Becos da memória

Becos da memória Conceição Evaristo




Resenhas - Becos da memória


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Jubaeta 16/12/2021

Becos da memória
Muito além das memórias do processo de desfavelamento ocorrido há muitas décadas em BH, um relato da invibilizaçao dos corpos pobres, pretos e marginalizados. Um livro impactante e lindo.
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Gabriel 22/12/2021

A dor em bela prosa
Em Becos, ao mesmo tempo que há miséria, fome e sofrimento, a todo tempo a coletividade mostra resistência, força e generosidade. A pobreza e a dor parece unir esses sujeitos em uma rede de apoio, ao mesmo tempo necessária e orgânica. Um mecanismo de sobrevivência, certamente, mas também uma formadora de laços de afeto que superam tais necessidades.

Por isso a dor parece tão bela na prosa de Conceição Evaristo. A dor não se resume em um sentimento em si mesmo, mas é mostrado em sua integridade, como aquilo que sente alguém que ama, e sofre por amar. Alguém que sonha com algo melhor, e sofre sempre que a vida se mostra tão dura que o sonho não consegue se converter em esperança.
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cibelefrahm 23/12/2021

Andar pelos becos da memória de Maria-Nova foi uma experiência marcante; poder explorar este mundo e suas diversas personagens, fragmentadas em suas histórias e experiências.
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Luciano 28/12/2021

Excelente.
Impossível ler e não lembrar de "Quarto de despejo". Conceição Evaristo, assim como Carolina Maria de Jesus, é uma grande intérprete das vivências negras e periféricas no contexto urbano brasileiro.
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ThiHenrique 28/12/2021

Vale a leitura
Com uma narrativa muito leve mesmo para temas muito pesados Conceição vai conseguir te trazer pra dentro dos becos da favela e até se apegar a alguns dos seus conhecidos. Com temas complexos e uma narrativa rápida Becos trás boas reflexões mas poderia ser muito melhor trabalhado.
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Amanda.Moura-@vidadebookstan 31/12/2021

Como o próprio título diz...
"Becos da Memória" parte da escrita de experiências e lembranças da autora para construir sua narrativa. Dessa forma, a identidade do protagonista cruza com a identidade da autora, tratando-se de uma escrevivência.

A história se passa na favela, onde as vivências de vários personagens negros conectam-se, através de suas relações pessoais. Essa favela extrapola o conceito de espaço físico, sendo retratada e vista como um lar.

Que livro incrível! Difícil descrever a experiência literária que tive com essa leitura. Mais uma vez, Conceição Evaristo me surpreendeu com sua escrita sensível e real.
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aline 01/01/2022

é muito interessante pensar na "escrevivência" ? conceito que define a narrativa do livro; pensar nas identidades de maria nova e da própria conceição se cruzando... pensar nesse livro não sendo, necessariamente, um relato biográfico, mas também não se tratando de pura ficção. assim, tudo se torna ainda mais brutal.

a partir da perspectiva de maria-nova, conhecemos múltiplos personagens (com múltiplas histórias) que, com suas vidas recheadas de perdas, por fim, perdem também a casa que juntos construíram: sua favela. o livro acompanha o processo de desfavelamento e toda a dor ignorada e o grito abafado que o processo inflige.

mas vai muito além.

conhecer personagens como o bondade, tio totó, maria velha, negro alírio, ditinha, vó rita e suas respectivas histórias, se tornou um fator importante na construção da minha própria. sei que, após essa leitura, não sou a mesma pessoa. contemplar a vivência de cada personagem, ali, na favela-senzala, e refletir (junto com maria-nova), como é paradoxal os chamar de "homens livres", foi uma experiência inexplicável. parece uma piada de mau gosto pensar em tio totó, por exemplo, como um homem livre. pra ele, a vida e a morte eram a mesma coisa ? a vida foi uma sequência de perdas, pra ele, por fim, perder a própria. parece uma piada de mau gosto pensar na fome, no frio, no desalento, na miséria, no desespero tão presentes nessas vidas e as chamar de livres. para maria-nova, a favela é a nova senzala, cujos moradores nunca foram verdadeiramente libertos.

as histórias que marcaram a vida de maria nova também me marcaram, e marcaram muito profundamente. esse livro, definitivamente, é uma das melhores coisas que já li; me apaixonei pela conceição e, agora, quero conhecer absolutamente tudo que ela escreve.

gratíssima pela experiência dessa leitura, recomendo demais!!
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Aline 02/01/2022

Conceição Evaristo municiada de papel e caneta!
Do prefácio ao posfácio esse livro é uma leitura essencial pra compreender o impacto da escravidão que a população negra sofre até hoje. Com recortes de raça, gênero, classe e claro, território. O processo de desfavelamento foi bem triste de acompanhar mas é a realidade do nosso país infelizmente.
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Gisa 03/01/2022

Conceição Evaristo nos leva para suas próprias memórias, lembranças ficcionalizadas de uma favela que não existe mais. Entre os becos e vielas um mundo de personagens, de histórias e de vivências que demonstram o impacto da escravização na população negra até os dias de hoje. Me lembrou muito Quarto de Despejo da Carolina Maria de Jesus.
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Tatá 03/01/2022

Este livro é sobre não deixar a memória ser apagada. É resistir.
São muitas as emoções despertadas ao ler esse livro. É extremamente político, por expor o viés da miséria e da brutalidade dos desfavelamentos feitos pela gentrificação. É também sobre narrar as dores que se fazem presentes nas diversas histórias de personagens distintos, múltiplos, complexos. Os homens e mulheres da favela retratados sem estereótipos, mas de carne e osso, de dores, de passados que carregam nas costas sobretudo de ancestrais que sofreram com o processo de escravização (não à toa a autora deixa isso muito enfatizado no livro ao falar sobre senzala-favela). Há homens incríveis que não sabemos suas histórias por completo, mas que são o retrato da luta, da vida em comunidade, como o Bondade e o Negro Alírio, homem tão crítico. As mulheres lavadeiras e parteiras com suas histórias de dores mas também potência são aquelas que dão o norte no trajeto da narrativa, que ainda que doloroso, termina com esperança de um mundo com mais Vós Ritas e com mais Marias-Nova, para fazer todas essas vozes aparecerem através de sua escrita, denunciando as desigualdades latentes e mostrando a potência de nosso povo, e principalmente, de nossas mulheres.
Conceição Evaristo explora os becos de sua memória e não deixa personagens tão impactantes desaparecem, mesmo com o processo de desfavelamento.
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Bela 11/01/2022

Becos da Memória
a forma com que Conceição faz vc sentir a dor dos personagens é diferente, terminei dia 5 e to impactada até agora
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Poesia na Alma 12/01/2022

Resenha
"Maria­-Nova na noite em que ouviu a história de dor da outra menina dormiu e sonhou com a amiguinha. Nazinha sentia dor, sangue, sangue, sangue... Era como se a vida lhe estivesse fugindo, a começar por aquele ponto entre as pernas. O homem tapou­-lhe a boca e gozou tranquilo.

Dois dias depois, o zunzum se espalhou pela favela. Tetê do Mané vendeu a filha. O homem comprou com dinheiro roubado. "

"Maria­-Nova já sabia antes de todo mundo. Ela sentia falta, sentia a dor, se angustiava por sua amiga Nazinha."
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Celio.Junior 13/01/2022

Cru! Não por estar incompleto ou inacabado, mas por mostrar o cotidiano como ele é: sem rodeios ou temperos, com dores, asperezas, miudezas, mas sem deixar de lado momentos de respiro, comemorações, pequenas conquistas e vivências. Um exemplo do resgate às pequenas histórias, sem grandes heróis ou acontecimentos, mas das pessoas do cotidiano. Vó Rita, Maria-Nova, Bondade, Tio Totó, Negro Alírio, Ditinha, personagens que se esbarram nos becos e compartilham memórias.
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Tamires.Tanaka 29/01/2022

Conceição sempre incrível!
Gostei muito do livro, a forma como a escritora consegue nos prender contando as memórias dos personagens é brilhante. No final, acabei criando um laço com cada um e foi bem triste acompanhar a partida de todos.

?Que a menina sossegasse, continuasse a vida, que lutasse, que fosse lá fundo do coração dela própria e dos outros, mas sem nunca desesperar.?

?Escrever becos foi perseguir uma escrevivência.?
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Belle 30/01/2022

Um livro cativante tanto pela escrita quanto pela trama.
São muitas histórias, personagens e becos marcados pela miséria e sofrimento.
Conceição traz uma reflexão profunda sobre a pobreza na favela.
Leitura obrigatória.
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