spoiler visualizarBiatunix 30/04/2023
Nem sempre um americano, mas um americano
Se você busca conhecer mais sobre como a mente de serial killers, esse livro é pra você.
Agora, se você gosta desses casos, mas simplesmente não tem estômago pra ouvir com detalhes, definitivamente esse livro não é pra você.
A história é contada pela perspectiva do John Douglas, o agente do FBI que criou a parte de pesquisa comportamental, acreditando que entrar na mente dos assassinos era a melhor forma de capturá-los.
Enquanto sua história é contada, ela rola de uma maneira meio confusa pro leitor (eu mesma fiquei perdida VÁRIAS vezes) já que ao invés de seguir uma linha reta, ele vai e volta pelos anos, contando casos e dando exemplo. Um capítulo pode começar sendo contado em 1989 e DO NADA pode parar em 1982 contando de um caso completamente diferente e sem terminar o assunto que começou em 1989. As vezes também dá uma volta muito grande para explicar, voando entre as datas, tentando chegar á um objetivo final e simplesmente, não rola.
Mesmo com a narrativa meio confusa, a história é bem contada e te prende, principalmente quando ele acerta as previsões sobre como o assassino. Um ótimo livro e que pode ser usado como base, caso queira escrever algo sobre assassinos fictícios ou algo assim. Mas, se você tem estômago fraco, é melhor passar longe. Eu que sempre achei ter tolerância alta para esse tipo de coisa, comecei a ficar profundamente mal e até demorando para ler o livro, já que a grande maioria (tipo, 80%) das vítimas são mulheres. Mulheres que eram apenas mulheres. Mulheres que eram casadas, mulheres solteiras, crianças, adolescentes. Mulheres que tiveram o azar de cruzar com homens mal humorados e que viam as mulheres como o mal da humanidade.
Ao mesmo tempo, vai se criando uma sensação completamente horrível e amendrontadora. Os casos foram nos estados unidos, mas também existem casos como esses no Brasil, e a verdade é que ninguém está seguro.
Como ele mesmo disse em um título de capítulo:
"Qualquer um pode ser uma vítima"