Assim na terra como embaixo da terra

Assim na terra como embaixo da terra Ana Paula Maia




Resenhas - Assim na Terra Como Embaixo da Terra


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csartoretto 17/11/2020

A brutalidade, a loucura, a desolação perspassam a narrativa o tempo inteiro, vejo isso em vários livros dessa autora.
Lidar com a maldade humana mexe com a nossa alma? Nos torna menos humanos? Até que ponto fazer justiça ou fazer com ela seja cumprida corrói a alma.
Conviver com a violência transforma o homem e em pouco tempo já não há diferença entre criminoso e o agente da lei.
O que mais gosto na autora é como ela consegue criar uma atmosfera palpável, de desesperanca, desespero, desalento.
Os personagens não tem esperança e convivem com o medo, a morte e a loucura como se fosse mais um ser entre eles.
A única coisa certa e a morte e morte é libertação.
O abandono daqueles que vivem a margem da sociedade, a invisibilidade dos segregados toca em um ponto que causa desconforto.
É desconcertante ter que lidar com a nossa noção de justiça, é justo animalizar uma pessoa que cometeu um crime grave, isso é justiça ou vingança? A forma como tratamos nossa população carcerária é justa e digna? Vários questionamentos ficaram comigo.
Ana Paula Maia mais uma vez nós faz pensar nas mazelas humanas de forma magnífica.
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Mandyavanna 21/02/2024

" Eles corrigem a gente com uma bala na cabeça e somos livres quando morremos(...).
No fim,somos todos livres,porque, no fim,estaremos mortos "
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MAY 20/11/2020

Em baixo da terra.
Excelente livro! Segundo a autora, ela se baseou em Kafka e queria aprofundar a história do Bronco Gil, então ele aparece em outros livros e depois de ler fiquei curiosa sobre eles.
É curtinho e rápido, principalmente por que é bem fluído e te prende como nunca vi, além de te fazer pensar sobre as cadeias e os presos nelas.
No final, entendi perfeitamente o título escolhido.
Acredito que a maioria dos leitores dessa ano sejam vestibulandos da UERJ, com certeza esse é um ótimo livro para citar em uma redação.
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Amme 19/12/2020

?RESENHA: Assim na terra como embaixo da terra
?"No fim, somos todos livres, porque, no fim estaremos mortos."

? Utilizando a ficção para questionar a realidade, este livro traz uma história voraz sobre homens que sobrevivem em condições extremas, e que tanto matam como morrem. 

?Publicado pela primeira vez em 2017, este livro reconhece a Colônia Penal de Kafka em um tempo brasileiro, solar e  quente. 

?O universo do livro se mantém entre a Colônia Penal do presente e o passado dos personagens; entre um passado sofrido e um futuro cheio de expectativas, ficamos presos no presente, entre a vida e a morte. 

?Como sujeitos e como objetos, como caçadores e caçados, como conceito e como metáfora; os personagens tão diferentes em suas origens, se igualam ao longo da vida e, principalmente, na morte. 

?A liberdade é uma opção? 

 
??NOTA PESSOAL??

?É uma leitura intensa, se você sofre com gatilhos relacionados a violência, é bom deixá-lo guardado na estante. Em compensação é um livro bem curto, de apenas 143 páginas, então dá para ler.

?O estudo social feito no livro é sensacional, principalmente quando os conceitos de "Justiça" e "Vingança" se misturam tanto que quase se anulam. 

?Como a Colônia passa a ser um universo a parte de forma tão rápida nenhum dos personagens entende, mas o fato é que estão presos ali e precisam sobreviver. 

?Já leram esse livro Ou ainda pretendem ler? O que acharam da história? Me contem
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Mariane 30/01/2022

Um livro cru
Não sei direito o que dizer sobre, a carga é bastante pesada. Mostra como o ser humano pode ser cruel de uma forma muito assustadora e real a partir do momento que está esquecido, à margem da sociedade.
Só aumentou minha curiosidade em ler "Na colônia penal" do Kafka.
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Julia 27/01/2021

Leitura instigante
"Assim na Terra Como Embaixo da Terra" traz um enredo com um sutil suspense que prende a atenção do leitor. É um livro bem escrito e um bom título da literatura nacional. O único ponto que senti que deixou a desejar foi um maior desenvolvimento sobre o passado dos personagens principais, mas isso não influencia negativamente na experiência, apenas torna a leitura rápida. É um bom livro para pessoas que gostam de estórias fluidas com eventos sequenciais.
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Maro 30/01/2021

Tu acaba o livro querendo escrever um TCC sobre ele. É isto.
Esta é minha primeira leitura de Ana Paula Maia. E a conclusão não tem como ser outra: preciso ler mais livros dela! Que mulher f*d@!

A narrativa toda tem um quê foucaultiano, a Colônia e suas dependências, as paredes altas e grossas, quase como um panóptico. Mas não importa bem onde está o vigia, e sim quando VAI ACONTECER. (o quê? leia!)
O livro é simplesmente arrebatador. É visceral, é cruel, é forte, é fétido, é a natureza humana nua e crua. Mas é também a animalização do ser humano em situação de cárcere. É a vida daqueles para os quais a sociedade dá as costas.
E a categoria "ser humano em situação de cárcere" não se restringe aos prisioneiros. Porque aprisionar é, em certa medida, ser também prisioneiro. Nesse espaço isolado do mundo, para vigiar os presos, é preciso estar preso junto a eles. Qual o impacto disso sobre os aprisionadores? E sobre os aprisionados? Não estão também os aprisionados "vigiando" os aprisionadores? Uma violência justifica outra violência sobre o primeiro agente? As situações do cárcere não são, per si, também uma violência? Quem são os algozes? Até onde o entendimento particular de justiça é realmente justo? O que é, enfim, justiça? Quem tem o poder de traçar essas linhas? Quanto vale a vida de uma vítima para um assassino? E quanto vale a vida de um assassino para um carcereiro? Quanto, enfim, vale a vida de um ser humano? E de um animal? E de um ser humano animalizado?

É impressionante como em tão poucas páginas Ana Paula Maia consegue trazer uma história tão forte e capaz de gerar tantas discussões sociopolíticas (diria também culturais) interessantes. Essa história é potente, rápida e dolorosa, como um soco no estômago - ou um tiro no peito de um rifle CZ.22 fabricado na Tchecoslováquia e de longo alcance? rs
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Paty-sama 05/02/2021

Existe alguma diferença entre o homem e um animal selvagem, ou a relação caça/caçador é o que dita o equilíbrio entre as espécies?
Ana Paula Maia mais uma vez debate essa linha entre o que nos torna humanos, e como nossa racionalidade é posta à prova em situações extremas. Afinal, é nossa mente racional ou nossos instintos que nos mantém vivos?
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Bianca 24/02/2021

Uma crítica ao sistema penitenciário
Interessei-me muito pelo livro por saber que é um nacional e realmente valeu muito a pena!

Não é uma leitura leve,ela tem justamente esse intuito de provar reflexões importantíssimas sobre uma parte da sociedade que muito vezes é negligenciada por todo o resto.Nós temos que falar sobre os "apenados"(encarcerados)

Será que o sistema realmente funciona? Será que as prisões realmente são mecanismos socieducativos ou só servem de "tapa buraco"? Será que nós não estamos negligenciando o que está acontecendo dentro das prisões?Quais são as oportunidades que esses pessoas tem depois que saem de lá?

São algumas das indagações que esse livro me deixa.

"Achei que a justiça funcionava daquela maneira. Sabe,senhor, depois de tanto tempo confinado aqui dentro, a gente esquece de como é o mundo lá fora"

É uma enredo fictício que traz reflexões reais.Uma leitura descritiva que lhe faz sentir dentro da trama.

Também vemos como,além dos personagens estarem aprisionados na "Colônia",muitos estão mais encarcerados em suas próprias cabeças, não se deixando libertar pelos seus traumas!

"Do que omitiu,agora está aprisionado"
Bianca 09/03/2021minha estante
"Todos somos livres,porque no final todos estamos mortos"


Bianca 07/04/2021minha estante
Projeto:#LendoOBrasil




amandaleu 19/07/2023

Resenha de Assim na terra como embaixo da terra
O livro é muito denso e a história, desconfortável. Ana Paula Maia provavelmente se inspirou (e muito) no sistema carcerário brasileiro, abordando questões como o abandono e lentidão do sistema na imagem do oficial de justiça, o despreparo psicológico na imagem dos agentes penitenciários e o comportamento da sociedade perante a ressocialização de figuras tão odiosas. Achei interessantíssimo a autora comparar os presos com a vida útil daquilo que é jogado no lixo. Os lixos podem ser reciclados, tendo lixeiras com cores próprias, apontando que objetos você pode depositar ali. Mas para o homem não existe reciclagem. Num sistema como este e esse, a única saída "pseudorreciclável" do ser humano é deixar de existir.
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Bruna 30/03/2021

Para um livro tao curtinhos que li em menos de 2h tem bastante conteúdo. É uma carga emocional enorme. Em poucas páginas a autora criou uma história bem completa e abordou diversos assuntos a se refletir, por exemplo, violência, punição e justiça. A escrita da Ana Paula é sensacional, muito fluida.
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Wellington.Pimente 15/09/2023

Visceral
Ana Paula Maia é a escritora da literatura contemporânea brasileira que mais gosto. Ela possui uma narrativa muito visceral, direta e objetiva, como no caso dessa obra, que aborda sobre uma colônia penal, onde homens eram mandados para uma terrível reclusão, como o próprio nome da obra aponta de início, pois não há salvação, não existe algo maior para ajudá-las, fazendo um trocadilho, nesse caso, com o trecho da oração do Pai Nosso, "assim na terra como no céu". A autora de uma certa forma humaniza esses presos ao demonstrar um confinamento desumano, que praticamente todos lutam para sobreviver e evitar um processo de loucura. A colônia penal que podemos considerar atemporal, em um local muito ermo, esperam a chegada de um oficial para cuidar da tratativa de desativação desse cárcere , e assim se percebe a crítica da autora, como a indiferença do Estado e Governantes com a situação dos encarcerados podem levar as situações selvagens ou animalescas.

Além disso, Ana Paula Maia não deixa de apontar os crimes cometidos por todos que cumprem suas penas, são culpados pelos seus erros. Ao mesmo tempo se percebe como o diretor da colônia, o Melquiades, mostra seu processo de loucura por tanto tempo dedicado a esse tipo de trabalho num local insalubre e assim em seu declínio mental começa a fazer suas próprias sentenças aos apenados, que já cumprem suas penas por suas ilegalidades, fazendo dos confinados suas caças, porém, de forma surpreendente os papéis são depois investidos, levando a nos refletir, afinal quem são os verdadeiros criminosos nessa narrativa. Tanto que quando o agente público chega e descobre o horror que acontecia no local, passa muito mal e assim tenta fazer com que a legalidade prevaleça, talvez seja tarde demais!
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Lucas @_olucascosta 26/01/2024

Achei apenas bom.
Eu SEI que essa leitura tinha mensagens e mais mensagens.
Eu tentei reconhecer cada alegoria que existia nos personagens, cada nuance.
Mas não alcancei o que eu acho que era o cerne da história.
Por isso, eu acho que eu não consegui me conectar (e olha que eu reli logo que acabei, mas mesmo assim)

Do que entendi, destaco: o sistema carcerário brasileiro é horrível e eu nem duvido que a autora tenha apenas se baseado em algo que ainda exista ou que já existiu na nossa história.

Não consegui me conectar com os personagens, não sei por qual razão. Achei que era muito nome pra pouca história.

Sobre a escrita em si, acho que, apesar de riquíssima, o fluxo narrativo não ajudou muito no entendimento das coisas, sabe? Mesmo assumindo um pouco de culpa e me chamando de burro, acho que algumas coisas foram confusas por si sós KKKKKK

Pra este, eu sugiro que leiam e tirem as próprias conclusões. Não sou capaz de recomendar nem de contraindicar.
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Luísa 22/12/2021

Meu primeiro contato com a Ana Paula Maia
Esse é um daqueles livros que me fazem pensar: caramba, a literatura brasileira é foda.

Assim na terra como embaixo da terra narra uma história que se passa dentro de um presídio que foi basicamente abandonado pelo poder público. Existe um diretor que comanda o que acontece lá dentro e que é absolutamente sanguinário. Esse diretor faz o que bem entender com quem vive lá, submetendo os detentos a situações completamente absurdas.

Não vou falar mais do que isso sobre a história porque li sem saber de nada e achei bom fazer desse jeito, assim fui entendendo aos poucos o que estava acontecendo e absorvendo o impacto de tudo na medida em que entendia.

O livro é super curtinho e bem escrito, traz reflexões potentes, e achei realmente muito bom! Só o final que me decepcionou um pouco, por ter me parecido abrupto demais e um pouquinho inverossímil, preferiria se tivesse ficado ainda mais em aberto o final, mas sei que finais muito abertos não costumam ser apreciados rs.
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Bruno 26/12/2021

meu deus foi questão do enem
Assim na Terra como Embaixo da Terra é um dos livros mais poéticos que eu já li. ele não é escrito em versos e estrofes, mas tem uma carga poética que torna a leitura dolorosamente única.

a autora usa de todos os recursos discursivos possíveis para criar uma história que transmite dor, sofrimento, horror e uma realidade brutal. é um livro sobre os horrores do sistema carcerário e os níveis mais assustadores da crueldade humana.

é um livro para digerir muito aos poucos, capaz de se estender na sua mente por semanas e meses depois de finalizados. não atoa, foi texto de questão do enem 2021. estou escrevendo essa resenha depois da prova, mas li o livro antes hihi (não ajudou porque a questão era dificílima).

no mais, recomendo pra TODO MUNDO. saiba que tem descrições bastante gráficas e passagens brutais mesmo, então pode (e deve, acho) ser uma leitura bem desconfortável.
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