Nica 17/04/2022
Le Guin, apenas
Toda vez que leio uma obra da Le Guin, tenho um sentimento diferente. Toda vez me surpreendo, e é impossível ficar na zona de conforto.
Na mão esquerda, fiquei completamente apaixonada pela autora. Com Floresta é o nome do mundo, senti como se o livro fosse um ensaio pra algo maior. Com o conto de Omelas, chorei sem saber pq. E com esse, achei que não ia conseguir acabar. Senti raiva e medo, angústia e tristeza em todo tempo de leitura. Até a metade do livro, considerei com muita amargura deixar de ler, ainda bem que continuei. Me apaixonei pela história, ou histórias pra ser mais precisa, mesmo se referindo ao mesmo personagem, as linhas de tempo diferentes propõe quase uma prática da física apresentada no livro.
É extremamente difícil chegar na metade do livro, exige muita atenção e parece muito que ao invés de vc ler o livro, ele tá lendo vc.
Não consigo expressar tudo o que a história significa, tudo o que ressignificou pra mim.
Se for ler, o que recomendo muito, o faça com resiliência, com paciência e delicadeza pra entender que a leitura não vai sair na força, respeite seu tempo de leitura!