Mary 12/10/2017
Sinceramente, Decepcionada.
Esse livro tinha tudo na minha concepção, para me conquistar. Dois protagonistas com uma interação incrível, em que fazia muitos livros que eu não via. A sagacidade dos diálogos e o espírito de oportunidade foram muito cativantes. Arizona, nossa mocinha e Carter são amigos desde sempre, numa dependência absurda. Os dois interagem com intimidade, ao mesmo tempo uma certa bipolaridade por anos. Ao mesmo tempo que o Carter larga tudo, seja namorada, balada, e vai até ela de madrugada para só conversar, eles são amigos com limites que “mal se abraçam”, até que de repente a coisa aflora.
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Até aí tudo bem, Carter é o Mocinho que todo mundo ama nos clichês, lindo, sarado, rico, não existe menção de emprego aparente ou esforço para ser tão tudo de bom (meu Espírito de realidade x ilusão precisa pelo menos ler que ele faz alguma coisa pelo abdome de tanquinho além de comer doce todos os dias e transar enlouquecidamente e não ter uma espinha sequer). Ninguém próximo acredita num possível romance entre os dois porque já conhecem a estranha amizade onde a atração é zero. Vamos lá, dois cegos que por mais amigos que sejam nunca perceberam a beleza e o quando cada um é foda?
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Tudo bem, é um romance, segue o jogo do clichê. Tudo vai bonitinho, engraçadinho, a coisa acontece de forma muito legal, digamos assim, romance new adult, cenas de sexo (cara, nessa parte meu coração começou uma pequena decepção como foram as narrativas, mas segue o jogo do clichê, estava bom). E aí, sexo, sexo, sexo em todo o kama sutra.
Os protagonistas se separam, mas estão ridicularmente apaixonados. E tudo desanda, porque nessa parte o altruísmo do Carter fala mais alto. E vamos correr e sofrer atrás dos sonhos desesperadamente, mas vamos passar 6 meses sofrendo, mas sofrendo pra burro, aí a autora acelera 6 meses num jato que nem deu pra doer ou sentir pena/raiva/curiosidade por uma explicação. Aí mais rápido do que ligeiro ela explica tudo, e mais rápido do que num jato vem toda a minha decepção com esse fim ordinariamente às pressas, em que o que antes era impossível e um problema lastimável e sem solução parece enfim ter uma super solução. E eu lia e pensava “pqp, que c*gada”.
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E a cena do reencontro, do acerto, sei lá, pra mim foi de um mal gosto tremendo e até de uma falta de respeito.
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Sinceramente, honestamente, a autora se perdeu, ou só eu estou decepcionada?