Nina Madruga 11/12/2023Tributo de amor à série O cemitério dos livros esquecidosTermino a saga tão empolgada e apaixonada quanto quando eu comecei. Tanto é que não me contive e, imediatamente após terminar o labirinto dos espíritos, fui reler as páginas daquele que me conquistou como ninguém, a sombra do vento.
Segurar os livros dessa saga na mãe é como abrir um portal para o mundo fantástico daquela barcelona de Daniel, Fermin, Julian (Carax e Sempere), Bea, David e Alícia. É como esquecer do mundo em que eu vivo e me teletransportar para a Espanha pós guerra civil. É sofrer, amar, chorar e rir junto com personagens que mais pareceram ser velhos amigos.
Ah, como é fascinante se perder na literatura e se misturar com esse bando de gente apaixonada por livros e por histórias. E o Labirinto dos espertos foi o final perfeito que essa série merecia (se é que isso é possível).
O fato desse livro ter me feito pegar os outros três e abri-los inúmeras vezes ao longo da leitura já é o suficiente para mostrar quão completo ele é. Quão instigada me deixou em reviver todas aquelas páginas que tanto me emocionaram na primeira leitura - o continuaram emocionando. Acabou que minha mesinha de cabeceira dormiu todos os dias com 4 livros dela. Até porque eu nunca sabia que aventura eu precisaria reviver em breve.
À você que chegou até aqui, deleite-se na sua leitura e aproveite para saciar todas as inquietações que o genial Zafon inseriu em nossas cabeças nos volumes anteriores. E se prepare que a magestia com que ele faz isso te faz pensar que as palavras não teriam uma forma mais inteligente de serem arrumadas.
Concluo com chave de outro a minha primeira (de muitas) visitas a essa obra. Deixo aqui meu muito obrigada a esse autor por ter deixado de presente para todos os leitores a melhor série já escrita. Suas histórias e personagens viverão para sempre em minhas lembranças.
Por fim, segue meu humilde testemunho: não comprei ?a sombra do vento?. Não me emprestarem nem me indicaram. Sabia que minha mãe já o tinha lido, mas nunca havia comentado comigo sobre ou me mostrado ele. Um dia, olhando velhos livros no escritório da minha casa, em pleno início de pandemia, encarei aquele que seria o meu livro preferido da vida e senti que me chamava. Sem saber nem ao menos do que tratava, agarrei aquela obra com capa enigmática e fui imediatamente hipnotizada por aquelas páginas.
Concluo essa série com a mesma sensação de Daniel ao terminar de ler a sua versão de a ?sombra do vento?: ?o sonho é a fadiga queriam me derrubar, mas eu resistia a entregar-me. Não queria perder o encantamento da história nem dizer ainda adeus aos seus personagens?.