Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
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Resenhas - Os Despossuídos


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Simone 25/09/2023

Utópico
Esperava uma pouco mais de ficção científica, mas encontrei muito fantasia. Gostei. No começo a leitura tava um pouco empacada, acho que pela escassez de informação. No decorrer da narrativa as coisas vão se encaixando e foi exatamente isso que mais me prendeu atenção e me manteve firme na leitura. Amei a estratégia de desenvolver a narrativa sem uma linha temporal linear. Ela fica indo e vindo na história e o fim do livro está temporalmente (numa perspectiva linear) ligado ao começo.
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Lucy 08/12/2023

Ser sustentada enquanto trabalho
O exercício de imaginação desse livro é tão grandioso quanto o de 1984 e admirável mundo novo, porém, com a possibilidade de abranger uma utopia e uma diatopia, uma teoria do tempo e uma narrativa que versa ao mesmo tempo metanarrativamente, pois é psicológica, em seu enredo pois tem os 3 mundos (anares, urras e terraahaha, esqueci o nome), assim como o anarco comunismo, o capitalismo e o depois coexistindo com a teoria de Shevek: a simultaneidade.
É um livro sobre "viagem no tempo", de certo.
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Larissa.Colares 28/12/2023

Incrível! Depois de pegar o ritmo da narrativa, o livro se torna uma leitura viciante. Me fez pensar muito sobre como sistema político-econômico tem forte influência em praticamente tudo na vida das pessoas: na forma que pensamos, que interagimos, que demonstramos amor, que trabalhamos, que fazemos ciência, que nos comunicamos?
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Julia 20/01/2024

Fantástico, criativo e potente
Em Os Despossuídos, Ursula Le Guin pega um gênero frequentemente marcado por conservadorismos e o vira do avesso. E faz isso na década de 1970!
Aqui, os temas como a vida em outros planetas e as possibilidades de manipulação do espaço-tempo são utilizados como suporte para discussões igualmente instigantes sobre nossa sociabilidade.
Os dois planetas nos quais se passa a história, Urrás e Anarres, são, de fato, opostos. No primeiro, se vive a miséria capitalista, enquanto no segundo, que foi povoado por revolucionários urrastis, construiu-se uma experiência próxima ao comunismo. Shevek, o protagonista, nasceu em Anarres e vai a Urrás, sendo o primeiro anarresti a deixar seu planeta.
Gosto de como Anarres não é retratada como uma sociedade perfeita, mas como uma experiência em construção, sempre ameaçada pela burocratização, enquanto os problemas de Urrás vão sendo gradualmente descortinados ao longo dos capítulos da obra. A crítica Anarres é contundente em vários momentos, mas não recai na negação da experiência anarresti ou na exaltação a Urrás.
Outro aspecto fascinante da escrita de Le Guin é a centralidade que ela dá à linguagem. Se a língua é construída social e culturalmente, é de se esperar que pessoas socializadas em modos de produção distintos também se expressem diferentemente. E isso é evidenciado na obra. Em Anarres, ninguém possui nada, e até mesmo a propriedade individual é desencorajada. Por isso, pronomes possessivos são evitados no idioma anarresti, o právico.
Além disso, os anarrestis repreendem fortemente aqueles que ?egoizam?, isto é, os que agem de forma individualista, em detrimento do interesse comunitário. ?Egoizar? é o neologismo que representa o comportamento mais repreensível naquele planeta.
Finalmente, a abordagem sobre gênero e sexualidade também foi, para mim, um ponto forte da leitura. Apesar de A Mão Esquerda da Escuridão levar o crédito por tratar disso de forma central, é em Os Despossuídos que Le Guin consegue elevar o patamar da discussão, abordando-a com mais maturidade.
Além de tudo, os enredos da vida pessoal de Shevek e seus amigos também me instigaram e me conectaram à leitura, principalmente pela ternura com a qual a autora descreve os relacionamentos do protagonista. Talvez a obra de ficção científica mais crítica e humanista que já li. E além de tudo, é potente, por permitir que quem lê consiga imaginar e vislumbrar outras formas de existir, de ocupar e de explorar o Universo.
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Catharina45 26/02/2024

É meio difícil fazer uma resenha de um livro que você não entendeu muita coisa por ter várias divagações filosóficas e ideológicas, claro que tinha o de física, mas meu cérebro fez questão de ignorar.

Um grande ponto positivo é que a escrita da Ursula é ótima, cativa a cada nova página, o que torna uma leitura agradável apesar do livro ter uns momentos confusos e complexos, mas sei que é da parte do gênero e como raramente leio, sempre trás a estranheza e de trazer o sentimento de ser difícil de digerir.

No entanto, acho que o fato de ter capítulos no passado e no futuro, acaba tendo uma pequena confusão por não seguir uma única linha temporal continua, ou seja, continuar no presente capítulo após capítulo.

E uma coisa que afetou um pouco a nota foi a questão do abuso sexual não ter tido mais desenvolvimento sobre, não durante, mas depois como isso repercutiria no desenvolvimento da história, contudo entendo como deixado de lado pelo desenvolvimento passado do Shevek e toda sua criação em Anarres.

Mais um ponto positivo, além da escrita, é o desenvolvimento da história em que faz se refletir sobre cada ideologia passada e que nenhuma é 100% ruim ou boa. E uma coisa muito interessante que é uma história atemporal, que pode ser lida a qualquer momento, que nós faz duvidar se o sistema atual, no momento capitalista, é algo totalmente ruim ou totalmente bom.

No geral é uma leitura que se deve ler com calma e pensar muito, para quem gosta do gênero recomendo a leitura deste livro.
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Maria. 26/02/2024

Os despossuídos
"Não se pode ter nada... E muito menos o presente, a não ser que você o aceite junto com o passado e o futuro."

Esse livro foi o meu primeiro (que eu lembro, na verdade) que li sobre o gênero. E sinceramente não poderia ter sido outra opção melhor. Eu simplesmente amo a maioria desses livros malucos/complexos demais para minha cabecinha poucas ideias, e como li esse livro com a plenitude de um monge, sinto que aproveitei bem o que eu deveria ter aproveitado e o tempo extra foi uma dádiva durante a leitura. É verdade que me senti muito desconexa de tamanho intelecto da parte da autora, porque caras, foi meio que genial a maneira que ela fez tudo nesse livro. Criou planetas, histórias, guerras e tantas outras coisas e ate mesmo idiomas! Li cada pedacinho fotografando cada linha. Sei que Urras e Anarres diferem em poucas coisas da nossa realidade (as questões que falamos no debate que são parecidas com a realidade e etc) mas era uma aventura para mim "vivenciar" esse plano acontecendo. Gostei da forma da narrativa, e sinto que por maior que tenham sido os capítulos ia ser impossível o livro funcionar com capítulos menores; acho que daria a impressão que a história estava mais fracionada do que deveria. Gostei de cada linha de raciocínio, nao de uma forma que apoiei cada atitude errada e grotesca que bom, nao falarei spoliers mas quem leu sabe sobre esse capítulo 7 e as companhias que vieram junto! Como cada um pareciam unicos a tudo. Sua forma de pensar sobre a revolução, teorias, sistema governamental. Foi baita interessante enquanto durou todas aquelas filosofias. Para mim foi uma leitura bem produtiva, por assim dizer e de "personagens" que gostei mais, de perto e de longe; takver. Tirin e Bedap. Apareceram pouco mas fizeram muito e fico agradecida de verdade.
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Mari Mirandinha 25/03/2024

Essa foi, sem dúvida, uma leitura muito estimulante! Poder refletir sobre as propostas e contradições dos diferentes sistemas apresentados dentro desse mundo rico criado pela autora foi desafiador e prazeroso. Com certeza vale uma releitura.
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fyveer 21/06/2020

#LeiaSciFi
#𝐒𝐂𝐈𝐅𝐈𝐋𝐂 | #𝐏𝐀𝐍𝐱𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐇𝐀𝐒

↬ Os Despossuídos, Úrsula K. Le Guin

▾ Editora: Nova Fronteira
▾ Tradução: Danilo Lima de Aguiar
▾ Páginas: 384

✍🏽 ❝Quando se foge do sofrimento, foge-se também da possibilidade de alegria. Pode-se ter prazer, ou prazeres, mas não se pode alcançar a plenitude.❞

Nessa obra, que faz parte do cronograma anual do #SCIFILC, temos uma trama que se passa em dois planetas gêmeos: Urras e Anarres. O primeiro é um mundo dividido em vários estados e dominado pelos dois maiores, que são rivais; já o planeta Anarres vive uma situação bem diferente: sua política anarquista cria uma ilusão de uma sociedade perfeita. Essa ilusão só é quebrada quando Shevek, um físico brilhante, descobre uma teoria que pode acabar com o isolamento de seu planeta e favorecer as guerras do vizinho.

O livro é de fácil leitura, mas tem muitos pontos que trazem reflexão sobre a nossa própria sociedade e de como os governantes lidam com a situação atual, além disso a autora a todo momento mostra que não se precisa necessariamente de um futuro distopico centralizado em máquinas para fazer um bom livro de ficção científica.

Shevek é um personagem complexo, capaz de cometer tantos erros quanto acertos — talvez seja pela súbita mudança de cultura que me fez em alguns momentos perceber uma certa ingenuidade, que aos poucos foi desbancada pela autora.

Todos os personagens tem um motivo para aparecer, já vi alguns escritores colocarem personagens em cena somente para preencher diálogo, mas a Úrsula sempre resgata esses indivíduos em momentos precisos — seja para responder uma reflexão de Shevek ou então para servir de faísca do climax da narrativa.

Em nenhum momento me senti cansada da leitura, ela foi bem proveitosa e eu me imagino relendo esse livro no futuro, a escrita faz com que o leitor se interesse nos mínimos detalhes de planetas que de certa forma são um cópia rebuscada do nosso.

Em suma, recomendo a leitura para quem quiser entrar nessas vibes reflexivas que a ficção científica promove, acho até que seria mais propício ler ele antes de adentrar ao universo do PKD.

Tags.: #ficcaocientifica #osdespossuidos #ursulakleguin #scifilc #bookreview #bookstagram
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Clarice.Nobrega 18/09/2020

OS DESPOSSUÍDOS
Apesar de se tratar de uma ficção, encontramos na obra uma série de reflexões políticas reais e com um ótimo embasamento teórico. A autora explora um universo ficcional bastante rico, marcado por tensões geopolíticas e regimes que se opõem. Ursula K. Le Guin tece uma série de críticas a ambos os regimes políticos e econômicos abordados de forma profunda e contextualizada.

Dentro da ficção existem o planeta Urras (capitalista) e sua lua Anarres (anarquista) .Os habitantes de Anarres são descendentes diretos de Odo, uma importante liderança que comandou um levante revolucionário em Urras e a consequente colonização de Anarres.

Anarres é uma lua árida, marcado pela escassez de recursos naturais e terras cultiváveis. Com uma sociedade revolucionária anarquista livre da propriedade privada e da posse, baseada no trabalho coletivo e na solidariedade.(é importante destacar que no livro não existe a diferenciação entre propriedade privada e posse pessoal)

Urras é um planeta exuberante e marcado por abundância de recursos naturais. Com uma sociedade capitalista baseada na acumulação do capital, na propriedade privada e na individualidade.

O livro narra a história de Shevek (inspirado em Robert Oppenheimer), um cientista de Anarres que tenta estabelecer uma troca de conhecimento entre os dois mundos, o que o coloca em conflito com a comunidade cientifica de sua sociedade.Nesse momento da obra, percebemos uma crítica direta a burocratização e censura promovida em Anarres que apesar de ser uma sociedade sem estado apresenta-se em vários momentos como centralizadora do poder.

Frustrado com toda a burocratização o jovem cientista decide visitar Urras, para tentar completar seu trabalho e divulgá-lo para todos. Em Urras Shevek entra em contato com toda a sua exuberância e riqueza natural, mas também com toda a miséria, misoginia e desigualdade social do mundo capitalista que tentam lhe esconder. No fim de sua visita ele descobre que sua estadia em Urras esconde motivações sombrias e proprietárias.

frases e citações:

“ Para fazer um ladrão, faça um proprietário; para criar o crime, crie leis.” (O organismo social)

"Então vocês descartaram todas as imposições, todos os “faça isso”, “não faça aquilo”. Mas, sabe, acho que vocês, odonianos, não entenderam nada. Descartaram os padres, os juízes, as leis do divórcio e tudo o mais, mas mantiveram o problema real por trás deles.Só inseriram o problemas em suas consciências.Mas ele ainda está lá.Vocês continuam os escravos de sempre!"

"Não é só porque eles querem essa sua ideia. Mas porque você é uma ideia. Uma ideia perigosa. A ideia do anarquismo, em carne e osso. Andando entre nós.”

(- Una-se a eles se gosta do método que usam. Não se chega a justiça com a força!
- E não se chega ao poder com passividade!
- Não queremos o poder. Queremos o fim do poder!)
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alinedeoliva 10/06/2024

Não se pode destruir ideias reprimindo-as
Ganhei esse livro de presente de aniversário de uma grande amiga. E que presente maravilhoso! (Obrigada Maiky!)
Uma utopia questionadora e esperançosa, que nos confronta e nos acolhe. O tipo de livro que te tira da realidade enquanto te faz questiona-lá constantemente.
Diferente do protagonista, que ao fim do livro retorna ao seu planeta acreditando que ?não tinha trazido nada?, finalizo esse livro e retorno à minha realidade com tanto?
5/5 com certeza. Ursula é brilhante!
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pseudoaries 01/07/2023

A banalidade do mal venceu
Um fato curioso sobre a Ursula K. Le Gin é que eu já vi muita gente citando o nome dela, mas nunca vi ninguém realmente discutindo a fundo os livros dela. Depois de ler um livro dela, eu finalmente entendi o motivo.

Ela constrói universos fictícios de uma maneira excepcional e a escrita dela também é muito boa, mas isso não impede esse livro de cometer o maior pecado que um livro pode cometer: ser entediante.

Que livro sem graça, que personagens sem sal!

O livro tem duas linhas do tempo, mas só um delas funcionou para mim e é a linha do tempo que recebe menos destaque.

O final é horrível, já que me pareceu que a autora não sabia como dar um final digno pra esse enredo complexo que ela mesma criou, então ela simplesmente escreveu qualquer coisa.
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ED73LH 25/10/2023

Apenas leiam!
Com toda certeza o livro que fez eu me apaixonar por ficção científica. O livro traz debates sociais incríveis num universo muito rico.
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Priscila.Freitas 29/12/2023

História interessante. Foi uma boa experiência de leitura. Um livro de ficção cientifica bem construído
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Tati Freitas 17/02/2024

Esse livro é extremamente interessante, principalmente pela discussão sociológica, mais até do que pelo sci fi, que eu acredito ser usado como um meio para um fim. O cerne do livro gira muito mais em torno das diferentes estruturas sociais, nesse caso o capitalismo e o socialismo/comunismo anarquista. Eu fiquei genuinamente impressionada com a capacidade da Ursula de colocar pontos e contrapontos na narrativa de uma maneira a destrinchar esses sistemas e mostrar que nenhum deles é, nem nunca será perfeito, principalmente por dependerem de pessoas imperfeitas. Ela consegue falar de feminismo e de sexualidade de uma forma tão natural e que ressoa com a nossa realidade hoje, e isso ainda na década de 70. Eu só tenho uma ressalva que me fez não dar cinco estrelas pra esse livro, que é uma cena de abuso sexual que me incomodou, não por ser pesada, mas por me parecer gratuita e vindo de um personagem que não faz sentido ter essa atitude, ainda estou me perguntando a razão desse momento estar no livro, o que a Ursula queria com isso? Talvez nos mostrar até que ponto o personagem foi deturpado? Não sei, mas isso não afeta a maestria e genialidade da narrativa da autora.
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