As Herdeiras de Duna

As Herdeiras de Duna Frank Herbert




Resenhas - As Herdeiras de Duna


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Ogaiht 30/11/2021

O Legado de Frank Herbert
Assim como Tolkien foi responsável por dar prestígio à fantasia, foi Frank Herbert que deu prestígio à ficção científica. O sexto livro da série Duna foi, infelizmente, a última obra do autor e por ser o penúltimo livro (Herbert tinha planos para escrever mais um para concluir a saga) fica difícil resenhá-lo. Pois, sem o final da estória, me parece injusto julgar as escolhas narrativas do autor sem ter a conclusão e julgá-las como um todo.
A narrativa começa alguns anos depois dos eventos de Hereges de Duna, onde o planeta Rakis foi completamente destruído pelas Honoráveis Matres, que agora perseguem implacavelmente as Bene Gesserit. Estas levaram para seu planeta sede, Casa Capitular, o último espécime de verme de areia para tentar fazer com que esse planeta se torne um deserto como Duna, fazendo com que a especiaria volte a ser produzida. As Bene Gesserit, para se defenderem da perseguição de suas caçadoras, decidem criar um ghola do falecido Bashar Miles Teg, que aqui ainda é uma criança. Ao mesmo tempo, mantêm a Honorável Matre Murbella como prisioneira, com esperança de poderem convertê-la em uma Bene Gesserit.
O livro mantém toda aquela discussão filosófica e política dos anteriores, mas olhando em retrospecto, nota-se como depois do primeiro volume a discussão ecológica praticamente desapareceu da saga, o que é uma pena. Por outro lado, o livro dá mais destaque para as Honoráveis Matres, e nos fornece pistas do que aconteceu com elas na Dispersão e quem são os inimigos que a expulsaram e forçaram a retornar ao Antigo Império.
Um outro ponto interessante que achei no livro foi que quem imaginaria que esta saga que começou com Duna e falava de uma história de famílias pelo poder se transformaria no final numa narrativa feminista? Afinal o destino do Império dependerá de como o conflito entre duas irmandades de mulheres (as Bene Gesserit e as Honoráveis Matres) terminar.
Enfim, é uma pena que Herbert tenha morrido sem concluir sua saga. Para esse problema há duas soluções: ler as continuações escritas por seu filho, supostamente baseadas em anotações de Frank Herbert e criticada por muitos ou deixar o final por conta de sua própria imaginação, o que nada mais é que o princípio fundamental da literatura. De qualquer forma, mesmo não concluída, a saga deixa um legado enorme e riquíssimo não apenas para a ficção científica mas também para a literatura como um todo, afinal, Duna é um dos poucos e melhores exemplos de criação de um universo que existem na literatura.
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Marcus Oliver 24/11/2021

Sem limites
O último livro consegue manter o interesse até seu derradeiro fim; mas é a partir dele que a humanidade, agora, não possui limites, o caminho dourado concretizou-se.
A história passa pouco tempo depois de ?Hereges de Duna? então espere reencontrar os personagens do penúltimo livro da saga. Utilizar aqueles mesmos personagens ajuda a desenvolver ainda mais suas jornadas, deixá-los mais vivos e a explicar mais detalhes sobre eles.
A todo instante há uma tensão perturbadora por conta do final do quinto livro e então há um jogo de gato e rato e a dúvida: quem sobrará do conflito entre as duas irmandades.
Um ponto que requer deixar bem claro é fato de que o autor deixa muitas pontas soltas, que requerem do leitor fazer as inferências por si mesmo. Não espere um final que esclareça tudo, será necessário que você, leitor, gaste um pouco das suas habilidades mentats, faça as devidas projeções, identifique as peças que faltam e chegue a conclusão por si mesmo.
Deixará imensas saudades essa saga, despeço, por um tempo, de grandes amigos e de um universo ficcional tão rico e cativante.
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Trovão 18/11/2021

Infelizmente o final da saga não é em si um final para a saga. Por outro lado, é positivo para nossas próprias imaginações descreverem o resto. Achei esse volume mais fraco em comparação aos mais recentes, mas ainda com a complexidade, filosofia e política presentes de Duna.
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Gustavo Rodrigues 02/11/2021

Enrolei um pouco pra terminar, mas não por ser ruim. Sendo o último livro escrito por Frank Herbert antes da sua morte, evitei ao máximo chegar ao fim. Uma pena que ele não teve mais tempo pra continuar com essa obra magnífica!

A história segue o fluxo do livro anterior, mostrando o embate entre Honoráveis Matres x Bene Gesserit e suas consequências pra todo o universo.

Como já vinha sendo uma característica marcante, mais uma vez o protagonismo das mulheres é elevado ao mais alto nível. Elas formam os principais grupos, tomam as decisões e governam a todos. As Reverendas Madres são, pra mim, as melhores personagens de toda a saga.

Fechou muito bem toda a história e deixou gancho pra ter continuidade. Uma pena ele mesmo não ter a oportunidade de continuar. Espero que os filhos, com apoio de anotações deixadas pelo Frank, tenham alcançado a mesma excelência nas continuações.
Miguel 03/11/2021minha estante
Resenha interessante, me cativou! Quero ler.




FremenJeff 24/10/2021

Frank uma última vez em Duna
Último livro escrito por Frank Herbert, este volume traz duas ordens de mulheres poderosas se gladiando pela ordem geral do poder e da especiaria.

Após a ação arrasadora de um misterioso culto matriarcal, a ordem Bene Gesserit se vê quase dizimada, o que representa uma terrível ameaça aos valores do Antigo Império.

A fim de se defender, a Irmandade recua para o planeta de Casa Capitular, seu reduto mais oculto, levando consigo os segredos dos vermes da areia e da produção de mélange. E é a partir desse mundo misterioso que elas organizam sua resistência, suas ações e a restauração de seus planos, iniciados nos longínquos tempos de Duna.

Diferente de Hereges de Duna, esse livro possuí um ritmo de causa e consequências mais forte o que traz um ritmo bem mais rápido. Só levo uma ressalva que até o momento (Até o momento da leitura) personagens que beiravam quase como as respostas definitivas no livro anterior mal aparecem neste livro ou são apenas mencionados (Sheeana por exemplo) o que traz para mim (Até agora) que a única coisa que está sendo relevante e enriquecedora no Hereges de Duna foi a destruição de Arrakis.

Por outro lado somos recompensados por uma narrativa mais aprofundada das Bene Gesserit o que faz ser extremamente rico entender a complexidade da ordem e sua hierarquia. Com diálogos extremamente bem construídos, existem mais momentos de reflexão pura sobre o que é o poder e principalmente como controlar o poder.

Uma reviravolta finalmente acontece e personagens de Hereges de Duna tem sua devida importância na história e o senso de urgência é cada vez mais alto.

Quando disse que Herbert não explora de maneira completa os núcleos, quis apontar para sua relutância em efetivamente desenvolver essa nova versão de Teg, apressando seu amadurecimento assim como deixando Idaho atrás de uma espécie de neblina que embaça suas verdadeiras intenções e pensamentos.


Mesmo que, no segundo caso, essa escolha resulte em uma reviravolta que é um dos elementos que ficam em aberto no livro, creio que ela seja um pagamento tímido de dividendos para um personagem tão fascinante e essa estratégia acaba, também, levando junto Sheeana que, aqui, não tem quase espaço para realmente desabrochar como uma personagem completa.

É agoniante os pontos em aberto e saber que o Frank nunca irá concluir com sua excelência esses pontos. Agora me resta saber como o Brian com as anotações do Frank concluiu essa saga incrível.
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Rod 23/10/2021

Continuação da saga de Duna
Menos confuso que o livro anterior. Neste você consegue entender mais os personagens e sentir algo em relação a eles. Continuando a saga para saber o final (que gostaria que desse um destino melhor para o Paul apesar de que ele já ficou para trás a muito tempo atrás :/).
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Mari.Sawczuk 12/10/2021

Me decepcionei
Tinha uma enorme expectativa com esse livre. Um começo interessante até que algumas histórias paralelas foram surgindo e deixando o livro confuso.
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Alle_Marques 15/09/2021

“Nunca siga um líder sem fazer suas próprias perguntas.”
...
[...] Mas Murbella falava. — Ela (Odrade era muitas vezes “ela”) fica me pedindo para avaliar meu amor por você.
Lembrando disso, Idaho deixou que se repetisse.
— Tentou o mesmo comigo.
— O que está dizendo?
— “Odi et amo. Excrucior!”
Apoiou-se no cotovelo e olhou para ele. — Que língua é essa?
— Uma língua muito antiga que Leto me fez aprender uma vez.
— Traduza. — Peremptória. Seu antigo ego de Honrada Madre.
— Eu a odeio e a amo. E estou torturado. [...]
...
Sobre o sexto e ultimo livro:
Assim como aconteceu com o anterior, nesse também foi um sacrifico passar de um capitulo por dia, até a história começar a prender, coisa que só acontece no final, demora bastante, é necessária muita paciência e mais um a vez tive a impressão que o autor estava escrevendo apenas para ele, sem se importar com o bom entendimento dos leitores, a leitura é cansativa e maçante, a trama é confusa e no geral decepciona, sobre os personagens, dessa vez quase não tivemos novos, quase todos eles já tinham sido apresentados nos livros anteriores e seus desenvolvimentos nesse foram poucos, Duncan e Sheeana continuam iguais, Teg é uma grande promessa que não foi cumprida, Odrade e Murbella se tornam ainda mais interessantes ao longo do livro, deixam um pouco a desejar, mas Murbella tem um final bom, bem feito e bem conduzido, os personagens secundários e coadjuvantes, a grande maiorias pelo menos, são facilmente esquecíveis, mais um dos problemas do autor que só piora livros após livro, os cenários são irrelevantes e as cenas de ações poucas, os diálogos continuam sendo a melhor coisa do livro, embora muitos sejam confusos. O final, tanto do livro em si, quanto da saga como um todo, é agridoce, nem bom, nem ruim.
...
[...] — Minhas Irmãs foram ensinadas a não divulgar os segredos do coração. Aí está o perigo que percebem no amor. Intimidades perigosas. As sensibilidades mais profundas embotadas. Não dê a alguém um bastão com o qual possa lhe bater.
Pensava que suas palavras fossem tranquilizantes para ele, mas ele ouvia a discussão interior. “Seja livre! Corte os laços que a peiam.” [...]
...
Sobre a saga como um todo:
A primeira trilogia tem o começo no primeiro livro (Duna), o meio no segundo (O Messias de Duna) e o fim no terceiro (Os Filhos de Duna). É uma trilogia fantástica e completa. Tem problemas, claro, como a quantidade absurda de pontas soltas e personagens e tramas secundarias esquecidas pelo autor, mas o enredo principal os compensa, são muitas cenas inesquecíveis e muitas reflexões memoráveis, muitos personagens bem feitos, bem escritos e, a grande maioria, bem desenvolvidos como Paul, Lady Jessica, Duque Leto, Duncan Idaho, Gurney Halleck, Thufir Hawat, Dr. Yueh, Alia, Princesa Irulan, Leto II, Ghanima, Farad'n, os vilões Harkonnen como o Barão Vladimir, Feyd-Rautha e Rabban, os Fremen Chani, Liet Kynes, Stilgar e O Pregador, alguns caricatos e problemáticos, mas com um pouco de paciência dá pra relevar, os cenários como o próprio planeta Arrakis, suas dunas e os Sietch são incríveis, as cenas de ação e os diálogos muito bem feitos e notáveis. São três livros que valem muito a pena serem lidos e relidos.

Já a segunda trilogia começa a decair no quarto livro (O Imperador-Deus de Duna) que, apesar de não ser totalmente ruim, agrava muito dos problemas presentes nos seus antecessores e não os compensas com uma trama tão envolvente, daí pra frente é só ladeira abaixo, os dois últimos (Os Hereges de Duna e As Herdeiras de Duna) são extremamente monótonos e cansativos, com muitas conclusões que só parecem funcionar na cabeça do Frank Herbert e um enredo confuso e com muitas coisas desnecessárias. Enquanto lia, fui desenvolvendo um ódio da segunda trilogia, com foco principal no Duncan, tanto que não foi exagero nenhum quando disse que terminei na força do ódio e que só por um milagre leria os três últimos de novo, mas foi só terminar e refletir por alguns dias que esse ódio evaporou, percebi que os últimos livros, principalmente o quinto e o sexto, não são tão ruins quanto aparentam ser, o que dá essa impressão errônea é a escrita quase totalmente monótona, confusa, cansativa e com muitas coisas desnecessárias do autor, no geral os personagens, com exceção talvez de Leto II como Imperador, Moneo, Taraza, Odrade e Teg, as cenas de ação e os cenários são inferiores a tudo feito nos três primeiros e os diálogos deixam a desejar e são difíceis de compreender. Não foi uma experiencia muito boa e com certeza não foi fácil, mas acredito que vale sim a pena reler daqui a alguns anos, quando a vontade bater e a paciência estiver sobrando, quem sabe assim possa ter uma compreensão melhor da história e quem sabe possa ser uma experiencia mais bem aproveitada e prazerosa.
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“A guerra deve ser conduzida para trazer à tona o melhor naqueles que sobreviveram. Quanto mais distante o soldado estivesse da carnificina, mais difícil se tornava fazê-lo. Essa era a razão por que Teg sempre tentava remover-se para a cena de combate e examiná-la pessoalmente. Se você não visse a dor, poderia facilmente causar uma dor ainda pior, sem refletir.”
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23° de 2021
Desafio Skoob 2021
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Alexandre 21/06/2021

Senti progressivamente durante a jornada uma queda no ritmo de meu interesse pela saga, mas vale a leitura.
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Dani 31/03/2021

Arrastado
Achei a leitura arrastada. Mantêm-se as características reflexões da saga, sobre poder e política.
Ao longo do livro poucos eventos acontecem, mas gostei do antagonismo entre Bene Gesserit e Honradas Madres. Apenas no final é que a história flui melhor. Achei que o livro deixou perguntas sem resposta.
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Henrique Moutinho 24/03/2021

Decepcionante
O livro se desenvolve com histórias paralelas seguindo para um grande encontro. Aí o autor abre mão de uma parte da história (como já fez em outros livros) e as coisas se bagunçam em conclusões não ditas.
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Sidnei 06/11/2020

Fraco
O melhor da Saga Clássica, escrita por Frank Herbert é o quarto livro (Imperador-Deus).
A Saga começa bem, no segundo dá uma caída, volta a melhorar no terceiro e atinge o ápice no quarto livro.
O quinto e o sexto livros é ladeira abaixo.
Uma pena.
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Marcos Antonio 05/05/2020

As Herdeiras de Duna
E a saga chegou ao fim, Frank Herbert não viu a conclusão de seu livro e seu filho compilou a história, dá para ver que o livro não são iguais aos outros. Mais a guerra entre reverendas Madres e a Bene Gesserit chegou a um final no qual eu achava que poderia ser melhor. Ducan e Teg como Ghola planejaram uma guerra perfeita com final desastroso. Mais só lendo para ver.
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Diego.Guzzi 20/03/2010

Consegue superar os hereges de duna, pois a história mostra o conflito entre as Reverendas Madres e as Honradas Madres e os seu desdobramentos. E falam sobre o peso de decidir coisas importantes em tempos de guerra, além do peso sobre as nossas decisões.
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