Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
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Ursula K. Le Guin




Resenhas - Os Despossuídos


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Ana 20/07/2020

O fim do capitalismo imaginado
Recomendo fortemente este livro para todos que questionam como seria um mundo socialista/anarquista. Ele traz varios bons pontos . Não é uma ficção tão fácil de ler mas vale a pena.
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Dani Gundes 06/08/2023

Para degustar, digerir e refletir...
Achei muito interessante como este livro me despertou sensações e como a autora conseguiu ilustrar os pontos positivos e negativos do anarquismo e do capitalismo apresentados na trama. Uma sociedade anarquista pode "dar certo" em um lugar onde ninguém tem nada, todos são nivelados por baixo, todos são pobres e o planeta, árido. Tudo é compartilhado, ninguém 'egoísa', todo mundo faz o trabalho sujo, todo mundo se ajuda. Mas, pelo visto, a solidariedade têm limites: a fome. Nesta situação, os anarrestis ativam o modo "farinha pouca, meu pirão primeiro". E o que falar da falta de privacidade e de reconhecimento profissional? Do isolamento voluntário ser mal visto? Parece que a utopia anarquista fica com cara de distopia e o mundo Urras se torna uma opção sedutora. Afinal, porque não merecemos, todos, o luxo? Reconhecimento profissional depois de anos de dedicação seria um caminho natural, como a abundante paisagem de plantas e animais do planeta alienígena. Mas para uns serem ricos, outros terão que os servir. Quem servirá aos ricos? E as mulheres? Não podemos desconsiderar cerca da metade da espécie! Ou será que podemos? Que tal serem nossas bonecas de luxo?! E por aí vai... Remexeu seu estômago por aí? Porque o meu sim, e os meus neurônios também!!
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Fox 26/07/2020

Capitalismo vs Socialismo
Shevek é um fisico que sai de seu planeta Anarres (socialista) para conhecer Urras (capitalista) e receber um premio de fisica. Foi um livro que me fez pensar sobre questões filosóficas (com uma pitada de leve crise existencial no meio) de uma forma natural porque conforme acompanhamos Shevek esses questionamentos são feitos conforme ele é apresentado a Urras. A história pode parecer parada de início por todas os questionamentos filosóficos, porém conforme eu lia ficava mais presa a trama de intrigas políticas e pessoais, e não esperava por metade das reviravoltas do rumo da história.
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Murilo.Saibro 03/09/2020

Anarquismo e Utopia
Esse livro foi muito essencial para o desenvolvimento do meu pensamento político e da quebra de vários "achismos", principalmente em relação ao Anarquismo. Sempre acreditei que seria algo completamente impossível, mas a construção de sociedade que a Ursula faz nesse livro é tão autêntica, que me fez rever diversos pensamentos antigos sobre utopia e anarquismo. Leitura super recomendada.
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Nandara.Secco 05/11/2020

Essa não é uma leitura de escapismo
Conheci essa obra por meio de uma recomendação da maravilhosa Sabrina Fernandes, então já esperava muito, no entanto, achei que se tratava apenas de um clássico da ficção científica, mas descobri que é muito mais que isso.

Os Despossuídos, de Ursula K. Le Guin, apresenta o planeta Urras, capitalista, e sua lua, Anarres, anarquista, e diferente do que pensei no começo da leitura, essa não é uma leitura de escapismo, já que há, neste livro, uma análise social profunda sobre essas duas sociedades, com pitadas de filosofia, ética, sexualidade, discussão sobre gênero, sociologia, política e, por que não, ciências exatas.

Shevek, o protagonista, é um físico que nos é apresentado, aos poucos, desde sua infância até o seu amadurecimento - sendo, portanto, um bom exemplar do chamado "romance de formação" - quando vemos pelos seus olhos a sociedade de Urras em uma visita deste ao planeta capitalista. Impossível não se apegar à personagem, tão profunda e bem construída, ao passo que acabamos por nos sentir exatamente como ele se sente: chocado com as diferenças gritantes de uma sociedade desigual, que, afinal, é tão igual a nossa própria Terra. Por isso, o choque é mais intenso.

Por fim, posso afirmar que essa obra é um mergulho nas utopias ambíguas em que vivemos e nas questões que nos assolam, faz-nos querer gritar, fugir e, paradoxalmente, acreditar que é possível imaginar outra sociedade.

Doida para ler outras obras dessa incrível escritora.
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Rodrigo.Rodrigo 23/07/2023

Apesar do livro trazer alusões ao embate do sistema capitalista e sistema comunista, o verdadeiro ensinamento é que o ser humano precisa evoluir muito para atingir um sistema econômico e social aceitável.
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Daniel.Tschiedel 29/12/2023

Impossível não questionar nosso modo de viver
O livro é fantástico, muito mais palatável que A Mão Esquerda da Escuridão. Aqui eu consegui me apegar aos personagens principais e o livro não foi nem um pouco maçante.

Lendo sobre a sociedade de Anarres, apesar dos problemas que lá ocorrem, me parece um sonho poder viver em uma sociedade daquela (claro que não nas mesmas condições de planeta inóspito).

O livro te faz pensar o tempo todo sobre a desigualdade social do nosso mundo, do absurdo do consumismo, do porque uns vivem na miséria enquanto outros na fartura e mostra como seria uma sociedade onde todos fossem tratados de forma igualitária e fraterna, onde a ideia de posse não existe.

Vale a pena demais a leitura!
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Juliana 08/08/2022

Os Despossuídos foi um livro que me surpreendeu muito. A história é sobre Shevek, um físico de um planeta desértico chamado Anarres, que é praticamente anarquista e que vai para Urras, um planeta capitalista para poder da continuidade a seus estudos.
Acho que o mais legal dele é que ele faz duas coisas: a primeira é desatualizar a forma que nossa sociedade de organiza, através dos estranhamentos do Shevek, e em segundo lugar trazer uma nova possibilidade para essa organização, que é Anarres, sem ter uma postura mais preconceituosa com essas outras possibilidades. A leitura é muito envolvente e mal vi as páginas passando. Para mim a autora foi genial a construir cada pequeno detalhe, até pensando nas diferenças de vocabulário de um planeta pro outro.
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Matheus.Ferrari1 19/01/2023

Um sistema anarquista pode ser implantado com sucesso? Não, pois é necessário o mínimo de ordem para desenvolvimento.
Um sistema autoritário pode ser implantado com sucesso? Não, pois é necessário o mínimo de liberdade para convívio.

Nesse contexto, Ursula LeGuin cria dois planetas (ou um planeta e sua Lua, dependendo de qual lado do "muro" você está).
Anarres é um planeta anarquista, livre de posses, fundado a partir de pessoas que fugiram do planeta Uras após uma revolução. Uras é capitalista,
um modelo que permite a existência de pessoas muito ricas e pessoas muito pobres, onde tudo é possível tendo dinheiro e possuindo
coisas de quem não o tem. Uras e Anarres vivem em relações um tanto quanto hostis entre si, como se realmente houvesse um muro entre ambos, porém dependem um do outro.

Anarres possui a ideia de sociedade utópica, mas é isolado. Uras é avançado tecnologicamente, mas muito desigual. O ideal seria a aproximação dos planetas.
É com essa ideia que Shevek, um físico anarresti, parte pra Uras com a intenção de estreitar relações a partir de uma teoria que ele está desenvolvendo.
Porém, ao chegar lá, ele se vê em um sistema completamente diferente do que está habituado e percebe que essa viagem pode ser muito mais perigosa do que imaginava.

Esse livro me deixou confuso no começo, demorei um pouco pra engrenar pelo fato de sermos jogados lá no meio da história, além das transições entre passado e presente, mas aos poucos vamos entrando no contexto.
É muito interessante a ideia da autora de comparar planetas com sistemas completamente opostos, mas sem tomar lado nenhum, mostrando que ambos possuem suas qualidades e defeitos, sendo a mistura dos sistemas o mais ideal,
pois jamais haverá um sistema perfeito, já que o ser humano é imperfeito por si só.
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Gustota 23/05/2021

anarcohippies espaciais
A leitura desse livro me fez muito bem, principalmente porque traz um pouco da cultura das humanidades dos anos 70 para a ficção científica. Num universo paralelo onde uma raça humana colonizou milhares de planetas, dois em especial vivem em um embargo: Anarres e Urras. O primeiro é um satélite desértico colonizado por um grupo de dissidentes do planeta Urras. Politicamente identificados com o anarcossindicalismo, esse grupo rejeita profundamente qualquer tipo de posse individual, relacionamento monogâmico, família nuclear e autoritarismo hierarquizado. Nesse mundo vive o brilhante físico Shevek. Uma série de frustrações e ambições faz com que Shevek seja convidado a ser o primeiro habitante de Anarres em 200 anos a visitar Urras, um planeta dividido entre o capitalismo e o socialismo de Estado. Rapidamente Shevek entende que sua presença lá pouco tem a ver com ciência e sim com uma série de interesses sócio-políticos complexos.
É um livro fascinante para se compreender a relação pouco comentada entre o jogo político, o mundo empresarial, militar e o Estado com relação à ciência. E também o idealismo da autora Ursula Le Guin que muito se assemelha com as ideias de Noam Chomsky. Ver o desejo de liberdade intelectual e espiritual de Shevek foi uma das coisas mais gostosas que li em anos.
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Brunna Fernanda Freire 14/06/2021

O que dizer sobre este livro?
Primeiramente gostaria de esclarecer que meu primeiro contato com Ursula não tinha sido positivo (A Mão Esquerda da Escuridão me decepcionou bastante), mas não sou do tipo que desiste fácil ou que julga um autor baseado exclusivamente em uma única leitura, então é sincero quando digo que embarquei nesse livro sem nenhuma expectativa - ou no mínimo com certos receios.
Eu não poderia estar mais errada.
O livro é sinceramente um dos mais belos que já li, um dos mais poéticos e humano. O livro traz questões de gênero (muito melhor do que seu predecessor), políticas, sociais, filosóficas, cientificas, antropológicas, ambientais, entre diversas outras questões de forma profundamente humana e bela, não é um livro maçante, é um livro que nos leva aos mais altos voos de pensamento e sentimento.
Anarres não é perfeito, Urras também não, mas não é disso que o livro discute (quem está certo entre os dois planetas, entre as duas políticas), e sim sobre a liberdade humana, sobre os sentimentos humanos, sobre quem somos para além de categorias genéricas e quem gostaríamos de ser.
O livro intercala o passado e o presente do personagem principal, Shevek, de forma magistral, nada é irrelevante, nada é desprovido de profundidade, poesia e reflexão. Definitivamente um livro que descreve a complexidade humana, sua beleza e seu caos.
Deem uma chance para esse livro se quiserem ler ficção-cientifica, se quiserem ler Ursula Le Guin comece por esse, vocês não vão se arrepender - diferentemente da Mão Esquerda da Escuridão que infelizmente, como dito anteriormente, eu não recomendo.
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Otávio 04/07/2021

??????????
????????????

tipo o livro começa bom, deixa o cara curioso pra saber o desenrolar da história mas se desenrola com uma certa preguiça e de forma um pouco cansativa, tinha muitas expectativas pra ler Ursula K. Le Guin e confesso que me desapontei um pouco com esse livro.
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Gizele.Ingrid 10/07/2021

Anarquia?
Quer pensar e repensar o que somos como civilização; o que somos como organização social? Agora na modernidade: o que é propósito? Leia Ursula! Que mente impressionante! Agradeço
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Letícia Goliczevski Medeiros 26/01/2022

Muito cedo pra apostar que vai ser o melhor livro do ano?
Através da comparação entre os planetas de Urras e Anarres, a autora faz muitas críticas ao capitalismo e às relações de posse e de poder, mas também pondera sobre os pontos positivos e negativos dos dois sistemas socioeconômicos e sobre os possíveis problemas e desafios de uma sociedade utópica anárquica como a de Anarres. Acho que o objetivo é muito mais levantar debates e questionamentos do que trazer respostas prontas. Todas as reflexões sobre como seria uma sociedade onde não existe governo nem propriedade privada são interessantíssimas, adorei ver como isso impactou o comportamento dos personagens, a visão de mundo deles e os reflexos disso até mesmo na língua právica. As questões que o livro traz sobre desigualdade social, consumismo, vida em sociedade e liberdade individual me prenderam desde o início e me tocaram profundamente. Acho que dá pra tirar muitas coisas boas dessa história para a nossa vida, como rever prioridades e ter um estilo de vida menos focado em ter e consumir e mais voltado para a comunidade.
O único defeito do livro, na minha opinião, é que ele é bem lento. Eu lia algumas páginas e já me sentia cansada. Acho que a autora devia ter pulado algumas partes como fez no final do livro. Por exemplo, ela não descreveu os piores anos da fome em Anarres, mas ficamos sabendo das consequências e um pouco do que aconteceu durante a conversa entre Shevek e o motorista do trem. A autora não descreveu como Shevek chegou à embaixada de Terran, mas depois a gente fica sabendo como isso aconteceu durante uma conversa entre ele e a embaixadora. Eu acho que se a autora tivesse feito isso mais vezes a narrativa teria ficado menos lenta e monótona e mais ágil. Demorei 10 dias pra ler o livro e ele nem é tão grosso.
Ainda sim, recomendo demaisss, gostei mais dele do que imaginei que iria. Fazendo uma breve comparação com A Mão Esquerda da Escuridão (o primeiro livro que li da autora), achei a trama de Os Despossuídos menos parada, tinha mais coisas acontecendo, mais conflitos e debates sobre questões culturais e também achei a história mais emocionante e cativante, bem como os personagens.
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