Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas - Os Despossuídos


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Wania Cris 26/10/2020

Pensa numa escrita gostosa...
Em primeiro lugar consto que não sou digna de resenhar essa obra. Não sou digna de ler Ursula Le Guin. Mas que honra ter lido.

A autora já tinha me ganhado num simples prefácio de Piquenique na Estrada. Uma escrita cativante, carinhosa, afável de se ler. E a impressão persistiu em Os Despossuídos.

O livro narra a saga de Shevek em busca da reconciliação de planetas gêmeos separados por uma revolução. O cientista acredita que falta apenas uma boa vontade em ouvir e acolher, mas, é levado a perceber que as causas da ruptura estão mais profundas do que ele imaginava. Passa pela sede de poder e dominação, pela negação da necessidade do outro, pela intransigência com o novo, com o diferente. E, dentro de tudo isso, essa escrita maravilhosa que mais parece um abraço, as ponderações sociais, o paralelo entre nações em guerra e interesses em jogo, uma aula de política com o embate entre socialismo, capitalismo e egoísmos... uma fada da escrita ela, gente...

Os saltos temporais entre presente, passado e futuro dificultam a assimilação da estória, mas, não o entendimento da obra. Se não entendi algo a falha é minha e só minha. Ursula nunca errou. Passo pano meeeeeeeeesmo!

Infelizmente a editora não tem interessem em traduzir e publicar os demais livros da série, o que é uma pena. Ursula deveria ser leitura obrigatória em todos os mundos.
NancYamada 26/10/2020minha estante
Ri muito de tanto pano passado kkkkk
Você eh a melhor!




Karol 24/01/2021

Inspirador
É lento no início e exige muita atenção para que o leitor não se perca nas linhas do tempo que são retratadas na história (eu tive dificuldade). As reflexões de estrangeiro trazidas por Shev a Urras fazem refletir a sociedade em que vivemos e, às vezes, podem ser muito tristes ou inspiradoras, de acordo com o que se passa na história. É ficção científica raiz, se você gosta do tema, com certeza não se arrependerá.
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Loiza 03/10/2023

Livro maravilhoso e único. Realmente uma obra que transcende o gênero e provoca debates.

Pena que o final ficou corrido, gostaria de mais páginas.
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QueriaSerPlanta 01/08/2020

Incrível
Construção de personagens, cenário, enrredo e questionamentos primorosos.
Narrativa fluída e envolvente.
Quero ler tudo dela.

Pare todas as FC que vc está lendo e vá catar Os despossuídos.
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Marafa 01/04/2022

Esse livro, assim como A Mão Esquerda da Escuridão, tem capítulos longos, demora até engrenar e também parece que o protagonista não tem um objetivo bem definido, o que dificulta que o leitor simpatize com ele ou "compre a briga" dele. Ainda assim, é um livro profundo e cheio de reflexões. Um livro que, a partir da metade, te deixa com muita vontade de descobrir mais e chegar até o final. Olhando agora, é um livro muito bom e passou a ser o meu preferido da autora. De algumas formas, nos identificamos tanto com os personagens quanto com os acontecimentos. Vale a pena ler
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Nicole 18/03/2021

No início achei o livro um pouco confuso e algumas descrições tediosas; na sequência o livro cumpriu com o papel de entretenimento mas deixou a impressão de que faltou força no final.
Achei o livro interessante, mas confesso que espera mais.
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André 07/09/2020

Ser todo é ser parte; a verdadeira viagem é a volta.
É difícil começar uma resenha de um livro tão magnífico como esse, que fala sobre tantas coisas, que imagina formas de se viver tão verdadeiras e que nos desafia constantemente a questionar e refletir sobre nossas noções e ideias.

Se tivesse que resumir, diria que é uma obra anarquista sobre destruir muros, próprios e alheios. Muros físicos, mentais, sociais e filosóficos.

É interessante como a autora concebe a sociedade em Anarres, pois não cria uma sociedade utópica e perfeita. Ela, como anarquista, sabe que não há um caminho fácil para uma revolução, não é fácil manter a existência dessa comunidade. Justamente por isso é tão gratificante para mim, também como anarquista, ver o que a autora imaginou e funcionamento dessa civilização.

Um dos muros a serem derrubados está em Anarres. Apesar da filosofia de Odo (idealizadora dos princípios de Anarres) não ter criado leis, percebe-se que em alguns momentos a sociedade acaba criando meios coercitivos, limitando a liberdade individual de escolha de cada indivíduo. É fundamental essa reflexão, pois como dito, não há sociedade perfeita.

No próprio livro há menção de que a revolução deve ser constante, apresenta versos sobre a necessidade de vigilância constante para que não haja a derrocada dos ideias anarquistas naquela sociedade. E, de fato, é uma dificuldade real do estabelecimento de uma sociedade revolucionária não cair em um engessamento, ou na produção de micro-fascismos (como diz Deleuze).

E outro muro que Anarres precisar derrubar é o do seu "passado". Depois da revolução e a saída de Urras, os anarristas não voltaram mais ao seu planeta de origem e mal mantém contato com Urras. Por isso, Shevek vai até Urras para tentar fazer essa conexão. Ainda que a execução dele tenha sido mal sucedida, é uma necessidade que se espalhe a revolução para todos. O verdadeiro sentimento de solidariedade não pode ser "egoizado" para um grupo apenas, a revolução de um país só é um desrespeito a todos aqueles que sofrem.

Além de nos fazer refletir sobre esses dois muros, o livro nos faz refletir sobre individualidade e diferenças. A individualidade deve ser preservada, porque é potencializando as diferenças que se consegue alcançar os melhores resultados sociais. O que se deve ser evitado e combatido é o egoísmo, justamente o conceito de liberdade liberal-burguesa que vemos tão claramente hoje em dia, com pessoas se recusando a usar máscaras, desrespeitando medidas sanitárias, movimentos antivacinas, alegando ser uma escolha individual. A liberdade e individualidade não podem ser egoístas, mesquinhas, mas sim se conectando com a solidariedade, na busca do que é melhor para todos.

Já em Urras, a autora critica pesadamente o capitalismo e mostra como ele é o principal muro a ser destruído. Se Anarres é um sonho anarquista, a nação de A-Io é o sonho capitalista. É,verdadeiramente, o ideal de um mundo para os neoliberais, com luxo e fartura... mas só para alguns. Um luxo e fartura bancado pela exploração da grande parte da população, mantendo-os na miséria e reprimindo violentamente qualquer descontentamento. Acho nem preciso dizer o quanto isso é atual.

Além desses pontos, o livro aborda várias outras questões, como misoginia, racismo, relacionamentos, amor, solidão, eu etc. Também tem vários pontos que eu pensei durante a leitura e que esqueci enquanto escrevo a resenha. Mas sinceramente, para falar de tudo que o livro aborda e nos faz refletir, precisaria escrever outro livro.

Enfim, Ursula Le Guin é uma escritora fantástica, faltam adjetivos suficientes para qualificar a obra dela. É um dos melhores livros que já li e que fortaleceu meu anarquismo.
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Izabelle 18/02/2021

Uma obra prima!
Livro extremamente necessário. Uma experiência ímpar e muito engrandecedora! Publicado há quase 50 anos, e ainda sim uma obra à frente de seu tempo. É necessário ler a obra com calma e paciência para extrair tudo que ela oferece. E vale cada segundo da leitura. Ainda em êxtase com a escrita e profundidade da obra de Ursula.
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Michele Alberton 23/06/2022

Talvez eu não tenha aproveitado da profundidade desse livro nas questões políticas que ele aborda de maneira magistral, mas adorei de qualquer forma, pois ficção é um gênero que está me atraindo cada dia mais.

Shevek é um estrangeiro, de certa forma. Sua alma é inquieta demais para se adaptar a qualquer um dos planetas apresentados no livro, e onde ele estiver, sua inquietação acabará por causar uma revolução - o que é sensacional!

Fiquei meio perdida com alguns termos mais científicos que o livro tem, mas isso não afetou em nada o prazer pela leitura. Recomendo super!
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Thaís 21/12/2021

Romance político
"Os Despossuídos" é uma obra de ficção científica que aborda temas filosóficos. Através da criação de uma nova civilização, num planeta diferente, isolada, com diretrizes bem definidas, Le Guin aborda temas como organização e liberdade do indivíduo perante a sociedade. A questão de quem é mais livre, se uma sociedade anarquista, sem estruturas de poder bem estabelecidas, que nega a propriedade seja em relação aos bens físicos ou aos parentes, ou uma sociedade baseada no consumismo, que oferece luxos e mordomias a quem está disposto a pagar por elas, com governantes poderosos, quase que ditatoriais. É uma discussão sobre o bônus e o ônus de cada situação. Uma das passagens mais marcantes trata da censura de massa, ou seja, tudo aquilo que a maioria rejeita é ignorado, censurado, não de forma direta, mas pelo desejo comum. Sendo assim, a manipulação da opinião pública passa a ser uma forte arma nas mãos dos influenciadores. Cabe aos revolucionários lutarem em seus ambientes para defender seus interesses.
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Alexandre 07/01/2021

Busca do personagem Shevek pela sua liberdade e de todos os povos, que independente de suas organizações sociais vão construindo muros que separam e aprisionam todos os indivíduos. Serve para refletirmos sobre a nossa responsabilidade perante a nossa busca por essa sensação de ser realmente livre.
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Marcelo.Castro 28/10/2022

Sci-fi de qualidade, com toques de utopia/distopia
Excelente obra de ficção científica, muito bem construída em termos de ambiente, conceitos, civilização, tecnologia, etc. Também traz uma boa dose de utopia/distopia, com o claro contraponto construído entre as diferentes sociedades e suas formas de organização, sem poupar críticas à nenhum dos modelos, algo que é evidenciado pela viagem feita pelo protagonista e suas experiências pessoais. Trama envolvente, muito recomendado.
eu, eu mesma e os livros 29/10/2022minha estante
Já tinha visto alguma coisa sobre esse livro, mas agora fiquei com mais vontade de ler.


Marcelo.Castro 29/10/2022minha estante
É ótimo o livro. Você vai gostar!




Jedi Literário 25/12/2020

De mãos vazias e almas cheias.
Le Guin trata de temas importantes como a tensão entre indivíduo e coletividade, o poder e suas armadilhas, amor e liberdade, isolamento e cooperação. Também de luta e esperança.

A narrativa é multifacetada, sempre conciliando a construção de personagens fortes, intensos e envolventes com a construção de um mundo vivo e que se faz presente, tensionando cada escolha dos personagens.

Texto vívido e, por vezes, visceral. Se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos.

"Quando você evita o sofrimento, evita também a chance de alegria. Você pode ter prazer, ou prazeres, mas não pode atingir a plenitude. Você não saberá o que é voltar pra casa".
(Os Despossuídos, Úrsula K. Le Guin, pg 326).
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