Assim na terra como embaixo da terra

Assim na terra como embaixo da terra Ana Paula Maia




Resenhas - Assim na Terra Como Embaixo da Terra


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Priscila 12/12/2020

Assim na terra como embaixo da terra
Leitura super rápida e fluída. Teve um rumo que eu não esperava e o final me deixou com uma sensação de que poderia ter sido melhor.
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Luiza.Kaiser 23/07/2023

Assim na terra como embaixo da terra - Ana Paula Maia
O livro traz o extermínio que acontece numa colônia penal. Feita para ser um grande modelo de penitenciária, onde os presos entram mas nunca saem, a prova de fugas, foi construída em cima de um terreno que provavelmente há muito tempo era uma fazenda que continha escravos, onde muitos deles perderam a vida.

Trazendo principalmente os presos Bronco Gil, Venâncio e Pablo, relata o terror vivido por eles na mão de Melquíades, espécie de diretor do local, mas que após muuuitos anos trabalhando ali, começa a tirar a vida dos encarcerados como se fossem presas, javalis, para seu próprio divertimento, sem que ninguém soubesse ou tivesse qualquer denúncia.

Deixo aqui um trecho que mostra bem como a sociedade como um todo encara o sistema carcerário. Embora algumas famílias continuem acompanhando o preso, a maior parte da população quer trancá-los dentro e jogar as chaves fora.

?Esses muros não servem apenas para manter os condenados confirmados, mas para apagar qualquer vestígio da existência desses homens. Do lado de fora, ninguém se importa. Ninguém quer ver o que se passa aqui dentro. Aquilo que não serve, que não presta para mais ninguém. Assim como lixo que se amontoa extingue-se no fogo, assim são os entremuros para os confinados. O lixo, porém, ainda se recicla. Para esses homens, não há quem mês confie uma nova chance.?
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Wellington.Pimente 15/09/2023

Visceral
Ana Paula Maia é a escritora da literatura contemporânea brasileira que mais gosto. Ela possui uma narrativa muito visceral, direta e objetiva, como no caso dessa obra, que aborda sobre uma colônia penal, onde homens eram mandados para uma terrível reclusão, como o próprio nome da obra aponta de início, pois não há salvação, não existe algo maior para ajudá-las, fazendo um trocadilho, nesse caso, com o trecho da oração do Pai Nosso, "assim na terra como no céu". A autora de uma certa forma humaniza esses presos ao demonstrar um confinamento desumano, que praticamente todos lutam para sobreviver e evitar um processo de loucura. A colônia penal que podemos considerar atemporal, em um local muito ermo, esperam a chegada de um oficial para cuidar da tratativa de desativação desse cárcere , e assim se percebe a crítica da autora, como a indiferença do Estado e Governantes com a situação dos encarcerados podem levar as situações selvagens ou animalescas.

Além disso, Ana Paula Maia não deixa de apontar os crimes cometidos por todos que cumprem suas penas, são culpados pelos seus erros. Ao mesmo tempo se percebe como o diretor da colônia, o Melquiades, mostra seu processo de loucura por tanto tempo dedicado a esse tipo de trabalho num local insalubre e assim em seu declínio mental começa a fazer suas próprias sentenças aos apenados, que já cumprem suas penas por suas ilegalidades, fazendo dos confinados suas caças, porém, de forma surpreendente os papéis são depois investidos, levando a nos refletir, afinal quem são os verdadeiros criminosos nessa narrativa. Tanto que quando o agente público chega e descobre o horror que acontecia no local, passa muito mal e assim tenta fazer com que a legalidade prevaleça, talvez seja tarde demais!
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Wellington.Santos 25/10/2023

Violento
Como o país é mostra a crueldade do humano, a insensibilidade do que acontece com o outro e como vamos perdendo a empatia com as coisas que acontecem em volta até chegar ao nível animalesco.
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Mariane 30/01/2022

Um livro cru
Não sei direito o que dizer sobre, a carga é bastante pesada. Mostra como o ser humano pode ser cruel de uma forma muito assustadora e real a partir do momento que está esquecido, à margem da sociedade.
Só aumentou minha curiosidade em ler "Na colônia penal" do Kafka.
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MAY 20/11/2020

Em baixo da terra.
Excelente livro! Segundo a autora, ela se baseou em Kafka e queria aprofundar a história do Bronco Gil, então ele aparece em outros livros e depois de ler fiquei curiosa sobre eles.
É curtinho e rápido, principalmente por que é bem fluído e te prende como nunca vi, além de te fazer pensar sobre as cadeias e os presos nelas.
No final, entendi perfeitamente o título escolhido.
Acredito que a maioria dos leitores dessa ano sejam vestibulandos da UERJ, com certeza esse é um ótimo livro para citar em uma redação.
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Bruno 26/12/2021

meu deus foi questão do enem
Assim na Terra como Embaixo da Terra é um dos livros mais poéticos que eu já li. ele não é escrito em versos e estrofes, mas tem uma carga poética que torna a leitura dolorosamente única.

a autora usa de todos os recursos discursivos possíveis para criar uma história que transmite dor, sofrimento, horror e uma realidade brutal. é um livro sobre os horrores do sistema carcerário e os níveis mais assustadores da crueldade humana.

é um livro para digerir muito aos poucos, capaz de se estender na sua mente por semanas e meses depois de finalizados. não atoa, foi texto de questão do enem 2021. estou escrevendo essa resenha depois da prova, mas li o livro antes hihi (não ajudou porque a questão era dificílima).

no mais, recomendo pra TODO MUNDO. saiba que tem descrições bastante gráficas e passagens brutais mesmo, então pode (e deve, acho) ser uma leitura bem desconfortável.
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Arielstrb 07/01/2023

Até onde existe nossa humanidade?
Eu não sabia nada sobre o livro, só que ele havia sido escrito pela criadora de Desalma (o que já era um ótimo sinal pra mim). Agora eu fico impressionada como em menos de 150 páginas Ana Paula Maia conseguiu trazer reflexões profundas sobre encarceramento, liberdade, humanidade, poder e loucura. A escrita é viciante, não da vontade de parar de ler nunca, mesmo com passagens de embrulhar o estômago.
Já acho que vai virar um dos favoritos do ano!
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Soninha 12/10/2020

Assim na Terra como embaixo da terra, traz reflexões que tenho certeza, muitos de nós gostaríamos de não ter na nossa história contextos e situações para fazer uma analógia, como o massacre do Carandiru, o campo de Auschwitz, a escravidão. De forma seca e crua, Ana Paula Maia descreve uma história dentro de uma prisão, onde há homens que cometeram crimes hediondos. O livro nos faz pensar se no atual sistema carcerário, com todas as suas deficiências, tem a capacidade de recuperar alguém, ou ao contrário, talvez muitos que pudessem ter uma nova chance, saem de entre muros, quando saem, mais brutalizados do que quando entraram, e assim como no livro, se tornam caça e caçadores. Amei a escrita de Ana Paula Maia.
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amandaleu 19/07/2023

Resenha de Assim na terra como embaixo da terra
O livro é muito denso e a história, desconfortável. Ana Paula Maia provavelmente se inspirou (e muito) no sistema carcerário brasileiro, abordando questões como o abandono e lentidão do sistema na imagem do oficial de justiça, o despreparo psicológico na imagem dos agentes penitenciários e o comportamento da sociedade perante a ressocialização de figuras tão odiosas. Achei interessantíssimo a autora comparar os presos com a vida útil daquilo que é jogado no lixo. Os lixos podem ser reciclados, tendo lixeiras com cores próprias, apontando que objetos você pode depositar ali. Mas para o homem não existe reciclagem. Num sistema como este e esse, a única saída "pseudorreciclável" do ser humano é deixar de existir.
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csartoretto 17/11/2020

A brutalidade, a loucura, a desolação perspassam a narrativa o tempo inteiro, vejo isso em vários livros dessa autora.
Lidar com a maldade humana mexe com a nossa alma? Nos torna menos humanos? Até que ponto fazer justiça ou fazer com ela seja cumprida corrói a alma.
Conviver com a violência transforma o homem e em pouco tempo já não há diferença entre criminoso e o agente da lei.
O que mais gosto na autora é como ela consegue criar uma atmosfera palpável, de desesperanca, desespero, desalento.
Os personagens não tem esperança e convivem com o medo, a morte e a loucura como se fosse mais um ser entre eles.
A única coisa certa e a morte e morte é libertação.
O abandono daqueles que vivem a margem da sociedade, a invisibilidade dos segregados toca em um ponto que causa desconforto.
É desconcertante ter que lidar com a nossa noção de justiça, é justo animalizar uma pessoa que cometeu um crime grave, isso é justiça ou vingança? A forma como tratamos nossa população carcerária é justa e digna? Vários questionamentos ficaram comigo.
Ana Paula Maia mais uma vez nós faz pensar nas mazelas humanas de forma magnífica.
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Amme 19/12/2020

?RESENHA: Assim na terra como embaixo da terra
?"No fim, somos todos livres, porque, no fim estaremos mortos."

? Utilizando a ficção para questionar a realidade, este livro traz uma história voraz sobre homens que sobrevivem em condições extremas, e que tanto matam como morrem. 

?Publicado pela primeira vez em 2017, este livro reconhece a Colônia Penal de Kafka em um tempo brasileiro, solar e  quente. 

?O universo do livro se mantém entre a Colônia Penal do presente e o passado dos personagens; entre um passado sofrido e um futuro cheio de expectativas, ficamos presos no presente, entre a vida e a morte. 

?Como sujeitos e como objetos, como caçadores e caçados, como conceito e como metáfora; os personagens tão diferentes em suas origens, se igualam ao longo da vida e, principalmente, na morte. 

?A liberdade é uma opção? 

 
??NOTA PESSOAL??

?É uma leitura intensa, se você sofre com gatilhos relacionados a violência, é bom deixá-lo guardado na estante. Em compensação é um livro bem curto, de apenas 143 páginas, então dá para ler.

?O estudo social feito no livro é sensacional, principalmente quando os conceitos de "Justiça" e "Vingança" se misturam tanto que quase se anulam. 

?Como a Colônia passa a ser um universo a parte de forma tão rápida nenhum dos personagens entende, mas o fato é que estão presos ali e precisam sobreviver. 

?Já leram esse livro Ou ainda pretendem ler? O que acharam da história? Me contem
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Tamiris Durigan 04/08/2023

1 porém 5
A história desse livro é visceral, bruta, e direta. Não floreia nada e causa horror a cada capítulo.

Só posso dizer que no fim, eu queria que os presos se livrassem do algoz deles, por mais que eles merecessem a prisão pelos crimes cometidos o que a Colônia faz vai muito além de punir, fazer justiça ou socioeducar. Ela desumaniza e o pior é saber que isso está muito próximo do que aconteceu e acontece.

Tão cruel que não tive como avaliar de outra forma. A história e escrita são muito boas mas o sentimento ao ler é totalmente negativo. Não sei se me serviu de algo e nem se eu recomendaria a leitura dele.
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