Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
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Ursula K. Le Guin




Resenhas - Os Despossuídos


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urbenave 26/09/2023

Uma aula
Ursula disfarça suas histórias de ficção científica, mas o que ela nos apresenta são textos carregados de filosofia, antropologia, taoismo e especulação fantástica.
Os Despossuídos é uma história belíssima sobre liberdade, lealdade e família. Sobre ter e ser.
Crítica cortante à sociedade, Le Guin dá uma aula de contar histórias complexas, mas de um jeito leve.
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Pedro P. R. 02/07/2023

Um livro para refletir
Meu primeiro contato com a escrita da Ursula foi com o Feiticeiro de Terramar, publicado e posteriormente abandonado pela Editora Arqueiro. (Sendo relançado nesse momento pela Morro Branco).

Desde então fiquei apaixonado pela escrita da autora, tanto em Terramar, que é uma obra de fantasia, quanto em Os Despossuídos, que é ficção cientifica, a autora fez um trabalho excelente, que se destaca de outras obras dos gêneros pela forma como a historia é construída, assim em como funcionam os momentos chaves.

Muitos livros de ficção cientifica e fantasia usam de momentos de ação, ou de suspense para fisgar o leitor, ou dar uma reviravolta na historia. Algo que amo na escrita de Ursula é em como os momentos chaves na obra são diálogos, são momentos narrados que nos fazem parar e refletir, e em Os Despossuídos minha experiência não foi diferente.

No livro, acompanhamos Shevek, a criança, o rapaz, o adulto. O filho, o marido, o pai. O estudante, o voluntario, o físico, o revolucionário. O traidor. O anarquista. São tantos títulos, mas o uso deles vai depender de para quem você pergunte.

Shevek vive em Anarres, a lua colonizada de Urras, o paraíso utópico sem governo, sem sistema monetário, o mundo de anarquista que de alguma forma deu certo. No enredo, vamos acompanhar a vida de Shevek em dois tempos, o presente, com sua saída de Anarres para ir a Urras, o mundo dos “proprietários” e o passado, sua jornada até o derradeiro momento de sua saída de seu planeta.

Esse livro é maravilhoso, já faz quase 50 anos que foi escrito e ainda podemos ver as criticas da civilização dos anos 70 sendo vistos ou adaptados para os dias atuais. Ursula fala sobre governos que menosprezam suas mulheres, daqueles no poder que oprimem os mais pobres ou que tendem a tirar proveito das conquistas de outros. Do perigo da opinião publica quando esta é corrompida ou deturbada. Vai falar de muros erguidos, aqueles no mundo físico e aqueles na mente das pessoas e acima de tudo, vai falar da jornada de um homem para derrubar esses muros.
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Ramond 10/09/2023

Viva la revolucion
Machismo é ruim, burguês é ruim. Viveríamos bem melhor sem essas coisas cringe, então pau 🤬 #$%!& do capitalismo e legaliza já
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Grazi Comenta 08/11/2017

Representação feminina na ficção científica!
Sabe aquele livro que vem no período histórico certo pra gente ler? Então, esse é Os Despossuídos. Na verdade, a maioria dos livros de ficção científica faz muito sentido em qualquer época, haha, mas realmente pegou certinho com certas ameaças entre dois certos países. Anyway, bora lá.

“Jamais ele tinha tido iguais. E no entanto aqui, nos domínios da desigualdade, ele finalmente os encontrava.''

Os Despossuídos é ambientado entre dois planetas opostos: Urras, que vive um período que faz alusão à Guerra Fria, com duas super potências, uma capitalista e outra socialista, que disputam o controle do mundo e no momento estão dando suporte a um conflito em outro país, do outro lado do planeta (creio que esta parte da narrativa foi inspirada na Guerra do Vietnã) e Anarres, sua lua, que tornou-se um ''planeta'' habitado vivendo um anarquismo ''utópico''. Este foi construído por um acordo de exilamento dos rebeldes fracassados de uma revolução anterior. Desde então, esse povo vive em isolamento. Eles são os Despossuídos.

Mas o que significa ''despossuídos''? Que não estão sob posse de algo ou de alguém. Na sociedade de Anarres não há posse, portanto. Não há pronomes que encorajem este tipo de pensamento. Há uma sensação geral de coletividade.

Com estas duas sociedades ultra diferentes é construída a história de Shevek, um físico natural de Anarres que viaja a Urras para trabalhar em sua teoria de simultaneidade do tempo. Note que apesar de ser uma sociedade coletiva, ela não permite que Shevek desenvolva sua curiosa e compartilhe seu conhecimento. Ele então faz uma viagem jamais vista em Anarres. É com ele que vemos as dicotomias entre os planetas e suas características ajudam a formar o protagonista. Nada nesse livro aparece por acaso. Cada capítulo, alternadamente, se passa numa das sociedades e aos poucos vamos desvendando a intenção de Guin ao escrever essas obra.






No passado de Shevek, temos os capítulos sobre Anarres que vai sendo construída de modo realístico, sem exageros e muito interessante. No presente de Shevek temos os capítulos sobre Urras, que é basicamente uma crítica do nosso mundo real, mas fica claro que a narrativa quer nos fazer pensar. Nenhuma das sociedades é totalmente ruim ou totalmente boa. As ambiguidades vão sendo desvendadas e vamos nos convencendo do que está sendo vendido. Não há certo ou errado. Não há tentativa de forçar uma ideologia goela-abaixo. Úrsula utiliza esses planetas para nos mostrar a construção das sociedades e como suas relações nos atingem.

As tramas lembram um pouquinho o estilo de Estranho Numa Terra Estranha, afinal estamos acompanhando um cara numa terra diferente da sua de origem, mas difere no modo como trabalha a sociedade. Úrsula é pungente e incisiva, sem rodeios, mas trabalha tudo com calma. Este livro não é para quem espera tramas cheias de reviravoltas e plot twists. É mais uma sci-fi para pensar.


Os Despossuídos é, portanto, um livro complexo, com certa pompa nos conteúdos que trabalha, linear e feito para nos tirar de nossa zona de conforto. Pode entediar os iniciantes, mas para os fãs do gênero com certeza é obrigatório.

P.S.: Sobre a edição - simples e bonita. Não sei se o laranja forte contrastando com o branco foi feito pensando em demonstrar que esse seria um livro de opostos, mas ficou mais legal ainda após leitura. A diagramação é simples. Fonte adequada e páginas amareladas

site: http://cantaremverso.blogspot.com.br/2017/10/resenha-os-despossuidos-ursula-le-guin.html
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Drika |@floreios.e_borroes 30/08/2019

Fiquei confusa na maior parte da leitura.
O LIVRO MAIS DIFICIL QUE JÁ LI!!!
É assim que devo começar adjetivando “Os Despossuídos”. Essa foi a nossa leitura do mês de março no Clube Literário. Foi um grande desafio, quase não consigo conclui-lo.
A proposta do livro é genial, realmente incrível; algo totalmente novo e inspirador. Aqui vamos navegar pelas terras do capitalismo, comunismo e anarquismo. No entanto, seu desenvolvimento é arrastado, abordando uma linguagem bastante técnica a respeito da física e da astrofísica. A narrativa é apresentada de forma não linear, os capítulos são costurados entre o presente e passado, respectivamente. O que, a princípio, deixa a leitura um tanto confusa.
A trama se passa em dois planetas: Urras e Anarres. Urras é dividido em vários estados e dominados pelos dois maiores, que são rivais. Aqui, percebemos uma alusão aos Estados Unidos e a União soviética; o primeiro apresenta um capitalismo exacerbado e uma doutrina patriarcal, enquanto o segundo apresenta os ideais do proletariado e seus desejos de disseminação por todo o mundo.
À parte dessa disputa por poder se encontra Anarres, o lar do nosso protagonista: o físico Shevek, que vive em um planeta precário, em que o conceito de posse não existe, tudo é absolutamente partilhado. Aqui vamos conhecer uma sociedade em que o apego é extremante desencorajado, uma sociedade em que todos aprendem e realizam o mesmo serviço em um momento da vida; aqui não existe classes sociais e nem hierarquias.
Os despossuídos nos faz sair de nossa zona de conforto, repensar sobre como levamos nossas vidas e sobre o que realmente é importante. Nos faz questionar se conseguiríamos viver em determinados contextos.
Nota: 2,0.
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Ve Domingues 11/02/2021

Livro muito interessante para refletir sobre a sociedade. Mesmo escrita em 1974, a obra é bastante atual. Será que é possível existir um mundo sem muros?
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João Werneck 23/02/2021

Sou um leigo apaixonado.
Eu nem sei por onde começar a falar sobre, muito menos como terminar. É o tipo de livro que demanda, mesmo sem conhecimentos técnicos e, talvez, muita bagagem, uma certa análise e tempo de digerir tudo muito extensas. Nesse pequeno espaço consigo sintetizar tudo o que consegui perceber e interpretar como magnífico. Entendo totalmente o apelo por esse livro e todo o peso que ele possa vir a continuar tendo. Ele mexe com você e com sua perspectiva da vida como um todo, todas as suas liberdades, relações, objetivos e paixões. Estou extasiado.
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FocaRafa 04/03/2021

Excelente
Não conhecia Le Guin e esse livro foi uma grata surpresa. A forma que a autora desenha os personagens e a organização política ao redor deles é sensacional. Além disso as reflexões sobre os limites que qualquer forma de governo possui são ótimas.
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Renata 04/03/2021

Utopia vs Realidade
O livro é cheio de reflexões de como o Ser Humano cria muros em diferentes campos, sejam eles políticos, sociais, científicos e antropológicos. Bastante interessante a visão anarquista e a crítica para o Estado. O livro conta a realidade de dois mundos. Um realista e outro utópico. O interessante é que mesmo na utopia existem problemas inerentes a humanidade. A leitura vale a reflexão. "Quando você evita o sofrimento, evita também a chance da alegria"
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Juliana 06/01/2022

Distopia fascinante
Um livro muito interessante que aborda questões de gênero, luta de classes e relações de posse (de objetos a pessoas/família). Tudo isso em uma ficção escrita por uma mulher!! Vale muito a pena ler!
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Mickael 30/04/2022

Que leitura surpreendente!
Um autor que gosto disse certa vez que se você quiser realmente aprender sobre personalidade ou a mente humana é melhor ler literatura do que os manuais de psicologia. Essa foi a sensação que tive ao ler Os Despossuídos. Aprendi sobre o anarquismo aqui de modo tão claro que os manuais e os 'entendedores' não conseguiram transmitir.
Ursula Le Guin executou tão bem a empreitada. As experiências anteriores com o anarquismo beiravam ao juvenil/pueril, mas este livro colocou de modo tão sereno, tão 'real' que estou surpreendido.
A história me fez (re)pensar a sociedade em que vivo ao mesmo tempo levantando questões humanas. A cena da queda do helicóptero é quase didática.
Outro fator que me surpreendeu foi me pegar me 'importando' com os personagens! Fazia tempo que não sentia isso. Durante a leitura ficava pensando no destino dos personagens, me preocupando com o futuro deles. Muito louco isso. Você se importar com pessoas que não existem (não na perspectiva do História Sem Fim rs).
Enfim, uma ótima leitura. Só recomendo rs
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Caio194 11/06/2022

Uma história altamente sensível e politicamente carregada sobre anarquismo, as prisões do capitalismo, Ciência e pensamento livre. Shevek é um cientista em Anarres, uma sociedade anarquista estabelecida em uma lua de Urras, um planeta capitalista. Anarres é uma utopia complicada, por vezes presa em seus próprios rituais e hábitos e em um coletivismo exacerbado; Shevek inicia uma espécie de revolução dentro da revolução, chegando a Urras para desenvolver suas teorias. Personagens e cenário extremamente bem construídos, e uma ficção para criar futuros.
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Vanderson.Gomes 12/05/2023

Distopia intrigante
Leitura agradável que apresenta uma correlação entre situações e pensamentos econômicos atuais mostrando pontos positivos e negativos que nos fazem refletir sobre o mundo e seus habitantes e as várias formas de viver em sociedade. Gostei.
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Renan320 07/06/2023

Algumas notas para "Os Despossuídos" e seu sci-fi visceral
Escrevi algumas notas para essa minha segunda leitura de Ursula K Le Guin.
Deu para extrair muita coisa. Em certo sentido, ela reformula o sci-fi de muitas maneiras. Além da relevância das questões existenciais, sociais e antropologicas que ela aborda.
Dê uma olhada no link do meu blog "Deslocamentos". (Contém muitos spoilers a resenha do link)

site: https://deslocuz.blogspot.com/2023/06/os-despossuidos-de-ursula-k-le-guin.html
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Sheila.Bisson 10/06/2023

Estremecendo as Certezas!
A escrita da Ursula é impactante em vários sentidos. São vários os desafios que surgem durante a leitura... um deles, a troca temporal entre presente e passado, que não fica muito clara.
É um livro para ser lido com calma, refletindo sobre todas as camadas de cada ideia, cada personagem, cada cenário, cada interação.
Não espere conclusões definitivas. O objetivo do livro é esse mesmo: estremecer nossos paradigmas e as nossas certezas, sejam elas políticas, religiosas, filosóficas ou sexuais.
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