É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Alan kleber 13/05/2022

A má nova do que, em Auschwitz, o homem fez do homem.
As últimas páginas descrevendo os últimos dias no Campo são uma das coisas mais poderosas e comoventes já escritas.
Livro definitivo pra entender o que foi o nazismo. E como foi viver prisioneiro nos Campos de exterminio.
Nada do que o homem possa fazer, chegará nunca a reparar o sofrimento que aquelas pessoas sentiram. Por isso é necessário que a civilização esteja sempre vigilante. Para que esse horror não aconteça novamente.

"Nós somos os escravos dos escravos, que todos podem comandar, e o nosso nome é o numero que levamos, tatuado no braço e costurado no peito. O sonho demente de grandeza dos nossos patrões, seu desprezo de Deus e dos homens, de nós homens.
Jazíamos num mundo de mortos e de fantasmas. O último vestígio de civilização desaparecera ao redor e dentro de nós.
Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa aos olhos de outro homem."
Eliza.Beth 14/05/2022minha estante
Devastador!
Sempre vigilantes ?




Joao.Pinto 15/12/2016

É possível escrever Poesia depois de Auschwitz
Levi ensinou-me que as histórias do Holocausto terminam sempre com perguntas. E, sim, é bárbaro escrever Poesia depois de Auschwitz, mas vejam: é possível! Costumo pegar neste excerto e dizer ao mundo o quanto gostava de ter sido eu a escrevê-lo:

“E veio a noite, e foi uma noite tal, que se sabe que olhos humanos não deveriam assistir e sobreviver. Todos sentiram isso: nenhum dos guardas, quer italianos, quer alemães, teve a coragem de vir ver que coisas fazem os homens quando sabem que vão morrer. Cada um se despediu da vida da maneira que melhor sabia. Alguns rezaram, outros beberam além da conta, outros inebriaram-se numa nefasta e última paixão. Mas as mães mantiveram-se acordadas e prepararam, com cuidado amoroso, o alimento para a viagem, lavaram os seus meninos e prepararam as bagagens; ao raiar do dia, o arame farpado estava cheio de roupas de criança estendidas ao vento, a secar; e não esqueceram as fraldas, e os brinquedos, e os travesseiros, e centenas de outras pequenas coisas das quais as crianças sempre necessitam. Não fariam também vocês a mesma coisa? Se fossem morrer amanhã com os vossos filhos, não lhes dariam hoje de comer?”
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Nathália 30/11/2016

Tocante
Relato valioso e questionamentos precisos de uma parte da história que já foi contada inúmeras vezes, mas que ganha novo fôlego com esse livro.
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Mia 17/11/2016

O produto dos campos de concentração
"Basta oferecer a alguns indivíduos em estado de escravidão uma situação privilegiada, certo conforto e uma boa probabilidade de sobrevivência, exigindo em troca a traição da natural solidariedade com os companheiros, e haverá por certo quem aceite. Ele será subtraído à lei comum e se tornará intangível; será, então, tanto mais odioso e odiado quanto maior for o poder a ele concedido. Quando lhe for confiado o comando de um grupo de infelizes, com direito de vida e morte sobre eles, será cruel e tirânico, bem sabendo que, se não o for bastante, outro, julgado mais idôneo, tomará seu lugar. Acontecerá, ainda, que a sua capacidade de odiar, frustrada frente aos opressores, se volte, insensatamente, contra os oprimidos; ele ficará satisfeito ao descarregar sobre seus subordinados a ofensa que recebeu de seus chefes."
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Flora 02/10/2013

Um livro que interessa a todos que queiram entender um pouco mais sobre a natureza humana
Recomendo. Adoro ler essas histórias que são verdade e que parecem ficção de tão absurdas. Eu fico imaginando "Caramba, depois disso tudo, ele vai sair vivo! Não é um personagem de outro mundo, não é um ator, é uma pessoa de verdade!". Penso também nas reflexões que o livro propõe, nas comparações com a Divina Comédia e no que realmente faz o ser humano ser o que ele é. Percebo que às vezes existem detalhes 'bobos', que já naturalizamos como parte da nossa identidade, mas que são de extrema importância. E, fico pensando também no jornalismo, no quanto o relato de uma pessoa é valioso, no quanto a verdade pode ser difícil de ser dita, mas necessária.
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Jeff 15/09/2013

Testemunho pungente do autor sobrevivente dos campos de concentração nazistas. Primo Levi faz um relato dos horrores de uma tragédia que atingiu milhões de pessoas. Livre de sentimentalismos, o grande mérito desse livro único é relatar de maneira lúcida e objetiva (não sem emocionar) a catástrofe que se abateu sobre o narrador. Imagina-se o quanto deve ser difícil escrever tão bem sobre algo tão difícil. A estrutura do livro por vezes se fragmenta - mas é coerente com um relato que mistura subjetivismo e racionalizações diversas sobre a maldade, a luta pela sobrevivência, a teoria da evolução e motivações psicológicas e sociais que justificariam o que os alemães fizeram nos campos de concentração. É surpreendente também perceber que o texto não demonstra rancor ou ódio do narrador - o que seria justificável. O homem, segundo Levi, é esse mesmo capaz de extremos como matar outro homem ou suportar tamanho sofrimento sem negociar seus princípios. No caso dos sobrevivente, foram reduzidos nos campos à massa informe e esquálida, irreconhecível como homem. Não é mais um homem aquele que divide sua cama com um cadáver ou que briga por uma ração de pão. A pergunta primordial de Auschwitz ficou sendo esta "é isto um homem?".

site: http://www.morasha.com.br/edicoes/ed41/primo.asp
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Isil 28/08/2016

Doloroso
Belissimamente escrita, esta obra de Primo Levi integra, certamente, a lista dos escritos mais dolorosos -- se é que não a encabeça -- e significativos para a compreensão da natureza humana que já li. Encontro-me dividida entre o fascínio da narrativa e o horror de sabê-la real. Difícil descrevê-la, talvez por ser difícil digeri-la. Consigo traçar claramente uma linha entre o meu "eu-leitora" e o meu "eu-ser-humano" antes e depois de ter lido "É isto um homem?". E sigo em busca da resposta a essa pergunta...
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Lanica0474 02/06/2013

É isto um Homen? - Publicado em 1947
O escritor Primo Levi narra os momentos funestos, degradantes, vividos como prisioneiro judeu num campo d concentração nazista. Detido pela milícia fascista, em dezembro de 1943, onde declarou ser "cidadão italiano de raça judia"' imaginando que assim justificaria sua presença num local tão esquisito, ele pertencia a um grupo de resistência anti-nazista, mas está declaração fez que logo fosse enviado para um campo de concentração perto de Auschwitz.
O interessante deste livro é que como o mesmo autor escreve, não foi feito para fazer novas denúncias das atrocidades cometidas pelos nazistas, mas antes fornecer documentos de estudo de certos aspectos da alma humana
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Luana 28/08/2016

Um relato necessário
Este livro foi adotado nas escolas da Itália. É uma leitura pesada, chocante e simples ao mesmo tempo. Como característico da literatura de testemunho, não há metáforas, nem uma preocupação estilística - o que importa é a narrativa. É preciso contar para que o mundo conheça, para que não se esqueça, para que não seja possível repetir. Primo Levi foi um sobrevivente de Auschwitz e sabe que só sobreviveu porque teve a chance de ser um prisioneiro 'especial', por isso carrega consigo a culpa do sobrevivente. Este livro foi recusado por algumas editoras e saiu numa tiragem pequena ainda em 1947, sendo um dos primeiros relatos escritos dos horrores dos campos de concentração. Mas não alcançou sucesso editorial - as pessoas não queriam saber, não queriam acreditar no que aqueles sobreviventes contavam. Não era verossímil que tais atrocidades tivessem acontecido ali, não muito longe deles. Somente em 1958 o livro foi publicado por uma grande editora, começando a ganhar reconhecimento e traduções para diversas línguas. E infelizmente ainda é pouco conhecido entre o grande público. Somente conhecendo a história podemos lutar para que ela melhore, e não se repita.
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Paulo 26/08/2016

Relato sincero
O relato da vivência do autor no campo de concentração é objetivo, perspicaz e humano.
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Arthur Guizelini 18/06/2024

Uma história real e revoltante
De todas as leituras que envolvem o Holocausto, nunca me deparei com algo tão descritivo e explicativo como "É isto um homem?".
O livro retrata com maestria como funcionavam as coisas em Auschwitz, desde as noções de "classes sociais" que eles desenvolviam mesmo exilados da sociedade em si, até explicações sobre o dia a dia, o trabalho e noções básicas do funcionamento do campo.
Com certeza é um dos livros mais pesados que já li, e ele é perfeito dentro de sua proposta de retratar para as gerações futuras o que acontecia desde a entrada nos campos de concentração, até a saída deste em 1945.
A obra traz questões filosóficas e apresenta uma analise teórica dos fatos, sob âmbitos sociológicos e estruturais, que me agradaram bastante, principalmente porque leva o leitor a questionar certos detalhes que apresentam questões intrínsecas ao ser humano, evidenciadas pela fome, dor e sofrimento que levou as pessoas a seus estados mais arcaicos de convivência, fazendo com que se imponha o questionamento se o que restou delas, poderia realmente ser chamado de um "homem".

Por fim, saliento que o livro é frustrante, não por sua escrita, mas porque existem momentos em que o leitor se nega a acreditar que esta não é uma obra de ficção.
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JPHoppe 25/12/2012

"Vós não fostes criados para bichos"
A Segunda Guerra Mundial foi um dos marcos mais impactantes na história moderna, trazendo com ela horrores em escalas aterrorizantes. Ainda que 3/4 de século tenham passado, as memórias e efeitos perduram como se fosse ontem, um lembrete do que pode acontecer quando deixamos o pior de nós aflorar.

Primo Levi foi um sobrevivente. Não era especialmente forte, inteligente, sagaz. Preso e aprisionado em Auschwitz, sobreviveu por uma combinação de sorte, acaso e um conjunto de habilidades, mas caso a história fosse rebobinada e tocada novamente, não haveria garantia alguma de viver. No campo, viu que conceitos como "certo" e "errado" são mais complexos que simples palavras, quando havia alguma distinção. Aprendeu que conceitos como "fome", "frio", "trabalho", "dor", "desespero" são tênues demais para refletir o que se passa quando se nega a humanidade à um homem.

Apesar de breve, o livro possui questionamentos fortes e profundos, entremeados num relato apavorante do que foi a vivência em um campo de concentração nazista.

Talvez seja impossível entender o Holocausto. Mesmo que não entendamos as causas e motivações completamente, nós sabemos quais foram as consequências.

Encerro com um dos trechos mais fortes do livro, retirado de "Inferno", "Divina Comédia":

Relembrai vossa origem, vossa essência:
Vós não fostes criados para bichos,
e sim para o valor e a experiência.
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Gui 01/02/2011

A animalização do ser humano
Perfeito.Incrível. Indispensável. Livro de cabeceira, sem dúvida. Um dos melhores livros da minha vida. Um relato impressionante, sem ser sensacionalista, de um judeu italiano preso no Campo de Concentração mais conhecido do Mundo, em Auschwitz.
Simplesmente sensacional, as 176 páginas do livro te prendem e te fazem pensar no quanto as nossas reclamações são futeis e desnecessarias.
Primo Levi nos presentou com essa excelente obra, extremamente reflexiva.
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Hey Lyla 20/08/2016

É isto um homem? - Primo Levi

A reflexão que a pergunta título propõe deixa uma resposta cruel e triste. Não tem como escapar, o relato do autor é profundo, real, doloroso e necessário.

Escrito após sua libertação, em 1946, o jovem judeu italiano Primo Levi, faz um relato sobre os 11 meses em que sobreviveu no campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, de fevereiro de 1944 a janeiro de 1945.
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