Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
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Ursula K. Le Guin




Resenhas - Os Despossuídos


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Yohan.Barbato 14/01/2023

Despossuídos do que?
Esse foi o primeiro livro que li dessa autora, e devo dizer que ela é brilhante.
A narrativa é incrível, a complexidade das identidades e pensamentos dos personagens nos leva a questionar sobre nossas próprias filosofias de vida.
Solidão, propósito e ideal são os principais temas tratados pela autora.
Não é um livro sobre aventura ou ação, por mais que aja pitadas desses elementos na história, não espere grandes viagens dignas de óperas espaciais.
Os Despossuídos, trata de liberdade, e o que de fato isso significa, porém, caberá ao leitor analisar os argumentos filosóficos expostos no decorrer do livro para chegar a uma conclusão.
Espero logo mais ler outras obras dessa autora, pois, não consigo colocar em palavras o quanto amei essa filosófica história de revolução da autora, Úrsula K. Le Guin.
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paulina 21/01/2023

Primeiro eu tive um certo desconforto com o estilo de escrita pelo fato de ele ser bem descritivo e minhas últimas leituras serem mais introspectivas. Segundo eu levei um bom tempo para compreender que um capítulo relata o passado em Anarres e o outro o presente em Urras.

Tirando esses dois desconfortos, foi uma leitura interessante. Anarres é um planeta (ou lua, como dizem) que foi colonizada por pessoas com ideais libertários e que implementaram o sistema anarquista. Aparentemente essa seria a utopia a qual a sinopse promete. Em Anarres há a inexistência de poder (seja poder como relação social, ou poder com relação a objetos), a sociedade segue o princípio de solidariedade que é o que viabiliza a eficácia desse sistema. Achei muito interessante que na narrativa fala-se a respeito dessa noção de hierarquia e propriedade serem conceitos desconhecidos empiricamente pelos anarrestis. No entanto, questões como as reflexões sobre liberdade de Shevek, situações em que cientistas usam de suas influências para "boicotar" Shevek, mostram que esse sistema tem suas falhas e que talvez não se trate de uma realidade utópica. E isso volta nas questões discutidas ao longo da obra: o que de fato é liberdade? É possível ter liberdade ou sempre seremos prisioneiros ou das leis, instituições ou dos costumes?

Por outro lado, Urras é um planeta que é o contrário de Anarresti, porque nele é possível ver a existência de Estados que exercem poder sobre as pessoas. Ao contrário do que a maioria das resenhas aqui dizem, Urras não é um planeta capitalista. O país A-Io é capitalista e Thu é socialista. E essa sutileza eu avalio como de extrema importância, porque apesar de terem princípios diferentes, tanto o socialismo quanto o capitalismo estão dentro de uma estrutura em que há uma lógica de poder (seja a burguesia no poder, seja o proletariado no poder), ao contrário do anarquismo, cujo princípio é ser contra toda forma de poder. Na vivência de Shevek em Urras, especificamente em A-Io, é possível ver uma sociedade capitalista, marcada pela desigualdade social e ausência de altruísmo.

Em meio aos contextos políticos em que Shevek está inserido, tem o desenvolvimento de sua teoria científica e um conflito moral quando o protagonista percebe que até a ciência (ou melhor, a divulgação científica e a aplicabilidade de um conhecimento científico) está estritamente vinculada a uma série de princípios ideológicos.

3 estrelas porque o estilo da escrita é cansativo, mas essa é uma opinião pessoal, não uma análise técnica do texto, porque, em conformidade com o gênero, faz todo sentido que seja mais descritivo. No início é ainda mais cansativo, mas depois a escrita vai melhorando.
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Robert 21/01/2023

Nova Fã de Ursula
Peguei esse livro pra ler por conta do Clube da Thais (pronomeint na twitch) e ontem a noite eu terminei o último capítulo.
Não é um livro longo, tem 400 páginas apenas, mas eu senti que tinha 800 páginas as vezes, tinha capítulos que fluiam rápido e fácil, outros já demoravam um pouco mais, mas todos os capítulos me seguravam a atenção da mesma forma, quando eu começava a ler eles não conseguia mais parar de ler na metade, precisava saber o que ia acontecer.
Esse é meu primeiro livro da Ursula, o jeito que ela escreve nesse livro podia ser facilmente um filme, todas as cenas do livro eu conseguia ver perfeitamente a cena na minha cabeça, como se eu tivesse vendo um filme.
Acho que todos deviam experiência "Os Despossuidos" alguma vez na vida.
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Larissa.Colares 28/12/2023

Incrível! Depois de pegar o ritmo da narrativa, o livro se torna uma leitura viciante. Me fez pensar muito sobre como sistema político-econômico tem forte influência em praticamente tudo na vida das pessoas: na forma que pensamos, que interagimos, que demonstramos amor, que trabalhamos, que fazemos ciência, que nos comunicamos?
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Ana Barbalho 02/02/2023

Esse história tem tantas camadas e referências que tenho certeza que quando eu for reler, vou notar muita coisa que posso ter deixado passar. O texto é denso, mas nunca cansativo; sempre me manteve com vontade de continuar e apreciar cada nuance de Anarres, Urras e seus personagens. Ursula K. Le Guin é simplesmente genial.
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Ronan 25/02/2023

Eu amo demais a Ursula K. Le Guin e todos os livros que li dela até agora me encantaram demais, Os Despossuídos não foi uma exceção.
Eu sou encantado com esse mundo que ela criou e desenvolveu de uma maneira extraordinária, tanto neste livro quanto em a mão esquerda da escuridão, quero muito ler os outros livro do Hainish Cycle.
Eu gostei muito do Shevek, e acompanhar toda a jornada científica dele foi um deleite. Acredito que a Ursula consegue fazer muito bem essa ambientação da ciência nos seus livros de uma forma extremamente crível.
Outro ponto alto do livro é o relacionamento do Shevek com Takver, uma grande história de amor, com algumas cenas maravilhosamente emocionantes. Há uma linha em particular que, apesar de ser totalmente simples e discreta, trouxe lágrimas aos meus olhos. Em A curva do sonho ela já nos mostrou que sabe escrever sobre o amor.

O livro envolve os argumentos discretamente na narrativa e nunca os joga na sua cara, mas depois de um tempo você vê que são eles que unem todos os fios: a sociedade anarquista, a ciência, a história de amor, a política. Ele é extremamente profundo. Pra mim esse é um daqueles livros que mudam sua vida, espero relê-lo várias vezes ao longo da minha vida.
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Fuinha1 01/04/2023

E vocês, os possuidores, são possuídos.
Irmãos, to andando pelas paredes depois de ler esse livro tamanha experiência transcendental. Chego a estar exalando hélio de tão expandida que minha consciência ficou depois disso. Se alguém já atingiu um estado de ascenção que beira a onipotência, com certeza foi a Ursula escrevendo isso aqui. O pessoal da revisão que recebeu os primeiros rascunhos deve ter se sentido como Moisés se sentiu ao receber os dez mandamentos, ta maluco.

Quem leu até aqui esperando review da história, te falo só isso: tem de tudo, até no espaço em que não tem nada.
Encerro no estilo anarrestiano, não trago nada mas te entrego tudo.
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Jaerge 16/04/2023

Os despossuídos
?Dizem quê não há nada de novo sob nenhum sol. Mas, se cada vida não é nova, cada uma delas, então para que nascemos?
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Vanderson.Gomes 12/05/2023

Distopia intrigante
Leitura agradável que apresenta uma correlação entre situações e pensamentos econômicos atuais mostrando pontos positivos e negativos que nos fazem refletir sobre o mundo e seus habitantes e as várias formas de viver em sociedade. Gostei.
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Wellington Kling 17/05/2023

Livro que quero reler em algum momento, para captar mais coisas. As partes de explicações científicas eu sempre fico meio perdido, como a teoria do Shevek que eu não entendi exatamente o que é (minha atenção não tem andado muito boa ultimamente?), mas os personagens me prenderam muito ao livro, são muito bem construídos, a forma que Ursula fez as relações de todos é muito boa, e o Shevek é um ótimo personagem. Primeiro livro dela que eu leio, sempre tive curiosidade, e agora quero ler os outros. (O Floresta é o Nome do Mundo me chama muito atenção pelo título)
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Nelson.Junior 06/06/2023

Boa leitura
Boa leitura nós faz pensar sobre os sistemas democráticos ou não que existem no mundo. Com isso, temos dois planetas inimigos mas irmãos. Um com países com as principais formas de sociedade, Capitalismo, Socialismo e Ditatorial e outro totalmente anarquista sem nenhuma forma de governo e leis, apenas um sistema cooperativista.
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Renan320 07/06/2023

Algumas notas para "Os Despossuídos" e seu sci-fi visceral
Escrevi algumas notas para essa minha segunda leitura de Ursula K Le Guin.
Deu para extrair muita coisa. Em certo sentido, ela reformula o sci-fi de muitas maneiras. Além da relevância das questões existenciais, sociais e antropologicas que ela aborda.
Dê uma olhada no link do meu blog "Deslocamentos". (Contém muitos spoilers a resenha do link)

site: https://deslocuz.blogspot.com/2023/06/os-despossuidos-de-ursula-k-le-guin.html
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Sheila.Bisson 10/06/2023

Estremecendo as Certezas!
A escrita da Ursula é impactante em vários sentidos. São vários os desafios que surgem durante a leitura... um deles, a troca temporal entre presente e passado, que não fica muito clara.
É um livro para ser lido com calma, refletindo sobre todas as camadas de cada ideia, cada personagem, cada cenário, cada interação.
Não espere conclusões definitivas. O objetivo do livro é esse mesmo: estremecer nossos paradigmas e as nossas certezas, sejam elas políticas, religiosas, filosóficas ou sexuais.
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Simone 25/09/2023

Utópico
Esperava uma pouco mais de ficção científica, mas encontrei muito fantasia. Gostei. No começo a leitura tava um pouco empacada, acho que pela escassez de informação. No decorrer da narrativa as coisas vão se encaixando e foi exatamente isso que mais me prendeu atenção e me manteve firme na leitura. Amei a estratégia de desenvolver a narrativa sem uma linha temporal linear. Ela fica indo e vindo na história e o fim do livro está temporalmente (numa perspectiva linear) ligado ao começo.
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Lucy 08/12/2023

Ser sustentada enquanto trabalho
O exercício de imaginação desse livro é tão grandioso quanto o de 1984 e admirável mundo novo, porém, com a possibilidade de abranger uma utopia e uma diatopia, uma teoria do tempo e uma narrativa que versa ao mesmo tempo metanarrativamente, pois é psicológica, em seu enredo pois tem os 3 mundos (anares, urras e terraahaha, esqueci o nome), assim como o anarco comunismo, o capitalismo e o depois coexistindo com a teoria de Shevek: a simultaneidade.
É um livro sobre "viagem no tempo", de certo.
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