Mp 13/09/2015

Ciclo das Trevas - O Protegido
Ciclo das trevas – O Protegido
Escrito por Peter V. Brett e publicado pela Darkside, o livro conta a história separadamente de três crianças, seguindo a ordem Arlen, Leesha e Rojer, cada qual com seu objetivo, apresentando seus problemas e a força de vontade dos três protagonistas para superar suas dificuldades, o livro joga o leitor em um mundo medieval com criaturas que se emergem das profundezas ao anoitecer, sendo elas intituladas de terraítas e estes que possuem cada qual seu gênero (tendo terraítas do fogo, da rocha, madeira e etc), apresentando cada um o seu ponto forte e seu diferencial, uns são pequenos e ágeis, outros são grandes, fortes e lentos, e para se proteger todos os moradores utilizam de proteções (pinturas magicas) para proteger seu lar ao anoitecer.
O que pode ser evidenciado constantemente, é que o livro apresenta uma gama de personagens muito grande, sendo personagens secundários e até terciários, nunca deixado eles como um “enfeite” na narrativa, e nela o autor apresenta uma fragilidade humana de modo que todos podem ser mortos a qualquer instante.
Ao longo de todo o livro o autor aborda o tema do medo e de como ele reage e afeta os diferentes tipos de pessoas, é intrigante você ver como o medo do desconhecido faz uma pessoa agir, ou como o medo dos terraítas pode paralisa-la de forma a torna-la um peso morto deixando que o medo a sucumba, o medo foi sem duvidas o maior ema abordado pelo autor junto com toda a narrativa e ele apresenta isso de uma forma muito detalhada e expressiva sendo esse o maior ponto do livro.
Portanto, é evidente que Ciclo das Trevas – O Protegido é um livro altamente recomendado tendo uma narrativa clássica, mesclada com o realismo e uma bom dose de esforço na escrita tornando as coisas muito bem apresentadas e deixando algumas pontas soltas para numa futura continuação esclarece-las.


site: https://twitter.com/Mpdragon123
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Tiago sem H - @brigadaparalela 10/09/2015

Sinopse: Ao cair da noite, eles surgem por todos os lados, famintos por carne humana, demônios de areia, de vento e até de pedra, conhecidos como terraítas. Depois de séculos, a humanidade definhou e se tornou refém da escuridão. Arlen, Leesha e Rojer, jovens sobreviventes, atrevem-se a lutar e encarar as trevas. O jovem Arlen recebe os ensinamentos de um mensageiro e descobre que o medo, mais que os demônios, é o mal a ser combatido. Leesha tem a vida destruída por uma simples mentira e se torna ajudante de uma velha e misteriosa ervanária. E o destino de Rojer muda para sempre quando um menestrel chega à sua vila com uma rabeca. Juntos, eles podem oferecer ao mundo uma última, e fugaz, chance de sobrevivência.

Gravem bem esse nome: Peter V. Brett, por que com total certeza ele será um das maiores revelações da literatura fantástica nos próximos anos aqui no Brasil, uma vez que, lá fora o autor já é sucesso absoluto para os amantes do gênero. O Protegido é o primeiro livro da saga Ciclo das Trevas, que tem previsão de ser formada por 5 livros (o último ainda em processo de escrita). Esse livro, também marcou a estréia do autor em meados de 2008.

Mas o que afinal faz com que O Protegido seja um livro tão aclamado pelo público em geral? A resposta é bem simples: a narrativa. A história é dividida em 4 partes e pode ser dividida em 3 núcleos principais que irão retratar os acontecimentos que englobam os 3 personagens principais: Arlen, Leesha e Rojer. Esse tipo de narrativa em que o autor revesa o núcleo da história em pontos diferentes da trama, é sem dúvida nenhuma é uma estratégia enorme para o fluir da leitura por proporcionar ganchos que não necessariamente serão resolvidos no capítulo a seguir que deixam o leitor aflito. Esse recurso já consagrado é utilizado por outros grandes autores, como por exemplo George R. R. Martin com suas Crônicas de Gelo e Fogo e Haruki Murakami com sua trilogia 1Q84.

Para os amantes de RPGs, será visivelmente claro a influência que esse tipo de mídia teve no autor para a construção de seu universo, desde a criação das vilas, estradas a até mesmo os demônios que surgem após o Sol se por. Ahh e por falar em demônios, nesse mundo eles são chamados de Terraítas e são seres quase que elementares. Quando a escuridão surge, eles surgem do fogo, da água, da madeira, das rochas, do chão, da areia com um só objetivo: comer carne humana. Um fator que piora ainda a situação da humanidade é o fato de que os Terraítas se curam com facilidade e não há indícios de que possam ser mortos. O que resta para a humanidade é se proteger por meio de proteções que são pintadas nas portas, janelas e em quaisquer outros lugares que se assemelhem a um abrigo, porém, qualquer poeira ou descascado que a proteção tiver, abre uma fenda que permite que os Terraítas quebrem toda a rede de proteção e se banqueteiem. É ou não é um ótimo enredo de RPG?

Falando dos nossos personagens principais, são três crianças que passam por enormes adversidades e procuram uma forma de provar ao mundo que eles são capazes de realizar feitos e serem lembrados, cada um com seu sonho e seu sofrimento e isso irá mudar drasticamente a forma de como encaram os Terraítas. Embasado nesse viés, já de cara, pode-se dizer que O Protegido não é um livro infantil e sim um livro de Fantasia Dark, inclusive relatando de forma verossímil a brutalidade apresentada pelos Terraítas. Tanto a descrição dos ambientes, quanto o sofrimento das crianças é descrita de uma forma tão simples, mas tão bem feita que o leitor irá construir na mente os cenários com muita facilidade e não conseguirá parar de ler, até chegar a um capítulo em que as crianças estão seguras (se este capítulo existir).

Além disso, Peter se utiliza desse ambiente quase que apocalíptico para abordar temas contemporâneos como o culto à religião e a posição das mulheres perante uma sociedade dominada pelos homens com muita maestria.

O Protegido veio para o Brasil, pela editora DarkSide Books que como sempre mandou super bem na edição do livro. Livro de capa dura, com folha de rosto envernizada, fita marca página, mapa para o leitor se situar e ilustrações entre uma parte e outra, além das proteções sempre acima de um novo capítulo. Simplesmente o padrão DarkSide de qualidade.

Os direitos cinematográficos já foram vendidos e em breve, teremos o filme do Ciclo das Trevas, que será dirigido por Paul W. S. Anderson (Resident Evil). Acontece minha gente, que o livro será 8 ou 80. A história é fantástica, os personagens são cativantes, os Terraítas são foderásticos, porém, basta uma má produção ou direção para que o filme perca todo seu potencial.

Pra finalizar, O Protegido é um livro recomendadíssimo, com uma edição linda e uma história que prende o leitor do início ao fim. Ao terminar a leitura fiquei em estado de choque por ter que esperar até a continuação, porém, no Twitter a DarkSide já informou que o segundo volume será lançado ainda este ano... juntando as moedas!!

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/2015/09/bora-ler-11-o-protegido-peter-v-brett.html
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Richard 05/09/2015

Incrívelmente bem escrito!
Um mundo onde a noite pertence aos demônios, Peter V Brett nos introduz a três personagens distintos desde a sua infância até a juventude, desenrolando a história com uma maestria incrível.
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Phelipe.Pompilio 21/08/2015

Resenha retirada do blog Bravura Literária
Peter V Brett é um dos mais aclamados autores de fantasia fora do Brasil. Sua série de livros "Demon Cycle", no original, é uma das séries mais bem aceitas e vendidas, tendo edições em diversos países ao redor do mundo. A DarkSide Books deu um tiro certeiro ao adquirir os direitos de publicação e lançar a obra aqui no Brasil. Caso me pedissem uma descrição rápida desse livro, só uma palavra bastaria: Incrível!

Na Era da Ignorância, onde terraítas (demônios) e humanos caminhavam juntos, o povo de Thesa temia a noite e se defendia como podia dos terríveis seres das Profundas, escondendo-se como coelhos em tocas no chão.

Com o passar dos anos o povo descobriu a escrita, e com o aperfeiçoamento da escrita descobriram as Proteções, escritos mágicos que podiam afastar os terraítas.

O rumo da guerra teve uma mudança quando o povo descobriu proteções que podiam ferir e até matar os demônios, dando assim um fim na Era da Ignorância e iniciando a Primeira Guerra das Trevas, a Era do Salvador.

Os demônios estavam sendo dizimados, a cada novo amanhecer o povo se sentia mais vitorioso e desse modo o número de humanos cresceu, e os demônios foram erradicados, enviados de volta às Profundas e permanecendo lá por muitos anos, sem nem dar sinal de que um dia já haviam existido.

O mundo estava em paz sem demônios. A Era da Ciência começava, homens esqueciam de seus inimigos de outrora e guerreavam entre si por nada além de poder. Os demônios esperavam a hora de voltar à superfície e aterrorizar novamente a raça humana, e quando isso aconteceu as perdas foram catastróficas. Milhares de pessoas morreram. Os demônios eram novamente os donos da noite.

As proteções de combate haviam sido esquecidas, restando dessa forma somente as proteções defensivas, uma pequena esperança para a humanidade que anseia pelo retorno daquele que enviará novamente os demônios para as Profundas.

Arlen é um garoto de 11 anos residente de Riacho do Tibbet, um lugarejo pacífico durante o dia e infestado de demônios durante a noite. Arlen possui um grandioso talento para desenhar proteções e por conta disso cabe à ele proteger sua casa. Após uma tragédia e uma profunda decepção, Arlen parte rumo às Cidades Livres, para que assim possa realizar seu sonho de se tornar um mensageiro, conhecer todas as cidades e lugarejos de Thesa, aprender todas as proteções de cada lugar e encontrar aquelas que foram perdidas e esquecidas pelo tempo, as proteções que podem mudar o destino da humanidade, as proteções de combate.

Leesha é uma garota que vive em Clareira do Lenhador, lugarejo próximo de Forte Angiers. Leesha é a prometida do lenhador Gared, um garoto alto e forte, que bota medo em qualquer garoto que ouse chegar perto de sua amada. Boatos infelizes à respeito da garota começam a correr pelos ouvidos dos moradores de Clareira do Lenhador, fazendo com que ela busque refúgio com Bruna, a ervanária do lugarejo. Bruna é uma das únicas pessoas que acredita nas palavras de Leesha, e decide escolher a garota para ser sua aprendiz, tornando-a assim uma ervanária quase melhor que ela.

Rojer vivenciou uma tragédia quando tinha apenas três anos de idade, sendo dessa forma criado por um famoso menestrel que está em sua presente ruína. Durante a tragédia, Rojer perdeu dois de seus cinco dedos. O garoto torna-se aprendiz do menestrel, mas tem dificuldades em executar alguns dos principais truques da profissão, e por esse motivo dedica-se à rabeca, um instrumento de cordas que é tocado por um arco onde sua mão de três dedos se encaixa perfeitamente.

As esperanças dos thesianos começam a retornar quando surgem boatos de que O Protegido, um homem tatuado da cabeça aos pés, juntamente com seu cavalo igualmente protegido, está vagando pela noite matando todos os demônios que cruzam seu caminho.

Peter V Brett encaixou com perfeição cada um dos elementos que foram sendo apresentados no decorrer da trama. A narrativa do autor é bem fluída, e logo nas primeiras páginas já podemos perceber que será impossível não se envolver na história.

A descrição dos demônios é ótima! Peter criou demônios da árvore, areia, chama, pedra, vento, água e muitos outros que ainda nos serão apresentados no decorrer da série. As criaturas são excelentemente detalhadas dos pés a cabeça e possuem inimigos naturais de sua própria raça (já dá pra perceber que demônios da chama e da árvore não se dão bem né hahaha.)

As proteções foram muito bem explicadas, tendo de ser desenhadas com perfeição, pois até a chuva pode ter um efeito negativo sobre elas se houver algum erro na composição.

Uma das coisas mais interessantes do livro é o modo de vida dos moradores de Krasia, um lugar onde os homens não deixaram de lutar contras as criaturas das Profundas só porque as proteções de combate foram perdidas.
Não somente em Krasia, mas também nas Cidades Livres, podemos perceber alguns conflitos políticos entre os duques.

A obra te prende do começo ao fim, mas à partir da terceira parte tudo fica melhor!

O Protegido não é um livro de literatura infantil, muito pelo contrário! É um estilo Dark Fantasy, que abusa de sangue, dilacerações e mortes, e tudo isso envolto em muita magia!!

Agora vamos para a edição. Que coisa mais linda! A DarkSide executou um brilhante trabalho com a capa e o interior desse livro que já vem com um fitilho para marcar as páginas e uma cartela de tatuagens com as proteções desenhadas.

O segundo livro será lançado em Setembro de 2015, com o nome de A Lança do Deserto.
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