spoiler visualizarNeto.Menezes 13/10/2021
Você não é especial, Milly!
O ano em que morri em Nova Iorque, foi a leitura conjunta da vez, do #BookClub do qual faço parte! Comecei a leitura sem grandes expectativas, sabia minimamente do que se tratava e vinha de outra leitura de não-ficção, com uma temática bem parecida: ser humano tentando arrumar a bagunça que estava sua vida...
Meu grande problema com O ano em que morri, é que achei Milly Lacombe chatérrima, arrogante (ela demora mais de 200 páginas para descobrir isso, enquanto que eu constatei na página 2 HAHAHAHA), se acha especial e o centro do universo! Na real, eu não me importei com nada que aconteceu com ela! Além de achar o relacionamento dela com Teresa tóxico e muito problemático...
Para não falar que odiei completamente o livro, a última parte do livro (quando ela vai para o interior de Minas) é interessante, muito mais em função dos personagens secundários (Simone, Arnaldo, a avó falecida de Arnaldo, Valentina)... O ponto alto é a experiência dela com a ayahuasca!
O livro sofre com ritmo, lentíssimo no início (sem falar que passamos mais de 100 páginas dela achando que foi traída e sem comprar muito esse amor maravilhoso que ela tinha com Teresa em NYC), ritmo esse que é quebrado com parágrafos enormes, por vezes maiores que uma página, e pensamentos repetitivos.
A experiência não foi das melhores, mas o livro levanta algumas questões legais de se debater como: autonomia em relacionamentos; cuidado parental; luto e conhecimento tradicional. É isso: 3 estrelas, pela Simone e Valentina, pela Milly era no máximo 1 e meia.