Os despossuídos

Os despossuídos Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin
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Resenhas - Os Despossuídos


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Artallys 23/11/2022

“You cannot buy the revolution. You cannot make the revolution. You can only be the revolution. It is in your spirit, or it is nowhere.”
Os Despossuídos é um livro revolucionário, libertador, que mostra na prática o por que Le Guin é considerada uma das maiores autoras de ficção científica da história. O livro conta a história de Urras e Anarres, planetas irmãos que abrigam sociedades profundamente diferentes. Urras, mais parecido com o nosso mundo, que vive em um sistema capitalista industrial e repressivo, com países oligárquicos e desiguais, perpetuando um sistema de “proprietários”, ou patrões. Em oposição, Anarres, formado por revolucionários expulsos de Urras, vive uma sociedade anarquista, sem instituições, leis ou religião, em que as pessoas vivem com base na ajuda mútua e no respeito às próprias responsabilidades, além de uma liberdade estrutural, seja identitária, sexual ou profissional, mas, se perdendo na própria revolução, perpetuando costumes normativos, que, em tese, seriam contra suas próprias convicções. No centro da narrativa está Shevek, um físico anarresti que vai a Urras em uma missão acadêmica para terminar sua teoria da simultaneidade. O personagem é inspirado em Robert Oppenheimer, amigo do pai e figura frequente na casa de Le Guin, durante a infância da autora. A obra intercala entre o passado e o presente de Shevek, mostrando a trajetória de vida e o desenvolvimento pessoal e intelectual do personagem, na narrativa não há vilões e heróis definidos, nem um problema claro a ser resolvido, é sobre os impactos das diferentes culturas entre as sociedades expostas, também sobre a filosofia de vida que guia os personagens. Os Despossuídos é uma rica análise sociológica com um charme único, recheado de ideias e problemas muito atuais, e à frente de seu tempo, considerando que o livro foi publicado em 1974. Ursula cria um mundo com identidade própria e com uma complexidade poderosa, misteriosa e fascinante. Os Despossuídos é uma ficção científica de primeira qualidade e de fácil acesso, recomendada para todos os de mente aberta o suficiente para entendê-la.
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Cachamorra 14/11/2022

Teoría Política e Ficção Científica se encontram.
Le Guin consegue nessa obra nos brindar com uma análise política, extremamente atual. Recheada de uma teoria política da esquerda radical - aquela esquerda que deseja mudar a estrutura da sociedade, isso é o Radical - o livro vai nos brindando com o cotidiano de uma sociedade anarquista e as possibilidades de sus existencia, assim como demonstra as contradições do Capitalismo.

O livro é um primor. Personagens cativantes, leitura leve. Eu recomendo, é um livro marcante.
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Paojjas 13/11/2022

A premissa é muito boa e continua extremamente válida em tempos de polarização político-partidária.
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Danielle 02/11/2022

Uma tapa na cara da humanidade
É que é este livro: um tapa na cara da humanidade.
Ele trata de forma filosófica, mas didática o quanto a humanidade pode ser mesquinha e interesseira mesmo em diferentes formas de governabilidade. Com ajuda da ficção e da ciência, a autora nos leva a refletir a nossa sociedade, os nossos costumes, o descaso com o planeta e com a própria humanidade. Um desafio para ainda milhares de anos...se não formos extintos pela nossa própria ganância e vaidade.
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Marcelo.Castro 28/10/2022

Sci-fi de qualidade, com toques de utopia/distopia
Excelente obra de ficção científica, muito bem construída em termos de ambiente, conceitos, civilização, tecnologia, etc. Também traz uma boa dose de utopia/distopia, com o claro contraponto construído entre as diferentes sociedades e suas formas de organização, sem poupar críticas à nenhum dos modelos, algo que é evidenciado pela viagem feita pelo protagonista e suas experiências pessoais. Trama envolvente, muito recomendado.
eu, eu mesma e os livros 29/10/2022minha estante
Já tinha visto alguma coisa sobre esse livro, mas agora fiquei com mais vontade de ler.


Marcelo.Castro 29/10/2022minha estante
É ótimo o livro. Você vai gostar!




Bibliotecadabri 28/09/2022

Os Despossuídos
Os Despossuídos, obra de Úrsula K. Le Guin (1974), é uma ficção científica distópica que traz uma série de reflexões sobre desigualdade, individualidade e coletividade e temas políticos, como anarquismo e revolução.
Shevek, um físico do planeta Anarres, visita o planeta vizinho Urras e vê a realidade dos dois extremos. Urras é um planeta abundante em recursos, com muita riqueza e muita pobreza. Já Anarres é o planeta recluso e anarquista, mas com uma visão utópica de seus colonizadores, criando a imagem de uma sociedade perfeita.
A ficção é fruto da influência da Guerra Fria, mas as discussões são mais atuais do que nunca. Nos faz pensar sobre os limites e problemáticas do nosso sistema e as possibilidades e caminhos de outras formas de existência. E fica a esperança de um futuro melhor...
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Elias 22/09/2022

"Suas mãos estavam vazias, como sempre estiveram"
No começo da leitura me senti muito perdido, basicamente um alienígena, conhecendo duas culturas, dois planetas antagônicos, com as virtudes de seus governos e seus grandes defeitos muito bem explicitados.
Dessa forma, Os Despossuídos é um livro com bastante política e pouca ficção científica, tem um desenvolvimento denso, cheio de reflexões e discussões.
Apesar disso, depois da adaptação, gostei da história, acho que é um livro que se beneficia muito de uma releitura futura, pois trás boas reflexões.
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Lora_Bee 18/09/2022

É uma ficção científica densa, porém excelente
É o segundo livro da Ursula que leio e, apesar deles serem um pouco complicados de entenderem no começo, sempre acabam valendo a pena. É ficção científica densa. Bastante densa. Isso porque há discussões políticas bastantes intensas durante todo o livro, mas a história é excelente. Recomendo bastante.
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Leila 11/09/2022

Eita, eita e eitaaa! Que essa muié é porreta merrmo! Eu quase que li esse livro 3x, rsrsrs.
Primeiro comecei a ler, cheguei lá por volta do 6º capitulo, percebi que não estava entendendo bulhufas e voltei e li tudo novamente...aí segui adiante, li o livro praticamente todo sem conseguir diferenciar as linhas temporais e isso fez uma diferença enorme na compreensão da história, porque muita coisa deixou de fazer sentido pra mim, o que só veio a acontecer na "terceira leitura" que eu fiz "remontando" toda a historia corretamente dentro da caixola e aí simo livro ficou gigantesco pra mim, mas oh, é complexo viu? bichin dificinho de ler e entender, porque é muito político e social, diferente do A mão esquerda da escuridão (meu queridinho ❤️) que é mais pessoal e com o qual me conectei logo de cara.
Não serei capaz de fazer comentários à altura da obra e da grandiosidade da genialidade da Ursula K. Le Guin, então vou me ater à 3 situações que me chamaram muito a atenção quando da leitura. 1º) o machismo e a discussão que a autora traz quando coloca as mulheres como propriedades dentro do contexto em um dos planetas, onde não eram cientistas, ao passo que no planeta irmão as mulheres tinham papéis essenciais e fundamentais, fazendo um contraponto bem bacana. 2º) um discurso sensacional do Shevek, nosso personagem principal, sobre o capitalismo do planeta Urras, discurso esse inflamadíssimo onde jorra de sua boca palavras apaixonadas do tipo "eu sou livre,porque não possuo nada" e vocês estão amarrados, aprisionados porque tem posses. FANTÁSTICO!!! 3º) a solidariedade e humanidade quando da situação de fome,no planeta Anarres todos comiam se tinham muita ou pouca comida,de acordo com suas funções, mas o esforço de todos para trabalhar em prol de se conseguir alimentos era algo extraordinário, a preocupação com o próximo ia além da preocupação com si mesmo, eles não eram egoístas e isso me tocou demais.
É claro que tem toda a parte política que vocês já devem saber de ler as sinopses por aí, visto que esse livro faz clara alusão à Guerra Fria, mas de política eu não me arrisco muito a comentar porque não sou lá grande entendedora, mas o anarquismo trazido dentro da obra é algo bem legal, viu? rsrsrs
Com certeza é uma obra que pede releituras porque tem muitas camadas, muito temas e vários assuntos bacanas para reflexão e discussão em casos de leituras conjuntas, super vale a pena o investimento de tempo e dedicação #ficaadica
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Gustavo Simas 05/09/2022

Os sistemas políticos da Dama da Ficção Científica
Urras é um planeta abastado, mais avançado, com sistema capitalista e socialista na divisão de seus territórios. Já Anarres é um planeta de anarquistas, mais pobre, porém fraterno. Ambos compõem um sistema binário planetário, como se um planeta fosse a Lua do outro.

Ursula Le Guin, a Dama da Ficção Científica, salpica poética nas linhas que narram a história de Shevek, um físico (de horas vagas) de Anarres que viaja para Urras e se estupefaz com a cultura do planeta-irmão. "Físico de horas vagas" pois em Anarres as pessoas ocupam posições distintas ao longo da vida; o trabalho, a sexualidade, as relações são reverberações da filosofia chamada "odoniana", advinda de Odo, a pensadora da revolução. Em Anarres todos são revolucionários pela sua simples existência.

A positiva surpresa é que Ursula evita o maniqueísmo de um "capitalismo ruim", "socialismo bom", "anarquismo etc.". Pelo contexto da Guerra Fria a obra de 1974 reflete a dicotomia do tempo, porém sem bater martelo, prezando apresentações e sensações ao invés de julgamentos.

Misoginia, sistemas hierárquicos, relativismo linguístico, liberdade, cooperação, feminismo são alguns dos temas discutidos que preenchem a leitura e, no fim, nos deixam de mãos vazias.
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vengerov 20/08/2022

Muita política e pouca ficção científica
Infelizmente criei muitas expectativas em relação ao tão aclamado Os Despossuidos da Úrsula K Le Guin e confesso que me decepcionei bastante, pois o que realmente encontrei foi uma narrativa arrastada, lenta, repetitiva, repleta de divagações e de intermináveis discussões políticas e filosoficas que, longe de empolgar, tornam a leitura cansativa e maçante. Ressalta-se ainda que a autora errou a mão na caracterização do protagonista, personagem sem qualquer resquício de carisma, antipático e egocêntrico que, com suas próprias palavras, declara que "não havia mais ninguém no seu próprio planeta com características para entende-lo".
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Rafael.Ladenthin 20/08/2022

Utopia demasiada humana
Este livro é símbolo de como a imaginação atua como uma força disruptiva, apresentando um mundo possível, mas um mundo que nos condicionaram a crer ser impossível. Aqui a Utopia toma uma forma real, simples, viva e em movimento.

Ursula Le Guin é uma autora magistral. Um feliz encontro que tive em meados de 2020, no auge do distanciamento social causado pela pandemia.

De tantas formas nos limitam à imaginação, mas os sonhos continuam vivos... E enquanto isso também vivem as utopias. Le Guin nos entrega essa dádiva de forma magistral.

Os Despossuídos é um livro atemporal, universal e necessário.

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Rafael 15/08/2022

Não vá querendo ler todo esse livro de uma vez, ele precisa ser lido em doses homeopáticas
Para começar, digo que não chego nem perto de ser capaz de entender a grandiosidade dessa obra e da Ursula como autora. A Ursula, como autora, ainda será mais reconhecida pelas suas palavras no futuro.

Esse é um dos livros que faz você refletir sobre a sociedade e sobre como a humanidade caminha em suas práticas. É uma ficção-científica atemporal (mesmo que futuristica), complexa e que vai te dar umas boas bofetadas na cara sobre questões que julgamos muitas vezes simples ou mesmo ignoramos por assim já estarem postas para nós. A autora demonstra um conhecimento gigantesco e traça paralelos com os sistemas políticos, apontando críticas em todos eles. Além disso, a essência do ser, em si, é posta em análise. E, por fim, o que é a liberdade?

Só me resta uma certeza: terei que reler essa obra futuramente.

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Juliana 08/08/2022

Os Despossuídos foi um livro que me surpreendeu muito. A história é sobre Shevek, um físico de um planeta desértico chamado Anarres, que é praticamente anarquista e que vai para Urras, um planeta capitalista para poder da continuidade a seus estudos.
Acho que o mais legal dele é que ele faz duas coisas: a primeira é desatualizar a forma que nossa sociedade de organiza, através dos estranhamentos do Shevek, e em segundo lugar trazer uma nova possibilidade para essa organização, que é Anarres, sem ter uma postura mais preconceituosa com essas outras possibilidades. A leitura é muito envolvente e mal vi as páginas passando. Para mim a autora foi genial a construir cada pequeno detalhe, até pensando nas diferenças de vocabulário de um planeta pro outro.
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Marcos.Leste 04/08/2022

Fora da zona de conforto...
A autora faz refletir sobre diversas questões, tirando a nossa mente da zona de conforto, uma leitura impactante...um livro que deverei ler novamente com certeza...
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