Becos da memória

Becos da memória Conceição Evaristo




Resenhas - Becos da memória


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Erica.Coimbra 30/10/2019

vidas favelizadas
a autora é fantastica. mas que discorrer sobre a vida das pessoas em situação de miseria. ela vai além. ela fala sobre seus sonhos, gostos, vivencias e como cada uma faz a tecedura da sua vida em meio a miseria, frustrações e desejos. denuncia o abuso de autoridade, a falta de politicas publicas e a ineficiencia do estado não a partir do macro, mas do impacto no individual e que atinge o todo. uma das mais importantes caracteristicas da autora é a partir da historia e vivencia de cada pessoa se consegui construi a teia que forma a favela. não somente a vida de joão ou de maria, mas a vida de varios joãos e das varias marias que vai nascendo e morrendo o tempo inteiro, sem que a esperanca de um futuro melhor morra com eles.
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@literatoando 10/05/2020

um livro incrível - ig: @litera.toando
Este livro, escrito por uma das autoras que mais admiro, vai falar através da sua escrevivência, contando histórias que misturam fatos e ficção, as experiências da vida na favela e do projeto de desfavelamento da segunda metade do século XX aqui no Brasil. A própria Conceição descreve este livro como ?(...) uma criação que pode ser lida como ficções da memória. E, como a memória esquece, surge a necessidade da invenção.?.

Durante a narrativa maestral, vamos conhecendo aos poucos as pessoas que compõem o enredo desse livro, os habitantes da personagem principal - a favela. A autora vai contando suas histórias, suas dificuldades, suas vivências, seu passado e seus sentimentos de uma forma que faz com que o leitor se conecte com cada um deles e cada dor seja transmitida direto para aquele que lê. Muitas realidades dentro da favela são retratadas, a exemplo disso temos: as mulheres lavadeiras; aqueles que vivenciaram situações advindas do período escravocrata; os que a solidão ou o descaso social levou à loucura. Vemos histórias cujo enredo levou a uma escolha quase impossível de ser feita, mas teve que ser. Pessoas doentes física e psicologicamente, mas que tinham apoio uns aos outros. Embora naquele período a questão do tráfico de drogas ainda não ter se espalhado e tomado conta dessas regiões marginalizadas como hoje em dia, a violência acontecia e no livro são retratadas mulheres violentadas fisicamente e sexualmente também ou cuja única opção para a sobrevivência foi a da prostituição. Tem ainda aquelas pessoas que encontraram na cachaça a válvula de escape pras suas angústias e crianças que são obrigadas pelas circunstâncias a desempenhar o papel de adulto muito cedo. Para além dessas histórias tristes, tem mulheres extremamente livres, que trabalham, se sustentam e escolhem o rumo da própria vida; a pessoa que luta, tem orgulho de si mesmo e da sua cor e, por fim, pessoas que gostam de onde moram por ser resultado das suas lutas, um sentimento inebriante de união, mesmo diante das adversidades.

A obra é recheada de histórias quase palpáveis. O sentimento de banzo, a zanga, a ancestralidade, a religiosidade, a temática da educação e da luta contra o analfabetismo através do investimento cheio de esforço na educação são temas recorrentes. As injustiças sociais e a hipocrisia são escancaradas pelos personagens. A gente vê a injustiça quando a autora descreve a insalubridade da favela, a fragilidade dos barracos, o aperto das suas casas, o não acesso das pessoas que ali estão aos hospitais, pessoas que nunca sequer foram a um médico na vida, mas que moram bem próximas aos seus empregos, do lado das áreas nobres da cidade, onde as mulheres que vão trabalhar como empregadas domésticas são obrigadas a entrar naquela realidade brutalmente diferente da sua, mesmo tão perto geograficamente. A morte ou o sumiço é tema recorrente também, parece que circunda aquela população e que ela não tem impacto nenhum pras pessoas que estão fora dali, além de que até pras personagens crianças do livro já não choca tanto quanto poderia chocar se não fizessem parte do cotidiano delas.

As histórias se encerram com o desfavelamento daquela região, mas com um ar de esperança, frisando a importância da luta pelo conhecimento, da luta em prol dos direitos trabalhistas, da imensa importância da consciência de classe, como o ódio mal direcionado pode ser prejudicial. Este livro é uma fonte imensa de reflexão sobre a sociedade e a escrita da Conceição é um teletransporte. Ela sabe transformar a dor do outro em sua dor, é uma das mais poderosas escritas que já li.
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Cibele 11/05/2020

Vida que se mistura à memória
Conceição Evaristo traz em sua literatura as vivências subterrâneas de uma boa parte da população brasileira, fazendo um relato que leva à reflexão sobre a miséria das condições de vida nas favelas e a manutenção sistemática da pobreza.
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João 21/05/2020

Há dois dias eu venho pensando neste livro
Terminei ele na terça, 19/05, e não consigo colocar em palavras o quanto esse livro me tocou.

Este foi o meu primeiro contato com Conceição Evaristo, comecei logo com a primeira obra escrita por ela, lá nos meados dos anos 80, e o qual só foi publicado em 2006, vinte anos depois de ter sido escrito.

Becos da memória já começa incrível pelo nome, porque se é possível resumir a história é que ela é formada por vielas de uma favela que se cruzam, se perdem, mas, e pra mim o mais importante, acabam se encontrando, unindo, formando um todo.
A estréia de Conceição, e isso somente por ter sido o primeiro livro escrito por ela, não chegou realmente a ser o primeiro que teve publicado, é grandioso em sua carga narrativa. São menos de duzentas páginas que são capazes de abordar as mais diversas histórias dos moradores de uma favela, esta que é tão diferente das atuais.

São narrativas que te mostram dores reais, que doem, mostram ainda a mais pura realidade das favelas de antigamente, mostra vivências que normalmente não recebem tanta voz e, sobretudo, mostra um grande amor e uma grande união entre uma comunidade.

Cada relato é marcante. Cada página uma vida diferente. Cada página que se aproxima do fim do livro uma angústia por não querer terminar. Cada personagem uma lição a ser aprendida.

Conceição, meu primeiro contato com seus livros foi, sem dúvidas, uma das melhores experiências literárias que eu já vivi.
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Rodrigo | @muitacoisaescrita 22/01/2020

Senzalas, cortiços e favelas: entre becos e memórias
Com sua escrevivência, Conceição Evaristo utiliza de sua escrita poética para resgatar as histórias contadas para ela, num processo de resgatamento da cultura oral, tão crucial e importante para a cultura africana. Neste romance, é narrado o processo de desfavelização, que interpreto para além do ato de demolir casas e barracos na favela: é um assassinato da diáspora africana, pois o povo ali presente carregava histórias, narrativas, memórias e vivências comuns.
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A necropolítica como regime de governo deixou mais evidente que há um genocídio declarado à população negra e pobre. Genocídio não está relacionado exclusivamente com morte, mas também com implantação de políticas que geram impossíveis condições de existência para determinados grupos sociais, a fim de destruir a língua, religião e cultura de um povo. A necropolítica define o corpo que pode ser assassinado sem que haja comoção; define, também, a política do "tiro na cabecinha" de Witzel no Rio de Janeiro que, para a segurança do Estado, é necessário que mate uns e outros. É a perseguição sistemática de uns para que outros possam viver de forma plena.
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Das senzalas aos cortiços e dos cortiços às favelas, a população negra e pobre nunca teve voz nem direitos. Após a abolição formal do sistema escravagista no Brasil, em 1888, foram atirados à rua, à própria sorte, e nunca foram integrados na sociedade de classes. Estratégias genocidas como o embranquecimento racial e cultural tornaram-se símbolos de salvação da pátria, pois o objetivo era aniquilar a cultura não-branca, ou seja, do Outro.
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O romance de Evaristo e sua escrevivência focam num passado-presente e deixa os seres colonizados falarem por si, evocando a população subalternizada e sistematicamente perseguida pelo Estado, num processo de decolonialidade, dando-os voz e, portanto, tornando-os sujeitos.
"O passado colonial [...] 'não foi esquecido'" (KILOMBA, 2019, p. 213), ele permanece vivo nas relações sociais. No entanto, Conceição transporta os seres colonizados para um local privilegiado, onde as narrativas de oposição que o processo colonial e a posterior colonialidade perseguiram são ouvidas. A própria publicação de "Becos da memória" torna-se um ato decolonial ao analisar o "engavetamento" da obra, escrita no final dos anos 1980, mas publicada em 2016.
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A narrativa perpassa pelo processo de desfavelização e a dúvida que permanece é: quem tem direito à moradia? Os moradores são obrigados a se deslocarem para outros locais ? não de frente à praia, mas outras favelas ? para construir um novo ambiente que atende aos interesses da elite. Esta "migração" é uma das marcas da territorialidade: sabemos onde encontrar pretos e brancos. Desde a escravização dos povos africanos, eles foram submetidos a viver em locais hostis e insalubres. Sabe-se que negros são maioria em favelas, logo a pobreza brasileira tem cor e é preta. A destruição dos barracos na história de Conceição é para além do simples ato de demolir: é um assassinato da diáspora africana, de um povo que compartilhava uma cultura em comum e que tinha uma vivência.
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Conceição Evaristo relembra as narrativas e histórias que a colonialidade impôs como falsas, como conhecimentos sem valor científico, cultural, educativo, político, etc, ou seja, que sofreram um epistemicídio, para utilizar um termo elaborado por Sueli Carneiro. "Somos eu, somos sujeito, somos quem descreve, somos quem narra, somos autoras/es e autoridade da nossa própria realidade. [...] torna-mo-nos sujeito" (KILOMBA, 2019, p. 238).
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Referências:
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. 1ª ed., Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
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Nati Sampaio 25/05/2020

Que leitura incrível! Conceição Evaristo conta sobre o desfavelamento de uma região, mesclando com isso, memórias dos moradores. Memórias dolorosas, tristes, mas felizes também. Uma narrativa incrível.
Conceição trata sem o menor pudor assuntos como preconceitos em geral (doença, pobreza, racismo, etc), e fala abertamente sobre o resultado da escravidão até mesmo nos dias de hoje.
A autora também traz em pauta o lugar da mulher na sociedade, o machismo e a pressão que as mulheres enfrentam.
É uma narrativa extremamente delicada - quase poética - e que mesmo assim, consegue tratar assuntos duros.
É simplesmente um livro maravilhoso, que na minha opinião, todos deveriam ele ao menos uma vez na vida.
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Bhárbara 07/06/2020

É preciso crer, é preciso desesperadamente crer
Que livro lindo!!!! se todos pudessem ler, q bênção seria! Que apego criei com Maria-Nova. E que linda a relação dela com Bondade, Vô Rita, Tio Totô.

Mostra um processo de desfavelamento e suas consequências para alguns moradores. Este livro me fez olhar com outros olhos para algumas situações, me fez repensar questões de espaço e memória, repensar privilégios e tornou ainda mais evidente o poder de transformação da Educação, para o reconhecimento de direitos (para caminhar sem medo).
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Filipe Melo 09/06/2020

Nota 10/10
Sou apaixonado pela literatura brasileira e um grande defensor desta. E hoje trago para vocês um livro de uma minera incrível Conceição Evaristo, com o seu livro Becos da Memória, que me faz ter ainda mais gosto por literatura brasileira. Este que por sua vez, é um dos mais importantes romances memorialista da literatura contemporânea brasileira.
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O livro, fala da memória de um povo cuja a memória foi esquecida, exilada. Fala de tantos João, Maria, Zezé, Biu, Chico... Tantos e tantos nomes sem identidade, sem rosto na história do país, sem menção honrosa nos livros de história, sem espaço nos diálogos públicos. A vida cotidiana de tantos brasileiros, que vivência a labuta dos seus dias, de suas angústias, o peso de nunca ser visto, de ser escravizado diariamente, de ter sido apenas transposto de lugar, agora a senzala se chama favela e a casa grande se chama elite, uma realidade tão perto da nossa, mas são histórias que não se cruzam.
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?A mãe da menina sonha leite, pão, dinheiro. Sonha remédio para o filho doente, emprego para o marido revoltado e bêbado. Sonha um futuro menos pobre para a menina. A mãe da menina sonha ter nenhuma necessidade. Sonha dinheiro, dinheiro, dinheiro...?
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Elineuza.Crescencio 15/06/2020

Personagens inesquecíveis
Tema: Leituras de Junho 2020
39/100
Título: Becos da Memória
Autores: Conceição Evaristo
País: Belo Horizonte – Minas Gerais - Brasil
Páginas: 196
Avaliação: *****
Término da leitura: - 15/06/2020
Editora Pallas, RJ 2020 5ª Ed.

A autora: Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais em 1946. Migrou para o Rio de Janeiro em 1970 onde estudou na Universidade Federal do Rio de Janeiro onde se formou em Letras e tornou-se professora da rede publica fluminense e mais tarde Mestra pela PUC do Rio de Janeiro com a dissertação: “Literatura Negra: uma poética de nossa afra-brasilidade”, em 1996. É também doutora em Literatura comparada na Universidade Federal Fluminense.

Obra: Foi escrito em 1980 e publicado somente em 2006. O que nos mostra as dificuldades enfrentadas por aqueles que são oriundos de grandes centros sociais e econômicos. De narrativa fluída e emocionante, Becos da Memória inclui o relato de personagens que são os vizinhos, os tios, os avós, a mãe, os amigos de Maria Nova que sonhava e vivia as diferenças sociais na favela em que residia. Mostra em cada um dos personagens e dos becos onde viviam a força da mulher, o desprezo dos homens pelas mulheres, o vício no álcool, a rotina das crianças, o trabalho das lavadeiras de roupa. Apesar da miséria a solidariedade do Bondade, da Vó Rita, de Negro Alírio e de tantos outros. O desfavelamento que dissolvia os agrupamentos e as amizades promovendo o distanciamento provocado distância das novas moradias.

Considerações

1. Uma vez me perguntaram que autor eu elegeria para o Nobel de Literatura. Fiquei em dúvida. Depois de Beco da Memória não tenho mais. Conceição Evaristo é a autora e Becos da Memória o livro.
2. Saudades de um livro bom. Agora matei.
3. Primeiro livro da autora que leio depois de um ano procurando.
4. Mais que recomento. Leitura Obrigatória.

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Dandara 25/05/2019

a primeira surpresa que eu tive com o livro foi por meio de sua capa. esta é de uma delicadeza que introduz toda a narrativa-memória que compõe Becos de Memória. A esplendorosa construção dos personagens da história é um acompanhante vívido dos corpos que a leem. Cada um possui peculiaridades que sobressaem as páginas e ficam ali do seu lado, do lado da sua pele, fazendo-a arranhar, arrepiar de comoção por suas vidas.

Só resta em mim a admiração que criei pela escrita-vida da gigantesca Conceição Evaristo, com este sendo um primeiro contato com palavras suas, percorridas por mim.
Muito provavelmente virarei colecionadora de suas histórias.
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Deivy 25/02/2019

Apaixonante!
Com um aperto no peito, e quase com lágrimas nos olhos, fecho e completo a leitura de 'Becos da memória'. Li nas madrugadas de ansiedade, refleti sobre nos períodos de insônia, e se tornou o único livro que guardei na mochila e dediquei minutos (e até horas) da minha atenção, e um dos poucos que deu-me criatividade o suficiente para desconhecer quem sou, e reconhecer através de memórias o que há de mais belo, incrível e fascinante na minhas experiências e descobertas no meu decorrer da vida - até o momento. Nós somos feitos das nossas memórias, daquilo que vivemos e estamos presenciando.



site: https://www.blogdodeivy.com/2018/11/pelos-becos-da-memoria-de-conceicao.html
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Renata 27/06/2020

Inebriada
Aos 60 anos de Quarto de despejo (Carolina Maria de Jesus), leio este, terceiro de Conceição Evaristo, é um choro de sensibilidade com a arte apresentada, um romance com a simplicidade gostosa de ser digerida e a angústia pelo mundo que vivemos.
Acho que a frase: "Escrever é a ferramenta utilizada para recompor o vasto painel de lembranças calçadas na experiência da pobreza, vivida por quem soube observar, com olhos atentos e condoídos, os becos de uma coletividade", representam mto dessas 2 mulheres.
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becaestrela 29/06/2020

Histórias que a gente sente
Nesse belo romance, Conceição Evaristo mais uma vez consegue tocar o que há de mais íntimo no coração do leitor. Com várias histórias entrelaçadas, Becos da Memória é um retrato sensível e verdadeiro das realidades de pessoas que tem suas histórias construidas no interior das favelas.
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Maria Isabel Barros 09/07/2020

Em êxtase
É incrível a forma com que Conceição nos prende ao enredo do texto, nos envolve com cada personagem sentido as suas dores, alegrias, medos, sonhos...
Anestesiada de paixão por todas as histórias dos becos da memória
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Mano Beto 13/05/2024

Becos de várias histórias...
Que geralmente são de sobrevivência, mas tem seus momentos de alegria. O livro foi escrito em 1986, mas somente em 2006 foi publicado. Isto só mostra o quão difícil é, ainda mais naquela época, a publicação de um livro deste, ainda mais vindo de uma mulher preta. Aí vem um outro choque de tristeza realista: o livro, infelizmente ainda é muito atual. Os becos que percorremos (a diagramação ajuda passando esta sensação de estarmos por entres os becos das varias histórias). Os personagens são tão ricos em emoções que nem parecem personagens (será que são só personagens?). Como não ficar com o coração apertado com tio Totó? E pelo que Ditinha passou? A forma como Conceição escreve essas histórias é direta, sem ensaios em atingir nossa alma e coração. E como atingem nossa alma e coração.

Tio Totó tem vários momentos marcantes. Destaco este aqui:

"Um dia, ele, depois de juntar as letras e as palavras, leu isto:
Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro"

Este trecho também é muito especial:

"Um dia, agora ela já sabia qual seria a sua ferramenta, a escrita. Um dia, ela haveria de narrar, de fazer soar, de soltar as vozes, os murmúrios, os silêncios, o grito abafado que existia, que era de cada um e de todos."

Livro incrível, de verdade.
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